13.º governo republicano (Portugal)
O 13.º governo da Primeira República Portuguesa,[Nota 1] também conhecido como Ministério da União Sagrada, ou simplesmente União Sagrada, nomeado a 15 de março de 1916 e exonerado a 25 de abril de 1917, foi liderado por António José de Almeida. Para fazer face à participação portuguesa na I Guerra Mundial, tinha, por base, a união de todos os partidos políticos portugueses como resposta à nova conjuntura imposta pelos alemães. Na prática, apenas dois partidos se uniram: o Partido Democrático, liderado por Afonso Costa, e o Partido Republicano Evolucionista, de António José de Almeida. Seria este último o seu presidente.
Esta união durou até 25 de Abril de 1917, constituindo um dos governos que mais tempo esteve em funções (cerca de 406 dias), durante a Primeira República Portuguesa.[1]
A sua constituição era a seguinte:[2][3]
Cargo | Detentor | Período | |
---|---|---|---|
Presidente do Ministério | António José de Almeida (1866–1929) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Afonso Costa (interino) (1871–1937) |
4 de setembro de 1916 a 5 de outubro de 1916 | ||
Ministro do Interior | António Pereira Reis (1867–1952) |
15 de março de 1916 a 29 de maio de 1916 | |
Brás Mousinho de Albuquerque (1859–1922) |
29 de maio de 1916 a 25 de abril de 1917 | ||
António José de Almeida (interino) (1866–1929) |
4 de julho de 1916 a 17 de julho de 1916 | ||
Ministro da Justiça e dos Cultos | Luís Mesquita de Carvalho (1868–1931) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Ministro das Finanças | Afonso Costa (1871–1937) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
António José de Almeida (interino) (1866–1929) |
12 de junho de 1916 a 8 de agosto de 1916[4] | ||
António José de Almeida (interino) (1866–1929) |
31 de março de 1917 a data indeterminada[Nota 2] | ||
Ministro da Guerra | José Norton de Matos (1867–1955) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Ministro da Marinha | Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (1871–1955) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Ministro dos Negócios Estrangeiros | Augusto Soares (1873–1954) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
José Norton de Matos (interino) (1867–1955) |
12 de junho de 1916 a data indeterminada[Nota 2] | ||
Ministro do Fomento | António Maria da Silva (1872–1950) |
15 de março de 1916 a 17 de março de 1916 | |
Francisco Fernandes Costa (1867–1925) |
17 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | ||
Ministro das Colónias | António José de Almeida (1866–1929) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Afonso Costa (interino) (1871–1937) |
4 de setembro de 1916 a 5 de outubro de 1916 | ||
Ministro da Instrução Pública | Joaquim Pedro Martins (1875–1939) |
15 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
António José de Almeida (interino) (1866–1929) |
28 de junho de 1916 a 12 de julho de 1916 | ||
Ministro do Trabalho e Previdência Social | António Maria da Silva (1872–1950) |
17 de março de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Subsecretário de Estado das Finanças | Artur de Almeida Ribeiro (1865–1943) |
18 de maio de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Subsecretário de Estado da Guerra | António Mimoso Guerra (1867–1950) |
18 de maio de 1916 a 25 de abril de 1917 | |
Subsecretário de Estado das Colónias | Celestino de Almeida (1864–1922) |
18 de maio de 1916 a 25 de abril de 1917 |
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, História de Portugal, Dicionário de Personalidades, Volume VIII, Ed. QN-Edição e Conteúdos,S.A., 2004.
- ↑ Guimarãis, Alberto Laplaine; Ayala, Bernardo Diniz de; Machado, Manuel Pinto; António, Miguel Félix. «13.º Ministério». Os Governos da República: 1910–2010. Lisboa: Edição dos autores. p. 213–214. ISBN 978-989-97322-0-9
- ↑ Maltez, José Adelino. «Governo de António José de Almeida (1916–1917)». Politipédia — Repertório Português de Ciência Política. Observatório Político. Consultado em 18 de fevereiro de 2013
- ↑ Secretaria-Geral do Ministério das Finanças e da Administração Pública. «Iconografia – Quadros dos Mandatos» (PDF). Consultado em 17 de maio de 2017
Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ Se o Governo Provisório (1910–1911), sendo um governo provisório e ainda não constitucional, não for contabilizado, então este governo será o 12.º governo da Primeira República Portuguesa.
- ↑ a b Para alguns detentores interinos de cargos ministeriais não foram lavrados diplomas de exoneração. Desta forma, não se sabe em que data abandonaram o cargo.