Arnaldo Jardim
Arnaldo Jardim | |
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Deputado Federal por São Paulo | |
No cargo | |
Período | 1º de fevereiro de 2007 até atualidade[1] |
Legislatura | 53ª (2007 - 2011) 54ª (2011 - 2015) 55ª (2015 - 2019) 56ª (2019 - 2023) |
Secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento de São Paulo | |
Período | 2015 a 2018 |
Governador | Geraldo Alckmin (PSDB) |
Secretário Estadual de Habitação de São Paulo | |
Período | 1992 a 1993 |
Governador | Luiz Antônio Fleury (PMDB) |
Deputado Estadual de São Paulo | |
Período | 15 de março de 1987 até 14 de março de 1995; 15 de março de 1999 até 31 de janeiro de 2007 |
Legislatura | 11ª (1987 - 1991) 12ª (1991 - 1995) 14ª (1999 - 2003) 15ª (2003 - 2007) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Arnaldo Calil Pereira Jardim |
Nascimento | 8 de maio de 1955 (69 anos) Altinópolis, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Diana Calil Jardim Pai: Aluísio Arnaldo Pereira Jardim |
Alma mater | Universidade de São Paulo |
Esposas | Helena Maria Gasparian (ex) |
Filhos(as) | Leonardo, Pedro e Rafael (1º casamento) |
Partido | PMDB (1980-1999) Cidadania (1999-presente) |
Religião | Católico |
Profissão | Engenheiro civil |
Website | arnaldojardim.com.br |
Arnaldo Calil Pereira Jardim (Altinópolis, 8 de maio de 1955) é um engenheiro civil e político brasileiro filiado ao Cidadania.[2] Atualmente exerce seu quarto mandato de deputado federal por São Paulo, já tendo sido líder da bancada do partido. É presidente estadual do Cidadania e membro titular da Executiva Nacional e do Diretório Nacional do partido.[3][4] Ele é membro das Frentes Parlamentares de Valorização do Setor Sucroenergético (como coordenador), da Agropecuária (FPA), do Ambientalismo, da Mineração, entre outras.[5][6][7][8][1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Ingressou na política como líder estudantil, quando foi diretor do DCE da Universidade de São Paulo (USP) e da União Estadual dos Estudantes (UEE).
Se elegeu pela primeira vez em 1986 como deputado estadual de São Paulo, sendo, aos 31 anos, o mais novo parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) de sua legislatura. Foi o relator do anteprojeto da Constituição Estadual e da emenda que acabou com a imunidade parlamentar para crimes comuns[9]. Se reelegeu para o cargo em 1990, 1998 e 2002, totalizando 4 mandatos como deputado estadual. Entre 1992 e 1993, foi secretário estadual da Habitação.
Deputado federal
[editar | editar código-fonte]Na eleição de 2006 se candidatou a deputado federal e se elegeu com seu maior número de votos até hoje. Foi o criador dos PL's que criam o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC),[10] a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)[11] e a capitalização da Petrobras com uso do FGTS.[12] Votou a favor de aumentar o salário de senadores (em 62%), ministros de estado (em 140%), presidente da república e vice (em 134%), além do seu próprio salário (em 62%).[13]
Se reelegeu na eleição de 2010. Foi favorável aos ruralistas nas votações do Novo Código Florestal.[14][15] Votou contrário ao projeto que não previa a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação.[16] Em 2011 defendeu a proposta de aumento do salário mínimo para R$ 600 (a proposta do governo era até R$ 545).[17] Foi contrário à MP da Copa do Mundo (Regime Diferenciado de Contratações).[18] Votou a favor da expropriação de imóveis onde houver trabalho escravo (destinando-os à reforma agrária ou programas de habitação popular)[19] e a favor da PEC do orçamento impositivo.[20]
Arnaldo foi reeleito na eleição de 2014, tendo sua campanha recebido doação de R$ 125 mil da Usiminas Siderúrgicas de Minas Gerais.[21]. Entretanto em janeiro de 2015 foi nomeado Secretário de Estado de Agricultura e Abastecimento de São Paulo no governo Geraldo Alckmin (PSDB).[1] Ele licenciou-se de ambas as funções por 7 vezes, alternando sua atuação.[1] Dentre as votações mais importantes desse mandato, Arnaldo esteve presente apenas na do Impeachment de Dilma Rousseff (PT), quando votou favoravelmente.[22] Na secretaria estadual, promoveu e ampliou o programa Cadastro Ambiental Rural (CAR).[23]
Na eleição de 2018 foi reeleito[24] e sua campanha recebel a doação de R$ 250 mil do empresário Rubens Ometto, fundador da Cosan.[25] Dentre as principais votações durante seu quarto mandato, Arnaldo votou a favor nas seguintes pautas: MP 867 (que segundo ambientalistas alteraria o Código Florestal anistiando desmatadores);[26] PEC da Reforma da Previdência;[27][28] PL 3723 que regulamenta a prática de atiradores e caçadores;[29] Novo Marco Legal do Saneamento;[30] MP 910 (conhecida como MP da Grilagem);[31] congelamento de salário de servidores públicos durante a pandemia;[32] anistia da dívida das igrejas;[33] convocação de uma Convenção Interamericana contra o Racismo;[34] autonomia do Banco Central[35] e prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL/RJ).[36]
Foi o único na bancada do partido a votar contra a criminalização de responsáveis pelo rompimento de barragens,[37] contra a exclusão dos professores na Reforma da Previdência[38] e a favor de alteração do Fundo Eleitoral.[39] Votou contra o aumento do Fundo Partidário[40] e a diminuição do Fundo Eleitoral.[41] Na regulamentação do novo FUNDEB, Votou pela possibilidade de destinar verbas para a educação privada,[42] Porém, depois votou para que a destinação fosse apenas para o ensino público.[43] Esteve ausente na votação que aprovou o "Pacote Anti-crime".[44]
Nas eleições de outubro de 2022 se elegeu para o seu quinto mandato como deputado federal por São Paulo, com 113.462 votos.[45]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Pagamento Irregular
[editar | editar código-fonte]No dia 3 de março de 2009, foi descoberto que Arnaldo pagava sua empregada doméstica com dinheiro da Câmara, pois ela estava contradada como secretária parlamentar.[46]
Delação Premiada
[editar | editar código-fonte]Em agosto de 2019, o ex-diretor do Metrô de São Paulo revelou numa delação premiada um suposto esquema de propina que abastecia campanhas eleitorais do PSDB e também um suposto mensalão para garantir apoio dos então deputados estaduais, entre eles Arnaldo Jardim.[47]
Desempenho eleitoral
[editar | editar código-fonte]Ano | Eleição | Cargo | Partido | Coligação | Votos | Resultado[48] |
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1986 | Estadual de São Paulo | Deputado Estadual | PMDB | sem coligação proporcional | 52.806 (0,34%) | Eleito |
1990 | Estadual de São Paulo | Deputado Estadual | PMDB | sem coligação proporcional | 37.730 (0,22%) | Reeleito |
1994 | Estadual de São Paulo | Vice-Governador | PMDB | PMDB, PL, PSD | 1.584.397 (11,29%) | Não Eleito |
1998 | Estadual de São Paulo | Deputado Estadual | PMDB | PMDB / PGT / PRP / PTdoB | 45.044 (0,36%) | Eleito |
2002 | Estadual de São Paulo | Deputado Estadual | PPS | PPS / PDT / PTB | 76.708 (0,46%) | Reeleito |
2006 | Estadual de São Paulo | Deputado Federal | PPS | PPS / PSDB / PFL / PTB | 187.427 (1,04%) | Eleito |
2010 | Estadual de São Paulo | Deputado Federal | PPS | PPS / PSDB / DEM | 140.641 (0,73%) | Reeleito |
2014 | Estadual de São Paulo | Deputado Federal | PPS | PPS / PSDB / DEM | 155.278 (0,81%) | Reeleito |
2018 | Estadual de São Paulo | Deputado Federal | PPS | PPS / PSB / PSC / PTB | 132.363 (0,71%) | Reeleito |
2022 | Estadual de São Paulo | Deputado Federal | Cidadania | Federação PSDB Cidadania | 113.462 (0,48%) | Reeleito |
Referências
- ↑ a b c d Câmara dos Deputados. «Deputado federal Arnaldo Jardim». Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ Cidadania. «Diretórios Estaduais do Cidadania». Consultado em 20 de fevereiro de 2021
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- ↑ Cidadania. «Membros do Diretório Nacional do Cidadania». Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ Câmara de Deputados. «Frente Parlamentar da Mineração». Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ Câmara de Deputados. «Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético». Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ Câmara de Deputados. «Frente Parlamentar Ambientalista». Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ Câmara de Deputados. «Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)». Consultado em 20 de fevereiro de 2021
- ↑ «Perfil». Arnaldo Jardim. Consultado em 14 de janeiro de 2021
- ↑ Jornal de Brasília (29 de outubro de 2009). «Câmara aprova criação de fundo contra aquecimento global». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Poder360 (31 de julho de 2020). «Política nacional de resíduos sólidos precisa ir adiante, defende Arnaldo Jardim». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Câmara dos Deputados (3 de março de 2010). «Câmara aprova capitalização da Petrobras com uso do FGTS». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (15 de dezembro de 2010). «Quem apoiou a votação do aumento para os parlamentares». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (24 de maio de 2011). «Veja como os deputados votaram o Código Florestal». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (26 de abril de 2012). «Como cada deputado votou o Código Florestal». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (6 de novembro de 2012). «Veja como votaram os deputados nos royalties do petróleo». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (16 de fevereiro de 2011). «Confira como cada deputado votou sobre proposta de mínimo de R$ 600». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (18 de junho de 2011). «Lista: como os deputados votaram na MP da Copa do Mundo». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (23 de maio de 2012). «Deputados de dez partidos votaram contra a PEC do Trabalho Escravo». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (13 de agosto de 2013). «Como os deputados votaram na PEC do orçamento impositivo». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Clarissa Reis Oliveira (Tramas) (27 de agosto de 2015). «Quem é quem nas discussões do Novo Código da Mineração (2014)». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (18 de abril de 2016). «O Voto dos Deputados: Prosseguimento do impeachment de Dilma Rousseff». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Governo de SP (15 de junho de 2016). «Secretário Arnaldo Jardim ressalta que não se pode relaxar diante da prorrogação do CAR até 2017». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ UOL (7 de outubro de 2018). «Apuração de votos e resultados da Eleição 2018». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Terra (2 de outubro de 2018). «Frente Parlamentar Agropecuária declara voto em Jair Bolsonaro nas eleições 2018». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (29 de maio de 2019). «Veja os deputados favoráveis à MP que muda Código Florestal». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (10 de julho de 2019). «O Voto dos Deputados: PEC da Reforma da Previdência (1º turno)». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (7 de agosto de 2019). «O Voto dos Deputados: PEC da Reforma da Previdência (2º turno)». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (5 de novembro de 2019). «O Voto dos Deputados: Regras para armas de caçadores e coleciomadores». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (11 de dezembro de 2019). «O Voto dos Deputados: Novo Marco Legal do Saneamento Básico». Consultado em 23 de fevereiro de 2021;
- ↑ Folha (12 de maio de 2020). «341 deputados votaram pela 'MP da grilagem'». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (21 de agosto de 2020). «Veja como cada deputado votou no veto ao reajuste de salário de servidores». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (9 de setembro de 2020). «Veja como cada deputado votou na emenda que perdoa dívidas de igrejas». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Estado de Minas (9 de dezembro de 2020). «Veja quais deputados votaram contra a Convenção contra o Racismo na Câmara». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (10 de fevereiro de 2021). «Veja como cada deputado votou a autonomia do Banco Central». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (19 de fevereiro de 2021). «Prisão de Daniel Silveira: veja como cada deputado votou». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (25 de junho de 2019). «O Voto dos Deputados: Criminalização do rompimento de barragem por negligência». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (10 de julho de 2019). «O Voto dos Deputados: Destaque para excluir professores da Reforma da Previdência». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (3 de setembro de 2019). «O Voto dos Deputados: Alteração no Fundo Eleitoral». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (4 de setembro de 2019). «Lista dos deputados que votaram para aumentar o Fundão Eleitoral». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (17 de dezembro de 2019). «O Voto dos Deputados: Redução do Fundo Eleitoral». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (10 de dezembro de 2020). «Deputados destinam dinheiro público a escolas ligadas a igrejas. Veja como cada um votou». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Congresso em Foco (17 de dezembro de 2020). «Veja como cada deputado votou na regulamentação do Fundeb». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ G1 (4 de dezembro de 2019). «O Voto dos Deputados: Pacote Anticrime». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ «São Paulo: veja lista dos deputados federais eleitos em 2022». noticias.uol.com.br. Consultado em 6 de outubro de 2022
- ↑ Folha de S.Paulo (8 de abril de 2009). «Mais uma empregada de deputado é paga com verba da Câmara». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Metrópoles (29 de agosto de 2019). «Ex-diretor do Metrô-SP delata mensalão e propinas a campanhas do PSDB». Consultado em 23 de fevereiro de 2021
- ↑ Poder360. «Candidaturas de Arnaldo Jardim». Consultado em 2 de fevereiro de 2021
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