Carlos Marun
Carlos Marun | |
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Carlos Marun | |
Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência do Brasil | |
Período | 15 de dezembro de 2017 até 28 de dezembro de 2018[1] |
Presidente | Michel Temer |
Antecessor(a) | Antônio Imbassahy |
Sucessor(a) | Carlos Alberto dos Santos Cruz |
Deputado Federal por Mato Grosso do Sul | |
Período | 1 de fevereiro de 2015 até 1 de fevereiro de 2019 |
Deputado Estadual por Mato Grosso do Sul | |
Período | 1º de fevereiro de 2007 a 31 de janeiro de 2015 |
Secretário de Estado de Habitação e das Cidades de Mato Grosso do Sul | |
Período | 1º de janeiro de 2007 a 31 de dezembro de 2014 |
Governador | André Puccinelli |
Antecessor(a) | Carlos Augusto Longo Pereira |
Sucessor(a) | Maria do Carmo Avesani Lopez |
Vereador de Campo Grande | |
Período | 1º de janeiro de 2005 até 31 de dezembro de 2006 |
Diretor-Presidente da Empresa Municipal de Habitação de Campo Grande | |
Período | 5 de agosto de 1998 até 2 de abril de 2004 |
Prefeito | André Puccinelli |
Antecessor(a) | João Agullar Junqueira |
Sucessor(a) | Fernando Carlos Nogueira Ferreira |
Secretário Municipal de Assuntos Fundiários de Campo Grande | |
Período | 15 de março de 1997 até 9 de junho de 1997 |
Prefeito | André Puccinelli |
Antecessor(a) | Gustavo Pasqual |
Sucessor(a) | Marquinhos Trad |
Dados pessoais | |
Nascimento | 21 de novembro de 1960 (64 anos) Porto Alegre, RS |
Nacionalidade | brasileiro |
Partido | MDB (2003-presente) |
Profissão | advogado, engenheiro civil |
Carlos Eduardo Xavier Marun (Porto Alegre, 21 de novembro de 1960) é um advogado, engenheiro civil e político brasileiro, filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Entre outros cargos, foi deputado estadual de Mato Grosso do Sul (2007-2015), deputado federal pelo mesmo estado (2015-2019) e ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República (2017-2018).
Marun foi considerado o principal aliado e defensor de Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados,[2][3][4][5] membro de sua "tropa de choque",[6][7][8] e foi o principal artífice das manobras que protelaram a cassação do deputado afastado, réu por suspeita de corrupção e envolvimento na Operação Lava Jato.[7][6][4][8][5][9]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Descendente de imigrantes oriundos da cidade de Gazir, no norte do Líbano,[10][11] é formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1978-1982) e em Direito pelo Centro Universitário de Campo Grande (1994-1999). Foi vereador de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, além de ser duas vezes deputado estadual no mesmo estado.
Se candidatou para a vaga de Governador do Mato Grosso do Sul, em 2002, pelo PTB, obtendo 22.488 votos, porém, não conseguiu ser eleito.[12]
Foi secretário municipal de Assuntos Fundiários da Prefeitura Municipal de Campo Grande, em 1996; Diretor Presidente da Empresa Municipal de Habitação (EMHA) da Prefeitura Municipal Campo Grande (1997-2004).
Em abril de 2003 Marun filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).[13]
Atualmente está sendo processado por improbidade administrativa durante a presidência da Agehab, sendo acusado, com outros 13 réus, de causar lesão ao erário estimados em 16,6 milhões de reais, o processo tramita, desde junho de 2013, na 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos da Justiça de Mato Grosso do Sul.[14]
Em 2007 licenciou-se do cargo de deputado para ser secretário de Habitação e Cidades e presidente da Agência de Habitação Popular, a convite do governador André Puccinelli, permanecendo no cargo até 2014, quando candidatou-se a deputado federal.[14]
Mandato no Congresso Nacional
[editar | editar código-fonte]Candidatando-se pelo PMDB (ainda com o P no início), foi eleito pela frente "MS Cada Vez Melhor" deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019).
Foi um ferrenho defensor e integrante da chamada tropa de choque de Eduardo Cunha, quando Cunha era Presidente da Câmara e foi objeto de processo de Cassação no Conselho de Ética da Câmara, além de réu em processos criminais e de improbidade e que teve seu mandato suspenso pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de obstruir investigações contra si.[7][6][4][8]
Durante a sessão extraordinária da votação da cassação do mandato de Eduardo Cunha, tentou repetidas vezes atrasar a sessão, primeiro apresentando um projeto de resolução para separar a votação em duas, uma para a cassação e outra para a inelegibilidade, como ocorrido no Processo de Impeachment de Dilma Rousseff e após o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, negar a questão de ordem, o deputado recorreu e pediu efeito suspensivo, rejeitado em votação simbólica, a qual contestou pedindo verificação nominal, também negada pela presidência da casa.
Votou Processo de impeachment de Dilma Rousseff.[15] Posteriormente, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[15]
Em novembro de 2016, Carlos Marun notabilizou-se em tentar impedir a aprovação das 10 Medidas contra a corrupção Em declaração ao jornal O Estado de S.Paulo disse: “Caixa dois não é propina, não é corrupção, é outro tipo de relação. Político não gosta de caixa dois, gosta de receber e botar na sua conta. Mas, após se fazer uma criminalização da doação oficial, muitas empresas começaram a preferir fazer doação sem revelar”.[carece de fontes]
Em abril de 2017 votou a favor da Reforma Trabalhista.[15] [16]
Em setembro de 2017, foi eleito relator da CPI da JBS, comissão parlamentar que investiga as operações de empréstimos do grupo JBS concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).[17] A escolha de Marun gerou polêmica em razão do mesmo ter recebido recursos por doações da JBS, e portanto, de acordo com parlamentares como Ricardo Ferraço, Otto Alencar e Ivan Valente apontarem ao fato de Marun ter vínculo com o frigorífico.[18][19] Além disto pesa um processo contra Marun de desvio de recursos. Marun nega as acusações.[20]
Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente Michel Temer, ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.[15][21] Em comeração à vitória de Temer, cantou e dançou no plenário um trecho de paródia da música "Tudo Está no seu Lugar", de Benito di Paula.[22][23]Em 22 de novembro de 2017 foi escolhido para o lugar de Antônio Imbassahy para Ministro da Secretaria de Governo[24]
Conselheiro de Itaipu Binacional
[editar | editar código-fonte]Marun não concorreu a nenhum cargo político nas eleições de 2018.[25] Porém, no dia 31 de dezembro de 2018, último dia de seu mandato como deputado federal, Michel Temer, em seu último dia de mandato como presidente, indicou Marun para o cargo de conselheiro de Itaipu Binacional.[26] Marun assumiu no lugar do advogado Frederico de Oliveira, servidor da Casa Civil, e seu mandato no conselho de administração de Itaipu terminou em maio de 2020, quando foi reconduzido ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro para mandato até maio de 2024. [26][27]
Condecorações
[editar | editar código-fonte]- Colaborador Emérito do Exército, Comando Militar do Oeste - 9ª Divisão do Exército Brasileiro, BRASIL, Campo Grande, MS, 2000;
- Presidente Emérito, Associação Brasileira de Cohabs, BRASIL, Brasília, DF, 2002;
- Comenda de Tauny, Câmara Municipal, BRASIL, Anastácio, MS, 2013;
- Medalha Mérito Tamandaré,[28] BRASIL, Brasília, DF, 2018.
Uso indevido da cota parlamentar
[editar | editar código-fonte]O deputado usufruiu de dinheiro público para viajar para Curitiba no intuito de visitar ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha no Complexo Médico-Penal de Pinhais, na região metropolitana da capital do estado do Paraná, no dia 30 de dezembro de 2016. Segundo ele, a viagem não teve cunho político mas se tratava de "uma visita natalina de caráter solidário" e que iria arcar com os 1.242,62 reais gastos em hospedagem e passagens aéreas pelos quais solicitou ressarcimento. Parte dos ressarcimentos consta nas prestações de contas da cota de atividade parlamentar de Carlos Marun. Da de dezembro de 2016, está registrado um reembolso de 327,58 reais por uma passagem de Curitiba para Porto Alegre emitida no dia 29 de dezembro de 2016 pela companhia Azul. Da de janeiro de 2017, 154,35 reais por hospedagem no Hotel Rochelle, em Curitiba, nos dias 29 e 30 de dezembro. Ele disse que não solicitou ressarcimento dos gastos com transporte e alimentação realizados durante a viagem.[29]
Desempenho em eleições
[editar | editar código-fonte]Ano | Eleição | Candidato a | Partido | Coligação | Suplentes/Vice | Votos | Resultado |
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2002 | Estadual de Mato Grosso do Sul | Governador | PTB | Frente Ampla | Venturino Collet
(PFL) |
22.488
(2,13%) |
Não Eleito (4º lugar) |
2004 | Municipal de Campo Grande/MS | Vereador | PMDB | Campo Grande no Rumo Certo | — | 8.567 | Eleito (3º mais votado) |
2006 | Estadual de Mato Grosso do Sul | Deputado Estadual | PMDB | Amor, Trabalho e Fé | — | 24.069 | Eleito |
2010 | Estadual de Mato Grosso do Sul | Deputado Estadual | PMDB | Amor, Trabalho e Fé | — | 40.163 | Eleito (4º mais votado) |
2014 | Estadual de Mato Grosso do Sul | Deputado Federal | PMDB | MS Cada Vez Melhor (PMDB/PSB/PRB/PTN/PEN/PSC) |
— | 91.816 | Eleito (2º mais votado) |
Referências
- ↑ http://www.in.gov.br/web/guest/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/57507176/do2-2018-12-31-decretos-de-28-de-dezembro-de-2018-57507046
- ↑ «Peemedebista Carlos Marun diz que não vai mais pedir renúncia de Cunha - Brasil - BOL Notícias». noticias.bol.uol.com.br. Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ «Aliado de Cunha quer restringir processo contra peemedebista VEJA.com». Veja. Abril. Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ a b c «Carlos Marun é a voz gaúcha em defesa de Eduardo Cunha». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ a b «Relator da CCJ nega recurso de Eduardo Cunha». 8 de julho de 2016. Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ a b c «Quem são os líderes da 'tropa de choque' que blinda Cunha na Câmara - BBC Brasil». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ a b c «Conheça a "tropa de choque" por trás das manobras para salvar Eduardo Cunha - Política - iG». Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ a b c «Recuo de Maranhão é visto na Câmara como perda de apoio de Cunha». 20 de junho de 2016. Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ «Após trocar relator, 'tropa de choque' de Cunha atua para tirar presidente». 12 de dezembro de 2015. Consultado em 15 de julho de 2016
- ↑ Carrieri, Marcos (25 de maio de 2015). «Deputados discutem cooperação com Líbano». ANBA (Agência de Notícias Brasil-Árabe). Consultado em 19 de julho de 2023
- ↑ dal Piva, Juliana (6 de abril de 2018). «Um perfil de Carlos Marun, pilar do governo». Época. Consultado em 19 de julho de 2023
- ↑ UOL
- ↑ «Relação de filiados». TSE
- ↑ a b Luiz Maklouf Carvalho (26 de setembro de 2017). «Relator de CPI da JBS, Carlos Marun é alvo de ação por desvio de R$ 16 milhões». Notícias. UOL.com.br. Consultado em 29 de outubro de 2017
- ↑ a b c d G1 (2 de agosto de 2017). «Veja como deputados votaram no impeachment de Dilma, na PEC 241, na reforma trabalhista e na denúncia contra Temer». Consultado em 11 de outubro de 2017
- ↑ Redação (27 de abril de 2017). «Reforma trabalhista: como votaram os deputados». Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ Débora Brito. «Carlos Marun é escolhido relator da CPI da JBS no Congresso». Agência Brasil. EBC. Consultado em 26 de setembro de 2017
- ↑ «Um terço dos membros da CPI da JBS já foi financiado pela empres\». Correio Braziliense. 13 de setembro de 2017. Consultado em 26 de setembro de 2017
- ↑ Rodrigo Serpa. «CPI da JBS tem integrantes que receberam doações da empresa». CBN. Globo.com. Consultado em 26 de setembro de 2017
- ↑ Luiz Maklouf Carvalho. «Relator de CPI da JBS é acusado de desvio de R$ 16,6 mi». Estadão. Consultado em 26 de setembro de 2017
- ↑ Carta Capital (3 de agosto de 2017). «Como votou cada deputado sobre a denúncia contra Temer». Consultado em 18 de setembro de 2017
- ↑ «Aliado de Temer canta e dança música sobre 'surra' na oposição». Veja. Editora Abril. 26 de outubro de 2017. Consultado em 29 de outubro de 2017
- ↑ José Antonio Lima (26 de outubro de 2017). «Quem é Carlos Marun, o deputado que dançou para celebrar salvação de Temer». #carta. Carta Capital. Consultado em 29 de outubro de 2017
- ↑ «Temer decide nomear deputado Carlos Marun para ministro da Secretaria de Governo». G1
- ↑ «Fracasso nas urnas marca apoiadores do presidente Michel Temer». Folha de S.Paulo. 8 de outubro de 2018
- ↑ a b «Temer nomeia Carlos Marun para conselho de Itaipu». Folha de S.Paulo. 31 de dezembro de 2018
- ↑ «Bolsonaro reconduz Carlos Marun ao Conselho de Itaipu». G1. 16 de maio de 2020. Consultado em 16 de maio de 2020
- ↑ «Comandante da Marinha recebe o Ministro Carlos Marun para imposição da Medalha Mérito Tamandaré». Marinha do Brasil. 28 de dezembro de 2018
- ↑ «Deputado usou verba da Câmara para visitar Eduardo Cunha na prisão». G1. 31 de janeiro de 2017. Consultado em 5 de fevereiro de 2017
Ligações externas
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- Nascidos em 1960
- Advogados do Rio Grande do Sul
- Alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Brasileiros de ascendência libanesa
- Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul
- Deputados federais do Brasil por Mato Grosso do Sul
- Engenheiros civis do Brasil
- Engenheiros do Rio Grande do Sul
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1980)
- Ministros do Governo Michel Temer
- Naturais de Porto Alegre
- Pessoas da Itaipu Binacional
- Secretários estaduais de Mato Grosso do Sul
- Secretários municipais de Campo Grande (Mato Grosso do Sul)
- Vereadores de Campo Grande (Mato Grosso do Sul)