Chagatai
Chagatai | |
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Estátua de Chagatai na Mongólia | |
Cã do Canato de Chagatai | |
Reinado | 1226-1242 |
Sucessor(a) | Cara Hulegu |
Nascimento | 22 de dezembro de 1183 |
Morte | 1 de julho de 1242 (58 anos) |
Almalique (em Sinquião) | |
Descendência | |
Pai | Gêngis Cã |
Mãe | Borte |
Chagatai (em mongol: Цагадай; romaniz.: Tsagadai; em uigur: چاغاتايخان; Tsagadai; em turco: Çağatay), Chaguetai (em chinês: 察合台; Chágětái) ou Jogadai (em persa: جغتای) foi um nobre mongol do século XIII, filho de Gêngis Cã (r. 1206–1227) e Borte, nascido em 22 de dezembro de 1183 e morto em 1 de julho de 1242 em Almalique (em Sinquião). Apesar de ser o segundo filho mais velho depois de Jochi, era o primeiro cuja paternidade não foi contestada, uma vez que seu irmão pode ter sido fruto do estupro de que sua mãe foi vítima.[3] Participou nas campanhas na Mongólia Interior (1211), Hebei e Xanxim (1213) com seus irmãos Jochi e Oguedai e contra Otrar (inverno de 1219-20) e Urguenche (abril de 1221) com Oguedai. Com o auxílio de seu partidário Zhang Rong, supervisionou a construção de estradas e pontes para o trânsito de tropas que fizeram a campanha contra o Império Corásmio (r. 1077–1231).[4]
Gêngis lhe deu Almalique (perto da atual Huo-cheng) como pasto de verão e a área entre Samarcanda e Bexe-Baligue como pasto de inverno, além de colocar sob seu comando 4 000 ou 8 000 homens, dependendo da fonte. Nas campanhas no norte da China e Ásia Central, adquiriu a cidade de Taiuã e dois conselheiros, o uigur Vajir do norte da China e Cobadim Habaxe Amide de Otrar. O seu pai o elogiou por sua devoção a jasaque (lei) e iosum (costume) mongóis, mas o considerou obstinado e tacanho. Também designou a Chagatai Borchu dos alurades e então Coque Chos dos baarins para triná-lo.[4]
Chagatai apoiou a eleição de Oguedai como grão-cã em 1229 e teve papel essencial na estabilização do Império Mongol após a morte de Gêngis, uma vez que, embora o mais velho dos gengiscânidas vivos depois da morte de Jochi em 1225, manteve estrita deferência ao grão-cã. Protestou em vão contra o alcoolismo de Oguedai e proibiu estritamente abluções islâmicas e matanças halal de animais no seu território. Com a morte de seu irmão em 1241, ficaria numa posição favorável no canato que o permitiria interferir na sucessão, mas em 1242 também morreu. Sua esposa Isulum acusou o conselheiro Vajir de tê-lo envenenado e o último foi executado. Seja como for, foi sucedido por seu neto Cara Hulegu (r. 1242–1246), filho de Mutucã. Ainda teve outros sete filhos e pelo menos outra esposa chamada Toguém.[4]
Referências
- ↑ Atwood 2004, p. 83; 212.
- ↑ Broadbridge 2018, p. 245-246.
- ↑ Atwood 2004, p. 81; 278.
- ↑ a b c Atwood 2004, p. 278.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Atwood, Christopher P. (2004). Encyclopedia of Mongolia and the Mongol Empire. Nova Iorque: Facts On File, Inc.
- Broadbridge, Anne F. (2018). Women and the Making of the Mongol Empire. Cambrígia: Cambridge University Press