Cronologia de Alcobaça
Esta é uma cronologia de acontecimentos na História de Alcobaça.
Pré-história
[editar | editar código-fonte]- Bifaces em pedra lascada e outros artefactos, encontrados numa gruta da freguesia dos Montes e datados entre os 400 e os 200 mil anos, testemunham o povoamento antigo da região.
Século VII a.C.
[editar | editar código-fonte]- Os fenícios fundam a colónia de Kos (actual Cós), dando-lhe o nome da ilha do Dodecaneso.
Século I d.C.
[editar | editar código-fonte]- Início da ocupação da villa romana de Parreitas (habitada até ao século IV).
Século VIII
[editar | editar código-fonte]- Os muçulmanos conquistam o castelo de Alcobaça, de construção visigótica, e o castelo de Alfeizerão.
Século XII
[editar | editar código-fonte]- D. Afonso Henriques conquista o castelo de Alfeizerão, o castelo de Alcobaça e terras circundantes aos mouros.
- Foral de Alpedriz.
- Primeira menção do topónimo "Pataias", no documento de doação feito por D. Afonso Henriques aos Monges Beneditos da Ordem de Cister
- 8 de Abril: D. Afonso Henriques doa aos monges beneditinos de Cister as Terras de Alcobaça.
- Aljubarrota torna-se vila.
- Início das obras de construção do Mosteiro de Alcobaça.
- Muçulmanos vindos de Marrocos massacram os monges que se encontravam a construir o Mosteiro de Alcobaça.
Século XIII
[editar | editar código-fonte]- Alvorninha (então pertença dos Coutos de Alcobaça) torna-se vila.
- Foral de Alcobaça.
- 6 de Agosto: Os monges abandonam a velha abadia, mudando-se para o novo Mosteiro.
- Túmulo de D. Afonso II (†1223) é acolhido na igreja do Mosteiro de Alcobaça.
- Pederneira (então porto de mar, e pertença dos Coutos de Alcobaça) torna-se vila.
- Consagração do Mosteiro de Alcobaça.
- Foral de São Martinho do Porto.
- 11 de Janeiro: Primeiras aulas públicas em Portugal, dadas pelos monges do Mosteiro de Alcobaça, após reforma sob o abade Estêvão Martins.
- Paredes da Vitória torna-se vila.
- Évora de Alcobaça torna-se vila.
- Fundação do Mosteiro de Santa Maria de Cós.
- Cela Nova torna-se vila.
- Primeira referência ao nome "alfeysarã" (Alfeizerão), registada numa carta de doação.
Século XIV
[editar | editar código-fonte]- Cós torna-se vila.
- Maiorga torna-se vila.
- Santa Catarina (então pertença dos Coutos de Alcobaça) torna-se vila.
- Turquel torna-se vila.
- 21 de Outubro: Foral de Alfeizerão.
- Surto de peste negra mata 150 monges do Mosteiro de Alcobaça num espaço de três meses.
- Foral de Turquel.
- Terminado o túmulo de Inês de Castro, que é colocado no transepto sul do Mosteiro.
- D. Pedro I morre e é sepultado num túmulo no transepto Norte do Mosteiro.
- Abade de Alcobaça reforça a defesa do castelo, erguendo uma barbacã, reedificando uma torre caída e o troço de muralhas voltado para o Mosteiro.
Século XV
[editar | editar código-fonte]- Renovação do foral de Alfeizerão.
- D. João I declara perante as Cortes, que considerava a Abadia de Alcobaça como pertença do rei.
- Foral de Maiorga.
- O abade Nicolau Vieira abdica secretamente dos direitos da Abadia de Alcobaça a favor do arcebispo de Lisboa, Jorge da Costa, em troca de uma concessão anual de 150.000 réis.
Século XVI
[editar | editar código-fonte]- D. Manuel I concede foral novo a Alcobaça, Alfeizerão, Cós e Turquel.
- 1 de Outubro: D. Manuel I concede Foral novo a Cela, Évora de Alcobaça e Salir de Matos.
- D. Manuel I concede foral novo a Alpedriz.
- Construção da igreja de São Vicente de Aljubarrota.
- Cardeal D. Henrique torna-se abade de Alcobaça
- Termina a construção do Mosteiro de Cós sob D. Henrique.
- Cardeal D. Henrique funda o Convento de Santa Maria Madalena, um mosteiro para monges Franciscanos, nos Capuchos (Évora de Alcobaça).
- Por bula do Papa Pio V, o Mosteiro de Alcobaça separa-se da Ordem de Cister e torna-se cabeça da Congregação Portuguesa.
Século XVII
[editar | editar código-fonte]- Castelo de Alcobaça beneficia de obras de reparação. A torre destacada a leste passa a ser utilizada como cadeia (até ao terramoto de 1755)
Século XVIII
[editar | editar código-fonte]- Início da construção da actual fachada barroca do Mosteiro de Alcobaça.
- Construída a Biblioteca do Mosteiro de Alcobaça.
- 1 de Novembro: Terramoto de 1755 danifica partes do mosteiro de Alcobaça e do castelo de Alcobaça, que deixa de ser utilizado como cadeia.
- 11 de Novembro: A “Grande Cheia” (possivelmente um tsunami) danifica principalmente a ala sul do Mosteiro de Alcobaça, danificando fundações e depositando grandes quantidades de terra e lama, apesar de este ficar a 10 km do mar.
Século XIX
[editar | editar código-fonte]- 16 de Outubro: Mosteiro de Alcobaça é saqueado durante 11 dias, na sequência da vitória liberal na Guerra Civil.
- Com a extinção das ordens religiosas masculinas em Portugal, parte do Mosteiro de Alcobaça é vendido em hasta pública.
- Determinação de arrasar o Castelo de Alcobaça, já sem função defensiva. Tem início a venda de pedras do castelo.
- Demolida a muralha de Alcobaça, que dividia os terrenos de agricultura a norte do Mosteiro do átrio ocidental do mesmo.
- Ao município de São Martinho do Porto são anexadas as freguesias de Alfeizerão, Salir do Porto e Serra do Bouro.
- Refeitório do Mosteiro de Alcobaça é transformado numa sala de teatro, que funcionou até 1929.
- Actas da Câmara Municipal consideram o castelo de Alcobaça como extinto.
- Extinção do concelho de São Martinho do Porto.
- Eliminado o pelourinho de Alcobaça.
- (até 1868): É instalada uma arena destinada a touradas no Claustro do Rachadoiro do Mosteiro de Alcobaça.
- Pelourinho de Turquel é levado para o Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa.
- Pelourinho de Évora de Alcobaça é levado para o Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, por vontade da população.
- Carlos de Portugal outorga o título de Visconde de Alpedriz a José Eugénio da Silva, natural do Distrito de Leiria que no Rio de Janeiro realizou grande obra de benemerência e protecção aos colonos Portugueses.
Século XX
[editar | editar código-fonte]- Publicação do primeiro decreto do Governo a proteger partes do Mosteiro.
- 16 de Junho: Capela de Nossa Senhora do Desterro é classificada como Monumento Nacional.
- 27 de Outubro: Inauguração da primeira sala de cinema de Alcobaça, o Salão Cine-Moderno.
- 29 de Maio: Criação da freguesia do Bárrio por destacamento da freguesia da Cela.
- 11 de Outubro: Pelourinho de Alfeizerão e pelourinho de Turquel são classificados como Imóvel de Interesse Público.
- Aproveitamento da cisterna do castelo de Alcobaça para o depósito de água potável a ser distribuída à população.
- 18 de Dezembro: Inauguração do Cine-Teatro de Alcobaça.
- 2 de Janeiro: Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Cós classificada como Imóvel de Interesse Público.
- 1 de Junho: Fundação do Ginásio Clube de Alcobaça.
- 23 de Maio: Pelourinho de Turquel é reposto em Turquel.
- Fundação da Associação Beneditense de Cultura e Desporto.
- 25 de Junho: Fundação do Hóquei Clube de Turquel.
- Fundação do Externato Cooperativo da Benedita.
- 12 de Setembro: Castelo de Alfeizerão é classificado como Imóvel de Interesse Público.
- 8 de Julho: Fundação da Associação de Defesa e Valorização do Património Cultural da Região de Alcobaça (ADEPA).
- 12 de Setembro: Castelo de Alcobaça classificado como Imóvel de Interesse Público.
- 16 de Maio: Benedita é elevada a vila.
- 16 de Maio: Pataias é elevada a vila.
- 4 de Outubro: Criação da freguesia da Martingança, por destacamento da freguesia de Pataias.
- Mosteiro de Alcobaça considerado património mundial pela UNESCO
- 28 de Agosto: Freguesia de Montes criada por destacamento da freguesia de Alpedriz.
- Primeira edição do festival de música clássica Cistermúsica.
- 30 de Agosto: Alcobaça é elevada a cidade.
Século XXI
[editar | editar código-fonte]- 12 de Julho: Freguesia da Moita é transferida para o vizinho concelho da Marinha Grande, após referendo.
- 19 de Julho: Protocolo entre a Câmara Municipal e a ADEPA para a criação do Museu dos Coutos de Alcobaça.
- 12 de Novembro: Reabertura ao público do Cine-Teatro de Alcobaça, após obras de remodelação.
- 7 de Julho: Mosteiro de Alcobaça declarado uma das Sete Maravilhas de Portugal.
- 29 de Março - 2 de Abril: 1.º Concurso Internacional de Música de Câmara “Cidade de Alcobaça”.[1]
Referências
- ↑ Cistermúsica 2009. Apresentação: O universo da música de câmara. Acesso em 17-10-2009.
