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Alcobaça (Portugal)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alcobaça

Fachada do Mosteiro de Alcobaça

Brasão de Alcobaça Bandeira de Alcobaça

Localização de Alcobaça
Mapa
Mapa de Alcobaça
Gentílico Alcobacense
Área 408,14 km²
População 54 973 hab. (2021)
Densidade populacional 134,7  hab./km²
N.º de freguesias 13
Presidente da
câmara municipal
Hermínio Rodrigues (PPD/PSD, 2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
9 Abril 1153 Foral. Povoação mais antiga que a nacionalidade.
Região (NUTS II) Oeste e Vale do Tejo
Sub-região (NUTS III) Oeste
Distrito Leiria
Província Estremadura
Orago Santíssimo Sacramento
Feriado municipal 20 de Agosto, Dia de São Bernardo
Código postal 2460, 2461, 2475
Sítio oficial Município de Alcobaça
Município de Portugal

Alcobaça é uma cidade portuguesa, da região Oeste, com cerca de 18 mil habitantes no perímetro urbano. Situada na província histórica da Estremadura e no distrito de Leiria. Integra atualmente a NUTII do Oeste e Vale do Tejo.[1].

Tendo sido elevada ao estatuto de cidade em 1995, é célebre pela existência da Real Abadia do Mosteiro de Alcobaça, o qual constitui um monumento de forte atração turística.

É sede do município de Alcobaça que tem 408,14 km² de área[2] e 54 973 habitantes (2021),[3] o segundo mais populoso da Comunidade Intermunicipal do Oeste de que faz parte e do distrito de Leiria, estando subdividido em 13 freguesias.[4] O município é limitado a norte pelo município da Marinha Grande, a leste por Leiria, Porto de Mós e Rio Maior, a sul pelas Caldas da Rainha e a oeste pela Nazaré (que é rodeada por terra por Alcobaça), tendo dois troços de costa atlântica, a noroeste e sudoeste. O município alcobacense é policêntrico, possuindo, para além da cidade de Alcobaça, as vilas da Benedita, de São Martinho do Porto, de Alfeizerão, da Cela, de Pataias e de Aljubarrota e respetivas freguesias, como centros de referência.

A área urbana da cidade de Alcobaça abrange cerca de 18 000 habitantes distribuídos pelas freguesias de Alcobaça e Vestiaria e por parte das freguesias de Aljubarrota, Maiorga, Évora de Alcobaça.[carece de fontes?]

A cidade está localizada a 92 km a norte de Lisboa (124 km via A8, ou 110 km via IC2 / A1), e 88 km a sudoeste de Coimbra (114 km via A8 / A17 / IC8 / A1, ou 105 km via IC2 / A1).[5]

Alcobaça é banhada pelos rios Alcoa e Baça, nomes de cuja aglutinação a tradição faz derivar o seu nome – o que está longe de ser consensual.[6]

Ver artigo principal: História de Alcobaça

A actual cidade de Alcobaça cresceu nos vales do rio Alcoa e do rio Baça.

A área do actual município de Alcobaça foi habitada pelos Romanos, mas a denominação ficou-lhe dos Árabes, cuja ocupação denota uma era de progresso a julgar pelos numerosos topónimos das terras adjacentes que os recordam, tais como Alcobaça, AlfeizerãoAljubarrotaAlpedriz e ainda outros topónimos.

Quando Alcobaça foi reconquistada, a localidade tinha acesso ao mar que perto formava a grande Lagoa da Pederneira que atingia Cós e permitia navegarem as embarcações que transportavam para o resto do País os frutos deliciosos produzidos na região graças à técnica introduzida pelos monges de Cister.

Afonso Henriques doou aos monges Cistercienses a 8 de Abril de 1153 as terras de Alcobaça, com a obrigação de as arrotearem; as doações feitas ao longo dos diversos reinados vieram a constituir um vastíssimo território - os Coutos de Alcobaça - que se extendia desde cerca de São Pedro de Moel a São Martinho do Porto e de Aljubarrota a Alvorninha, tendo o território atingido o seu máximo no reinado de D. Fernando I.

Os monges de Cister chegaram a ser senhores de 14 vilas, das quais 4 eram portos de mar: AlfeizerãoSão Martinho do PortoPederneira e Paredes da Vitória.

Os monges de Alcobaça, além da sua actividade religiosa e cultural, desenvolveram uma acção colonizadora notável e perdurável, ensinando técnicas agrícolas e pondo em prática inovações experimentadas noutros mosteiros, graças às quais arrotearam terras, secaram pauis, introduziram culturas adequadas a cada terreno e organizaram explorações ou quintas, a que chamavam granjas, criando praticamente a partir do nada uma região agrícola que se manteve até aos nossos dias como uma das mais produtivas de Portugal. Joaquim Vieira Natividade refere os monges de Alcobaça como os monges-agrónomos.

Os municípios de Alcobaça e Nazaré, bem como parte do norte do município de Caldas da Rainha, foram arroteados e administrados pelos monges alcobacenses. Este vasto território denominava-se os Coutos de Alcobaça.

Eram 14 as vilas dos coutos de Alcobaça:

A cidade de Alcobaça recebeu foral de D. Manuel I em 1514. As outras 13 vilas receberam forais na mesma época.

Em 1567, o mosteiro de Alcobaça separou-se de Cister, a casa-mãe em França, para se tornar cabeça da Congregação Portuguesa, por bula do Papa Pio V.

Em meados do século XVII, a maioria das terras dos coutos de Alcobaça pertencia já aos habitantes das vilas e dos seus concelhos.

Em 1755, por causa do grande terramoto, Alcobaça foi bastante danificada e sofreu uma enorme inundação. O marquês de Pombal impulsionou o município após essa tragédia.

Durante as invasões francesas, no início do século XIX, o mosteiro de Alcobaça foi pilhado.

O mosteiro esteve novamente a saque durante 11 dias em 1833, após o abandono forçado dos monges, em virtude da vitória liberal na guerra civil. Com a extinção das ordens religiosas decretada em 1834, parte do Mosteiro de Alcobaça foi vendido em hasta pública. Das 14 vilas-concelho apenas Alcobaça e Pederneira (a actual Nazaré) são hoje sede de concelho, tendo os outros sido entretanto extintos.

Nos antigos coutos, administrados pelos monges cistercienses durante quase 700 anos, subsistem, para além da atividade agrícola por eles introduzida, uma profusão de elementos arquitectónicos, sobretudo manuelinos, alguns pelourinhos e muitas casas rurais e anexos agrícolas, como lagares de varas que no século XVII e século XIX foram utilizados para a extracção do azeite a partir dos olivais da Serra dos Candeeiros.

Foi feita Dama da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 26 de Abril de 1919.[7]

A 30 de agosto de 1995, Alcobaça foi elevada a cidade.

Até 12 de julho de 2001, fazia também parte do município a freguesia da Moita, a qual entretanto foi transferida para o vizinho concelho da Marinha Grande.

Evolução da População do Município

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Número de habitantes[8]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
21 217 23 271 26 140 28 969 33 023 34 583 38 462 43 518 47 905 50 027 48 028 52 347 54 382 55 376 56 688 54 965

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[9] [10]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
0-14 Anos 9 911 10 954 11 536 12 640 13 940 13 860 13 729 12 195 12 529 10 203 8 844 8 282 6 436
15-24 Anos 4 729 6 293 6 128 6 837 7 404 8 430 8 047 8 065 8 244 8 330 7 580 5 995 5 778
25-64 Anos 11 794 13 199 14 167 15 877 18 142 21 116 23 603 22 740 25 421 27 088 29 493 30 706 28 484
= ou > 65 Anos 2 031 2 073 2 414 3 300 3 353 3 802 4 648 4 290 6 153 7 452 9 459 11 705 14 267

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Alcobaça possui um clima mediterrânico do tipo Csb, ou seja, com verões amenos. Dias com mais de 30 °C são relativamente raros, não chegando a 20 por ano em média, e os verões são secos. Os invernos são amenos e chuvosos, sendo que dias abaixo de 0 °C também não chegam aos 20 por ano.

Dados climatológicos para Alcobaça
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima média (°C) 15,1 15,8 18,2 19 20,8 23,7 25,9 26,2 25,6 22 18,4 15,9 20,6
Temperatura média (°C) 9,6 10,6 12,4 13,6 15,5 18,4 20,3 20,3 19,3 16,2 13,1 11,1 15
Temperatura mínima média (°C) 4,2 5,4 6,7 8,1 10,2 13 14,7 14,4 13 10,4 7,9 6,4 9,5
Precipitação (mm) 106 101,7 59,2 76,1 64,8 23,8 7,8 11,8 36,2 95,2 124,9 132,1 839,6
Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera[11] 13 de maio de 2020

Eleições autárquicas [12]

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Data % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V Participação
PS PPD/PSD CDS-PP FEPU/APU/CDU AD UDP/BE MPT IND E ADN CH NC IL
1976 39,73 3 31,69 3 16,00 1 7,99 -
64,33 / 100,00
1979 39,11 3 AD AD 8,07 - 49,79 4 0,81 -
70,84 / 100,00
1982 40,27 3 7,56 - 48,96 4
66,06 / 100,00
1985 22,74 2 64,87 5 8,27 -
57,94 / 100,00
1989 43,49 3 35,95 3 11,70 1 4,87 -
62,85 / 100,00
1993 51,10 5 30,18 2 4,08 - 6,37 - 3,40 -
63,94 / 100,00
1997 28,53 2 43,96 4 3,66 - 19,73 1
63,22 / 100,00
2001 23,50 2 46,89 4 3,33 - 22,19 1
62,90 / 100,00
2005 17,12 1 55,08 5 2,84 - 15,98 1 3,35 -
62,25 / 100,00
2009 20,89 2 44,93 4 5,20 - 15,28 1 2,60 - 6,67 -
60,43 / 100,00
2013 19,79 2 36,07 3 17,53 1 11,98 1 2,13 - 0,92 -
53,65 / 100,00
2017 21,58 2 43,98 4 15,25 1 7,64 - 2,96 - 0,79 -
55,60 / 100,00
2021 29,99 3 43,18 4 5,12 - 3,45 - 4,64 - 4,43 - 3,42 -
56,79 / 100,00

Eleições legislativas

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Data %
PS PSD CDS PCP UDP AD APU/

CDU

FRS PRD PSN B.E. PAN PSD
CDS
L CH IL
1976 35,91 29,49 17,28 6,46 0,68
1979 26,41 AD AD APU 1,38 54,00 10,16
1980 FRS 0,84 58,66 8,64 24,55
1983 37,31 34,39 14,71 0,58 8,03
1985 22,06 39,50 10,27 0,74 6,77 15,36
1987 21,26 59,28 5,92 CDU 0,50 4,99 3,12
1991 25,22 60,62 4,20 3,59 0,54 1,43
1995 39,22 42,66 10,20 0,43 3,71
1999 37,61 40,97 8,86 7,32 0,25 1,26
2002 31,14 50,87 8,17 3,97 1,95
2005 37,37 40,25 7,67 3,83 5,08
2009 30,77 35,63 11,49 4,92 8,78
2011 21,63 47,50 11,99 4,62 4,74 1,11
2015 25,40 CDS PSD 4,53 8,58 1,13 49,49 0,70
2019 31,16 35,13 5,55 3,88 8,31 2,49 0,89 1,57 0,87
2022[13] 35,06 35,93 2,23 2,72 3,94 1,18 0,94 8,43 5,12
Freguesias do município de Alcobaça

O município de Alcobaça está dividido em 13 freguesias:

Até 2001, a freguesia da Moita fez parte do município de Alcobaça.

Bairros da Cidade de Alcobaça

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  • Bairro da Quinta Nova
  • Bairro da Fonte Nova
  • Bairro Quinta da Roda
  • Bairro dos Ganilhos
  • Bairro da Ponte Jardim
  • Bairro Hipólito
  • Bairro da Bela Vista
  • Bairro do Lameirão

Galeria de imagens

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Panorama da praça frente ao Mosteiro

Património natural

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Entrada para a baía de São Martinho do Porto.

O município é densamente povoado, acima da média nacional; por isso, a paisagem rural fora dos centros populacionais é um misto de habitação, agricultura, mato e floresta, sem grandes espaços sem marca humana.

As maiores manchas florestais do município são as seguintes:

Parte da zona oriental do município está inscrita no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (freguesias de Aljubarrota, Évora e Turquel).

A 3 km da cidade, na freguesia de Alcobaça e Vestiaria, situam-se as Termas da Piedade.

O município conta com zona litoral nas freguesias de Pataias, a norte, e São Martinho do Porto, a sul. Todo o litoral é constituído por arribas, a maioria delas com uma pequena praia na base. A excepção é a concha de São Martinho do Porto, uma baía natural ladeada por dois promontórios de rocha. A concha foi em tempos muito mais vasta: até ao século XIV o mar chegava à vila de Alfeizerão, hoje a 4 km de distância.

No litoral norte encontram-se sete praias: Água de Madeiros, Praia da Pedra do Ouro, Polvoeira,Paredes da Vitória,Vale furado, Légua e Falca. No litoral sul, encontramos as praias da Gralha e de São Martinho do Porto. Apesar de algumas destas praias terem tido bandeira azul em anos anteriores, nenhuma obteve esse galardão no ano de 2009.[14]

O melhor miradouro da cidade e dos seus campos adjacentes encontra-se no morro do castelo em ruínas. Nos seus arredores oferecem belas panorâmicas o adro da Capelinha de Santa Rita, na serra do Monte em Coz; o lugar de Montes; a capela de Santo António, em São Martinho do Porto; e a Portela do Pereiro, no cimo da serra dos Candeeiros.

Património edificado

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Freguesia Imóvel Constr. Classif. Link
Alcobaça Mosteiro de Alcobaça Séc. XII-XIX PM, MN [15]
Alcobaça Capela de Nossa Senhora do Desterro, na Cerca do Mosteiro Séc. XVIII MN [16]
Alcobaça Castelo de Alcobaça Séc. XII IIP [17]
Alcobaça Capela de Nossa Senhora da Conceição Séc. XVII IIP [18]
Alcobaça Edifício na Rua Dr. Brilhante n.º 5 Séc. XVIII IIM [19]
Alcobaça Edifício onde viveu Manuel Vieira Natividade Séc. XX IIM [20]
Alcobaça Cine-Teatro de Alcobaça Séc. XX
Alcobaça Escola Adães Bermudes Séc. XX
Alcobaça Challet da Fonte Nova Séc. XX
Alcobaça Palacetes de final do século XIX e início do século XX Séc. XX
Alcobaça Armazém das Artes Séc. XXI
Alfeizerão Pelourinho de Alfeizerão [21]
Alfeizerão Castelo de Alfeizerão Séc. XII Em vias [22]
Alfeizerão Casa do Relego
Aljubarrota Pelourinho de Aljubarrota Séc. XVI IIP [23]
Aljubarrota Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres Séc. XIII IIP [24]
Aljubarrota Janela manuelina, num prédio na Rua Direita, 49 Séc. XVI IIP [25]
Aljubarrota Casa do Monge Lagareiro ("Lagar dos Frades") Séc. XVIII IIP [26]
Aljubarrota Ermida de São João Baptista, Olheiros Séc. XVII Em vias [27]
Alpedriz Pelourinho de Alpedriz Séc. XVI IIP [28]
Bárrio Vila Romana de Parreitas Séc. I-IV
Cela Pelourinho de Cela Nova Séc. XVI IIP [29]
Cela Capela de São Bento, na Quinta da Cela Velha Séc. XVIII IIM [30]
Cela Monumento ao General Humberto Delgado do escultor José Aurélio Séc. XX
Cós Mosteiro de Santa Maria de Cós Séc. XIII [31] [32]
Cós Ermida do Bom Jesus do Calvário de Cós (vulgo Capela de Santa Rita) Séc. XVII [33]
Cós Igreja de Santa Eufémia (Igreja da Misericórdia)
Cós Santuário da Senhora da Luz (Castanheira) [34]
Cós Fonte Santa (Castanheira) [34]
Cós Capela de Santa Marta (Castanheira)
Cós Capela de Nossa Senhora da Graça (Póvoa) [35]
Maiorga Pelourinho da Maiorga Séc. XVI IIP [36]
Maiorga Açude da Fervença
Pataias Fornos de Cal Em vias [37]
São Martinho do Porto Casa em São Martinho do Porto Séc. XX IIM [38]
São Martinho do Porto Centro Histórico de São Martinho do Porto Séc. XIX-XX -
Turquel Pelourinho de Turquel Séc. XVI IIP [39]
Turquel Quinta de Vale-de-Ventos Em vias [40]
Vestiaria Igreja Matriz de Vestiaria Séc. XVI MN [41]
Vimeiro Núcleo construído da Quinta (ou Granja) do Vimeiro Em vias [42]

Castelo de Alcobaça

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Ver artigo principal: Castelo de Alcobaça

O castelo de Alcobaça remonta, provavelmente, ao período visigótico. Terá sido conquistado pelos mouros no século VIII e, posteriormente, por D. Afonso Henriques em 1148. Após o abandono da função como castelo, serviu como prisão. Entrou em estado de degradação devido a sucessivos terramotos. No século XIX, a quase totalidade das pedras da sua muralha foram vendidas pelo Município para a construção de casas particulares. Encontra-se hoje em ruínas.

Mosteiro de Alcobaça

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Ver artigo principal: Mosteiro de Alcobaça
Fonte no Mosteiro de Alcobaça

Alcobaça é conhecida pelo seu mosteiro cisterciense, em torno do qual se desenvolveu a povoação, a partir do século XV. O mosteiro foi fundado por D. Afonso Henriques em 1148, e concluído em 1222, em estilo gótico. Durante a Idade Média, chegou mesmo a rivalizar com outras grandes abadias cistercienses da Europa; os coutos de Alcobaça constituíram um dos maiores domínios privados dentro do reino de Portugal, abarcando um dos municípios vizinhos de Alcobaça, a Nazaré, e parte do de Caldas da Rainha, para além de possuir inúmeras terras adquiridas por escambo, emprazamento, aforamento ou arrendamento um pouco por todo o país.

O mosteiro foi parcialmente incendiado pelos invasores franceses, chefiados por André Massena, em 1810, secularizado em 1834, e depois gradualmente restaurado. Parte da sua enorme biblioteca, com mais de cem mil tomos e manuscritos, foi salva do saque e incêndio dos franceses e do saque dos portugueses durante as guerras liberais, achando-se hoje preservada em parte na Biblioteca Pública de Braga e na Biblioteca Nacional de Lisboa.

Nos braços sul e norte do transepto da igreja do mosteiro, acham-se duas obras-primas da escultura gótica em Portugal: os túmulos dos eternos apaixonados, o rei D. Pedro (1357-1367) e D.Inês de Castro. São as melhores realizações escultórias da tumularia medieval portuguesa.

O mosteiro de Alcobaça foi classificado pela UNESCO, em 1989, Património Mundial.

As actividades de maior destaque económico no município são:

Desporto e Cultura

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No município de Alcobaça há fabrico de olaria, cerâmica, vergas, juncos, lenços, toalhas, tapeçarias e cutelaria. São conhecidas as cestas de Coz.

Frango na púcara
Ginja de Alcobaça

O prato típico da região de Alcobaça é o frango na púcara: um frango guisado aos pedaços com bastante molho de receita secreta, mas que inclui cebolinho, acompanhado de arroz branco e batatas fritas.

No campo da doçaria há a destacar: trouxas de ovos, delícias de Frei João e Pudim de ovos do mosteiro de Alcobaça. E o pão-de-ló de Alfeizerão (conhecidíssimo), já em 1906 referenciado por M. Vieira Natividade no seu opúsculo Alcobaça d´Outros Tempos.

Todos os anos decorre uma Mostra de Doçaria Conventual e Tradicional, que para além de Alcobaça conta com representações do país e do estrangeiro, nomeadamente de Braga, Arouca, Louriçal, Alentejo, Galiza, Espanha e França.

O licor de ginja de Alcobaça é também muito apreciado pelos visitantes da cidade, tendo vindo a ser produzido desde 1930.[44]

O município de Alcobaça possui o seguinte património museológico:[45]

Clubes e Associações

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Alguns dos clubes radicados no município de Alcobaça:[46]

  • ABCD - Associação Beneditense de Cultura e Desporto
  • ADEPA – Associação de Defesa e Valorização do Património Cultural da Região de Alcobaça
  • HCT - Hóquei Clube de Turquel- disputa atualmente a 1a divisão nacional de hóquei em patins masculino
  • AACD - Associação Alcobacense de Cultura e Desporto, que disputa o Campeonato Nacional Feminino - Região Sul P1 em hóquei em patins e a 3a divisão nacional masculino em hóquei em patins
  • Alcobaça Clube de Ciclismo
  • Alcobaça Moto-Clube
  • Associação Hípica de Alcobaça
  • Clube Alcobacense, um clube de sociedade
  • CCC - Centro Cénico da Cela
  • CCCA - Clube de Campismo e Caravanismo de Alcobaça, que explora um parque de campismo dentro da cidade[47]
  • CCDS Casal Velho - Centro Cultural Desportivo e Social Casal Velho - disputa atualmente a 2.ª divisão nacional de futsal masculino Série E
  • CCRD Burinhosa - Centro Cultural Recreativo e Desportivo da Burinhosa - disputa atualmente a 1.ª divisão nacional de futsal masculino
  • Cister Sport de Alcobaça (andebol)- E-Mail:cistersportalcobaca@netvisao.pt
  • Associação Recreativa Desportiva Cultural e Social do Casal Pardo
  • SUA - Sport União Alfeizerense
  • CNAL - Clube de Natação de Alcobaça (www.natacaoalcobaca.com)
  • CTA - Clube de Ténis de Alcobaça
  • UDT - União Desportiva de Turquel
  • GCA - Ginásio Clube de Alcobaça, que já disputou o campeonato nacional de futebol da 1.ª divisão na época de 1982-1983
  • ARRCPF - Associação Recreativa das Rosas, Casal Pinheiro e Fragosas com rancho folclórico
  • Rotary Clube de Alcobaça
  • Grupo Desportivo Concha Azul
  • A.R.D.C.S. do Casal do Pardo - Associação Recreativa Desportiva Cultural e Social do Casal do Pardo
  • diversas associações de caça e/ou pesca a nível das freguesias

Clubes que não sendo sediados no município, aqui desenvolvem actividades:

Projectos Culturais

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Alcobacenses famosos

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Entre os alcobacenses famosos há a registar:

Artistas oriundos de Alcobaça

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  • João Santos, mestre oleiro[51]
  • José Aurélio, escultor
  • The Gift, banda electrónica
  • Mário Fróis Tanqueiro, ceramista
  • Fernando Serafim, cantor lírico
  • Sérgio Carolino, músico
  • Rúben da Luz, músico
  • Hugo Trindade, músico
  • Daniel Bernardes, músico
  • Diana Bernardes, criadora do método Teatro da Transformação de e para a comunidade, atriz e encenadora,
  • Diana Nicolau, actriz
  • Churky, músico[52]
  • Valdemar José Correia Barbosa Rodrigues, Ensaísta, poeta e pintor

A cidade de Alcobaça é geminado com as seguintes cidades:[53]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Alcobaça (Portugal)

Notas

  1. «Official Journal L 87/2023». eur-lex.europa.eu. Consultado em 13 de janeiro de 2024 
  2. Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013». Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013 
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Ligações externas

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