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Escola de Guerra Naval

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Cerimônia de encerramento dos Cursos de Política e Estratégia Marítimas (C-PEM) e de Estado-Maior para Oficiais Superiores (C-EMOS)

A Escola de Guerra Naval (EGN) é uma organização de ensino da Marinha do Brasil, criada para formar os comandantes e oficiais de estado-maior da instituição,[1] preparando-os para a ocupação de postos na Alta Administração Naval.[2] Ela complementa a Escola Naval, que introduz os oficiais à carreira naval.[1] A Escola foi inaugurada em 11 de junho de 1914, sob o nome de "Escola Naval de Guerra", recebendo a denominação atual em 1930. Desde a fundação ela teve várias sedes, todas na cidade do Rio de Janeiro.[3] O Estado-Maior da Armada (EMA) aprova seu regimento e currículo e fixa o número de vagas para os cursos.[2]

Em sua fundação, ela era inspirada no Naval War College da Marinha dos Estados Unidos[2] e desde o início oficiais americanos foram contratados para o seu corpo docente. Nos anos seguintes, a Escola seria uma das portas de entrada para a influência da Missão Naval Americana.[1]

Para oficiais de carreira, a EGN oferece o Curso de Política e Estratégia Marítimas (CPEM), o Curso de Estado-Maior para Oficiais Superiores (CEMOS), Curso Superior na modalidade Ensino à Distância e Curso de Estado-Maior para Oficiais Intermediários (CEMOI). O currículo do CEMOS abrange a Estratégia clássica, Estratégia Operacional, Administração Naval, Direito, Economia e Planejamento Militar, concluindo num jogo de guerra. Com duração de um ano, o CEMOS é um dos requisitos para o CPEM, que, por sua vez, é requisito para a promoção a contra-almirante. No CPEM, também de um ano, estuda-se o poder marítimo e poder naval, os documentos de alto nível da Marinha e as conjunturas nacional e internacional onde relevantes ao planejamento estratégico da instituição.[4] O CPEM é espaço para a discussão e crítica à organização e procedimentos da Marinha.[2] Cursos equivalentes nas outras Forças Armadas são realizados na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e na Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR).[5]

Referências

  1. a b c Amaral, Misael Henrique Silva do (2018). A Marinha dos tenentes: um olhar sobre o movimento tenentistana perspectiva da força naval brasileira (1922 - 1924) (PDF) (Tese). Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado do Rio de Janeiro . p. 212, 231, 235.
  2. a b c d Silveira, Cláudio de Carvalho (2002). A formação dos oficiais da Marinha do Brasil: educação, profissão, pensamento estratégico (1978-2001) (Tese). Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas. Cópia arquivada em 8 de outubro de 2024  p. 185-186, 190.
  3. «Histórico». Escola de Guerra Naval. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  4. Almeida, Francisco Eduardo Alves de (2022). «Escola de Guerra Naval (EGN». In: Silva, Francisco Carlos Teixeira da, et al. (org.). Dicionário de história militar do Brasil (1822-2022): volume I. Rio de Janeiro: Autografia . p. 112-113.
  5. Silveira, Cláudio de Carvalho (junho de 2006). «A criação e o desenvolvimento do Curso de Política e Estratégia Marítimas (C-PEM) da Escola de Guerra Naval». Rio de Janeiro: Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha. Navigator. 2 (3) . p. 23.

Ligações externas

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