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Fauna (mitologia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados de Fauna, veja Fauna (desambiguação).
Fauna

Imagem moderna de Fauna, com aspecto satírico
Romano equivalente Bona Dea
Grego equivalente Gaia

Fauna (do latim, significando favorável, segundo Georges Hacquard[1]) ou Fátua (significando insensata[2]) era a deusa romana dos campos e das matas.

Teve seu nome posteriormente associado à Bona Dea, equivalente romana da deusa grega Gaia.[3]

Segundo algumas variantes do mito de Fauno, Fauna teria sido ou sua irmã, esposa e até filha. Neste último papel, teria sido violentada pelo próprio pai que, transmutado numa serpente, consumara o ato. Na variante em que surge como esposa de Fauno, era uma senhora de hábitos comedidos que, mesmo assim, veio a se embriagado e se deixado seduzir por um pichel de vinho, fora assassinada pelo esposo com açoitadas.[1]

Sua origem e significados são obscuros. Nos primórdios era chamada somente de "a deusa amável", epíteto que derivara da crença de que sua bondade se estendia a toda a natureza.[2]

Seus descendentes com Fauno eram os faunos.[4]

Também chamados de fátuos, os faunos eram pequenas entidades proféticas dos campos, por vezes vistos como gênios ou causadores de pesadelos.[2]

Representação

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Na versão de Fauna/Fátua, muitas vezes era representada como Juno ou como Cibele, mas era comum tê-la na forma de anciã, com orelhas pontiagudas e tendo uma serpente em suas mãos.[2]

A primeira noite do mês de maio era a data do festival dedicado a Fauna. As comemorações, às quais apenas mulheres e moças podiam comparecer, eram regadas a vinho, música, atividades lúdicas e cerimônias secretas. Assim como Fauno, a deusa possuía dons oraculares, diferindo daquele pois suas profecias eram feitas apenas ao gênero feminino.[2]

Associações com outras divindades

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Sobre a confusão de Fauna a outras divindades, Alexander Murray tece várias considerações: era associada com a deusa Ops, com Cibele, Sêmele (a mãe de Dionísio), com Maia (mãe de Hermes), com Gaia e outras. Para o autor, isso decorria de sua percepção como "deusa amável", a incutir a identificação com outras deusas. Também segundo Murray seu nome e significados obscuros teriam engendrado os seres fantásticos que, em tempos modernos, passaram a ser chamados de duendes.[2]

Referências

  1. a b HACQUARD, Georges, Guide Mythologique de la Grécie et de Rome, 1990, Hachette, Paris - (versão em Português pode ser encontrada sob título Dicionário de Mitologia Greco-Romana)
  2. a b c d e f MURRAY, Alexander. Quién es Quién en la Milogía (Who’s Who in Mythology), trad. Cristina María Borrego, M. E. Editores, Madri, 1997, ISBN 84-495-0421-X (em castelhano)
  3. O livro de ouro da mitologia: (a idade da fábula) : histórias de deuses e heróis (The age of fable) Bulfinch, Thomas ; trad. David Jardim Júnior, 26ª ed. Rio de janeiro, 2002 ISBN 85-00-00671-4
  4. http://www.gutenberg.org/files/20734/20734-h/20734-h.htm Roman Antiquities, and Ancient Mythology] (For Classical Schools) (2nd ed) Charles K. Dillaway, Projeto Gutenberg (em inglês) (página acessada em novembro de 2008).