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João Marques de Oliveira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João Marques de Oliveira
João Marques de Oliveira
Nascimento 23 de agosto de 1853
Porto
Morte 9 de outubro de 1927 (74 anos)
Porto
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação pintor
Movimento estético naturalismo

João Joaquim Marques da Silva Oliveira (Porto, 23 de agosto de 1853 - Porto, 9 de outubro de 1927) foi um pintor e professor, pintor realista e introdutor do naturalismo em Portugal.

Marques de Oliveira, Portão no Campo (d.c.1901)
Portão no Campo (d.c.1901), óleo sobre madeira

Em 1864 entrou para a Academia Portuense de Belas Artes, completando o curso de história da pintura em 1873. Viveu em França de 1873 a 1879, com o seu colega Silva Porto.

Os dois pintores são considerados os introdutores do naturalismo em Portugal. Em 1876 e 1877 viajou com Silva Porto pela Bélgica, Países Baixos, Inglaterra e Itália onde permaneceram mais demoradamente. Participou nos Salons de Paris de 1876 e 1878.

De todos os artistas com cuja obra tomou contacto, foi sem dúvida o pintor francês Corot o que mais marcou o espírito de Marques de Oliveira, como ele próprio reconhecia e se pode verificar em algumas das suas paisagens, sobretudo na atmosfera de que estão impregnadas e no tratamento da luz.[1]

Em 1879, regressou ao Porto e, à semelhança de Silva Porto, introduziu a pintura de ar livre em Portugal.

A partir de 1881, e até 1926, foi professor na Academia Portuense de Belas-Artes, onde ocupou o lugar de director. Encontram-se colaborações suas na revista A Arte Portuguesa [2] (1882-1884).

Em Lisboa, participou nas 3 últimas exposições da Sociedade Promotora de Belas-Artes (1880, 1884 e 1887), ganhando nas duas primeiras, respectivamente, medalhas de 3.ª e 2.ª classe; nas do Grémio Artístico de 1891 a 1894, 1896 e 1898, recebendo na de 1892 uma medalha de 3.ª classe; e na 1.ª Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1901[3], dentro das várias obras apresentadas nestas exposições, destaque para Portão no Campo, um óleo sobre madeira, que no verso apresenta estudo para pintura de praia.

Faleceu em 9 de outubro de 1927, aos 74 anos, tendo sido sepultado no Cemitério da Lapa, no Porto.

A obra de Marques de Oliveira encontra-se presente em grandes museus, nomeadamente no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado em Lisboa, no Museu Nacional de Soares dos Reis no Porto e ainda no Museu de José Malhoa em Caldas da Rainha. Além da sua presença em museus, encontra-se também em mãos particulares e colecções privadas.

Devido à dispersão da sua obra, o seu estudo de conjunto ainda aguarda, tornando-se urgente e necessário para uma boa compreensão deste artista e da sua época, para a qual deu um contributo tão valioso.[3]

  • José-Augusto França, A Arte em Portugal no Século XIX, Lisboa, Bertrand Editora, 3ª edição, 1991, volume 2.

Referências

  1. «MatrizNet». www.matriznet.dgpc.pt. Consultado em 14 de dezembro de 2021 
  2. Rita Correia (9 de janeiro de 2007). «Ficha histórica:A arte portugueza : revista mensal de bellas-artes (1882-1884)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 4 de outubro de 2016 
  3. a b «João Marques de Oliveira no site MatrizNet, informação pelo IMC Instituto dos Museus e da Conservação». www.matriznet.dgpc.pt. Consultado em 22 de novembro de 2020 
  4. Portal do MNAC

Ligações externas

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