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Sociedade Nacional de Belas Artes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sociedade Nacional de Belas Artes
(SNBA)
Sociedade Nacional de Belas Artes
Sede da SNBA, 2012
Fundação 1901
Sede Lisboa Portugal Portugal
Organização de origem Sociedade Promotora, Grémio Artístico
Sítio oficial http://www.snba.pt

A Sociedade Nacional de Belas Artes MHIHMHL (SNBA) é uma associação cultural portuguesa, fundada em 16 de março de 1901[1], que tem como principal objectivo "promover e auxiliar o progresso da arte em todas as suas manifestações, defender os interesses dos artistas e, em especial dos seus associados, procurando auxiliá-los, tanto moral como materialmente; cooperar com o Estado e com as demais entidades competentes em tudo que interesse à arte nacional e ao desenvolvimento da cultura artística".[nota 1]

A sua formação resultou da fusão de duas associações de artistas, a Sociedade Promotora (1860) e o Grémio Artístico (1890), este descendente do "Grupo do Leão".[2]

O seu primeiro presidente foi o pintor José Malhoa.

Em 1913 inaugurou a sua sede, na Rua Barata Salgueiro N.º 36, em Lisboa, dotada dum amplo salão de exposições.

O projecto, de 1906, é da autoria do arquitecto Álvaro Augusto Machado.

Ação pedagógica

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A Sociedade Nacional de Belas Artes tem promovido, nos seus espaços, cursos livres de arte (desenho, desenho de modelo, pintura, teoria e história de arte, etc.); em 1965 iniciou-se aí o Curso de Formação Artística, pioneiro no ensino da Sociologia da Arte e do "Design" em Portugal. Entre outras ações, a SNBA acolheu também ciclos de palestras, conferências, exposições didácticas sobre os mais diversos temas, encontros com artistas, numa dinâmica aberta aos problemas contemporâneos. A ação pedagógica centrada na SNBA contou, ao longo dos anos, com a colaboração de personalidades marcantes do nosso meio artístico, entre as quais: Rolando Sá Nogueira, Manuel Tainha, Sena da Silva, Daciano da Costa, José Cândido, Fernando Conduto, Rocha de Sousa, Quintino Sebastião, e os historiadores e ensaístas, José-Augusto França, Adriano de Gusmão, Salette Tavares, Ernesto de Sousa, Rui Mário Gonçalves, entre outros.[3]

Condecorações

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A 23 de Fevereiro de 1983 foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique e a 25 de Abril de 2004 Membro-Honorário da Ordem da Liberdade.[4]

Salões e Exposições Coletivas

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SNBA, 2012

Nos espaços da Sociedade Nacional de Belas Artes têm tido lugar, ao longo dos anos, exposições organizadas pela própria SNBA a par de outras, de iniciativa exterior. Nas primeiras décadas do século XX os Salões organizados pela SNBA acolheram, de modo geral, arte tendencialmente conservadora; mas a SNBA abrir-se-ia às tendências renovadoras emergentes, promovendo ou acolhendo exposições marcantes da história da arte portuguesa moderna e contemporânea.

A primeira exposição realizou-se logo em Abril de 1901 e foi inaugurada pelo rei D. Carlos, que se contava entre os artistas expositores. A primeira concessão de prémios teve lugar em Junho desse mesmo ano. Até 1910, foram oito os Salões realizados, dos quais ficaram para memória futura os respetivos catálogos; em 1951 esse número tinha-se ampliado, contando 63 exposições oficiais (Salons), das quais 16 foram exclusivamente de aguarela, desenho, etc.[5]

Ao longo dos anos a SNBA fez questão de respeitar o modo como os artistas se organizam. Entre muitos outros acontecimentos, acolheu exposições regulares do Grupo Silva Porto, quase todos os anos entre 1927 e os anos 40, ou agrupamentos como, por exemplo, os Cinco Independentes, em 1923 (Dordio Gomes, Henrique Franco, Francisco Franco, Diogo de Macedo, Alfredo Miguéis e, a convite destes, Almada Negreiros, Eduardo Viana e Mily Possoz). Abriu-se à manifestação de novas gerações, de intervenções modernas, como o 1º e 2º Salão dos Independentes (1930, 1931). Acolheu as duas primeiras Exposições de Arte Moderna do S.P.N./S.N.I. (1935 e 1936). Depois de terminada a 2ª Guerra Mundial e em paralelo com os salões anuais (tendencialmente mais conservadores [6]), abriu as suas portas a novos tipos de articulação entre a arte a vida social numa intervenção mais vasta, reunindo um grande número de artistas plásticos (e com eles, poetas e músicos que realizavam recitais e concertos) nas Exposições Gerais de Artes Plásticas que decorreram entre 1946 e 1956[3].

No final da década de 1950 a SNBA apresentou nas suas salas diversas exposições importantes: I Salão dos Artistas de Hoje (1956); I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957); I Salão de Arte Moderna (1958); 50 Artistas Independentes (1959)[5]. Desde 1958, tornou-se também anual a realização de uma ou mais Exposições de Arte Moderna. Estas mostras coletivas, onde por vezes o Estado instituiu prémios, tem sido um dos elementos mais importantes da ação da SNBA[3]. Entre as mostras posteriores contam-se, por exemplo: Depois do Modernismo, 1983; Continentes, 1986 (grupo dos Homeostéticos); etc.

Em 1977 realizou-se ali a exposição Artistas Portuguesas, reunindo exclusivamente obras de artistas mulheres – como Ana Hatherly, Ana Vieira, Clara Menéres, Graça Morais, Menez e Paula Rego, entre outras[7].

Paralelamente às exposições coletivas, a SNBA acolheu, ao longo da sua existência, inúmeras mostras individuais.

Catálogos de algumas exposições na SNBA

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Notas

  1. Dos estatutos

Referências

  1. Sociedade Nacional de Belas Artes - Estatutos https://snba.pt/a-snba/estatutos/ [ligação inativa]  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. Sociedade Nacional de Belas Artes http://www.snba.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=53&Itemid=87 [ligação inativa]  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. a b c Sociedade Nacional de Belas Artes http://www.snba.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=95&Itemid=132. Consultado em 25 de setembro de 2012 [ligação inativa]  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Sociedade Nacional de Belas Artes". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 26 de maio de 2014 
  5. a b «SNBA – Biblioteca de Arte». Fundação Calouste Gulbenkian [ligação inativa] 
  6. A.A.V.V. – Os Anos Quartenta na Arte Portuguesa. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 64
  7. FERREIRA, Mariana Marin Diniz Aires - Desigualdade entre sexos na arte contemporânea: a presença de artistas mulheres no mundo da arte contemporânea em Portugal [Em linha]. Lisboa: ISCTE-IUL, 2018. Dissertação de mestrado. [Consult. Dia Mês Ano] Disponível em www:<http://hdl.handle.net/10071/17138>.

Ligações externas

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