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Juan Campodónico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Juan Campodónico
Juan Campodónico
Juan Campodónico (ao centro) se apresentando ao lado de Luciano Supervielle e Jorge Drexler (2011).
Informação geral
Nome completo Juan Campodónico
Nascimento 1971
Origem Montevidéu
País Uruguai
Gênero(s) Música eletrônica
Tango
Cumbia
Rock
Hip Hop
Subtropical
Ocupação(ões) Músico
Compositor
Produtor musical
DJ
Período em atividade 1995 — atualmente
Afiliação(ões) El Peyote Asesino
Bajofondo
Campo
El Cuarteto de Nos
Jorge Drexler
Página oficial www.juancampodonico.com/

Juan Campodónico (1971, Montevidéu) é um músico, compositor, produtor musical e DJ uruguaio.

Nos anos 1990 o músico desempenhou um importante papel na cena hip hop uruguaia, integrando a banda El Peyote Asesino. Posteriormente, criaria junto com Gustavo Santaolalla, Luciano Supervielle, Verónica Loza e Gabriel Casacuberta o coletivo musical riopratense Bajofondo. Também trabalhou com Jorge Drexler, cantor uruguaio radicado na Espanha, produzindo seus discos Frontera e Eco. Em 2011 Campodónico lança o álbum Campo, originado do projeto musical de mesmo nome, que foi bem recebido pela crítica e lhe rendeu indicações aos prêmios Grammy Awards e Grammy Latino.[1]

Nascido no Uruguai, Juan Campodónico, ainda com poucos anos de vida, se muda junto com sua família para o México, exilados depois do golpe de estado de 1973. Em 1984 retorna à Montevidéu e começa a integrar diversas bandas de rock e pop, acompanhar cantores nacionais e tocar em grupos covers, também faz música para o teatro, publicidade e até dá aulas de música para ganhar a vida.

Em meados dos anos 90, junta-se a outros músicos e cria a banda El Peyote Asesino, a primeira no Uruguai que fusiona hip hop, rock e grunge. Mas além dos conceitos musicais propostos pelo grupo em seu início, a banda El Peyote Asesino começou a desenvolver uma dimensão própria, plasmando a identidade musical uruguaia em suas canções. A banda teve uma grande aceitação no Uruguai, servindo de influência a outras bandas e alcançando considerável popularidade. O que chamou a atenção do músico Gustavo Santaolalla, um dos profissionais mais importantes do rock latino, produtor de bandas como Divididos, Café Tacuba e Molotov. Santaolalla produz em Los Angeles o segundo disco do El Peyote Asesino, intitulado Terraja, dando-lhes projeção internacional.

A El banda Peyote Asesino se separa quando parecia haver chegado no topo. Então Campodónico encontra refúgio em seu computador – experimentando novos sons e recursos musicais – e na produção musical, trabalhando com diversas bandas uruguaias. Nesta época Jorge Drexler, que se encontrava em Madrid com uma carreira consolidada, o chama para trabalhar em seu novo álbum e Campodónico, juntamente com Carlos Casacuberta (outro ex-integrante do El Peyote Asesino) produzem seu disco Frontera pela Virgin/EMI espanhola, sendo gravado no Uruguai integramente em um computador.

O disco foi recebido pela imprensa espanhola com inúmeros elogios, enfatizando a nova estética sonora de Drexler. A mistura de baladas, ritmos e sensibilidade característicos riopratense junto com toques de música eletrônica e trip hop. Somado à incrível façanha de fazer um álbum profissional somente com um computador doméstico.

Campodónico possui um sólido conhecimento musical e técnico, mas não por isso costuma aplicar fórmulas já existentes em seus trabalhos. Isso o permite colaborar com um grupo pop ou com um cantor, fazendo-lhe remixes, aportando sua visão pessoal, sem desvirtuar a proposta original do artista.

Depois disso Juan Campadónico se junta a Gustavo Santaolalla, Luciano Supervielle e outros músicos para darem vida a um novo projeto musical. Este coletivo de artistas da região do Rio da Prata criam uma proposta baseada na fusão de distintos gêneros da música eletrônica com o tradicional tango. O disco de estreia, Bajofondo Tango Club (2002), ganhou o Grammy Latino de melhor álbum pop instrumental. A canção “Mi Corazón” incluída no disco, foi executada em muitos lugares do mundo, tanto em comerciais, música de fundo de programas televisivos e em seriados. A música “Montserrat” foi usada pela loja de roupas Macy’s. A faixa “Los Tangueros” chegou ao segundo lugar da lista Club Play do canal dance da Billboard nos Estados Unidos.

Outros trabalhos de Campodónico incluem a produção de outro disco do Jorge Drexler, Eco, e o álbum debut de Luciano Supervielle. Também colaborou com mixagens para Tom Jones, Badfellas e participou da produção da trilha sonora do filme Shrek 2.

Em 2006 realiza a direção artística e a produção do disco Raro, do grupo de rock uruguaio El Cuarteto de Nos, nomeado em 2007 ao Grammy Latino. Dessa forma, mantém continua a parceria com a banda e produz o algum seguinte, Bipolar, no qual se desta um melhor som e produção eletrônico que os anteriores.

Explorando sua faceta de DJ, lança o álbum Campo (2011), mesmo nome do projeto musical. O disco é bem recebido pela crítica e chega a ser indicado ao prêmios Grammy Awards em 2013, na categoria melhor álbum latino de rock, urbano ou alternativo,[1] e ao Grammy Latino na categoria melhor canção alternativa. O álbum foi produzido pelo próprio músico em parceira com Gustavo Santaolalla, a primeira música de divulgação foi "La Marcha Tropical" contou com a participação da sueca Ellen Arkbro (do grupo Adam & Alma).[2] O disco saiu à venda no dia 10 de novembro de 2011.

Referências

  1. a b Cantor-Navas, Judy (4 de fevereiro de 2013). «Campo, Grammys Q&A: A Surprise Nomination and Plans for New Album». Billboard (em inglês). Consultado em 11 de fevereiro de 2013 
  2. Editorial (2011). «Campo - Proyecto de Juan Campodónico (2011)». Requechando (em espanhol). Consultado em 12 de fevereiro de 2013 

Ligações externas

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