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Línguas paleo-ibéricas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa linguístico com base na distribuição dos topónimos (ili- e -briga) e inscrições de povos ibéricos pré-romanos

Chamam-se línguas paleo-hispânicas, línguas paleo-ibéricas ou pré-romanas as línguas nativas faladas na Península Ibérica antes da chegada dos romanos. O uso do termo "nativas" ou "autóctones" é controverso, pois não se conhece a origem de algumas destas línguas e parte são línguas indo-europeias (logo importadas), mas define o grupo de idiomas preexistentes não relacionados com o fenício, o grego e, claro, o latim. Nenhuma relação foi estabelecida com certeza entre estas línguas paleo-hispânicas.

Muito provavelmente, a maioria das línguas paleo-hispânicas desapareceu sem deixar rasto, mas felizmente de algumas conservaram-se inscrições, em escritas paleo-hispânicas e em alfabeto latino datadas pelo menos desde o século V a.C., ou mesmo do século VII a.C., até finais do século I a.C. ou princípio do século I d.C. Estas línguas denominam-se línguas "em ruínas" ou residuais (do alemão Restsprachen o Trümmersprachen) como o etrusco, o paleosardo, o lígure e o rético, entre outras.

Línguas documentadas

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Algumas destas línguas foram documentados diretamente através de inscrições, principalmente em escritas paleo-hispânicas:

Outras só se conhecem através de topónimos, antropónimos ou teónimos citados por fontes gregas e romanas:

Diversidade linguística

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Os dados de diversidade linguística de outras regiões do planeta antes da formação de estados centralizados, como a antiga Itália ou Grécia Antiga, que estão mais bem documentados que a Península Ibérica mostram para estas regiões uma diversidade linguística elevada.

A diversidade linguística de Itália com 23 línguas em 300 mil quilómetros quadrados é comparável à diversidade linguística das línguas indígenas pré colombianas de países andinos como Colombia, Equador ou Peru. Se o grau de diversidade linguística na Península Ibérica tivesse sido similar ao da Itália seriam de esperar entre 30 e 45 línguas em toda a Península. Por essa razão caberia perguntar até que ponto as diferentes variedades de ibero eram mutuamente inteligíveis, quantas línguas célticas teriam coexistido ou se as inscrições representam só uma pequena parte da variedade linguística realmente existente.

Referências

  1. Prósper, Blanca María (2002). Lenguas y religiones prerromanas del occidente de la Península Ibérica. [S.l.]: Ediciones Universidad de Salamanca. pp. 422–427. ISBN 84-7800-818-7 
  2. Prósper, B.M. (2005). Estudios sobre la fonética y la morfología de la lengua celtibérica in Vascos, celtas e indoeuropeos. Genes y lenguas (coauthored with Villar, Francisco). Ediciones Universidad de Salamanca, pp. 333-350. ISBN 84-7800-530-7.
  3. Conhecem-se cinco inscrições tardias em alfabeto latino, incluindo as de Cabeço das Fráguas Santuário Lusitano-Romano de Cabeço das Fráguas em www.portugalromano.com, a inscrição do Penedo de Lamas Inscrição Gravada num Penedo (Pesquisa de Património/IGESPAR) e de Arronches CARNEIRO, André, José d’Encarnação, Jorge de Oliveira, Cláudia Teixeira «Uma inscrição votiva em língua lusitana». Palaeohispanica 8 (2008), pp. 167-178.
  4. (Price 2000:449)
  5. Coromines, 1976, Els ploms sorotàptics d'Arles, pp.142-216
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  • Jordán, Carlos (2004): Celtibérico, Zaragoza.
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  • Velaza, Javier (1996): Epigrafía y lengua ibéricas, Barcelona.
  • Villar, Francisco, Los indoeuropeos y los orígenes de Europa, Madrid, 1991, ISBN 84-249-1471-6.

Ligações externas

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