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San Giacomo alla Lungara

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Igreja de São Tiago em Lungara
San Giacomo alla Lungara
San Giacomo alla Lungara
A fachada da igreja vista a partir da Via di San Francisco di Sales.
Informações gerais
Estilo arquitetónico arte românica
Início da construção 1628 (reconstrução)
Fim da construção 1644
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Ano de consagração século IX
Geografia
País Itália
Localização Rione Trastevere
Região Roma
Coordenadas 41° 53′ 42″ N, 12° 27′ 57″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico

San Giacomo alla Lungara ou Igreja de São Tiago em Lungara é uma igreja de Roma, Itália, localizada no rione Trastevere, na via della Lungara. É dedicada a São Tiago Maior e faz parte da paróquia de Santa Dorotea. É chamada também de San Giacomo in Settimiano ou San Giacomo in Settignano, referências à vizinha Porta Setimiana, construída pelo imperador romano Sétimo Severo e incorporada por Aureliano em sua muralha.

A igreja é de origem medieval e foi construída na época do papa Leão IV, no século IX. Todavia, os primeiros documentos atestando sua existência são bulas de 1198 e 1228, do papa Inocêncio III, listando-a entre as afiliadas da antiga Basílica de São Pedro. No século XII, o papa Inocêncio IV a entregou aos monges beneditinos silvestrinos. Depois, o papa Júlio II (r. 1503–1513) entregou novamente a propriedade do complexo para a Capela Júlia, à qual já pertenciam diversos outros imóveis ainda existentes da via della Penitenza.

Em 1620, a igreja foi entregue aos franciscanos regulares, mas, depois de poucos anos, o complexo mudou novamente de mãos, desta vez para a dos monges penitentes, os quais, graças à proteção do cardeal-sobrinho Francesco Barberini e de seu advogado consistorial, Ippolito Merenda, em 1644, iniciaram a restauração do edifício contratando Luigi Arrigucci. Depois desta obra, a igreja perdeu sua planta basilical de uma nave e dois corredores para uma única nave coberta por um teto em caixotões.

Os monges (agostinianos) permaneceram no mosteiro até 1887, quando o edifício foi demolido para permitir a construção do lungotevere (a "marginal" do Tibre), mas a igreja e seu campanário não tiveram o mesmo destino. Em 1902, o capítulo da Capela Júlia cedeu o uso do complexo para a paróquia de Santa Dorotea que, por sua vez, a cedeu aos frades menores conventuais, que ainda hoje habitam o local. Os frades fizeram um acordo com a Comuna de Roma que previa a restauração da igreja e a reconstrução do convento às custas do próprio convento concedendo, em troca, a permissão para que o município pudesse utilizar o muro perimetral do convento reconstruído para apoiar a nova escola elementar que ainda hoje existe (chama-se Giuditta Tavani Arquati)[1][2][3].

Em 1912, foram concluídas tanto as obras do convento quanto da escola. A igreja foi reformada em 1916 às custas do arcebispo de Larissa, monsenhor Grasselli, que se retirou para o convento.

O interior da igreja se apresenta, atualmente, em uma nave única, com dois alteres laterais e duas grandes estátuas em dois nichos flanqueando o presbitério. O teto em caixotões não é particularmente belo, mas se encaixa perfeitamente às dimensões e ao estilo da igreja.

Merece nota também o piso, refeito na restauração de 1916: realizada em materiais baratos típicos do período umbertino ("cementina"ladrilhos de cimento e brita colorida), mas de boa qualidade estética, a composição imita um tapete.

A obra mais conhecida abrigada no interior é "Memorial de Ippolito Merenda", de Gian Lorenzo Bernini: uma lápide, na forma de um pano amassado segurado, pelas mãos e pelos dentes, por um esqueleto alado, originalmente instalada no convento de Santa Maria Maddalena delle Convertite[4]. O altar-mor abriga uma tela de Francesco Romanelli, "O Apóstolo São Tiago".

A partir do Lungotevere della Farnesina pode-se ver o campanário românico da igreja, o único resquício medieval de todo o complexo.

Referências

  1. Ricordo dell'inaugurazione della Scuola Giuditta Tavani-Arquati.
  2. «"Avrete le aule della scuola Arquati": Il Comune illude il Virgilio e ritratta» (em italiano). Repubblica Romana. 2012 
  3. «Tar, la Tavani Arquati torna al Virgilio il Comune l' aveva affidata a 2 onlus» (em italiano). Repubblica Romana. 2012 .
  4. Veja a foto em «Memento Mori» (em inglês). Rome Art Lover 

Ligações externas

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