Televisão na Bahia
Aspeto
A televisão na Bahia tem sua história iniciada no período de expansão da televisão pelos países ocidentais, ao longo das décadas de 1950 e 1960. Especificamente no estado brasileiro da Bahia, a inauguração da primeira emissora televisiva foi no ano de 1960, a então TV Itapoan, por iniciativa do conglomerado de mídia brasileiro Diários Associados, então detentora do jornal Diário de Notícias com circulação no território baiano.[1]
Década de 1960
[editar | editar código-fonte]- Em 19 de novembro de 1960, os Diários Associados, na época sob o comandado de Assis Chateaubriand, inauguram a TV Itapoan pelo canal 5 VHF de Salvador, retransmitindo a programação da TV Tupi. Com isso, é iniciada a produção televisiva do estado da Bahia.[2]
- Em 15 de março de 1969, é inaugurada a TV Aratu, pelo canal 4 VHF de Salvador, possuindo programação independente. No mesmo ano começa a retransmitir a programação da Rede Globo.[3]
Década de 1980
[editar | editar código-fonte]- Em 18 de julho de 1980, a TV Itapoan deixa de retransmitir a Rede Tupi.[4] Diferente da maioria das emissoras dos Diários Associados, se livrou da cassação e foi vendida para o empresário Pedro Irujo, que montou o Sistema Nordeste de Comunicação, retransmitindo programação da Rede de Emissoras Independentes.[2]
- Em 11 de abril de 1981, é inaugurada a TV Bandeirantes Bahia pelo Grupo Bandeirantes, pelo canal 7 VHF de Salvador.[5]
- Em 19 de agosto de 1981, a TV Itapoan passa a retransmitir a programação do recém criado SBT, pelo empresário Silvio Santos.[6]
- Em 10 de março de 1985, é inaugurada a TV Bahia, por ACM Júnior, César Mata Pires e Paulo Augusto Sobral, pelo canal 11 VHF de Salvador, se afiliando inicialmente à Rede Manchete.[7]
- Em 9 de novembro de 1985, é inaugurada pelo Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB), órgão da Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado da Bahia, a TV Educativa da Bahia pelo canal 2 VHF de Salvador.[8]
- Em 1987, a TV Aratu deixa de retransmitir a Rede Globo, após longa briga judicial com a TV Bahia. Por vários dias daquele ano, as duas emissoras baianas retransmitiram o sinal da emissora carioca. Por fim, a TV Aratu torna-se afiliada da Rede Manchete e a TV Bahia da Rede Globo.[9]
- Em 12 de dezembro de 1987, é inaugurada a primeira emissora de televisão do interior do estado, a TV Cabrália de Itabuna, pelo canal 7 VHF, inicialmente afiliada à Rede Manchete.[10]
- Em 1º de junho de 1988, é inaugurada a TV Subaé, pelo Grupo Modesto Cerqueira, no canal 10 VHF de Feira de Santana, retransmitindo a programação da Rede Globo.[11]
- Em 5 de novembro de 1988, é inaugurada a TV Santa Cruz, pela Rede Bahia de Televisão, no canal 4 VHF de Itabuna, retransmitindo a programação da Rede Globo e TV Bahia de Salvador.[12]
Década de 1990
[editar | editar código-fonte]- Em 31 de março de 1990, é inaugurada a TV Sudoeste, pela Rede Bahia de Televisão, no canal 5 VHF de Vitória da Conquista, retransmitindo a programação da Rede Globo e TV Bahia de Salvador.[13]
- Em 1º de dezembro de 1990, é inaugurada a TV Norte, pela Rede Bahia de Televisão, no canal 7 VHF de Juazeiro, retransmitindo a programação da Rede Globo e TV Bahia de Salvador.[14]
- Em 2 de fevereiro de 1991, é inaugurada a TV Oeste, pela Rede Bahia de Televisão, no canal 5 VHF de Barreiras, retransmitindo a programação da Rede Globo e TV Bahia de Salvador.[15]
- Em 1993, a TV Cabrália deixa de retransmitir a Rede Manchete e torna-se afiliada do SBT.[16]
- Em 28 de setembro de 1994, é inaugurada a TV Camaçari, no canal 13 VHF de Camaçari, retransmitindo a programação da TVE Bahia, TVE Brasil e TV Cultura.[17][18]
- Em junho de 1995, a TV Aratu deixa a Rede Manchete e passa a ser uma emissora da CNT.[19]
- Em 1995, a TV Cabrália é comprada pelo Grupo Record e passa a retransmitir a programação da Rede Record a partir de 1º de julho.[20]
- Em outubro de 1995, é inaugurada a TV Cultura do Sertão, pela Fundação Bailon Lopes Pinheiro, no canal 8 VHF de Conceição do Coité, retransmitindo a programação da TVE Bahia, TVE Brasil e TV Cultura.[18]
- Em 3 de novembro de 1996, é inaugurada a TV Sul Bahia, em Teixeira de Freitas, pelo canal 5 VHF, retransmitindo a Rede Manchete.[21]
- Em 1997, a TV Itapoan é comprada pelo Grupo Record e,[22] consequentemente, passa a retransmitir a programação da Rede Record para o estado a partir de 16 de junho de 1997.[23] A TV Aratu passa a retransmitir o sinal do SBT no mesmo dia, que até então era retransmitido pela Itapoan. A TV Cabrália de Itabuna, que retransmitia a Record, passa a ser independente para dar lugar à TV Itapoan.[24]
- Também em 1997, a TV Sul Bahia passa a ser afiliada do SBT, deixando a Rede Manchete.[25]
- Em 1988, a TV Cabrália passa a ser filial da Rede Família, deixando a programação 100% independente.[24]
Década de 2000
[editar | editar código-fonte]- Em 2002, é inaugurada a TV UESB, em Vitória da Conquista, pelo canal 4 VHF, retransmitindo a programação da TVE Bahia, TVE Brasil e TV Cultura.[26]
- Em 2 de fevereiro de 2003, a TV Cabrália passa a retransmitir a programação da Rede Mulher.[16]
- Em setembro de 2003, é inaugurada a TV Valente, em Valente, pelo canal 7 VHF, retransmitindo a programação da TVE Bahia, TVE Brasil e TV Cultura.[27]
- Em 27 de setembro de 2007, a TV Cabrália passa a integrar a Record News, após a extinção da Rede Mulher.[16]
- Em janeiro de 2004, a TV Sul Bahia deixa de retransmitir o SBT para ser afiliada da TV Canção Nova.[28]
- Em 30 de outubro de 2006, a TV Sul Bahia troca TV Canção Nova pela TV+.[29]
- Em 2007, a TV Sul Bahia deixa a TV+ e passa a retransmitir a RIT, sendo comprada pela Fundação Internacional de Comunicação posteriormente.
- Em 13 de junho de 2007, a TV Valente é retirada do ar pela ANATEL devido à falta de outorga.[30]
- Em 1º de dezembro de 2008, a TV Bahia lançou oficialmente as transmissões digitais através do canal 29 UHF (11.1) de Salvador, tornando-se, portanto, a primeira emissora com sinal digital nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.[31]
- Em 20 de fevereiro de 2009, após 4 dias da cassação de sua concessão, a TV Camaçari é retirada do ar pela última vez e tem seus transmissores lacrados pela ANATEL, em parceria com a Polícia Federal.[32]
- Em 1º de dezembro de 2009, a TV Aratu iniciou suas transmissões digitais através do canal 25 UHF (4.1) em Salvador.[33]
- Em 17 de novembro de 2009, é inaugurada a CNT Bahia, pelo canal 18 UHF de Salvador.
Década de 2010
[editar | editar código-fonte]- Em 11 de junho de 2010, a Band Bahia iniciou suas transmissões digitais através do canal 46 UHF (7.1) em Salvador[34]
- Em 19 de novembro de 2010, a TV Itapoan iniciou suas transmissões digitais através do canal 21 UHF (5.1) em Salvador.[35]
- Em 20 de maio de 2011, é inaugurada a TV Baiana pelo canal 15 UHF de Salvador, retransmitindo a TV Aparecida.[36]
- Em 4 de julho de 2013, a TV Cabrália torna-se TV Record Cabrália e volta a retransmitir a programação da Rede Record para as regiões Sul e Sudoeste da Bahia.[37] Essas regiões deixam de receber o sinal da TV Record Bahia.
- Em 13 de novembro de 2014, a TV Baiana deixa de retransmitir a TV Aparecida e passa a ser afiliada da TV Cultura.[38]
- Em 27 de setembro de 2017, ocorre a interrupção definitiva nas transmissões em sinal analógico nas cidades da Região Metropolitana de Salvador.[39]
- Em 5 de dezembro de 2018, ocorre a interrupção definitiva nas transmissões em sinal analógico nas cidades das regiões de Feira de Santana, Vitória da Conquista e Juazeiro.[40]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ (Matos & Mabel 2012)
- ↑ a b Spannenberg, Ana Cristina; Aragão, Joana Maltez de; Ferreira de Menezes, Juliana Cíntia; Santos, Lourivânia Soares (julho de 2012). «Do ceticismo à consolidação: a TV na Bahia» (PDF). Revista Brasileira de História da Mídia. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ Vasku, Monica (15 de março de 2015). «TV Aratu 46 anos: de Pedro Bial a Carla Araujo; conheça a história da emissora». Aratu On. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Com muito choro, as TVs Associadas saem do ar». Folha de S.Paulo: 15. 19 de julho de 1980. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Salles saúda os 40 anos de fundação da Band Bahia». Assembleia Legislativa da Bahia. 10 de abril de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «O início de tudo! Relembre detalhes da assinatura da concessão do SBT». SBT. 18 de agosto de 2018. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Confira as primeiras transmissões e reportagens especiais da TV Bahia». Globoplay. Bahia Meio Dia. 10 de março de 2021. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Homenagem aos 30 anos da TVE na Assembleia Legislativa da Bahia». IRDEB. 25 de novembro de 2015. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Na Bahia, emissão da Globo volta para ACM». Folha de S.Paulo: A-6. 7 de julho de 1987. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «TV Cabrália, uma história de 30 anos». Pimenta.blog.br. 30 de outubro de 2017. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Conheça a TV Subaé». iBahia. TV Subaé. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 11 de março de 2005
- ↑ «Conheça a TV Santa Cruz». iBahia. TV Santa Cruz. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 10 de setembro de 2004
- ↑ «TV Sudoeste completa hoje 29 anos contribuindo com o desenvolvimento de Vitória da Conquista e região». Blog de Giorlando Lima. 31 de março de 2019. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «TV São Francisco». Rede Bahia. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «TV Oeste». Rede Bahia. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ a b c «A história». Record News Nordeste. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 13 de agosto de 2013
- ↑ «A Rede Camaçari». Rede Camaçari. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 4 de dezembro de 2001
- ↑ a b Filho, Jorge; Cidreira, Renata (2014). Interfaces comunicacionais (PDF). Cruz das Almas: Editora UFRB. p. 167. ISBN 9788561346768
- ↑ Leal, Luciana (12 de setembro de 1995). «Informe JB». Jornal do Brasil: 6. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ Lobato, Elvira (26 de novembro de 1995). «Universal dobra posse de TVs e vira 3ª rede». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ Borborema, Athylla (29 de abril de 2010). «Acervo jornalístico da história de Teixeira de Freitas é doado pela TV Sul Bahia à Secretaria de Educação». Teixeira News. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 6 de julho de 2013
- ↑ Valladares, Ricardo (25 de junho de 1997). «Num novo templo». Veja. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 8 de maio de 2003
- ↑ Lobo, Leão (10 de maio de 1997). «Qual será o segredo "mexicano"?». Valeparaibano. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 5 de janeiro de 2008
- ↑ a b Barreto, Betânia; Albuquerque, Eliana; Sousa, Anaelson (novembro de 2003). «CONSIDERAÇÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA TELEVISÃO NO PENSAR, SENTIR E FAZER REGIONAL». SBPJOR. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 11 de janeiro de 2014
- ↑ Boccato, Paulo (janeiro de 2000). «BAHIA». Tela Viva. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 9 de julho de 2011
- ↑ Borges, Thanize (31 de agosto de 2017). «UESB promove 1º Seminário de Televisão e Rádio Educativas». Assessoria de Comunicação - UESB. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 8 de setembro de 2017
- ↑ «História do Jornal de Valente». bachtoni. 18 de abril de 2008. Consultado em 22 de janeiro de 2022 – via YouTube
- ↑ Castro, Daniel (20 de janeiro de 2004). «Outro Canal: Nizan empacota canal de TV católico». Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «REDE TV+ CHEGA À GRANDE SÃO PAULO E AO SUL DA BAHIA». Tele.Síntese. 30 de outubro de 2006. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ Almeida, Daiane (julho de 2007). «Jornal de Valente sai do ar» (PDF). Jornal Giramundo (22): 7. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ Lyra, Osvaldo; Alvarez, Graciela (2 de dezembro de 2008). «TV Bahia dá início a transmissão do sinal digital em Salvador». Correio24Horas. Consultado em 1 de março de 2020
- ↑ Brito, Anami (20 de fevereiro de 2009). «Polícia Federal fecha a TVC». Camaçari Fatos e Fotos. Consultado em 25 de abril de 2021
- ↑ «TV Aratu inicia transmissão do sinal digital». Aratu Online. 2 de dezembro de 2009. Consultado em 29 de fevereiro de 2016. Arquivado do original em 7 de dezembro de 2009
- ↑ Guedin, Giorgio (21 de maio de 2010). «Band lançará sinal digital nas três capitais do sul do Brasil». SulBRTV. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «TV Itapoan, um marco na televisão da Bahia». Salvador Notícias. 19 de novembro de 2010. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Rede Aparecida transmitirá sua programação a Salvador». ACI Digital. 23 de maio de 2011. Consultado em 16 de dezembro de 2021
- ↑ «TV Cabrália agora é Record Bahia!». Itapoan Online. 4 de julho de 2013. Consultado em 22 de janeiro de 2022. Arquivado do original em 4 de julho de 2013
- ↑ «TV Baiana/Rede Cultura inicia retransmissão em Jequié». Jequié Repórter. 22 de julho de 2016. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Sinal analógico de TV foi desligado em Salvador e mais 19 cidades». Rede Globo. Rede Bahia. 28 de setembro de 2017. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Sinal analógico de TV é desligado em Feira e Vitória da Conquista». Bahia de Valor. 5 de dezembro de 2018. Consultado em 22 de janeiro de 2022
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Barbosa e Silva, Rodrigo (2012). Criminalidade na Televisão Baiana: o telejornal policial Se Liga Bocão e os relatos dos sujeitos privados de liberdade (Tese de doutorado). Salvador: Universidade Federal da Bahia
- Matos, Rita de Cássia Aragão; Mabel, Sarah (2012). «Flagrantes em Tela: A Televisão na Bahia (1960-1985)» (PDF). III Encontro Baiano de Estudos em Cultura. Consultado em 1 de agosto de 2021
- SAMPAIO, Adriano; et al. A construção da violência na televisão da Bahia: relatório de análise sobre os programas Se Liga Bocão e Na Mira. [S.l.: s.n.]
- SPANNENBERG, Ana Cristina; ARAGÃO, Joana Maltez de; MENEZES, Juliana Cíntia Ferreira de; ANTOS, Lourivânia Soares (2012). «Do ceticismo à consolidação: a TV na Bahia - Notas sobre a primeira década de televisão em Salvador» (PDF). Revista Brasileira de História da Mídia (RBHM). 1 (2). ISSN 2238-5126