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Este relato de experiência apresenta uma discussão sobre a mediação de escrita realizada em caráter de extensão na oficina de escrita, oferecida em plataforma on-line, ‘Eu, professora, e a escrita de mim’, a qual foi promovida durante a... more
Este relato de experiência apresenta uma discussão sobre a mediação de escrita realizada em caráter de extensão na oficina de escrita, oferecida em plataforma on-line, ‘Eu, professora, e a escrita de mim’, a qual foi promovida durante a pandemia da COVID-19 e voltou-se a professoras da educação básica. A discussão teórica mobilizada na oficina perpassa a teoria da enunciação (BENVENISTE, 2014), as qualidades discursivas –Unidade Temática, Concretude, Questionamento e Objetividade (GUEDES, 2009) e a concepção de subjetividade relacionada à leitura literária (PETIT, 2009). Em via de mão dupla entre teoria e prática, este texto reflete sobre estratégias voltadas ao exercício da escrita de si e, a partir do estudo de um caso de escrita e reescrita realizadas naoficina, aponta para a leitura pública, a discussão com leitores interessados e as qualidades discursivas como recursos importantes para a mobilização da(s) subjetividade(s) nas produções escritas, em especial, em relatos de exper...
Esta tese confronta um corpus de romances brasileiros contemporâneos de autoria feminina com pesquisas criticas feministas, a fim de observar se as personagens femininas escritas por mulheres tem contribuido para um projeto de emancipacao... more
Esta tese confronta um corpus de romances brasileiros contemporâneos de autoria feminina com pesquisas criticas feministas, a fim de observar se as personagens femininas escritas por mulheres tem contribuido para um projeto de emancipacao das mulheres, observando os termos propostos pelo movimento feminista brasileiro e levando em consideracao o que se infere como uma perspectiva feminina do mundo social. Para isso, sao analisadas onze personagens femininas de dez romances publicados de 2000 a 2014, escritos por autoras nascidas a partir dos anos 1970, decada que e considerada o marco do feminismo no Brasil. A divisao da analise em dois eixos tematicos, o corpo e os espacos, que permeiam os romances e sao discutidos pela critica como fundamentais tanto para o projeto feminista quanto para a literatura de autoria feminina, possibilitou observar as personagens femininas como representacao das mulheres contemporâneas numa sociedade ainda submetida a ordem patriarcal. A analise dialoga ...
A literatura de recepção infantil pode estar em sintonia com os aspectos culturais da época em que é produzida. As obras Mania de explicação (2001), A Gaiola (2013) e Valentina cabeça na Lua (2013), de Adriana Falcão, se alinham com as... more
A literatura de recepção infantil pode estar em sintonia com os aspectos culturais da época em que é produzida. As obras Mania de explicação (2001), A Gaiola (2013) e Valentina cabeça na Lua (2013), de Adriana Falcão, se alinham com as características da literatura para crianças na atualidade e também constroem, no seu conjunto, um panorama da representação da personagem feminina infante na obra da autora. O artigo apresenta o processo de criação de Adriana Falcão em cada uma das obras listadas e faz uma abordagem do feminino em cada história, focalizando, principalmente, a construção da protagonista. Tal análise encontra respaldo em Michelle Perrot (2003), Regina Dalcastagnè (2012), Luiza Lobo (1997), Nancy Chodorow (2001), entre outros. O estudo aponta para uma nova perspectiva na construção das “meninas” nas obras literárias para crianças, que as coloca em condição de protagonizarem de fato suas histórias de vida e lidarem com suas emoções e sentimentos de modo a desvencilharem-s...
Nossos tempos são tempos da internet. Quase tudo está dentro dela-ou quase nada fora-e num entrelugar talvez ainda esteja a literatura. Os escritores estão na rede e não somente em textos compartilhados por internautas através de... more
Nossos tempos são tempos da internet. Quase tudo está dentro dela-ou quase nada fora-e num entrelugar talvez ainda esteja a literatura. Os escritores estão na rede e não somente em textos compartilhados por internautas através de correntes infinitas (que põem em dúvida autoria e fidedignidade de conteúdos); eles mantêm seus próprios sites, seus perfis em redes sociais, alimentam seus blogs, tuítam suas opiniões, correspondem-se com seus leitores, divulgam-se e... escrevem. Talvez para atingirem todas as camadas possíveis de público, talvez por medo de serem substituídos por escritores amadores, talvez simplesmente porque tenham se rendido a um instrumento de força, alcance-e fascínio-inegáveis, os escritores cada vez mais publicam suas criações na rede antes mesmo de publicá-las em livros. Trata-se de uma mudança de era; caso ainda não em termos de escrita literária, com certeza em termos de mercado literário e hábitos de leitura. Pela internet, tem-se acesso com a mesma facilidade ...
Research Interests:
Art
RESUMO: A ligacao dual que se impoe entre a morte e a sobrevivencia, personificada atraves de mitos, ainda na contemporaneidade, e o foco desta analise da obra Dois rios (2011), da escritora brasileira Tatiana Salem Levy. A narrativa... more
RESUMO: A ligacao dual que se impoe entre a morte e a sobrevivencia, personificada atraves de mitos, ainda na contemporaneidade, e o foco desta analise da obra Dois rios (2011), da escritora brasileira Tatiana Salem Levy. A narrativa utiliza-se da expectativa de um triângulo amoroso para romper a pulsao de morte estabelecida na relacao incestuosa entre dois irmaos gemeos. Numa relacao pautada pela partida e pela espera, num paradigma entre libertacao e morte, o ato de viajar se impoe como alternativa de fuga de si e tambem como possibilidade de reconstrucao de si, embora qualquer um dos caminhos, aqui, possa se converter no seu exato oposto. PALAVRAS-CHAVE: Literatura brasileira contemporânea; Dois Rios; Tatiana Salem Levy; Duplo; Viagem.
A literatura de recepção infantil pode estar em sintonia com os aspectos culturais da época em que é produzida. As obras Mania de explicação (2001), A Gaiola (2013a) e Valentina cabeça na Lua (2013b), de... more
A  literatura  de  recepção  infantil  pode  estar  em  sintonia  com  os  aspectos  culturais  da  época  em  que  é  produzida.  As  obras  Mania  de  explicação  (2001),  A  Gaiola  (2013a)  e  Valentina  cabeça  na  Lua  (2013b),  de  Adriana  Falcão,  se  alinham  com  as  características  da  literatura  para  crianças  na  atualidade  e  também  constroem,  no  seu  conjunto,  um  panorama  da  representação  da  personagem  feminina  infante  na  obra  da  autora.  O  artigo  apresenta  o  processo  de  criação  de  Adriana  Falcão  em  cada  uma  das  obras  listadas  e  faz  uma  abordagem  do  feminino  em  cada  história,  focalizando,  principalmente,  a  construção  da  protagonista.  Tal  análise  encontra  respaldo  em  Michelle  Perrot  (2003),  Regina  Dalcastagnè  (2012),  Luiza  Lobo  [1997],  Nancy  Chodorow  (2001),  entre  outros.  O  estudo  aponta  para  uma  nova  perspectiva  na  construção  das  “meninas”  nas  obras  literárias  para  crianças,  que  as  coloca  em  condição  de  protagonizarem  de  fato  suas  histórias  de  vida  e  lidarem  com  suas  emoções  e  sentimentos  de  modo  a  desvencilharem-se  de  estereótipos  já  conhecidos  na  vida  real  e  na literatura  infantil,  colocando-as  mais  próximas  da  posição  da  mulher  na  sociedade  contemporânea.
Artigo publicado no boletim de literatura infantojuvenil Limeriques, da Habilis Press Editora em novembro de 2015.
Research Interests:
Artigo publicado no livro "Leituras de literatura brasileira contemporânea", Porto Alegre: Edipucrs, 2015.

Indicado como leitura obrigatória para a seleção de doutorado 2015/2016 da Universidade de Passo Fundo.
Research Interests:
Artigo publicado no "Caderno de Sábado" do jornal Correio do Povo em 10 de outubro de 2015.
Research Interests:
Este trabalho se trata de uma análise da personagem Calixta Brand, do conto homônimo do escritor mexicano Carlos Fuentes. A análise se foca na questão do processo de silenciamento sofrido por ela no desenrolar do conto; processo imposto... more
Este trabalho se trata de uma análise da personagem Calixta Brand, do conto homônimo do escritor mexicano Carlos Fuentes. A análise se foca na questão do processo de silenciamento sofrido por ela no desenrolar do conto; processo imposto pelo marido Esteban. Calixta é uma personagem movida pelo silêncio, mas um silêncio nunca mudo, nunca estático, nunca sinônimo de falta de voz; o silêncio que, conforme Orlandi (2007), permite que o sujeito se movimente e que o sentido faça sentido. Calixta é uma americana que se casa com o mexicano Esteban e se estabele com ele na América Latina. Esteban, narrador e marido, desenvolve em relação a Calixta um processo de silenciamento baseado nas diferenças de gênero, etnia e posição social existentes entre eles. A violência velada de Esteban sobre a mulher transita pelo campo da discussão do centro trazida por Hutcheon (1988). Ele se impõe sobre ela através do poder, insensibilidade e humilhação. Ao narrar Calixta, Esteban vai, em processo contínuo, silenciando-a. Ela não evita, mas resiste através de atividades silenciosas e de intensa significação: jardinagem, leitura, escritura. A escritura, em especial, atividade criadora por excelência, desperta a desconfiança, o ciúme e o profundo despeito do marido, porque se coloca como uma atividade subversiva, sugerindo, ao mesmo tempo, o descentramento dele e a expansão dos sentidos dela. Quando percebe em Calixta rastros de algo que foge ao seu controle — ao seu entendimento — Esteban a censura. Esse movimento é demonstrado nesta análise a partir da observação da linguagem de Esteban, na qual se dá gradualmente a desconstrução de Calixta. Para Esteban, silenciar a mulher é uma tentativa de fazê-la parar de significar. Ocorre que, como dito, o silêncio não é ausência de significado. Ao contrário, é nele que os sentidos se movimentam. O silêncio significa.
Resenha de "O coração andarilho", de Nélida Piñon.
A ligação dual que se impõe entre a morte e a sobrevivência, personificada através de mitos, ainda na contemporaneidade, é o foco desta análise da obra Dois rios (2011), da escritora brasileira Tatiana Salem Levy. A narrativa utiliza-se... more
A ligação dual que se impõe entre a morte e a sobrevivência, personificada através de mitos, ainda na contemporaneidade, é o foco desta análise da obra Dois rios (2011), da escritora brasileira Tatiana Salem Levy. A narrativa utiliza-se da expectativa de um triângulo amoroso para romper a pulsão de morte estabelecida na relação incestuosa entre dois irmãos gêmeos. Numa relação pautada pela partida e pela espera, num paradigma entre libertação e morte, o ato de viajar se impõe como alternativa de fuga de si e também como possibilidade de reconstrução de si, embora qualquer um dos caminhos, aqui, possa se converter no seu exato oposto.
O presente artigo teve seu argumento principal suscitado pela fala da escritora Lídia Jorge em palestra ministrada no dia 28 de setembro de 2012 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A autora falou à plateia sobre a... more
O presente artigo teve seu argumento principal suscitado pela fala da escritora Lídia Jorge em palestra ministrada no dia 28 de setembro de 2012 na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A autora falou à plateia sobre a adaptação cinematográfica do seu romance A costa dos murmúrios (1988), realizada pela diretora, também portuguesa, Margarida Cardoso (em 2004). Questionada a respeito do olhar feminino sobre a guerra colonial — uma das tantas perspectivas temáticas que pode ser pinçada da obra —, Lídia confrontou as duas obras, argumentando que o livro não defende um olhar inocente das mulheres sobre a guerra, enquanto que na trama cinematográfica há a perspectiva de isenção de culpa. Tendo em vista tal ponto de partida, esta análise se propõe a investigar a forma com que a diretora Margarida Cardoso interpretou e transpôs a atuação das mulheres retratadas na obra original, diante do conflito enfocado no livro, trazendo para o foco a protagonista Eva Lopo, Evita.
Lygia Bojunga e eu nunca nos encontramos, mas eu sempre estive lá, com ela. O que Barthes tem a ver com isso? Ele frequenta a mesma cafeteria.
Esta tese confronta um corpus de romances brasileiros contemporâneos de autoria feminina com pesquisas críticas feministas, a fim de observar se as personagens femininas escritas por mulheres têm contribuído para um projeto de emancipação... more
Esta tese confronta um corpus de romances brasileiros contemporâneos de autoria feminina com pesquisas críticas feministas, a fim de observar se as personagens femininas escritas por mulheres têm contribuído para um projeto de emancipação das mulheres, observando os termos propostos pelo movimento feminista brasileiro e levando em consideração o que se infere como uma perspectiva feminina do mundo social. Para isso, são analisadas onze personagens femininas de dez romances publicados de 2000 a 2014, escritos por autoras nascidas a partir dos anos 1970, década que é considerada o marco do feminismo no Brasil. A divisão da análise em dois eixos temáticos, o corpo e os espaços, que permeiam os romances e são discutidos pela crítica como fundamentais tanto para o projeto feminista quanto para a literatura de autoria feminina, possibilitou observar as personagens femininas como representação das mulheres contemporâneas numa sociedade ainda submetida à ordem patriarcal. A análise dialoga sobremaneira com pesquisadoras brasileiras, sendo que o confronto entre o discurso crítico produzido por elas e a produção ficcional que compõe o corpus da pesquisa encaminharam este trabalho para a conclusão de que a maior parte das personagens contempladas por este estudo ainda corresponde ao status quo definido pela autoria masculina, subvertendo apenas em parte o contexto hegemônico no que concerne a representações redutoras e até mesmo estereotipadas das mulheres na literatura.
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