Papers by Luis Roberto de Paula
Jornal Página 13 - https://www.pagina13.org.br/a-participacao-indigena-em-processos-eleitorais-no-brasil-do-resultado-das-eleicoes-municipais-em-2020-e-um-breve-painel-historico/, 2020
participação indígena em processos eleitorais, em particular na esfera municipal do poder executi... more participação indígena em processos eleitorais, em particular na esfera municipal do poder executivo e legislativo, apesar de antiga, era até recentemente pouco conhecida e divulgada porque carecia de um mapeamento sistemático e consistente, seja em termos quantitativos ou qualitativos. Esta ausência vem sendo preenchida nos últimos quatro anos a partir de um conjunto de mapeamentos produzidos e divulgados tanto por pesquisadores vinculados ao campo acadêmico como por organizações indígenas e indigenistas. Os dados e análises que se seguem são uma tentativa de apresentar de maneira resumida os principais achados quantitativos mapeados até este momento, bem como apontar alguns problemas, desafios e tendências envolvidas neste fenômeno político de enorme importância não só para os povos indígenas, como para os não-indígenas
Resenha&Debate, 2020
Trata-se de um mapeamento preliminar dos 2.173 candidaturas de pessoas que se autodeclararam indí... more Trata-se de um mapeamento preliminar dos 2.173 candidaturas de pessoas que se autodeclararam indígena junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O total de candidaturas para os cargos do executivo e do legislativo municipais em 2020 segundo o mesmo TSE é de 550.397. Portanto, as candidaturas autodeclaradas indígenas representam singelos 0,4%. Percentual semelhante ao da parcela da população brasileira que autodeclarou ser indígena no Censo Demográfico de
2010, segundo o Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE). Importante ressaltar que as candidaturas autodeclaradas indígenas em 2020 tiveram um aumento de quase 27% em relação às lançadas em 2016 (1.715 para 2.173).
Página da Associação Brasileira de Antropologia http://www.aba.abant.org.br/files/20200601_5ed561c92875e.pdf ) e da Fundação Perseu Abramo (https://fpabramo.org.br/coronavirus/2020/06/03/uma-visualizacao-da-pandemia-da-covid-19-entre-povos-indigenas-no-brasil/, 2020
Este relatório científico apresenta gráficos e mapas com dados oficiais da Secretaria Especial de... more Este relatório científico apresenta gráficos e mapas com dados oficiais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) sobre a evolução da COVID-19 nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) entre abril e maio de 2020. Também são discutidos aspectos metodológicos, exemplos de mapeamentos divergentes apresentados por organizações indígenas e indigenistas, informações sobre estrutura e funcionamento dos DSEIs e uma breve análise sobre a intensificação da pandemia entre povos indígenas. Importante ressaltar de maneira enfática que temos clareza da subnotificação existente nos dados oficiais da SESAI, especialmente porque não estão sendo contabilizados os casos de COVID-19 nos indígenas que se encontram em contextos urbanos e rurais não abrangidos pela cobertura dos DSEIs. De forma a enfatizar esta subnotificação oficial de dados, apresentamos alguns boletins de organizações indígenas (APIB e COIAB) e uma indigenista (Iepe) que fornecem um cenário mais próximo da realidade quanto à contaminação dos povos indígenas.
Povos Indígenas: Projetos de Desenvolvimento II, 2010
Introdução s povos indígenas, tradicionalmente, apropriam-se e utilizam os re-cursos naturais pre... more Introdução s povos indígenas, tradicionalmente, apropriam-se e utilizam os re-cursos naturais presentes em seus territórios, transformando-os em atividades cotidianas de reprodução física e cultural: constroem moradias e canoas; produzem remédios para a saúde e para a doença; caçam e coletam (cotidianamente ou em momentos ritualizados): cultivam pequenas roças, por exemplo, de milho ou mandioca para alimentação cotidiana (ou ritual); não só caçam, mas transformam animais de pequeno porte em xerimbabo (ara-ras, caititu, macacos). O universo de práticas sociais associadas à apropriação, transformação e reprodução de recursos naturais é amplo e diversificado, par-ticularmente, quando colocamos lado a lado o conhecimento etnoambiental dos mais de 230 povos indígenas situados em território nacional. Esse conjunto de conhecimentos etnoambientais é passado de geração a geração desde tempos imemoriais, dentro de complexas redes de ensino e aprendizagem. O respeito pela Natureza, que dá o sustento físico e simbólico, e pelas futuras gerações, que permitem a ideia de continuidade grupal no tempo e no espaço, são os pilares dessa filosofia de vida. O papel das gerações mais velhas é fundamental na sua reprodução, bem como na legitimação de suas mudanças. São elas-as gerações mais velhas-a fonte dos conselhos para que as práticas sociais não exerçam pressão demasiada sobre os recursos natu-rais. São bastante conhecidas as técnicas de rodízio de roças, por exemplo, que garantem a reposição cíclica da mata derrubada para o plantio (não só desem-penhadas pelos índios, mas também pelos demais povos tradicionais). Não há concepção filosófica mais distante da lógica que orienta o modo de produção capitalista.
Análise dos equívocos do PROCAMBIX-Programa de Compensação Ambiental Xerente, resultado da implan... more Análise dos equívocos do PROCAMBIX-Programa de Compensação Ambiental Xerente, resultado da implantação da Hidrelétrica do Lageado no estado do Tocantins.
ISA, 2005
VÍTIMA DE UM DOS MAIORES ETNOCÍDIOS DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA, ESSE POVO ENFRENTA HOJ... more VÍTIMA DE UM DOS MAIORES ETNOCÍDIOS DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA, ESSE POVO ENFRENTA HOJE GRAVES CONFLITOS FUNDIÁRIOS Os Xavante somam aproximadamente 13 mil pessoas distribuí das por mais de 150 aldeias, que, por sua vez, estão espalhadas por nove Terras Indígenas (TI)-ao todo são 1.380.000 ha-, das quais seis são territorialmente descontínuas. A questão territorial xavante, assunto controverso, está há décadas na agenda da política fundiária do Estado brasileiro.
Um debate sobre a ética do antropólogo quando envolvido em projetos de avaliação de impacto ambie... more Um debate sobre a ética do antropólogo quando envolvido em projetos de avaliação de impacto ambiental de grandes obras sobre povos indígenas no Brasil. O artigo se propõe a refletir sobre os dilemas étnicos envolvidos em sua participação nos estudos de impacto ambiental da Hidrovia Araguaia-Tocantins (1998) e UHE Belo Monte (2009).
http://laced4.hospedagemdesites.ws/wp-content/uploads/2020/05/Resenha-Debate-Nova-Serie-vol-2.pdf
Esse artigo tem como objetivo principal proporcionar subsídios teóricos e metodológicos para a co... more Esse artigo tem como objetivo principal proporcionar subsídios teóricos e metodológicos para a construção de uma agenda de pesquisa que articule metodologias quantitativas e qualitativas sobre o fenômeno crescente da participação indígena em processos eleitorais. Apresento, por um lado, uma inédita sistematização sobre a distribuição de 583 mandatos indígenas (prefeitos, vices e vereadores) ao longo de uma série histórica delimitada entre 1976 e 2016 (cruzando-os com variáveis tais como filiação partidária, étnica, distribuição por municípios e estados). Sistematizei ainda um conjunto de trabalhos que analisam o voto e os processos eleitorais numa perspectiva antropológica, com ênfase em estudos etnográficos com participação indígena. São também discutidos problemas metodológicos que emergiram no decorrer do trabalho de mapeamento dos mandatos. No decorrer do artigo busco destacar as potenciais conexões entre algumas das proposições extraídas da literatura antropológica sobre os processos eleitorais e a sistematização quantitativa dos 583 mandatos indígenas mapeados nessa investigação .
A presença de segmentos indígenas em contextos urbanos e rurais fora de terras indígenas já regul... more A presença de segmentos indígenas em contextos urbanos e rurais fora de terras indígenas já regularizadas é marcada tanto por vulnerabilidades socioeconômicas, como pela constante luta pela afirmação de direitos. Sem perder de vista essa equação, o artigo parte da problematização da literatura já produzida no país sobre “índios
urbanos” a partir de uma revisita preliminar à dicotomia “urbano” e “rural”. Discute ainda alguns dados do IBGE sobre “população indígena urbana” e, na sequência, lança mão de um olhar microscópico sobre algumas situações heterogêneas que constituem esses contextos ampliados de interação social indígena. Por fim, ao apresentar um
conjunto de iniciativas de confirmação de direitos indígenas por poderes executivos municipais, reflete sobre o tensionamento que este fenômeno gera para o “marco regulatório indigenista” já consolidado no país.
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 2013
Books by Luis Roberto de Paula
Associação Brasileira de Antropologia , 2020
Neste livro, buscamos aglutinar pesquisadores brasileiros que produziram investigações etnográfic... more Neste livro, buscamos aglutinar pesquisadores brasileiros que produziram investigações etnográficas e refletiram sobre a
relação entre povos indígenas e o sistema político institucional brasileiro em nível municipal. Também foram convidados
a colaborar pesquisadores com trabalho de análise em outros países na
América Latina, como Argentina, Colômbia, Equador, México e Peru.
Associação Brasileira de Antropologia, 2020
O livro tem como objeto privilegiado de análise e reflexão a relação entre povos indígenas e o si... more O livro tem como objeto privilegiado de análise e reflexão a relação entre povos indígenas e o sistema político institucional. Nele aglutinamos pesquisadores brasileiros e de outros países de América Latina que produziram investigações etnográficas sobre esta temática em nível municipal, bem como aqueles que estão em processo de investigação e se interessaram em apresentar seus primeiros resultados.
ISBN 978-65-87289-03-8, 2020
Nosso foco de observação, aqui, incide sobre as políticas públicas direcionadas, específica e dif... more Nosso foco de observação, aqui, incide sobre as políticas públicas direcionadas, específica e diferenciadamente, aos povos indígenas no Brasil. A ideia, porém, não é tanto fazer um mapeamento do que existe nessa área, repetindo iniciativas anteriores, mas proporcionar uma espécie de “guia de pesquisa” para indígenas dispostos a fazer seus próprios mapeamentos. Imaginamos como leitores preferenciais deste volume os indígenas dados à investigação e, em especial, aqueles que hoje frequentam cursos de graduação e pós-graduação de diversas universidades brasileiras. O trabalho destina-se a eles. Foi feito com o propósito de auxiliá-los a enfrentar, por si sós, a tarefa de mapear e sistematizar informações sobre as políticas públicas criadas em resposta aos anseios e direitos de sua gente.
Uploads
Papers by Luis Roberto de Paula
2010, segundo o Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE). Importante ressaltar que as candidaturas autodeclaradas indígenas em 2020 tiveram um aumento de quase 27% em relação às lançadas em 2016 (1.715 para 2.173).
urbanos” a partir de uma revisita preliminar à dicotomia “urbano” e “rural”. Discute ainda alguns dados do IBGE sobre “população indígena urbana” e, na sequência, lança mão de um olhar microscópico sobre algumas situações heterogêneas que constituem esses contextos ampliados de interação social indígena. Por fim, ao apresentar um
conjunto de iniciativas de confirmação de direitos indígenas por poderes executivos municipais, reflete sobre o tensionamento que este fenômeno gera para o “marco regulatório indigenista” já consolidado no país.
Books by Luis Roberto de Paula
relação entre povos indígenas e o sistema político institucional brasileiro em nível municipal. Também foram convidados
a colaborar pesquisadores com trabalho de análise em outros países na
América Latina, como Argentina, Colômbia, Equador, México e Peru.
http://laced4.hospedagemdesites.ws/wp-content/uploads/2020/06/PoliticaIndigena.pdf
2010, segundo o Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE). Importante ressaltar que as candidaturas autodeclaradas indígenas em 2020 tiveram um aumento de quase 27% em relação às lançadas em 2016 (1.715 para 2.173).
urbanos” a partir de uma revisita preliminar à dicotomia “urbano” e “rural”. Discute ainda alguns dados do IBGE sobre “população indígena urbana” e, na sequência, lança mão de um olhar microscópico sobre algumas situações heterogêneas que constituem esses contextos ampliados de interação social indígena. Por fim, ao apresentar um
conjunto de iniciativas de confirmação de direitos indígenas por poderes executivos municipais, reflete sobre o tensionamento que este fenômeno gera para o “marco regulatório indigenista” já consolidado no país.
relação entre povos indígenas e o sistema político institucional brasileiro em nível municipal. Também foram convidados
a colaborar pesquisadores com trabalho de análise em outros países na
América Latina, como Argentina, Colômbia, Equador, México e Peru.
http://laced4.hospedagemdesites.ws/wp-content/uploads/2020/06/PoliticaIndigena.pdf
ainda, do “envolvimento”) não atrelada hegemonicamente ao
“(neo) extrativismo” de recursos naturais.