Orientadora: Profa. Dra. Andréa DoréDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Seto... more Orientadora: Profa. Dra. Andréa DoréDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 06/09/2019Inclui referências: p. 154-161Resumo: A presente dissertação volta-se para a investigação do livre-pensamento no século XVII, através da análise de Viagem à Lua e Viagem ao Sol, escritos que foram publicados postumamente, nos anos de 1657 e 1662, e tratam das viagens empreendidas por um viajante para a Lua e o Sol, locais que são considerados mundos e são povoados por seres que possuem hábitos totalmente contrários aos humanos. As obras são da autoria de Cyrano de Bergerac, escritor entendido como um livre-pensador, um representante do grupo dos libertinos ?? modo como foram nomeados posteriormente pela historiografia. As narrativas de Cyrano propõem uma nova maneira de exercer o pensamento, empregando a imaginação como uma modalidade possível para o entendimento do real. Assim, com um suporte teór...
Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores conse... more Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores consequências para a sociedade. A palavra, no entanto, que amalgama lugar ideal com lugar nenhum está intimamente relacionada à ambição por um mundo melhor. Atrelada ao fértil gênero literário que se firma na aurora moderna a partir da obra homônima de Thomas Morus, a utopia se estrutura a partir do questionamento da realidade, do mundo vivido que precisa de reformas, e servirá, portanto, à crítica social. Entre o apogeu e o declínio do pensamento utópico, com a ascensão das distopias que substituem a esperança pelo temor em um futuro em que somos subjugados pela tecnologia e por uma ordem totalitária, diferentes autores e autoras desenvolveram os anseios sociais de cada época. Os capítulos deste livro se voltam a esses mundos-outros, seguindo a deixa do filósofo Cornelius Castoriadis: “não existimos para dizer o que é, mas para fazer ser o que não é”.
Capítulo 9: Mundos imaginados: reflexões sobre a Lua e o Sol de Cyrano de Bergerac a partir de Mi... more Capítulo 9: Mundos imaginados: reflexões sobre a Lua e o Sol de Cyrano de Bergerac a partir de Michel de Certeau, p. 121-135.
O que se vê aqui é a reunião de textos voltados à divulgação de pesquisas no campo da História e suas interfaces. O plano adotado pelos autores trata de história, de vida quotidiana e intelectual, de mentalidade, de cultura, de política e dos espaços. A pluralidade dessas abordagens permite o acesso a diferentes problemas, contextos e configurações sociais. Claro está que a sociabilidade não pode separar-se de significados, representações e discursos. Somente um ponto de vista desta natureza pode gerar uma interrogação mais profunda acerca dos agentes históricos, suas modalidades de crença, legitimação e reconhecimento o que significa dizer, noutros termos, que o foco de todos os capítulos tende a se concentrar em aspectos de trajetórias individuais e/ou identidades grupais. Este quadro multifacetado, longe de parecer desordenado, apresenta uma harmoniosa reflexão que, a se julgar por suas proposições, demonstra certos aspectos da sociabilidade que ainda merecem ser estudados em profundidade.
Capítulo 6: "Da ruptura pela derrota à consagração de uma esperança: reflexões sobre Um Programa para a Lei da Liberdade, de Gerrard Winstanley (1652)., 2021
Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores conse... more Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores consequências para a sociedade. A palavra, no entanto, que amalgama lugar ideal com lugar nenhum está intimamente relacionada à ambição por um mundo melhor. Atrelada ao fértil gênero literário que se firma na aurora moderna a partir da obra homônima de Thomas Morus, a utopia se estrutura a partir do questionamento da realidade, do mundo vivido que precisa de reformas, e servirá, portanto, à crítica social. Entre o apogeu e o declínio do pensamento utópico, com a ascensão das distopias que substituem a esperança pelo temor em um futuro em que somos subjugados pela tecnologia e por uma ordem totalitária, diferentes autores e autoras desenvolveram os anseios sociais de cada época. Os capítulos deste livro se voltam a esses mundos-outros, seguindo a deixa do filósofo Cornelius Castoriadis: “não existimos para dizer o que é, mas para fazer ser o que não é”.
Orientadora: Profa. Dra. Andréa DoréDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Seto... more Orientadora: Profa. Dra. Andréa DoréDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 06/09/2019Inclui referências: p. 154-161Resumo: A presente dissertação volta-se para a investigação do livre-pensamento no século XVII, através da análise de Viagem à Lua e Viagem ao Sol, escritos que foram publicados postumamente, nos anos de 1657 e 1662, e tratam das viagens empreendidas por um viajante para a Lua e o Sol, locais que são considerados mundos e são povoados por seres que possuem hábitos totalmente contrários aos humanos. As obras são da autoria de Cyrano de Bergerac, escritor entendido como um livre-pensador, um representante do grupo dos libertinos ?? modo como foram nomeados posteriormente pela historiografia. As narrativas de Cyrano propõem uma nova maneira de exercer o pensamento, empregando a imaginação como uma modalidade possível para o entendimento do real. Assim, com um suporte teór...
Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores conse... more Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores consequências para a sociedade. A palavra, no entanto, que amalgama lugar ideal com lugar nenhum está intimamente relacionada à ambição por um mundo melhor. Atrelada ao fértil gênero literário que se firma na aurora moderna a partir da obra homônima de Thomas Morus, a utopia se estrutura a partir do questionamento da realidade, do mundo vivido que precisa de reformas, e servirá, portanto, à crítica social. Entre o apogeu e o declínio do pensamento utópico, com a ascensão das distopias que substituem a esperança pelo temor em um futuro em que somos subjugados pela tecnologia e por uma ordem totalitária, diferentes autores e autoras desenvolveram os anseios sociais de cada época. Os capítulos deste livro se voltam a esses mundos-outros, seguindo a deixa do filósofo Cornelius Castoriadis: “não existimos para dizer o que é, mas para fazer ser o que não é”.
Capítulo 9: Mundos imaginados: reflexões sobre a Lua e o Sol de Cyrano de Bergerac a partir de Mi... more Capítulo 9: Mundos imaginados: reflexões sobre a Lua e o Sol de Cyrano de Bergerac a partir de Michel de Certeau, p. 121-135.
O que se vê aqui é a reunião de textos voltados à divulgação de pesquisas no campo da História e suas interfaces. O plano adotado pelos autores trata de história, de vida quotidiana e intelectual, de mentalidade, de cultura, de política e dos espaços. A pluralidade dessas abordagens permite o acesso a diferentes problemas, contextos e configurações sociais. Claro está que a sociabilidade não pode separar-se de significados, representações e discursos. Somente um ponto de vista desta natureza pode gerar uma interrogação mais profunda acerca dos agentes históricos, suas modalidades de crença, legitimação e reconhecimento o que significa dizer, noutros termos, que o foco de todos os capítulos tende a se concentrar em aspectos de trajetórias individuais e/ou identidades grupais. Este quadro multifacetado, longe de parecer desordenado, apresenta uma harmoniosa reflexão que, a se julgar por suas proposições, demonstra certos aspectos da sociabilidade que ainda merecem ser estudados em profundidade.
Capítulo 6: "Da ruptura pela derrota à consagração de uma esperança: reflexões sobre Um Programa para a Lei da Liberdade, de Gerrard Winstanley (1652)., 2021
Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores conse... more Sonho, quimera, evasão. A utopia frequentemente é caracterizada como um escape, sem maiores consequências para a sociedade. A palavra, no entanto, que amalgama lugar ideal com lugar nenhum está intimamente relacionada à ambição por um mundo melhor. Atrelada ao fértil gênero literário que se firma na aurora moderna a partir da obra homônima de Thomas Morus, a utopia se estrutura a partir do questionamento da realidade, do mundo vivido que precisa de reformas, e servirá, portanto, à crítica social. Entre o apogeu e o declínio do pensamento utópico, com a ascensão das distopias que substituem a esperança pelo temor em um futuro em que somos subjugados pela tecnologia e por uma ordem totalitária, diferentes autores e autoras desenvolveram os anseios sociais de cada época. Os capítulos deste livro se voltam a esses mundos-outros, seguindo a deixa do filósofo Cornelius Castoriadis: “não existimos para dizer o que é, mas para fazer ser o que não é”.
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O que se vê aqui é a reunião de textos voltados à divulgação de pesquisas no campo da História e suas interfaces. O plano adotado pelos autores trata de história, de vida quotidiana e intelectual, de mentalidade, de cultura, de política e dos espaços. A pluralidade dessas abordagens permite o acesso a diferentes problemas, contextos e configurações sociais. Claro está que a sociabilidade não pode separar-se de significados, representações e discursos. Somente um ponto de vista desta natureza pode gerar uma interrogação mais profunda acerca dos agentes históricos, suas modalidades de crença, legitimação e reconhecimento o que significa dizer, noutros termos, que o foco de todos os capítulos tende a se concentrar em aspectos de trajetórias individuais e/ou identidades grupais. Este quadro multifacetado, longe de parecer desordenado, apresenta uma harmoniosa reflexão que, a se julgar por suas proposições, demonstra certos aspectos da sociabilidade que ainda merecem ser estudados em profundidade.
O que se vê aqui é a reunião de textos voltados à divulgação de pesquisas no campo da História e suas interfaces. O plano adotado pelos autores trata de história, de vida quotidiana e intelectual, de mentalidade, de cultura, de política e dos espaços. A pluralidade dessas abordagens permite o acesso a diferentes problemas, contextos e configurações sociais. Claro está que a sociabilidade não pode separar-se de significados, representações e discursos. Somente um ponto de vista desta natureza pode gerar uma interrogação mais profunda acerca dos agentes históricos, suas modalidades de crença, legitimação e reconhecimento o que significa dizer, noutros termos, que o foco de todos os capítulos tende a se concentrar em aspectos de trajetórias individuais e/ou identidades grupais. Este quadro multifacetado, longe de parecer desordenado, apresenta uma harmoniosa reflexão que, a se julgar por suas proposições, demonstra certos aspectos da sociabilidade que ainda merecem ser estudados em profundidade.