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Artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. RESUMO Este texto pretende apontar aspectos da agência moral aristotélica, que pressupõe que existe algo, o caráter, que sustenta a existência... more
Artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. RESUMO Este texto pretende apontar aspectos da agência moral aristotélica, que pressupõe que existe algo, o caráter, que sustenta a existência de linhas robustas do ponto de vista do comportamento, moral, da nossa constituição moral, e que acaba por definir o modo pelo qual agimos, e, por conseguinte, operando como algo que realmente nos define. Essa noção de caráter é majoritária entre os comentadores de Aristóteles, ainda que interpretações distintas possam ser defendidas sobre o alcance dessa disposição de caráter em Aristóteles. Tal concepção grassou ao longo dos tempos, mas vem sendo questionada-ao menos sua leitura mais tradicional-por estudos recentes acerca da psicologia social, que atenua ou rejeita a ideia de um caráter que sustente a nossa agência moral, afirmando que não é este, mas as situações que determinam o agir. Nessa perspectiva, temos especialmente Nisbet, Ross, Doris e Harman, os quais, a partir dos resultados concernentes à psicologia social experimental, chegam a afirmar que não haveria isto que entendemos por caráter, o que implicaria em um sério problema para a conhecida ética das virtudes, já que esta requer, na maior parte de suas formulações, a ideia de um caráter absolutamente robusto (Harman), que nos permitiria prever o comportamento de um agente em uma dada circunstância (Doris).
Resumo: Este texto busca apresentar duas teses absolutamente incompatíveis acerca do caráter. (i) uma delas, denominada situacionista, baseada em investigações da psicologia moral contemporânea, sustenta que não há traços robustos que nos... more
Resumo: Este texto busca apresentar duas teses absolutamente incompatíveis acerca do caráter. (i) uma delas, denominada situacionista, baseada em investigações da psicologia moral contemporânea, sustenta que não há traços robustos que nos definam, que não há a ideia mesma de caráter, e que que todas as ações são determinadas pelas circunstâncias. Outra (ii) apresenta uma visão dura acerca do caráter a partir da ética aristotélica, sustentando que há algo que nos define, o caráter, e que uma vez adquirido, torna-se incontornável. Por fim, o artigo indicará que há passagens na ética de Aristóteles que permitem defender uma leitura alternativa para (i) e (ii). Palavras-chave: Caráter, falta de caráter, circunstâncias. Abstract: This text seeks to present two absolutely incompatible theories about character. (i) One of them, called situationist, based on contemporary moral psychology research, maintains that there are no robust traits that define us, that there is the idea of character, and that all actions are determined by circumstances. The other (ii) presents a harsh vision of character from Aristotelian ethics, arguing that there is something that defines us – character – which, once acquired, becomes unavoidable. Finally, the article indicates that there are passages in the ethics of Aristotle that allow an alternative reading to (i) and (ii). Este texto pretende apontar, preliminarmente, aspectos da agência moral aristotélica, que pressupões que existe algo, o caráter, que pressupõe linhas robustas do ponto de vista do comportamento moral, da nossa constituição moral, e que acaba por definir o modo pelo qual agimos, e, por conseguinte, operando como algo que realmente nos define.
A Revista Dissertatio de Filosofia, n. 36 (org. João Hobuss), vinculada ao PPGFIL - UFPel, apresenta um Dossiê sobre a Filosofia Antiga com artigos sobre Parmênides, Sofistas, Platão, Aristóteles e estoicos:... more
A Revista Dissertatio de Filosofia, n. 36 (org. João Hobuss), vinculada ao PPGFIL - UFPel, apresenta um Dossiê sobre a Filosofia Antiga com artigos sobre Parmênides, Sofistas, Platão, Aristóteles e estoicos:  (http://www2.ufpel.edu.br/isp/dissertatio/dissertatio-36.htm).
Research Interests:
Offering a engaging and accessible portrait of the current state of the field, A Companion to Naturaslim shows students how to think about the relation between Philosophy and Science, and why is both essencial and fascinating to do so.... more
Offering a engaging and accessible portrait of the current state of the field, A Companion to Naturaslim shows students how to think about the relation between Philosophy and Science, and why is both essencial and fascinating to do so. All the authors in this collection reconsider the core questions in Philosophical Naturalism in light of the challenges raised in Contemporary Philosophy. They explore how philosophical questions are connected to vigorous current debates - including complex questions about metaphysics, semantics, religion, intentionality, pragmatism, reductionism, ontology, metaethics, mind, science, belief and delusion, among others – showing how these issues, and philosopher’s attempts to answer them, matter in the Philosophy. In this sense, this collection is also compelling and illuminating reading for philosophers, philosophy students, and anyone interested in Naturalism and their place in current discussions.
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