Antropóloga, Professora Adjunta da Universidade Federal do Paraná. https://evascheliga.wordpress.com/ Address: Universidade Federal do Paraná Departamento de Antropologia R. Gal. Carneiro, 460, 6º andar 80.060-150 Curitiba/PR http://www.humanas.ufpr.br/portal/antropologia/
Educando sentidos, orientando uma práxis: etnografia das práticas assistenciais de evangélicos brasileiros, 2013
A presente tese toma as práticas assistenciais evangélicas como objeto privilegiado para a anális... more A presente tese toma as práticas assistenciais evangélicas como objeto privilegiado para a análise das relações entre religião e esfera pública, aqui compreendida como uma arena de mediação de sentidos. Amparada pela abordagem desenhada por Habermas, formula-se a hipótese de que a assistência seria uma espécie de baliza que permite atribuir verossimilhança a determinados posicionamentos públicos, dado que faculta conexões muito singulares entre diferentes campos discursivos (como religião, direito, política e economia) e que, quanto mais complexas forem estas conexões, maior abrangência terá a argumentação e, por consequência, tanto maior será a probabilidade de ela ser levada em consideração na esfera pública. Elementos oriundos da teoria da prática formulada por Bourdieu também são utilizados para analisar estas relações. Disto resulta propor que os diferentes arranjos que permitem ampliar os sentidos atribuídos à assistência estejam intrinsecamente relacionados a disposições que, embora sejam compartilhadas, podem ser diferentemente acionadas em cada contexto de ação. Para refletir sobre em que termos estas relações são produzidas e como são agenciados diferentes códigos compartilhados, toma-se como recorte empírico a Igreja Universal do Reino de Deus e a Rede Evangélica Nacional de Ação Social, investindo-se na produção de uma etnografia de seus agentes e de suas práticas.
Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (III)
Etnografias em contextos pedagógicos: formar d... more Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (III)
Etnografias em contextos pedagógicos: formar docentes, ensinar antropologia, rever epistemologias Juliane Bazzo, Eva Scheliga
Sobre a escola na produção da vida em comunidade: experiências ashaninka no rio Amônia Paula Colares
O professor liderança Huni Kuin do Breu e os seus contextos de atuação: uma etnografia das relações Maria Zenaide Gomes de Castro
A importância da escola no processo de afirmação da identidade linguística Kiriri Vanessa Coelho Moraes
A alteridade na pesquisa escolar: apontamentos a partir de um trabalho de campo em escolas uruguaias Amurabi Oliveira
Quando o campo é o estágio: etnografia e formação docente Fagner Carniel, Daniara Thomaz
Quem é negra, quem é branca, quem fala, quem pode falar: etnografia de mulheres negras em uma turma de formação de docentes Aline Adriana de Oliveira, Carolina dos Anjos de Borba
Professores comprometidos: a interação social na orientação de trabalhos de conclusão de curso Andréa Pavão
Briga de galos no Maranhão: didáticas através de apropriações de textos de antropologia Luiz Couceiro
Para aprender e ensinar antropologias Amanda Horta, Claudia Fioretti Bongianino
Perspectivas para o ensino de Antropologia no curso de Design de Moda Maria Fernanda Carneiro Pinheiro
Campos - Revista de Antropologia v. 22 n. 1 , Jun 30, 2021
Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (II)
Etnografias em contextos pedagógicos: alterid... more Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (II)
Etnografias em contextos pedagógicos: alteridades em jogo
Eva Scheliga, Juliane Bazzo
Tristeza, disforia e bem-estar: perspectivas etnográficas sobre a escolarização de Pessoas Trans
Alef de Oliveira Lima
Ações e reações da escola diante de masculinidades hegemônicas e não hegemônicas: um olhar antropológico
Raimundo Nonato Ferreira Do Nascimento, Marcos Paulo Magalhães De Figueiredo
“Se aqui é o inferno, eu sou a principal demônia!”: etnografando agências juvenis LGBT em contextos escolares de Fortaleza (CE)
José Ricardo Marques Braga
É inclusão, com exclusão? Sobre os entrecruzamentos de gênero, raça e sexualidade no espaço escolar
Ana Luiza Profírio
Disputas por modos de reconhecimento em políticas afirmativas no Ensino Superior brasileiro
Judit Gomes da Silva
“Pedagogia do evento”: o dia da consciência negra no contexto escolar
Rosenilton Silva de Oliveira, Leticia Abilio Nascimento
Tradição oral, construção de diálogo e conhecimento na comunidade quilombola da Rasa
Ana Carolina Vaz, Lilian Sagio Cezar
Religião e performances corporais: etnografia com alunos evangélicos da zona rural de uma escola pública de Minas Gerais
Sandra de Fatima Pereira Tosta, Weslei Lopes da Silva, Lucimara Aparecida Lima Costa
Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (I)
Etnografias em contextos pedagógicos: alterida... more Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (I)
Etnografias em contextos pedagógicos: alteridades, agências e insurgências
Juliane Bazzo, Eva Scheliga
Do protesto à intervenção: socialização política, cidadania e insurgência em mobilizações estudantis de escolas públicas
Bóris Maia
“Hacer escuela, hacer colectivo”. movimientos sociales, jóvenes y experiencias educativas desde una perspectiva antropológica (Rosario, Argentina)
Marilín López Fittipaldi
Entre estigmas e afetos: a experiência escolar de jovens em uma periferia de Curitiba-PR
Kamille Brescansin Mattar, Maria Tarcisa Silva Bega
De las preguntas por el futuro a los proyectos individuales: un abordaje etnográfico sobre los proyectos de futuro de los jóvenes en la finalización de la escuela secundaria
María Mercedes Hirsch
Projeções de atrasos e hesitações: perspectivas em torno de um projeto de aceleração em uma escola pública do Rio de Janeiro (RJ)
Mario Pereira Borba
“Parabéns pra você”: reflexões na quarentena sobre a transição de uma bebê para a creche
Fernanda Müller
Os usos do perfil – formas de ensino e práticas da diferença em escolas de teatro musical
Bernardo Fonseca Machado
Neste artigo apresento elementos que permitem vislumbrar os meandros de relações estabelecidas po... more Neste artigo apresento elementos que permitem vislumbrar os meandros de relações estabelecidas por evangélicos com setores do Estado na formulação de políticas públicas, tendo como fio condutor concepções sobre a “incidência política” - expressão utilizada por meus interlocutores de modo a circunscrever ações dotadas de potencial de transformação na “agenda pública” (Wynarczyk, 2012, p. 4). Como ponto de partida para este exercício, retomo dados de meu trabalho de campo junto a RENAS e apresento a composição da mesa de abertura do seu 8º Encontro Nacional, data em que se comemorou os dez anos de existência desta rede evangélica. Ao situar os agentes que participaram daquela celebração - de modo a compreender suas posições de mediação e a singularidade de sua agência, bem como sua circulação por diferentes espaços estatais e religiosos - pretendo, por um lado, lançar luz sobre as condições e modos de elaboração de vias e estratégias de acesso ao debate público em torno dos direitos sociais no Brasil e, por outro, ressaltar a multiplicidade dos fazeres políticos contemporâneos e a heterogeneidade da atuação religiosa evangélica na esfera pública.
Nesta terceira e última parte do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, discorremos sobre a... more Nesta terceira e última parte do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, discorremos sobre as contribuições dos artigos a duas frentes de pesquisa tidas por clássicas na Antropologia da Educação realizada no Brasil: a escolarização intercultural indígena, bem como a formação para docência no Ensino Básico de maneira sensível à alteridade como questão. Adicionalmente, apresentamos textos com aportes aos debates sobre ensino da Antropologia em nível superior no país, um domínio investigativo que, embora não seja novo, vem revelando singular frescor, como consequência de reviravoltas empíricas na contemporaneidade. Dentre estas, assinalamos a interiorização do Ensino Superior, as interpelações por uma educação decolonial e a efervescência da prática da etnografia em universos pedagógicos formais.
Este texto almeja um debate sobre e, ao mesmo tempo, com o segundo conjunto de artigos do dossiê ... more Este texto almeja um debate sobre e, ao mesmo tempo, com o segundo conjunto de artigos do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, cujo foco dirige-se à problematização de diacríticos de alteridade nos ambientes formais de ensino. Situamos esse apanhado de manuscritos em um contexto de incremento no Brasil, a contar da primeira década de 2000, de estudos antropológicos hospedados em linhas de pesquisa a versar acerca dos marcadores sociais da diferença. Argumentamos que, não coincidentemente, esse crescimento incide sobre uma Antropologia da Educação contemporânea que toma as instituições de ensino, tensos e expressivos reservatórios de alteridade, enquanto universos de investigação. Instigadas pelas discussões que os artigos nos suscitam, exploramos duas temáticas que nos são caras enquanto frentes particulares de pesquisa – a Primavera Secundarista e a religiosidade nos espaços escolares –, por acreditar que ambas nos possibilitam evidenciar, empiricamente, a ambivalência entre subalternização e insurgência intrínseca à educação formal moderno-ocidental, oscilação em que as diferenças, historicamente, têm exercido papel crucial.
Embora a educação não se restrinja ao espaço das instituições de ensino, estas se revelam centrai... more Embora a educação não se restrinja ao espaço das instituições de ensino, estas se revelam centrais nos processos de socialização no Ocidente. Com esse mote em vista, empreendemos neste texto três movimentos analíticos. Situamos o processo de composição do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, destacando as respostas ao convite para tomar variados espaços de educação formal como centro de pesquisas que mobilizam a etnografia em seu sentido forte. Em seguida, traçamos o percurso de consolidação e diversificação dos estudos antropológicos em educação no Brasil, lançando também olhares sobre as possibilidades abertas pelas etnografias em contextos pedagógicos. Por fim, destacamos algumas chaves de leitura do material apresentado neste primeiro número do dossiê desdobrado em três edições, alinhavadas pelas discussões sobre alteridades, agências e insurgências manifestadas nos universos escolares da contemporaneidade.
Neste artigo, com foco em experimentos etnográficos relacionados à religião em tempos de COVID-19... more Neste artigo, com foco em experimentos etnográficos relacionados à religião em tempos de COVID-19, compartilhamos reflexões preliminares sobre arranjos e conciliações que produzem a religião vivida. Foram dois os contextos de obtenção do material apresentado: de um lado, as redes sociais e aplicativos de mensagens, recursos previamente utilizados em pesquisas etnográficas realizadas em Curitiba e no Rio de Janeiro, e, de outro, as varandas em um condomínio no subúrbio carioca. Em comum aos campos de pesquisa das três autoras destaca-se a multiplicação de práticas e a intensificação de celebrações religiosas durante a pandemia. Os experimentos demonstram, assim, possibilidades de continuidade das pesquisas antropológicas na pandemia e evidenciam que a religião próxima ao cotidiano, além de fornecer imagens e metáforas para as advertências quanto aos potenciais riscos à saúde causadas pela COVID-19, também tem sido frequentemente mobilizada a favor da organização da experiência coletiva de quarentena, regulando horários, ativando redes de solidariedade, evocando lembranças sobre as comunidades de fé, criando licenças para escapar da rigidez do isolamento e buscando estabelecer uma ética em nome do bem comum.
O atual contexto de maior visibilidade das manifestações religiosas na esfera pública, e na educa... more O atual contexto de maior visibilidade das manifestações religiosas na esfera pública, e na educação em especial, impeliu-nos a estabelecer relações entre diferentes vínculos religiosos e os itinerários formativos no interior da universidade, com foco na comparação entre bacharelado e licenciatura. Os dados foram coletados por meio de questionário aplicados a uma amostra de 385 estudantes da Universidade Federal do Paraná. Analisamos a declaração de vínculo religioso, a frequência em grupo(s) religioso(s) no ano de 2018 e a filiação religiosa institucional dos discentes. Mais de um terço dos respondentes-38%-afirmou possuir algum vínculo religioso, sendo predominantes os elos com as religiões de matriz cristã: a maioria declara pertencer à religião católica, seguidos das religiões evangélicas. Há, também, um expressivo número de estudantes sem filiação religiosa específica, os "sem religião". Dentre os estudantes de bacharelado que se declaram religiosos, a maior parte é católica, seguida dos evangélicos, com proporção próxima entre evangélicos de missão e pentecostais. Nas licenciaturas, ao contrário, a maioria dos que se declaram religiosos é evangélica, sendo a maior parte vinculada a denominações pentecostais. A frequência religiosa sofre poucas modificações após o ingresso na universidade. Destacamos o fato de os discentes das licenciaturas participarem mais ativamente em suas comunidades de fé em comparação com seus colegas do bacharelado.
Pensata Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNIFESP, 2015
Contribuição à Seção Debates - "Periódicos em Ciências Sociais: caminhos para um debate". Ao comp... more Contribuição à Seção Debates - "Periódicos em Ciências Sociais: caminhos para um debate". Ao compartilhar a experiência editorial junto a Campos - Revista de Antropologia Social, pretendo destacar os pontos que, em minha avaliação, são os mais sensíveis em todo o processo de editoração de um periódico científico, a saber: avaliação preliminar, prazos e pareceres. Ao tratar destes aspectos, pretendo trazer um pouco dos bastidores da produção de uma revista e, assim, contribuir com as reflexões sobre os desafios envolvidos na tarefa de gestão de um periódico e para a divulgação acadêmica.
Ponto Urbe - revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, 2012
Relato sobre dois eventos em comemoração ao Jubileu da reunião intitulada Cristo e o processo rev... more Relato sobre dois eventos em comemoração ao Jubileu da reunião intitulada Cristo e o processo revolucionário brasileiro, conhecida também como Conferência do Nordeste, ocorrida em Recife/PE e convocada pela Confederação Evangélica do Brasil. Reputado como um marco do engajamento político de evangélicos brasileiros, a Conferência do Nordeste foi o quarto evento de uma série de encontros nos quais parcela dos protestantes brasileiros buscou debater a realidade local e o posicionamento das suas respectivas igrejas frente às transformações da sociedade brasileira e do contexto global. Neste sentido, acompanhar as narrativas sobre este evento permite, por exemplo, vislumbrar a tessitura nativa de um posicionamento sobre a participação de igrejas protestantes nos debates políticos em torno da consolidação da democracia, bem como no enfrentamento de “problemas sociais” (oriundos dos processos de transformação econômica e social da sociedade brasileira) e seus múltiplos efeitos. Permite, ademais, avançar na compreensão a respeito do contexto favorável à reflexão sobre os sentidos da ação social evangélica, tema que tem me ocupado de modo particular.
A partir dos resultados de uma pesquisa sobre conversão de detentos às religiões de orientação pe... more A partir dos resultados de uma pesquisa sobre conversão de detentos às religiões de orientação pentecostal pretendo apresentar algumas reflexões sobre a prática de pesquisa junto a grupos considerados violentos. Um dos aspectos a serem abordados diz respeito às implicações de uma 'observação não muito observante´ dos imponderáveis do universo prisional para a produção de uma etnografia. Outro refere-se à recorrência do discurso sobre a segurança, o perigo e a possibilidade de dissimulação do comportamento, dentre eles, o religioso. Mais especificamente, em como estes dados modificaram as estratégias de acesso ao campo e repercutiram na etnografia e na compreensão geral do fenômeno religioso estudado.
Sin discutir los motivos que impulsarían la búsqueda de las salvaciones, las conversiones religio... more Sin discutir los motivos que impulsarían la búsqueda de las salvaciones, las conversiones religiosas constituyen acciones plenas de significado. Con base en la tradición antropológica se buscó comprender por qué eran producidos los diferentes discursos y clasificaciones de los detenidos convertidos al pentecostalismo y a qué se referían cuando eran accionados, siempre observando su contexto específico: el interior de una institución penal.
Educando sentidos, orientando uma práxis: etnografia das práticas assistenciais de evangélicos brasileiros, 2013
A presente tese toma as práticas assistenciais evangélicas como objeto privilegiado para a anális... more A presente tese toma as práticas assistenciais evangélicas como objeto privilegiado para a análise das relações entre religião e esfera pública, aqui compreendida como uma arena de mediação de sentidos. Amparada pela abordagem desenhada por Habermas, formula-se a hipótese de que a assistência seria uma espécie de baliza que permite atribuir verossimilhança a determinados posicionamentos públicos, dado que faculta conexões muito singulares entre diferentes campos discursivos (como religião, direito, política e economia) e que, quanto mais complexas forem estas conexões, maior abrangência terá a argumentação e, por consequência, tanto maior será a probabilidade de ela ser levada em consideração na esfera pública. Elementos oriundos da teoria da prática formulada por Bourdieu também são utilizados para analisar estas relações. Disto resulta propor que os diferentes arranjos que permitem ampliar os sentidos atribuídos à assistência estejam intrinsecamente relacionados a disposições que, embora sejam compartilhadas, podem ser diferentemente acionadas em cada contexto de ação. Para refletir sobre em que termos estas relações são produzidas e como são agenciados diferentes códigos compartilhados, toma-se como recorte empírico a Igreja Universal do Reino de Deus e a Rede Evangélica Nacional de Ação Social, investindo-se na produção de uma etnografia de seus agentes e de suas práticas.
Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (III)
Etnografias em contextos pedagógicos: formar d... more Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (III)
Etnografias em contextos pedagógicos: formar docentes, ensinar antropologia, rever epistemologias Juliane Bazzo, Eva Scheliga
Sobre a escola na produção da vida em comunidade: experiências ashaninka no rio Amônia Paula Colares
O professor liderança Huni Kuin do Breu e os seus contextos de atuação: uma etnografia das relações Maria Zenaide Gomes de Castro
A importância da escola no processo de afirmação da identidade linguística Kiriri Vanessa Coelho Moraes
A alteridade na pesquisa escolar: apontamentos a partir de um trabalho de campo em escolas uruguaias Amurabi Oliveira
Quando o campo é o estágio: etnografia e formação docente Fagner Carniel, Daniara Thomaz
Quem é negra, quem é branca, quem fala, quem pode falar: etnografia de mulheres negras em uma turma de formação de docentes Aline Adriana de Oliveira, Carolina dos Anjos de Borba
Professores comprometidos: a interação social na orientação de trabalhos de conclusão de curso Andréa Pavão
Briga de galos no Maranhão: didáticas através de apropriações de textos de antropologia Luiz Couceiro
Para aprender e ensinar antropologias Amanda Horta, Claudia Fioretti Bongianino
Perspectivas para o ensino de Antropologia no curso de Design de Moda Maria Fernanda Carneiro Pinheiro
Campos - Revista de Antropologia v. 22 n. 1 , Jun 30, 2021
Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (II)
Etnografias em contextos pedagógicos: alterid... more Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (II)
Etnografias em contextos pedagógicos: alteridades em jogo
Eva Scheliga, Juliane Bazzo
Tristeza, disforia e bem-estar: perspectivas etnográficas sobre a escolarização de Pessoas Trans
Alef de Oliveira Lima
Ações e reações da escola diante de masculinidades hegemônicas e não hegemônicas: um olhar antropológico
Raimundo Nonato Ferreira Do Nascimento, Marcos Paulo Magalhães De Figueiredo
“Se aqui é o inferno, eu sou a principal demônia!”: etnografando agências juvenis LGBT em contextos escolares de Fortaleza (CE)
José Ricardo Marques Braga
É inclusão, com exclusão? Sobre os entrecruzamentos de gênero, raça e sexualidade no espaço escolar
Ana Luiza Profírio
Disputas por modos de reconhecimento em políticas afirmativas no Ensino Superior brasileiro
Judit Gomes da Silva
“Pedagogia do evento”: o dia da consciência negra no contexto escolar
Rosenilton Silva de Oliveira, Leticia Abilio Nascimento
Tradição oral, construção de diálogo e conhecimento na comunidade quilombola da Rasa
Ana Carolina Vaz, Lilian Sagio Cezar
Religião e performances corporais: etnografia com alunos evangélicos da zona rural de uma escola pública de Minas Gerais
Sandra de Fatima Pereira Tosta, Weslei Lopes da Silva, Lucimara Aparecida Lima Costa
Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (I)
Etnografias em contextos pedagógicos: alterida... more Dossiê Etnografias em contextos pedagógicos (I)
Etnografias em contextos pedagógicos: alteridades, agências e insurgências
Juliane Bazzo, Eva Scheliga
Do protesto à intervenção: socialização política, cidadania e insurgência em mobilizações estudantis de escolas públicas
Bóris Maia
“Hacer escuela, hacer colectivo”. movimientos sociales, jóvenes y experiencias educativas desde una perspectiva antropológica (Rosario, Argentina)
Marilín López Fittipaldi
Entre estigmas e afetos: a experiência escolar de jovens em uma periferia de Curitiba-PR
Kamille Brescansin Mattar, Maria Tarcisa Silva Bega
De las preguntas por el futuro a los proyectos individuales: un abordaje etnográfico sobre los proyectos de futuro de los jóvenes en la finalización de la escuela secundaria
María Mercedes Hirsch
Projeções de atrasos e hesitações: perspectivas em torno de um projeto de aceleração em uma escola pública do Rio de Janeiro (RJ)
Mario Pereira Borba
“Parabéns pra você”: reflexões na quarentena sobre a transição de uma bebê para a creche
Fernanda Müller
Os usos do perfil – formas de ensino e práticas da diferença em escolas de teatro musical
Bernardo Fonseca Machado
Neste artigo apresento elementos que permitem vislumbrar os meandros de relações estabelecidas po... more Neste artigo apresento elementos que permitem vislumbrar os meandros de relações estabelecidas por evangélicos com setores do Estado na formulação de políticas públicas, tendo como fio condutor concepções sobre a “incidência política” - expressão utilizada por meus interlocutores de modo a circunscrever ações dotadas de potencial de transformação na “agenda pública” (Wynarczyk, 2012, p. 4). Como ponto de partida para este exercício, retomo dados de meu trabalho de campo junto a RENAS e apresento a composição da mesa de abertura do seu 8º Encontro Nacional, data em que se comemorou os dez anos de existência desta rede evangélica. Ao situar os agentes que participaram daquela celebração - de modo a compreender suas posições de mediação e a singularidade de sua agência, bem como sua circulação por diferentes espaços estatais e religiosos - pretendo, por um lado, lançar luz sobre as condições e modos de elaboração de vias e estratégias de acesso ao debate público em torno dos direitos sociais no Brasil e, por outro, ressaltar a multiplicidade dos fazeres políticos contemporâneos e a heterogeneidade da atuação religiosa evangélica na esfera pública.
Nesta terceira e última parte do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, discorremos sobre a... more Nesta terceira e última parte do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, discorremos sobre as contribuições dos artigos a duas frentes de pesquisa tidas por clássicas na Antropologia da Educação realizada no Brasil: a escolarização intercultural indígena, bem como a formação para docência no Ensino Básico de maneira sensível à alteridade como questão. Adicionalmente, apresentamos textos com aportes aos debates sobre ensino da Antropologia em nível superior no país, um domínio investigativo que, embora não seja novo, vem revelando singular frescor, como consequência de reviravoltas empíricas na contemporaneidade. Dentre estas, assinalamos a interiorização do Ensino Superior, as interpelações por uma educação decolonial e a efervescência da prática da etnografia em universos pedagógicos formais.
Este texto almeja um debate sobre e, ao mesmo tempo, com o segundo conjunto de artigos do dossiê ... more Este texto almeja um debate sobre e, ao mesmo tempo, com o segundo conjunto de artigos do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, cujo foco dirige-se à problematização de diacríticos de alteridade nos ambientes formais de ensino. Situamos esse apanhado de manuscritos em um contexto de incremento no Brasil, a contar da primeira década de 2000, de estudos antropológicos hospedados em linhas de pesquisa a versar acerca dos marcadores sociais da diferença. Argumentamos que, não coincidentemente, esse crescimento incide sobre uma Antropologia da Educação contemporânea que toma as instituições de ensino, tensos e expressivos reservatórios de alteridade, enquanto universos de investigação. Instigadas pelas discussões que os artigos nos suscitam, exploramos duas temáticas que nos são caras enquanto frentes particulares de pesquisa – a Primavera Secundarista e a religiosidade nos espaços escolares –, por acreditar que ambas nos possibilitam evidenciar, empiricamente, a ambivalência entre subalternização e insurgência intrínseca à educação formal moderno-ocidental, oscilação em que as diferenças, historicamente, têm exercido papel crucial.
Embora a educação não se restrinja ao espaço das instituições de ensino, estas se revelam centrai... more Embora a educação não se restrinja ao espaço das instituições de ensino, estas se revelam centrais nos processos de socialização no Ocidente. Com esse mote em vista, empreendemos neste texto três movimentos analíticos. Situamos o processo de composição do dossiê Etnografias em contextos pedagógicos, destacando as respostas ao convite para tomar variados espaços de educação formal como centro de pesquisas que mobilizam a etnografia em seu sentido forte. Em seguida, traçamos o percurso de consolidação e diversificação dos estudos antropológicos em educação no Brasil, lançando também olhares sobre as possibilidades abertas pelas etnografias em contextos pedagógicos. Por fim, destacamos algumas chaves de leitura do material apresentado neste primeiro número do dossiê desdobrado em três edições, alinhavadas pelas discussões sobre alteridades, agências e insurgências manifestadas nos universos escolares da contemporaneidade.
Neste artigo, com foco em experimentos etnográficos relacionados à religião em tempos de COVID-19... more Neste artigo, com foco em experimentos etnográficos relacionados à religião em tempos de COVID-19, compartilhamos reflexões preliminares sobre arranjos e conciliações que produzem a religião vivida. Foram dois os contextos de obtenção do material apresentado: de um lado, as redes sociais e aplicativos de mensagens, recursos previamente utilizados em pesquisas etnográficas realizadas em Curitiba e no Rio de Janeiro, e, de outro, as varandas em um condomínio no subúrbio carioca. Em comum aos campos de pesquisa das três autoras destaca-se a multiplicação de práticas e a intensificação de celebrações religiosas durante a pandemia. Os experimentos demonstram, assim, possibilidades de continuidade das pesquisas antropológicas na pandemia e evidenciam que a religião próxima ao cotidiano, além de fornecer imagens e metáforas para as advertências quanto aos potenciais riscos à saúde causadas pela COVID-19, também tem sido frequentemente mobilizada a favor da organização da experiência coletiva de quarentena, regulando horários, ativando redes de solidariedade, evocando lembranças sobre as comunidades de fé, criando licenças para escapar da rigidez do isolamento e buscando estabelecer uma ética em nome do bem comum.
O atual contexto de maior visibilidade das manifestações religiosas na esfera pública, e na educa... more O atual contexto de maior visibilidade das manifestações religiosas na esfera pública, e na educação em especial, impeliu-nos a estabelecer relações entre diferentes vínculos religiosos e os itinerários formativos no interior da universidade, com foco na comparação entre bacharelado e licenciatura. Os dados foram coletados por meio de questionário aplicados a uma amostra de 385 estudantes da Universidade Federal do Paraná. Analisamos a declaração de vínculo religioso, a frequência em grupo(s) religioso(s) no ano de 2018 e a filiação religiosa institucional dos discentes. Mais de um terço dos respondentes-38%-afirmou possuir algum vínculo religioso, sendo predominantes os elos com as religiões de matriz cristã: a maioria declara pertencer à religião católica, seguidos das religiões evangélicas. Há, também, um expressivo número de estudantes sem filiação religiosa específica, os "sem religião". Dentre os estudantes de bacharelado que se declaram religiosos, a maior parte é católica, seguida dos evangélicos, com proporção próxima entre evangélicos de missão e pentecostais. Nas licenciaturas, ao contrário, a maioria dos que se declaram religiosos é evangélica, sendo a maior parte vinculada a denominações pentecostais. A frequência religiosa sofre poucas modificações após o ingresso na universidade. Destacamos o fato de os discentes das licenciaturas participarem mais ativamente em suas comunidades de fé em comparação com seus colegas do bacharelado.
Pensata Revista dos Alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNIFESP, 2015
Contribuição à Seção Debates - "Periódicos em Ciências Sociais: caminhos para um debate". Ao comp... more Contribuição à Seção Debates - "Periódicos em Ciências Sociais: caminhos para um debate". Ao compartilhar a experiência editorial junto a Campos - Revista de Antropologia Social, pretendo destacar os pontos que, em minha avaliação, são os mais sensíveis em todo o processo de editoração de um periódico científico, a saber: avaliação preliminar, prazos e pareceres. Ao tratar destes aspectos, pretendo trazer um pouco dos bastidores da produção de uma revista e, assim, contribuir com as reflexões sobre os desafios envolvidos na tarefa de gestão de um periódico e para a divulgação acadêmica.
Ponto Urbe - revista do Núcleo de Antropologia Urbana da USP, 2012
Relato sobre dois eventos em comemoração ao Jubileu da reunião intitulada Cristo e o processo rev... more Relato sobre dois eventos em comemoração ao Jubileu da reunião intitulada Cristo e o processo revolucionário brasileiro, conhecida também como Conferência do Nordeste, ocorrida em Recife/PE e convocada pela Confederação Evangélica do Brasil. Reputado como um marco do engajamento político de evangélicos brasileiros, a Conferência do Nordeste foi o quarto evento de uma série de encontros nos quais parcela dos protestantes brasileiros buscou debater a realidade local e o posicionamento das suas respectivas igrejas frente às transformações da sociedade brasileira e do contexto global. Neste sentido, acompanhar as narrativas sobre este evento permite, por exemplo, vislumbrar a tessitura nativa de um posicionamento sobre a participação de igrejas protestantes nos debates políticos em torno da consolidação da democracia, bem como no enfrentamento de “problemas sociais” (oriundos dos processos de transformação econômica e social da sociedade brasileira) e seus múltiplos efeitos. Permite, ademais, avançar na compreensão a respeito do contexto favorável à reflexão sobre os sentidos da ação social evangélica, tema que tem me ocupado de modo particular.
A partir dos resultados de uma pesquisa sobre conversão de detentos às religiões de orientação pe... more A partir dos resultados de uma pesquisa sobre conversão de detentos às religiões de orientação pentecostal pretendo apresentar algumas reflexões sobre a prática de pesquisa junto a grupos considerados violentos. Um dos aspectos a serem abordados diz respeito às implicações de uma 'observação não muito observante´ dos imponderáveis do universo prisional para a produção de uma etnografia. Outro refere-se à recorrência do discurso sobre a segurança, o perigo e a possibilidade de dissimulação do comportamento, dentre eles, o religioso. Mais especificamente, em como estes dados modificaram as estratégias de acesso ao campo e repercutiram na etnografia e na compreensão geral do fenômeno religioso estudado.
Sin discutir los motivos que impulsarían la búsqueda de las salvaciones, las conversiones religio... more Sin discutir los motivos que impulsarían la búsqueda de las salvaciones, las conversiones religiosas constituyen acciones plenas de significado. Con base en la tradición antropológica se buscó comprender por qué eran producidos los diferentes discursos y clasificaciones de los detenidos convertidos al pentecostalismo y a qué se referían cuando eran accionados, siempre observando su contexto específico: el interior de una institución penal.
A mulher universal: corpo, gênero e pedagogia da prosperidade, 2016
Apresentação ao livro A mulher universal: corpo, gênero e pedagogia da prosperidade, de Jacquelin... more Apresentação ao livro A mulher universal: corpo, gênero e pedagogia da prosperidade, de Jacqueline Moraes Teixeira. O livro foi publicado pela editora Mar de Ideias em 2016.
A presente tese toma as práticas assistenciais evangélicas como objeto privilegiado para a anális... more A presente tese toma as práticas assistenciais evangélicas como objeto privilegiado para a análise das relações entre religião e esfera pública, aqui compreendida como uma arena de mediação de sentidos. Amparada pela abordagem desenhada por Habermas, formula-se a hipótese de que a assistência seria uma espécie de baliza que permite atribuir verossimilhança a determinados posicionamentos públicos, dado que faculta conexões muito singulares entre diferentes campos discursivos (como religião, direito, política e economia) e que, quanto mais complexas forem estas conexões, maior abrangência terá a argumentação e, por consequência, tanto maior será a probabilidade de ela ser levada em consideração na esfera pública. Elementos oriundos da teoria da prática formulada por Bourdieu também são utilizados para analisar estas relações. Disto resulta propor que os diferentes arranjos que permitem ampliar os sentidos atribuídos à assistência estejam intrinsecamente relacionados a disposições que, embora sejam compartilhadas, podem ser diferentemente acionadas em cada contexto de ação. Para refletir sobre em que termos estas relações são produzidas e como são agenciados diferentes códigos compartilhados, toma-se como recorte empírico a Igreja Universal do Reino de Deus e a Rede Evangélica Nacional de Ação Social, investindo-se na produção de uma etnografia de seus agentes e de suas práticas
Uma das "verdades" a respeito do universo prisional - produzida, sobretudo, pelos funcionários do... more Uma das "verdades" a respeito do universo prisional - produzida, sobretudo, pelos funcionários do quadro técnico-administrativo das unidades penais - é a de que os detentos convertidos durante o cumprimento de suas penas estariam "se escondendo atrás da Bíblia". A declaração de uma opção religiosa e/ou a participação nos rituais religiosos seria um mecanismo utilizado pelo detento para simular um comportamento que o protegeria das "confusões da cadeia" e traria benefícios, sobretudo materiais. Pesquisando a conversão religiosa, em especial às religiões de orientação pentecostal, em duas unidades masculinas de segurança máxima do Departamento Penitenciário do Paraná, obtive “testemunhos” que problematizam esta "verdade". Meu objetivo, neste trabalho, é analisar a conversão religiosa como um processo estratégico que altera as relações sociais e as fronteiras simbólicas existentes entre os diferentes grupos de detentos e funcionários.
Entrevista concedida ao jornalista Guilherme Marconi e publicada no jornal Folha de Londrina em 0... more Entrevista concedida ao jornalista Guilherme Marconi e publicada no jornal Folha de Londrina em 08 de outubro de 2017.
54º Congresso Internacional de Americanistas , 2012
""A presente comunicação apresenta um primeiro esforço de sistematização e análise de uma série d... more ""A presente comunicação apresenta um primeiro esforço de sistematização e análise de uma série de periódicos editados no período de 1983 a 1997 pela Fraternidade Teológica Latino-americana - Setor Brasil (FTL-B). O objeto sobre o qual me debruço é “um boletim de reflexão e análise teológicas” que, por meio da publicação de artigos inéditos e da transcrições de palestras, debateu a especificidade da evangelização protestante em solo latino-americano e, notadamente, no Brasil.
Sugiro ser possível identificar nos textos reunidos nas vinte e nove edições do Boletim Teológico algumas inflexões no entendimento a respeito da “responsabilidade social” das igrejas protestantes. As novas ênfases e eventuais mudanças de sentido atribuídas às práticas sociais da igreja protestante relacionam-se, por sua vez, ao desenvolvimento, em contexto brasileiro, de um pensamento teológico bastante singular, baseado na conciliação entre evangelização e ação social. Esta proposta alinha-se à perspectiva da “Missão Integral”, título conferido à teologia que ganhou visibilidade a partir do I Congresso de Evangelização Mundial (ocorrido em 1974).
A análise dos contornos desta perspectiva teológica e do engendramento da noção de responsabilidade social neste contexto tem por objetivo último aprofundar o entendimento acerca das relações entre religião e esfera pública no Brasil contemporâneo, dando prosseguimento às investigações por mim efetuadas entre os anos de 2006 e 2010.
Este GT visa abrigar um debate epistemológico sobre a prática do “trabalho de campo”. Propomos di... more Este GT visa abrigar um debate epistemológico sobre a prática do “trabalho de campo”. Propomos discutir os sentidos que lhe são atribuídos no âmbito de pesquisas que põem em diálogo as Ciências Sociais e outros saberes. Dois eixos organizam o GT: (1) as especificidades do “trabalho de campo” no domínio das Ciências Sociais em sua interlocução com outras áreas (História, Teoria Literária, Cinema, por exemplo); (2) os sentidos que a etnografia, em especial, vem adquirindo em outros domínios (como Saúde, Administração e Educação). Em ambos os eixos, importa analisar os sentidos que metodologias e técnicas de produção de dados adquirem quando deslocadas de seus contextos iniciais de formulação. Como sociólogos, antropólogos e politólogos lidam com a elaboração metodológica de áreas afins (como produção de histórias de vida, biografias, análise de discurso, análise semiótica) durante seu trabalho de campo? Quais aportes e limites a etnografia apresenta para o trabalho de campo produzido em áreas diversas das C. Sociais, quando interessadas na análise de “dados subjetivos”? Como se dá a divulgação destas metodologias e técnicas em ambos os casos? O GT está aberto a trabalhos que se debrucem sobre estas e outras questões, tanto de uma perspectiva teórica quanto à luz de trabalhos empíricos.
Desde a contribuição de Max Weber sobre a história do capitalismo industrial moderno, enfocando a... more Desde a contribuição de Max Weber sobre a história do capitalismo industrial moderno, enfocando a ética protestante do trabalho, a relação entre religião e economia integra a agenda das ciências humanas. Trata-se de um terreno fértil de investigação. Novas modalidades de circulação de bens materiais e simbólicos têm encontrado em instituições e lideranças religiosas as bases de legitimação social. Compõem esse universo as práticas de economia solidária, microcrédito e comércio justo, bem como aquelas razoavelmente lucrativas, sobretudo no setor de comunicação social. Ademais, novos sentidos vêm sendo atribuídos ao voluntariado e à arrecadação financeira de igrejas e ONGs de orientação religiosa, gerando diferentes articulações entre caridade, intervenção comunitária, responsabilidade social e políticas públicas. Este GT, de caráter interdisciplinar, objetiva reunir pesquisadores interessados na análise da relação entre religião, atividades econômicas e práticas assistenciais.
Ementa: A construção do conhecimento antropológico com análise da literatura clássica.
Apresenta... more Ementa: A construção do conhecimento antropológico com análise da literatura clássica. Apresentação: O curso é dedicado à discussão da obra de autores que, por seu alcance e relevância intelectual, se converteram em referências "clássicas" , tidas como indispensáveis à formação teórica em Antropologia Social. A seleção das leituras obedece a uma ordem cronológica não estrita e busca contemplar diferentes " escolas " (Evolucionismo Social, Culturalismo Norte-Americano, Escola Sociológica Francesa, Funcionalismo e Estrutural-Funcionalismo Britânico, Estruturalismo), revisitando modelos analíticos e perspectivas teóricas-sem, contudo, pretender oferecer um panorama exaustivo da produção no período recortado (que abrange a segunda metade do século XIX até meados do século XX). Ao percorrer estes diferentes itinerários, destacando os problemas de pesquisa, pressupostos e desdobramentos teóricos e metodológicos, espera-se contribuir para a compreensão acerca das condições de emergência e os fundamentos da diversidade de orientações na Antropologia " clássica " , bem como para a reflexão sobre o valor heurístico dos modelos descritivos e analíticos formulados no período destacado.
Disciplina ofertada para o Mestrado em Antropologia. 2015/1
Apresentação no evento Dialogando: o que fazem as Ciências Sociais, promovido por estudantes do c... more Apresentação no evento Dialogando: o que fazem as Ciências Sociais, promovido por estudantes do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná em 21 de maio de 2019.
Uploads
Etnografias em contextos pedagógicos: formar docentes, ensinar antropologia, rever epistemologias
Juliane Bazzo, Eva Scheliga
Sobre a escola na produção da vida em comunidade: experiências ashaninka no rio Amônia
Paula Colares
O professor liderança Huni Kuin do Breu e os seus contextos de atuação: uma etnografia das relações
Maria Zenaide Gomes de Castro
A importância da escola no processo de afirmação da identidade linguística Kiriri
Vanessa Coelho Moraes
A alteridade na pesquisa escolar: apontamentos a partir de um trabalho de campo em escolas uruguaias
Amurabi Oliveira
Quando o campo é o estágio: etnografia e formação docente
Fagner Carniel, Daniara Thomaz
Quem é negra, quem é branca, quem fala, quem pode falar: etnografia de mulheres negras em uma turma de formação de docentes
Aline Adriana de Oliveira, Carolina dos Anjos de Borba
Professores comprometidos: a interação social na orientação de trabalhos de conclusão de curso
Andréa Pavão
Briga de galos no Maranhão: didáticas através de apropriações de textos de antropologia
Luiz Couceiro
Para aprender e ensinar antropologias
Amanda Horta, Claudia Fioretti Bongianino
Perspectivas para o ensino de Antropologia no curso de Design de Moda
Maria Fernanda Carneiro Pinheiro
Etnografias em contextos pedagógicos: alteridades em jogo
Eva Scheliga, Juliane Bazzo
Tristeza, disforia e bem-estar: perspectivas etnográficas sobre a escolarização de Pessoas Trans
Alef de Oliveira Lima
Ações e reações da escola diante de masculinidades hegemônicas e não hegemônicas: um olhar antropológico
Raimundo Nonato Ferreira Do Nascimento, Marcos Paulo Magalhães De Figueiredo
“Se aqui é o inferno, eu sou a principal demônia!”: etnografando agências juvenis LGBT em contextos escolares de Fortaleza (CE)
José Ricardo Marques Braga
É inclusão, com exclusão? Sobre os entrecruzamentos de gênero, raça e sexualidade no espaço escolar
Ana Luiza Profírio
Disputas por modos de reconhecimento em políticas afirmativas no Ensino Superior brasileiro
Judit Gomes da Silva
“Pedagogia do evento”: o dia da consciência negra no contexto escolar
Rosenilton Silva de Oliveira, Leticia Abilio Nascimento
Tradição oral, construção de diálogo e conhecimento na comunidade quilombola da Rasa
Ana Carolina Vaz, Lilian Sagio Cezar
Religião e performances corporais: etnografia com alunos evangélicos da zona rural de uma escola pública de Minas Gerais
Sandra de Fatima Pereira Tosta, Weslei Lopes da Silva, Lucimara Aparecida Lima Costa
Etnografias em contextos pedagógicos: alteridades, agências e insurgências
Juliane Bazzo, Eva Scheliga
Do protesto à intervenção: socialização política, cidadania e insurgência em mobilizações estudantis de escolas públicas
Bóris Maia
“Hacer escuela, hacer colectivo”. movimientos sociales, jóvenes y experiencias educativas desde una perspectiva antropológica (Rosario, Argentina)
Marilín López Fittipaldi
Entre estigmas e afetos: a experiência escolar de jovens em uma periferia de Curitiba-PR
Kamille Brescansin Mattar, Maria Tarcisa Silva Bega
De las preguntas por el futuro a los proyectos individuales: un abordaje etnográfico sobre los proyectos de futuro de los jóvenes en la finalización de la escuela secundaria
María Mercedes Hirsch
Projeções de atrasos e hesitações: perspectivas em torno de um projeto de aceleração em uma escola pública do Rio de Janeiro (RJ)
Mario Pereira Borba
“Parabéns pra você”: reflexões na quarentena sobre a transição de uma bebê para a creche
Fernanda Müller
Os usos do perfil – formas de ensino e práticas da diferença em escolas de teatro musical
Bernardo Fonseca Machado
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“Parabéns pra você”: reflexões na quarentena sobre a transição de uma bebê para a creche
Fernanda Müller
Os usos do perfil – formas de ensino e práticas da diferença em escolas de teatro musical
Bernardo Fonseca Machado
Link: http://www.folhadelondrina.com.br/opiniao/atalho-para-o-proselitismo--990141.html
Sugiro ser possível identificar nos textos reunidos nas vinte e nove edições do Boletim Teológico algumas inflexões no entendimento a respeito da “responsabilidade social” das igrejas protestantes. As novas ênfases e eventuais mudanças de sentido atribuídas às práticas sociais da igreja protestante relacionam-se, por sua vez, ao desenvolvimento, em contexto brasileiro, de um pensamento teológico bastante singular, baseado na conciliação entre evangelização e ação social. Esta proposta alinha-se à perspectiva da “Missão Integral”, título conferido à teologia que ganhou visibilidade a partir do I Congresso de Evangelização Mundial (ocorrido em 1974).
A análise dos contornos desta perspectiva teológica e do engendramento da noção de responsabilidade social neste contexto tem por objetivo último aprofundar o entendimento acerca das relações entre religião e esfera pública no Brasil contemporâneo, dando prosseguimento às investigações por mim efetuadas entre os anos de 2006 e 2010.
Apresentação: O curso é dedicado à discussão da obra de autores que, por seu alcance e relevância intelectual, se converteram em referências "clássicas" , tidas como indispensáveis à formação teórica em Antropologia Social. A seleção das leituras obedece a uma ordem cronológica não estrita e busca contemplar diferentes " escolas " (Evolucionismo Social, Culturalismo Norte-Americano, Escola Sociológica Francesa, Funcionalismo e Estrutural-Funcionalismo Britânico, Estruturalismo), revisitando modelos analíticos e perspectivas teóricas-sem, contudo, pretender oferecer um panorama exaustivo da produção no período recortado (que abrange a segunda metade do século XIX até meados do século XX). Ao percorrer estes diferentes itinerários, destacando os problemas de pesquisa, pressupostos e desdobramentos teóricos e metodológicos, espera-se contribuir para a compreensão acerca das condições de emergência e os fundamentos da diversidade de orientações na Antropologia " clássica " , bem como para a reflexão sobre o valor heurístico dos modelos descritivos e analíticos formulados no período destacado.
Disciplina ofertada para o Mestrado em Antropologia. 2015/1
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