Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content
O objetivo deste artigo é investigar o campo semântico da “compaixão” na Ilíada, de Homero, utilizando a metodologia dos campos lexicais, proposta por Michael Clarke (2014), em consonância com abordagens próprias da história das emoções,... more
O objetivo deste artigo é investigar o campo semântico da “compaixão” na Ilíada, de Homero, utilizando a metodologia dos campos lexicais, proposta por Michael Clarke (2014), em consonância com abordagens próprias da história das emoções, de Barbara Rosenwein (2011). Argumentamos que os principais estudos sobre a compaixão enfocam
os termos “éleos” e “oîktos” e seus cognatos, ignorando outras palavras que podem ser importantes para a compreensão de tal condição emocional na poesia homérica, como os verbos “olophýromai” e “oimṓzō”, além de seus termos cognatos. Utilizamos como estudos de caso passagens relacionadas a Zeus e Aquiles, dois personagens centrais no poema, e demonstramos a pertinência da investigação para propósitos narrativos e antropológicos.
A proposta deste artigo é analisar a personagem Helena na Ilíada e na Odisseia a partir do conceito de gênero. Para isso, elegemos quatro eixos de investigação — técnico-poético, espacial, ético e discursivo — para ver de que maneira, e... more
A proposta deste artigo é analisar a personagem Helena na Ilíada e na Odisseia a partir do conceito de gênero. Para isso, elegemos quatro eixos de investigação — técnico-poético, espacial, ético e discursivo — para ver de que maneira, e com quais possíveis intenções, Helena subverte as relações de gênero vigentes na épica homérica. Defendemos que a análise das falas e ações da personagem revela que o poeta confere a ela um status privilegiado, o que nos faz refletir sobre quais os âmbitos de ação e participação das mulheres à época de Homero.
A proposta deste artigo é analisar a personagem Helena na Ilíada e na Odisseia a partir do conceito de gênero. Para isso, elegemos quatro eixos de investigação — técnico-poético, espacial, ético e discursivo — para ver de que maneira, e... more
A proposta deste artigo é analisar a personagem Helena na Ilíada e na Odisseia a partir do conceito de gênero. Para isso, elegemos quatro eixos de investigação — técnico-poético, espacial, ético e discursivo — para ver de que maneira, e com quais possíveis intenções, Helena subverte as relações de gênero vigentes na épica homérica. Defendemos que a análise das falas e ações da personagem revela que o poeta confere a ela um status privilegiado, o que nos faz refletir sobre quais os âmbitos de ação e participação das mulheres à época de Homero.
O propósito desta pesquisa é analisar a semântica do póthos e de seus cognatos nas épicas homéricas, a Ilíada e a Odisseia. Traduzido quase sempre por “saudade” ou “desejo”, defendemos que o póthos é um sentimento e uma emoção específicos... more
O propósito desta pesquisa é analisar a semântica do póthos e de seus cognatos nas épicas homéricas, a Ilíada e a Odisseia. Traduzido quase sempre por “saudade” ou “desejo”, defendemos que o póthos é um sentimento e uma emoção específicos da cultura grega e, como tal, com propriedades e conteúdos particulares que existem apenas na língua antiga. Sendo assim, tentamos recuperar o estatuto emocional do póthos utilizando métodos próprios da
História das Emoções e abordagens da Antropologia. Desta maneira, discutimos em primeiro lugar a relação entre linguagem e realidade, para depois investigarmos o campo lexical do póthos na documentação, composto também pelo substantivo pothḗ e pelo verbo pothéō. Apesar de muitos tradutores tratarem póthos e pothḗ como equivalentes semânticos, argumentamos em direção contrária. Por último, analisamos o póthos a partir de seu valor social e de sua proximidade com a temática da morte, bem como sua apropriação pela poesia mélica arcaica.
O propósito desta pesquisa é analisar a semântica do póthos e de seus cognatos nas épicas homéricas, a Ilíada e a Odisseia. Traduzido quase sempre por “saudade” ou “desejo”, defendemos que o póthos é um sentimento e uma emoção específicos... more
O propósito desta pesquisa é analisar a semântica do póthos e de seus cognatos nas épicas homéricas, a Ilíada e a Odisseia. Traduzido quase sempre por “saudade” ou “desejo”, defendemos que o póthos é um sentimento e uma emoção específicos da cultura grega e, como tal, com propriedades e conteúdos particulares que existem apenas na língua antiga. Sendo assim, tentamos recuperar o estatuto emocional do póthos utilizando métodos próprios da História das Emoções e abordagens da Antropologia. Desta maneira, discutimos em primeiro lugar a relação entre linguagem e realidade, para depois investigarmos o campo lexical do póthos na documentação, composto também pelo substantivo pothḗ e pelo verbo pothéō. Apesar de muitos tradutores tratarem póthos e pothḗ como equivalentes semânticos, argumentamos em direção contrária. Por último, analisamos o póthos a partir de seu valor social e de sua proximidade com a temática da morte, bem como sua apropriação pela poesia mélica arcaica.