A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho pretende esbocar uma abordagem que p... more A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho pretende esbocar uma abordagem que permita pensar as pragmaticas morais que, no cotidiano, possibilitam constituir e gerir redes ou coletivos translocais de familia e parentesco, distribuidos entre a zona rural, as sedes de pequenos municipios da regiao ou de distritos desses municipios, e as medias e grandes cidades do Sudeste, em especial as regioes metropolitanas de Sao Paulo e Rio de Janeiro. Focalizase a dinâmica das conversas cotidianas que permite aos que fazem parte dessas confi guracoes conhecerem, julgarem e se posicionarem em relacao aos deslocamentos de diversos tipos que sao constitutivos desse modo de vida.
Neste artigo introdutório à seção temática, apontamos a diversidade de formas pelas quais distint... more Neste artigo introdutório à seção temática, apontamos a diversidade de formas pelas quais distintos povos camponeses, quilombolas e tradicionais regulam e negociam o uso e o acesso à terra e aos chamados “recursos naturais”. Exploramos como os saberes, as lógicas, as políticas e as éticas da partilha de terras, matas, águas e seres, que podem ou não ser concebidos como de “uso comum”, estão entrelaçados, com maior ou menor felicidade e continuidade, com o próprio fazer-se de tais comunidades. Dentre os “bens comuns”, as “artes” e os “saberes” de tais povos estão aqueles, sutis, inventivos e cotidianos, de produção da relacionalidade. Considerando-se as situações de disputa e expropriação, bem como as políticas governamentais de desenvolvimento econômico ou de conservação ambiental, refletimos também sobre as respostas e estratégias de tais povos para combater o avanço de práticas predatórias sobre os seus lugares e modos de vida.elocation-id: e2230109Recebido: 15.04.2022 • Aceit...
A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho
pretende esboçar uma abordagem que p... more A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho pretende esboçar uma abordagem que permita pensar as pragmáticas morais que, no cotidiano, possibilitam constituir e gerir redes ou coletivos translocais de família e parentesco, distribuídos entre a zona rural, as sedes de pequenos municípios da região ou de distritos desses municípios, e as médias e grandes cidades do Sudeste, em especial as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Focalizase a dinâmica das conversas cotidianas que permite aos que fazem parte dessas confi gurações conhecerem, julgarem e se posicionarem em relação aos deslocamentos de diversos tipos que são constitutivos desse modo de vida.
RESUMO: A partir de pesquisas em duas regiões rurais de Minas Gerais, este artigo aborda modalida... more RESUMO: A partir de pesquisas em duas regiões rurais de Minas Gerais, este artigo aborda modalidades de movimentação e de observação mútua no cotidiano de comunidades morais multilocalizadas. Aborda também as formas narrativas e as dinâmicas de julgamento moral indissociáveis de tais modalidades de observação. Narrativas e julgamentos morais são constitutivos das próprias movimentações, uma vez que para narrar ou para ouvir narrativas, para julgar e saber de julgamentos, é necessário movimentar-se, o que por sua vez potencializa novas observações e narrativas. Essa sistemática de movimentação, conhecimento, recriação narrativa dos eventos, crítica moral, e governo dos movimentos próprios ou alheios, é adensada em momentos ou locais de excepcional movimento ou animação. Pode ser descrita como uma prática de operações de mapeamento dinâmicas e polêmicas, nas quais casas e os modos de movimentação entre elas são um foco de grande interesse e elaboração. Nesse aspecto, as casas são aqui abordadas como locais de onde, de maneiras diversas, se pode sair (ou não), para onde se pode ir (ou não), onde se pode permanecer (por mais ou menos tempo), e internamente às quais também há movimentações significativamente observadas e comentadas. Com essa abordagem, pretende-se contribuir para um ponto de partida etnográfico para a abordagem da movimentação, tomada como socialidade ou modo de sociação, evitando desta forma pré-definir grades de classificação espacial e formas de categorização de movimentos, bem como deixando de supor causalidades relativas a domínios preestabelecidos da vida social.
A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho pretende esbocar uma abordagem que p... more A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho pretende esbocar uma abordagem que permita pensar as pragmaticas morais que, no cotidiano, possibilitam constituir e gerir redes ou coletivos translocais de familia e parentesco, distribuidos entre a zona rural, as sedes de pequenos municipios da regiao ou de distritos desses municipios, e as medias e grandes cidades do Sudeste, em especial as regioes metropolitanas de Sao Paulo e Rio de Janeiro. Focalizase a dinâmica das conversas cotidianas que permite aos que fazem parte dessas confi guracoes conhecerem, julgarem e se posicionarem em relacao aos deslocamentos de diversos tipos que sao constitutivos desse modo de vida.
Neste artigo introdutório à seção temática, apontamos a diversidade de formas pelas quais distint... more Neste artigo introdutório à seção temática, apontamos a diversidade de formas pelas quais distintos povos camponeses, quilombolas e tradicionais regulam e negociam o uso e o acesso à terra e aos chamados “recursos naturais”. Exploramos como os saberes, as lógicas, as políticas e as éticas da partilha de terras, matas, águas e seres, que podem ou não ser concebidos como de “uso comum”, estão entrelaçados, com maior ou menor felicidade e continuidade, com o próprio fazer-se de tais comunidades. Dentre os “bens comuns”, as “artes” e os “saberes” de tais povos estão aqueles, sutis, inventivos e cotidianos, de produção da relacionalidade. Considerando-se as situações de disputa e expropriação, bem como as políticas governamentais de desenvolvimento econômico ou de conservação ambiental, refletimos também sobre as respostas e estratégias de tais povos para combater o avanço de práticas predatórias sobre os seus lugares e modos de vida.elocation-id: e2230109Recebido: 15.04.2022 • Aceit...
A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho
pretende esboçar uma abordagem que p... more A partir de pesquisas na Zona da Mata mineira, este trabalho pretende esboçar uma abordagem que permita pensar as pragmáticas morais que, no cotidiano, possibilitam constituir e gerir redes ou coletivos translocais de família e parentesco, distribuídos entre a zona rural, as sedes de pequenos municípios da região ou de distritos desses municípios, e as médias e grandes cidades do Sudeste, em especial as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Focalizase a dinâmica das conversas cotidianas que permite aos que fazem parte dessas confi gurações conhecerem, julgarem e se posicionarem em relação aos deslocamentos de diversos tipos que são constitutivos desse modo de vida.
RESUMO: A partir de pesquisas em duas regiões rurais de Minas Gerais, este artigo aborda modalida... more RESUMO: A partir de pesquisas em duas regiões rurais de Minas Gerais, este artigo aborda modalidades de movimentação e de observação mútua no cotidiano de comunidades morais multilocalizadas. Aborda também as formas narrativas e as dinâmicas de julgamento moral indissociáveis de tais modalidades de observação. Narrativas e julgamentos morais são constitutivos das próprias movimentações, uma vez que para narrar ou para ouvir narrativas, para julgar e saber de julgamentos, é necessário movimentar-se, o que por sua vez potencializa novas observações e narrativas. Essa sistemática de movimentação, conhecimento, recriação narrativa dos eventos, crítica moral, e governo dos movimentos próprios ou alheios, é adensada em momentos ou locais de excepcional movimento ou animação. Pode ser descrita como uma prática de operações de mapeamento dinâmicas e polêmicas, nas quais casas e os modos de movimentação entre elas são um foco de grande interesse e elaboração. Nesse aspecto, as casas são aqui abordadas como locais de onde, de maneiras diversas, se pode sair (ou não), para onde se pode ir (ou não), onde se pode permanecer (por mais ou menos tempo), e internamente às quais também há movimentações significativamente observadas e comentadas. Com essa abordagem, pretende-se contribuir para um ponto de partida etnográfico para a abordagem da movimentação, tomada como socialidade ou modo de sociação, evitando desta forma pré-definir grades de classificação espacial e formas de categorização de movimentos, bem como deixando de supor causalidades relativas a domínios preestabelecidos da vida social.
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pretende esboçar uma abordagem que permita pensar as pragmáticas morais que, no cotidiano, possibilitam constituir e gerir redes ou coletivos translocais de família e parentesco, distribuídos entre a zona rural, as sedes de pequenos municípios da região ou de distritos desses municípios, e as médias e grandes cidades do Sudeste, em especial as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Focalizase
a dinâmica das conversas cotidianas que permite aos que fazem parte dessas confi gurações conhecerem, julgarem e se posicionarem em relação aos deslocamentos de diversos tipos que são constitutivos desse modo de vida.
pretende esboçar uma abordagem que permita pensar as pragmáticas morais que, no cotidiano, possibilitam constituir e gerir redes ou coletivos translocais de família e parentesco, distribuídos entre a zona rural, as sedes de pequenos municípios da região ou de distritos desses municípios, e as médias e grandes cidades do Sudeste, em especial as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro. Focalizase
a dinâmica das conversas cotidianas que permite aos que fazem parte dessas confi gurações conhecerem, julgarem e se posicionarem em relação aos deslocamentos de diversos tipos que são constitutivos desse modo de vida.