Teresa Sofia Castro
Teresa Sofia Castro is PhD research Assistant at Lusofona University. She is Co-Pi in the project "Youth, News and Digital Citizenship - YouNDigital" (funded by FCT). She did her Post-Doctorate "Families iTec" at the New University of Lisbon (ICNOVA, with the supervision of Cristina Ponte. European PhD in Educational Technology. Member of EU Kids Online and COST DigiLitEY action. Her main research interests are: children’s digital lives, digital parenting, qualitative research.
Co-author of the pedagogical collection “Premika Alert! Online risk detected” inspired by the voices of children heard in fieldwork context.
From 2019 to 2022, she was Visiting Research Fellow, School of Psychology and Education at the University of Suffolk at University of Suffolk.
She did a research internship at the University of Suffolk, with the supervision of Emma Bond (2014) and two Short Term Scientific Mission, one at KU Leuven (Belgium), with the supervision of Bieke Zaman (2017) and at Universita Cattolica del Sacro Cuore, with the supervision of Giovanna Mascheroni (2019).
Co-author of the pedagogical collection “Premika Alert! Online risk detected” inspired by the voices of children heard in fieldwork context.
From 2019 to 2022, she was Visiting Research Fellow, School of Psychology and Education at the University of Suffolk at University of Suffolk.
She did a research internship at the University of Suffolk, with the supervision of Emma Bond (2014) and two Short Term Scientific Mission, one at KU Leuven (Belgium), with the supervision of Bieke Zaman (2017) and at Universita Cattolica del Sacro Cuore, with the supervision of Giovanna Mascheroni (2019).
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entangled in the digital media environment, by considering a past generation of families with
similar characteristics. Theoretical framework combines a mediatization lens and perspectives
from media and generations studies. The conceptualisation of the family as a “communicative
figuration” (Hepp, Hasebrink, 2018) ‒ composed by communicative practices, actors’ constellation
and frames of relevance ‒ guide the three research questions: 1) to what extent is the changing
media environment related to changes in the roles played by parents, children and other family
members? 2) Are digital media affecting communicative practices in relation to family timetables,
routines and spaces? 3) How family’s media-related concerns and memories frame those
practices? Based on a thematic analysis of 40 interviews with 20 years apart (20 in 1996 and 20
in 2016), the article explores to what extent “doing family” (Morgan, 2011) has changed. Results
show that despite 2016 families are immersed in a deeper digitised environment, parents continue
considering television as the main trusted screen for children. More schooled and digital savvy
parents seem to be attached to a nostalgic perception of childhood that guides their mediation
practices through a more cocooning approach, postponing children’s awareness of social realities
around them.
Neste sentido, este livro constitui uma significativa aposta no
desenvolvimento das competências mediáticas em consonância com o que a UNESCO estabelece como linhas orientadoras para a
alfabetização: compreensão, pensamento crítico, criatividade,
consciência intercultural e cidadania. Apresenta-se num sentido muito claro, que permite a formação mediante a prática, através de uma série de atividades que incidem na reflexão, no trabalho com os valores e as atitudes, o aprender a fazer e a conexão entre gerações.
As atividades são destinadas tanto a adultos, como a jovens e a
ambos. Cada capítulo apresenta a mesma estrutura com a indicação dos
recursos necessários para o trabalho, a descrição da proposta de
atividades, a explicação do que se vai aprender, sugestões para a metodologia, a sequência adequada de desenvolvimento e, finalmente, a orientação para uma abordagem intergeracional.
Os autores e as autoras que colaboram neste magnífico material têm uma vasta experiência na alfabetização mediática e, sem dúvida, as suas contribuições serão uma importante mais-valia para o
desenvolvimento das competências necessárias no mundo digital
nesta perspetiva intergeracional.
O livro começa com uma série de propostas para a infância em torno dos riscos, da programação e robótica no pré-escolar e os códigos QR. Para os jovens apresenta-se uma reflexão sobre a identidade mediada entre gerações, as ferramentas para trabalhar na análise de informação e notícias falsas, e as estratégias dos youtubers. Na área dos adultos expõem-se também atividades que visam revelar as estratégias dos youtubers, a trabalhar a passagem de histórias tradicionais para
formatos digitais, sobre a utilização de jogos e de redes sociais num ambiente intergeracional, e a App-Peak. E, finalmente, tentando
potenciar de forma mais eficaz a conexão e a aprendizagem
entre gerações, incluem-se atividades para descobrir e aprender como
detetar notícias falsas, o significado de notícias, as histórias de vida, o WhatsApp, um museu de brinquedos digitais, os influenciadores e os códigos QR para a aprendizagem comunitária.
As sociedades modernas e globalizadas identificam a magreza com felicidade, saúde e sucesso social. E no caminho para alcançar essa vida desejável, cheia de amor e alegria, os adolescentes não hesitam em adotar comportamentos alimentares e de imagem arriscados e perigosos que lhes proporcionam a sensação de que, se controlarem o peso, também estarão no controle de sua vida e felicidade. Então, apesar de saberem que a anorexia pode matar, eles a abraçam para um bem maior. Em relação aos adolescentes, TIGGEMANN et al., (2000), apoiados por pesquisas, descobriram que a insatisfação corporal e as pressões sociais e culturais podem desencadear o desejo de ser mais magro e para o alcance desse objetivo muitos se envolvem em dietas e outros comportamentos de perda de peso. E é também sobre isso que meninos e meninas escrevem online.
As crianças usam a Internet para pesquisar e escrever sobre tudo. No entanto, as preocupações podem surgir quando usam a Internet para encontrar e postar informações sobre sua preocupação obsessiva com peso, imagem corporal, dietas, conselhos de como esconder essa perda de peso e rotinas para perder peso mais rápido. Independente do diagnóstico, crianças anoréxicas ou não, se envolvem em um estilo de vida pro-anoréxico que, além dos danos físicos, desencadeiam sérios problemas psiquiátricos causados pelas dietas severas, como a depressão, ansiedade, automutilação, comportamentos suicidas e abuso de remédios.
Assim, para compreender a complexidade do fenómeno e como ele se torna facilmente acessível aos jovens, partimos de alguns pressupostos de contextualização: i) o papel ativo que as crianças podem ter buscando, criando e distribuindo conteúdos do seu interesse; ii) o acesso à internet cada vez mais precoce e autónomo e longe da supervisão dos pais (PONTE et al., 2017); iii) o desvanecimento de tempo da família, uma vez promovido pela mídia antiga, como, por exemplo, o rádio ou a televisão; iv) a largura de banda da Internet permitindo trocar arquivos maiores com mais facilidade, como imagens, vídeo e áudio; v) um acesso mais fácil a atividades mais participativas e criativas por meio de conteúdo gerado pelo usuário.
No seu relatório final do primeiro triénio de trabalho do projeto EU Kids Online, LIVINGSTONE e HADDON (2009) identificam que a exposição a conteúdo potencialmente nocivo é um dos riscos mais comuns que as crianças enfrentam on-line, fenómeno que requer pesquisa profunda e cuidadosa: 21% dos jovens entre os 11 e os 16 anos foram expostos a um ou mais conteúdos potencialmente nocivos, como o ódio (12%), pró-anorexia (10%), automutilação (7%), drogas (7%) e suicídio (5%).
Este estudo exploratório surgiu durante uma revisão de literatura sobre conteúdos arriscados que estão facilmente disponíveis na internet, como é o caso de materiais pro-anorexia.
Depois de este apontamento introdutório ao fenómeno, é feito um breve enquadramento teórico para explicar a importância de estudar o fenómeno. São refletidas as escolhas metodológicas e éticas que norteiam a exploração empírica. Para obter uma melhor compreensão da realidade pro-anoréxica entre os jovens de língua portuguesa, é realizada uma análise interpretativa do corpus empírico desta investigação. Finalmente, o artigo fecha com uma nota de reflexão.
A participatory approach was used to reach the intricacies of children’s (a total of 41, mostly girls and aged 10-12) digital lives.
Findings suggest that online piracy is a morally acceptable activity among children and a worrying lack of knowledge and impunity may be governing such practices, which can occur in an anytime, anyplace context.
Additionally, old and new vectors of victimisation, vulnerability and harm are emerging, where the child can become, simultaneously, perpetrator and victim.
entangled in the digital media environment, by considering a past generation of families with
similar characteristics. Theoretical framework combines a mediatization lens and perspectives
from media and generations studies. The conceptualisation of the family as a “communicative
figuration” (Hepp, Hasebrink, 2018) ‒ composed by communicative practices, actors’ constellation
and frames of relevance ‒ guide the three research questions: 1) to what extent is the changing
media environment related to changes in the roles played by parents, children and other family
members? 2) Are digital media affecting communicative practices in relation to family timetables,
routines and spaces? 3) How family’s media-related concerns and memories frame those
practices? Based on a thematic analysis of 40 interviews with 20 years apart (20 in 1996 and 20
in 2016), the article explores to what extent “doing family” (Morgan, 2011) has changed. Results
show that despite 2016 families are immersed in a deeper digitised environment, parents continue
considering television as the main trusted screen for children. More schooled and digital savvy
parents seem to be attached to a nostalgic perception of childhood that guides their mediation
practices through a more cocooning approach, postponing children’s awareness of social realities
around them.
Neste sentido, este livro constitui uma significativa aposta no
desenvolvimento das competências mediáticas em consonância com o que a UNESCO estabelece como linhas orientadoras para a
alfabetização: compreensão, pensamento crítico, criatividade,
consciência intercultural e cidadania. Apresenta-se num sentido muito claro, que permite a formação mediante a prática, através de uma série de atividades que incidem na reflexão, no trabalho com os valores e as atitudes, o aprender a fazer e a conexão entre gerações.
As atividades são destinadas tanto a adultos, como a jovens e a
ambos. Cada capítulo apresenta a mesma estrutura com a indicação dos
recursos necessários para o trabalho, a descrição da proposta de
atividades, a explicação do que se vai aprender, sugestões para a metodologia, a sequência adequada de desenvolvimento e, finalmente, a orientação para uma abordagem intergeracional.
Os autores e as autoras que colaboram neste magnífico material têm uma vasta experiência na alfabetização mediática e, sem dúvida, as suas contribuições serão uma importante mais-valia para o
desenvolvimento das competências necessárias no mundo digital
nesta perspetiva intergeracional.
O livro começa com uma série de propostas para a infância em torno dos riscos, da programação e robótica no pré-escolar e os códigos QR. Para os jovens apresenta-se uma reflexão sobre a identidade mediada entre gerações, as ferramentas para trabalhar na análise de informação e notícias falsas, e as estratégias dos youtubers. Na área dos adultos expõem-se também atividades que visam revelar as estratégias dos youtubers, a trabalhar a passagem de histórias tradicionais para
formatos digitais, sobre a utilização de jogos e de redes sociais num ambiente intergeracional, e a App-Peak. E, finalmente, tentando
potenciar de forma mais eficaz a conexão e a aprendizagem
entre gerações, incluem-se atividades para descobrir e aprender como
detetar notícias falsas, o significado de notícias, as histórias de vida, o WhatsApp, um museu de brinquedos digitais, os influenciadores e os códigos QR para a aprendizagem comunitária.
As sociedades modernas e globalizadas identificam a magreza com felicidade, saúde e sucesso social. E no caminho para alcançar essa vida desejável, cheia de amor e alegria, os adolescentes não hesitam em adotar comportamentos alimentares e de imagem arriscados e perigosos que lhes proporcionam a sensação de que, se controlarem o peso, também estarão no controle de sua vida e felicidade. Então, apesar de saberem que a anorexia pode matar, eles a abraçam para um bem maior. Em relação aos adolescentes, TIGGEMANN et al., (2000), apoiados por pesquisas, descobriram que a insatisfação corporal e as pressões sociais e culturais podem desencadear o desejo de ser mais magro e para o alcance desse objetivo muitos se envolvem em dietas e outros comportamentos de perda de peso. E é também sobre isso que meninos e meninas escrevem online.
As crianças usam a Internet para pesquisar e escrever sobre tudo. No entanto, as preocupações podem surgir quando usam a Internet para encontrar e postar informações sobre sua preocupação obsessiva com peso, imagem corporal, dietas, conselhos de como esconder essa perda de peso e rotinas para perder peso mais rápido. Independente do diagnóstico, crianças anoréxicas ou não, se envolvem em um estilo de vida pro-anoréxico que, além dos danos físicos, desencadeiam sérios problemas psiquiátricos causados pelas dietas severas, como a depressão, ansiedade, automutilação, comportamentos suicidas e abuso de remédios.
Assim, para compreender a complexidade do fenómeno e como ele se torna facilmente acessível aos jovens, partimos de alguns pressupostos de contextualização: i) o papel ativo que as crianças podem ter buscando, criando e distribuindo conteúdos do seu interesse; ii) o acesso à internet cada vez mais precoce e autónomo e longe da supervisão dos pais (PONTE et al., 2017); iii) o desvanecimento de tempo da família, uma vez promovido pela mídia antiga, como, por exemplo, o rádio ou a televisão; iv) a largura de banda da Internet permitindo trocar arquivos maiores com mais facilidade, como imagens, vídeo e áudio; v) um acesso mais fácil a atividades mais participativas e criativas por meio de conteúdo gerado pelo usuário.
No seu relatório final do primeiro triénio de trabalho do projeto EU Kids Online, LIVINGSTONE e HADDON (2009) identificam que a exposição a conteúdo potencialmente nocivo é um dos riscos mais comuns que as crianças enfrentam on-line, fenómeno que requer pesquisa profunda e cuidadosa: 21% dos jovens entre os 11 e os 16 anos foram expostos a um ou mais conteúdos potencialmente nocivos, como o ódio (12%), pró-anorexia (10%), automutilação (7%), drogas (7%) e suicídio (5%).
Este estudo exploratório surgiu durante uma revisão de literatura sobre conteúdos arriscados que estão facilmente disponíveis na internet, como é o caso de materiais pro-anorexia.
Depois de este apontamento introdutório ao fenómeno, é feito um breve enquadramento teórico para explicar a importância de estudar o fenómeno. São refletidas as escolhas metodológicas e éticas que norteiam a exploração empírica. Para obter uma melhor compreensão da realidade pro-anoréxica entre os jovens de língua portuguesa, é realizada uma análise interpretativa do corpus empírico desta investigação. Finalmente, o artigo fecha com uma nota de reflexão.
A participatory approach was used to reach the intricacies of children’s (a total of 41, mostly girls and aged 10-12) digital lives.
Findings suggest that online piracy is a morally acceptable activity among children and a worrying lack of knowledge and impunity may be governing such practices, which can occur in an anytime, anyplace context.
Additionally, old and new vectors of victimisation, vulnerability and harm are emerging, where the child can become, simultaneously, perpetrator and victim.
Information and communication technologies (ICT) continues to be a highly gendered area of life in all socioeconomic and educational backgrounds, and a source of significant social inequality in enduring ways. Parental mediation strategies can regulate the benefits and risks of the ICT for children, and have a significant and lifelong impact on children's self-confidence and positive attitudes toward digital technologies. This paper aims to explore how does gender, of both parents and children, affects parent mediation strategies of children's media use, adopting a critical discourse perspective in which gender differences in ICT use are understood as a result of gender-technology and power-knowledge relations. We present a gender perspective on the results of the research 'Growing Up with Screens', conducted in Portugal which aims to explore the mediation practices of parents including the first generation of digital native parents with children aged 3 to 8 years old.
https://www.betterinternetforkids.eu/web/portal/practice/awareness/detail?articleId=3510125