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Clio Tricarico
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In her Der Aufbau der menschlichen Person [The Structure of the Human Person], Edith Stein describes the human person as a spiritual and free being. These two aspects highlight the essential role of the I as (i) being spiritual means to... more
In her Der Aufbau der menschlichen Person [The Structure of the Human Person], Edith Stein describes the human person as a spiritual and free being. These two aspects highlight the essential role of the I as (i) being spiritual means to be “awake” and “open”, thus entailing, respectively, the intentional characters of attention and openness to “exteriority” and “interiority”; that is, on the one hand, the I is open to otherness and to the world of values, and, on the other, it is self-conscious, be it on a unreflected level or by reflecting on its own acts; and (ii) being free is related to the power of the will, i. e. to the I can [ich kann], in the sense that the individual gains control over certain factors imposed by the natural realm (psychophysical sphere), which is fundamental for the self-formation of personal character. Intentionality and freedom are thus essential traits of the I, whose basis, according to Hedwig Conrad-Martius, implies in examining its original constitutive source, namely the pneumatic substance. We hereby intend to present how the basic elements that are intrinsic to the ontic-ontological foundation of the human self relate to each other in both authors’ phenomenological approaches.
Este projeto se inscreve em uma linha de investigação transdisciplinar sobre processos de arquivo de artistas feministas e novas tecnologias, iniciado no Programas pós- colonialidade fronteiriço e transfronteiriço nos estudos feministas... more
Este projeto se inscreve em uma linha de investigação transdisciplinar sobre processos de arquivo de artistas feministas e novas tecnologias, iniciado no Programas pós- colonialidade fronteiriço e transfronteiriço nos estudos feministas com sede em IDAES/UNSAM. Uma teoria de arquivo entendida como política de leitura é uma política de intervenção cultural e de democratização do conhecimento, como uma prática de memória viva. Abordaremos a investigação sobre a obra da fotógrafa, repórter e artivista  argentina Ilse Fusková – primeira feminista e depois assumidamente lésbica-, nascida no ano 1929 em Buenos Aires, a partir da teoria feminista e queer . Sua presença na cena cultural portenha nos anos de 1950, vedada para as mulheres, lhe permitiu, como para as leitoras das revistas nas quais escrevia, abrir a possibilidade de perfurar a ordem da dominação patriarcal. Seu corpo é o arquivo vivo de nossa história feminista e dissidente.
Este estudo procura examinar se e em que medida a critica dos fenomenologos ontologistas a reducao transcendental husserliana apresentada em Ideias I poderia ser sustentada, levando-se em conta as formulacoes posteriores de Edmund... more
Este estudo procura examinar se e em que medida a critica dos fenomenologos ontologistas a reducao transcendental husserliana apresentada em Ideias I poderia ser sustentada, levando-se em conta as formulacoes posteriores de Edmund Husserl, desenvolvidas, particularmente, em seus ultimos escritos. Analisaremos essa critica da perspectiva de Edith Stein, considerada uma das discipulas que menos se distanciou do caminho tracado pelo mestre. Propoe-se, para tanto, o confronto de duas nocoes bem especificas: de um lado, a nocao husserliana de mundo da vida e, de outro, a nocao steiniana de quid pleno que, segundo a nossa interpretacao, pode ser entendida como essencia vivida. Pretende-se, com isso, indicar uma perspectiva conciliatoria entre o desdobramento do projeto de Husserl alcancado em suas obras maduras e o projeto de Stein de uma ontologia fenomenologica.
During the first edition of the Journées d’études de la Société Thomiste (Société Thomiste Day of Studies – Juvisy Conference – France, 1932) on the topic of Phenomenology, Edith Stein made several interventions so as to clarify what she... more
During the first edition of the Journées d’études de la Société Thomiste (Société Thomiste Day of Studies – Juvisy Conference – France, 1932) on the topic of Phenomenology, Edith Stein made several interventions so as to clarify what she understood to be a misunderstanding of Husserl’s ideas by some participating scholars and speakers. By contrasting key phenomenological elements with Thomistic and neo-Kantian concepts, Stein provided concise but extremely dense explanations focused specifically on clarifying the notions of intuition and constitution, and highlighted the significance of the notion of hyletic material for the understanding of Husserl’s idealism. This study intends to present how the aforementioned notions are shown in Stein’s works by comparing the method proposed by Husserl with thoughts formulated by Thomas Aquinas and Kant. For this purpose, we will base our analysis in particular on the writings Husserl’s Phenomenology and the Philosophy of St. Thomas Aquinas and Introduction to Philosophy. Herewith, we intend to show that Stein’s contrast of the thoughts of Husserl, Thomas Aquinas and Kant does not only provide fertile ground for a more in-depth understanding of Husserl’s phenomenology and idealism, but also opens up new opportunities for research, especially in Stein’s phenomenological ontology.

Keywords: Edith Stein. Constitution. Husserl’s Idealism. Intuition. Hyletic Material.
Em Introducao a filosofia ( Einfuhrung in die Philosophie ), Edith Stein examina a questao do conhecimento, explicitando a impossibilidade de se conhecer comple- tamente o que e individual; no caso do individuo humano, a investigacao se... more
Em Introducao a filosofia ( Einfuhrung in die Philosophie ), Edith Stein examina a questao do conhecimento, explicitando a impossibilidade de se conhecer comple- tamente o que e individual; no caso do individuo humano, a investigacao se es- tende para a analise da possibilidade ou a impossibilidade de se conhecer o eu. Examinando os estudos da pensadora sobre o conhecimento da subjetividade e tomando como fio condutor as analises de Edmund Husserl acerca da autoapre- ensao do ego puro, e possivel destacar a importância dos papeis da evidencia e da intuicao do ponto de vista fenomenologico nos momentos constitutivos do ato de conhecer, especialmente, no que se refere ao carater singular da pessoa humana. Palavras-chave: Edith Stein; Edmund Husserl; Eu; Evidencia; Conhecimento.
Este estudo procura examinar se e em que medida a crítica dos fenomenólogos ontologistas à redução transcendental husserliana apresentada em “Ideias I” poderia ser sustentada, levando-se em conta as formulações posteriores de Edmund... more
Este estudo procura examinar se e em que medida a crítica dos fenomenólogos ontologistas à redução transcendental husserliana apresentada em “Ideias I” poderia ser sustentada, levando-se em conta as formulações posteriores de Edmund Husserl, desenvolvidas, particularmente, em seus últimos escritos. Analisaremos essa crítica da perspectiva de Edith Stein, considerada uma das discípulas que menos se distanciou do caminho traçado pelo mestre. Propõe-se, para tanto, o confronto de duas noções bem específicas: de um lado, a noção husserliana de “mundo da vida” e, de outro, a noção steiniana de “quid pleno” que, segundo a nossa interpretação, pode ser entendida como “essência vivida”. Pretende-se, com isso, indicar uma  perspectiva conciliatória entre o desdobramento do projeto de Husserl alcançado em suas obras maduras e o projeto de Stein de uma ontologia fenomenológica.

The purpose of this study is to examine whether and to which extent  the ontological phenomenologists’ critique of Edmund Husserl’s transcendental reduction presented in his “Ideas I” could be sustained, given his later formulations, particularly in his latest works.  We will analyze this critique from the perspective of Edith Stein, who is thought to be one of Husserl’s disciples that closest followed the path outlined by the master. Therefore, we confront two very specific notions: Husserl’s “lifeworld” on one hand, and on the other, Stein’s “full quid”, which we construe to be the “lived essence”. The aim is to indicate a conciliatory perspective between the unfolding Husserl’s project achieved in his mature works and Stein’s project of a phenomenological ontology.
In chapter VI of Potenz und Akt (Potency and Act) Edith Stein establishes a dialogue with Hedwig Conrad-Martius' texts regarding the formal-ontological aspect of the relationships between matter and spirit. Through the analysis of this... more
In chapter VI of Potenz und Akt (Potency and Act) Edith Stein establishes a dialogue with Hedwig Conrad-Martius' texts regarding the formal-ontological aspect of the relationships between matter and spirit. Through the analysis of this discussion this paper intends to highlight the major points of agreement and disagreement, as well as their implications for the constitution of the human soul. Both philosophers conceive basically the same structure for the construction of reality according to which matter is set up from its interior by a form that qualifies it in a certain way and thus individualizes a species. Nevertheless, both thinkers disagree about some aspects, namely about the two original sources: (1) Regarding what comes "from below", Hedwig Conrad-Martius conceives materia prima as the absolute nothing, which consists of a "chaotic vitality", since it subsists in a continuous desire of being. Edith Stein, on the other hand, reckons that materia prima cannot be seen as this vitality, since it would already constitute some type of form. (2) Regarding what comes "from above", i.e. the origin of any created thing from the divine being, man is determined "from above" in a different sense: since man is given an analogy with God, he is "born from the spirit". Both thinkers agree on this view. However, according to Stein, being "born from the spirit" is not ensured in the "constitution of the I", as reckoned by Conrad-Martius. According to her, it man would have to agree and act in this direction, out of his free will. Despite these discrepancies, both philosophers admit the constitution of the human soul proceeding from one unit. According to Conrad-Martius this is given by the relationship between the two original sources, "from above" and "from below" as she calls them, while, according to Stein, the justification resides in the inextricable unit through which the constitutive dimensions of the individual are combined into a substantial form that is one.

Keywords: Edith Stein; Hedwig Conrad-Martius; human soul.
Resumo: A partir da epoché husserliana – a suspensão de toda preocupação com a existência do mundo empírico –, a investigação fenomenológica é direcionada essencialmente para a constituição de sentido das estruturas gerais do que se... more
Resumo: A partir da epoché husserliana – a suspensão de toda preocupação com a existência do mundo empírico –, a investigação fenomenológica é direcionada essencialmente para a constituição de sentido das estruturas gerais do que se apresenta como objeto para a consciência. Desse modo, o mundo empírico (transcendente) é reduzido à esfera transcendental: a imanência da consciência. A fenomenologia, porém, correria o risco de dar a impressão de que concebe a experiência do mundo como mera constituição de sentido por parte de uma consciência solipsista. A partir dessa objeção, uma das principais questões enfrentadas por Edmund Husserl e Edith Stein na análise fenomenológica das relações intersubjetivas consiste em justificar a possibilidade de se experienciar a alteridade, bem como a constituição do mundo objetivo de modo transcendental. Em suas investigações, ambos os pensadores explicitam precisamente o modo como se dá transcendentalmente a aparição da alteridade e do mundo objetivo para a consciência, mostrando ainda como a aparição mesma do outro e do mundo consiste em algo decisivo para a própria autoapreensão do ego e para a formação da comunidade. Tomando como base, em particular, as obras Meditações cartesianas de Edmund Husserl e O problema da empatia e Introdução à filosofia de Edith Stein, este trabalho procurará destacar inicialmente dois aspectos fundamentais da constituição transcendental da comunidade: (i) a percepção do outro por meio de uma intencionalidade mediata (mittelbare Intentionalität); e (ii) a necessidade de colher a estrutura universal/essencial do objeto para a transmissão de sentido (Sinnesübertragung: a apercepção de concordância de sentido entre dois ou mais egos) e a consequente efetivação do ato empático. O exame desses dois aspectos levará à compreensão da esfera primordial na qual se constitui a intersubjetividade transcendental, pode-se dizer, o nível mais básico da constituição da comunidade (no âmbito da generalidade, da natureza comum): fundamento para a compreensão da comunidade em sua realidade efetiva.

(Artigo elaborado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES).
A investigação sobre a liberdade pessoal está diretamente relacionada ao modo de se compreender a constituição do ser humano na medida em que, com base nessa análise, podem ser identificados os aspectos que determinam o indivíduo. Em... more
A investigação sobre a liberdade pessoal está diretamente relacionada ao modo de se compreender a constituição do ser humano na medida em que, com base nessa análise, podem ser identificados os aspectos que determinam o indivíduo. Em Potência e ato, conjugando as perspectivas fenomenológica e aristotélico-tomista, Edith Stein examina os elementos que permitem classificar o ser humano como uma “espécie do gênero ‘animal’” (STEIN, 1998, p. 236) e, confrontando esses elementos com os resultados de suas investigações quanto à constituição do indivíduo, identifica o aspecto essencial que a levará a afirmar que o ser humano pode ser considerado outro gênero ao lado do gênero animal. O fundamento que sustenta essa afirmação consiste primordialmente na distinção entre alma natural e alma espiritual, evidenciada na análise steiniana das dimensões da pessoa humana e seus processos formativos, em particular, no diálogo com o pensamento de Hedwig Conrad-Martius. O exame do caminho percorrido por Stein nesse sentido permitirá compreender em que medida é possível, para o ser humano, superar o determinismo, evidenciando o caráter imprescindível da dimensão espiritual para a liberdade.

(Artigo elaborado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES).
RESUMO: Em Introdução à filosofia (Einführung in die Philosophie), Edith Stein examina a questão do conhecimento, explicitando a impossibilidade de se conhecer completamente o que é individual; no caso do indivíduo humano, a investigação... more
RESUMO: Em Introdução à filosofia (Einführung in die Philosophie), Edith Stein examina a questão do conhecimento, explicitando a impossibilidade de se conhecer completamente o que é individual; no caso do indivíduo humano, a investigação se es-tende para a análise da possibilidade ou a impossibilidade de se conhecer o eu. Examinando os estudos da pensadora sobre o conhecimento da subjetividade e tomando como fio condutor as análises de Edmund Husserl acerca da autoapreensão do ego puro, é possível destacar a importância dos papéis da evidência e da intuição do ponto de vista fenomenológico nos momentos constitutivos do ato de conhecer, especialmente, no que se refere ao caráter singular da pessoa humana.
Palavras-chave: Edith Stein; Edmund Husserl; Eu; Evidência; Conhecimento.

ABSTRACT: On Introduction to Philosophy (Einführung in die Philosophie), Edith Stein examines the question of knowledge, explaining the impossibility of knowing completely what individual is; in the case of the human individual, the investigation is extended to the analysis of the possibility or the impossibility of knowing the “I”. Examining Edith Stein’s studies of the knowledge of subjectivity and Edmund Husserl’s analysis of self-apprehension of pure ego, it is possible to emphasize the importance of the roles of evidence and of intuition from the phenomenological point of view in the constitutive moments of the act of knowing, specially, with regard to the singular character of the human person.
Keywords: Edith Stein; Edmund Husserl; I; Evidence; Knowledge.

(Artigo elaborado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES).
Resumo: Este trabalho tem como objetivo explorar as concepções de liberdade e história, que surgem a partir da concepção de temporalidade elaborada por Merleau-Ponty em sua obra Fenomenologia da Percepção. Procuramos mostrar como o autor... more
Resumo: Este trabalho tem como objetivo explorar as concepções de liberdade e história, que surgem a partir da concepção de temporalidade elaborada por Merleau-Ponty em sua obra Fenomenologia da Percepção. Procuramos mostrar como o autor constrói sua concepção de liberdade considerando a relação de mútua constituição entre sujeito e mundo. Nessa mútua constituição, o sujeito, concebido como tempo, realiza sua liberdade como um contínuo movimento de retomada de seu contexto histórico e de abertura ao porvir dando um novo sentido à situação na qual está inserido. Essa relação de interdependência entre sujeito e mundo faz com que Merleau-Ponty não possa admitir uma liberdade absoluta, apontando então para a concepção de uma liberdade “condicionada”, inserida numa história que, ao mesmo tempo, ultrapassa o sujeito e é constituída por ele em suas decisões.

Abstract: This study has as main objective to explore the conceptions of liberty and history, which were created from the conception of temporality, elaborated by Merleau-Ponty, in his work Phenomenology of Perception. Our aim is to show how the author works the conception of freedom considering the (of mutual constitution) relation between subject and world. In this mutual constitution, the subject, conceived as time, exerts his freedom as a continuous movement of recovering his historical context and of opening to the future, giving a new meaning to the situation in which his inserted. This relation of mutual dependence between subject and world makes Merleau-Ponty to refuse an absolute freedom, pointing to a conception of freedom which can be labeled as “conditional”, inserted in a history which, at the same time, surpasses the subject and is formed by him in his decisions.

(Dissertação elaborada com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES).