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- PhD candidate at the Faculty of Architecture and Urbanism of the University of São Paulo - FAUUSP (2024) in Urban and... morePhD candidate at the Faculty of Architecture and Urbanism of the University of São Paulo - FAUUSP (2024) in Urban and Regional Planning. Holds a master's degree in Urban and Regional Planning (2020) and a bachelor's degree in Architecture and Urbanism (2013) from the same institution, as well as an academic exchange at the École Nationale Supérieure d'Architecture - Paris Val de Seine (2011-2012). She is a founding partner of the AUÁ architects office, where she worked on architecture and urbanism projects and construction between 2013 and 2021. She was a researcher at LabCidade of FAUUSP from 2018 to 2020, investigating urban restructuring, urban projects, Urban Intervention Projects (PIUs), and public-private partnerships (PPPs). Teaches at the UniFECAF University Center since 2022 and was the coordinator of the undergraduate course in Architecture and Urbanism at the same institution for one year. She developed technical work with the Polis Institute (2019) and Peabiru TCA (2021) and coordinated a social project to support the urbanization of the Anchieta Occupation by the Anchieta Grajaú Institute (IAG) (2022).edit
A parceria público-privada de habitação do município de São Paulo, conhecida como PPP Casa da Família, avança rapidamente para se tornar realidade. No mês de abril serão assinados os contratos com os grupos vencedores da licitação de seis... more
A parceria público-privada de habitação do município de São Paulo, conhecida como PPP Casa da Família, avança rapidamente para se tornar realidade. No mês de abril serão assinados os contratos com os grupos vencedores da licitação de seis dos doze lotes da PPP, correspondendo a 13.180 unidades habitacionais, em uma iniciativa que tem sido divulgada como um grande investimento privado para a produção de habitação de interesse social. O que a propaganda não mostra é que mais de três mil famílias serão removidas de suas casas para dar lugar aos empreendimentos, e esse número é subdimensionado, já que os estudos da PPP invisibilizam os domicílios que terão que ser demolidos para dar lugar às novas moradias.
O modelo de política habitacional escolhido pela prefeitura se propõe a remover, sem estabelecer as formas de atendimento, pelo menos 3.577 famílias de baixa renda e grande vulnerabilidade – podendo chegar a um número maior, já que boa parte das pessoas ameaçadas não foram mencionadas no processo – e deve continuar promovendo o ciclo de violência e expulsão desta população.
O modelo de política habitacional escolhido pela prefeitura se propõe a remover, sem estabelecer as formas de atendimento, pelo menos 3.577 famílias de baixa renda e grande vulnerabilidade – podendo chegar a um número maior, já que boa parte das pessoas ameaçadas não foram mencionadas no processo – e deve continuar promovendo o ciclo de violência e expulsão desta população.
Research Interests:
O trabalho analisa os Projetos de Intervenção Urbana (PIUs) criados pelo PDE de São Paulo em 2014, examinando-os como instrumento urbanístico de coordenação e à luz da definição do projeto urbano como mecanismo de articulação política.... more
O trabalho analisa os Projetos de Intervenção Urbana (PIUs) criados pelo PDE de São Paulo em 2014, examinando-os como instrumento urbanístico de coordenação e à luz da definição do projeto urbano como mecanismo de articulação política. Desenvolve estudo de caso do processo de elaboração do PIU Vila Leopoldina – Villa Lobos (PIU VL-VL) com o objetivo de identificar algumas dentre as diversas narrativas escalares possíveis de um projeto urbano e contribuir para o debate sobre o recente instrumento do PIU. Apresenta panorama geral dos PIUs em desenvolvimento, aborda seu caráter metropolitano e sua aproximação fragmentária do território. Elabora descrição crítica do PIU VL-VL a partir da análise de documentos de seu processo de elaboração, buscando compreender escalas de articulação política e projetual envolvidas e sistematizando questões sobre a transformação urbana pretendida, suas formas de financiamento e implantação, bem como os interesses e riscos públicos e privados.
Research Interests:
Esta dissertação de mestrad tem como objetivo investigar de que modo o Projeto de Intervenção Urbana (PIU), instrumento criado no Plano Diretor Estratégico de São Paulo em 2014, altera a participação de atores não-estatais na concepção,... more
Esta dissertação de mestrad tem como objetivo investigar de que modo o Projeto de Intervenção Urbana (PIU), instrumento criado no Plano Diretor Estratégico de São Paulo em 2014, altera a participação de atores não-estatais na concepção, debate público e elaboração de políticas de reestruturação urbana em São Paulo e qual é o papel exercido pelo projeto urbano nesse processo. Organiza breve histórico de políticas de reestruturação urbana paulistanas para identificar permanências e alterações quanto à utilização de projetos urbanos ao longo dos anos e analisar como o PIU se insere nesta
trajetória identificada como de proliferação e diversificação de instrumentos para promover a reestruturação urbana. A pesquisa utiliza o estudo de caso do processo de elaboração do PIU Vila Leopoldina – Villa-Lobos (PIU-VL) no Executivo municipal para investigar o tema, com base em dados de pesquisa documental e de arquivo, acompanhamento do processo participativo de elaboração do PIU-VL, entrevistas e pesquisa de campo. As análises realizadas identificam que o legado de políticas anteriores e percepções sobre a ineficiência do Estado na reestruturação urbana influenciaram a criação do PIU, que é caracterizado como instrumento de articulação e coordenação usado para pactuação de alterações regulatórias. O PIU é analisado como instrumento que cria regras para que o setor privado possa acessar o Estado para formular propostas de reestruturação urbana e ao mesmo tempo regula como o poder público deve conduzir ou decidir sobre as transformações pretendidas. Discute-se sobre o PIU como mecanismo que simula por meio de projeto urbano parte das transformações urbanas propostas servindo para a negociação de interesses
entre Estado, privado e sociedade civil, que assume características que o aproximam de um modelo contratual para reestruturação urbana e que é marcado por aspectos de complexidade, fragmentação e flexibilidade. Debate-se como o PIU impacta na fragmentação territorial e do debate público, com procedimentos participativos e projeto urbano que aumentam a segurança jurídica do processo e como o formato do PIU define e comunica o interesse público da transformação. Investigam-se as formas pelas quais o PIU cria exceções e flexibilidades, como ao postergar acordos ou definições para outros instrumentos, ao indicar a possibilidade de contratação de projetos futuros e ao reduzir o conteúdo a ser pactuado na fase de elaboração do PIU a temas específicos, em processos que buscam lidar com riscos e garantias com objetivos distintos para os envolvidos na proposta do PIU. Entende-se que o PIU influencia a definição e mobilização do interesse público da reestruturação urbana e que este processo tem
especificidades no caso de propostas de origem privada.
trajetória identificada como de proliferação e diversificação de instrumentos para promover a reestruturação urbana. A pesquisa utiliza o estudo de caso do processo de elaboração do PIU Vila Leopoldina – Villa-Lobos (PIU-VL) no Executivo municipal para investigar o tema, com base em dados de pesquisa documental e de arquivo, acompanhamento do processo participativo de elaboração do PIU-VL, entrevistas e pesquisa de campo. As análises realizadas identificam que o legado de políticas anteriores e percepções sobre a ineficiência do Estado na reestruturação urbana influenciaram a criação do PIU, que é caracterizado como instrumento de articulação e coordenação usado para pactuação de alterações regulatórias. O PIU é analisado como instrumento que cria regras para que o setor privado possa acessar o Estado para formular propostas de reestruturação urbana e ao mesmo tempo regula como o poder público deve conduzir ou decidir sobre as transformações pretendidas. Discute-se sobre o PIU como mecanismo que simula por meio de projeto urbano parte das transformações urbanas propostas servindo para a negociação de interesses
entre Estado, privado e sociedade civil, que assume características que o aproximam de um modelo contratual para reestruturação urbana e que é marcado por aspectos de complexidade, fragmentação e flexibilidade. Debate-se como o PIU impacta na fragmentação territorial e do debate público, com procedimentos participativos e projeto urbano que aumentam a segurança jurídica do processo e como o formato do PIU define e comunica o interesse público da transformação. Investigam-se as formas pelas quais o PIU cria exceções e flexibilidades, como ao postergar acordos ou definições para outros instrumentos, ao indicar a possibilidade de contratação de projetos futuros e ao reduzir o conteúdo a ser pactuado na fase de elaboração do PIU a temas específicos, em processos que buscam lidar com riscos e garantias com objetivos distintos para os envolvidos na proposta do PIU. Entende-se que o PIU influencia a definição e mobilização do interesse público da reestruturação urbana e que este processo tem
especificidades no caso de propostas de origem privada.