This article offers a critical assessment of the trajectory of committed left art in Brazil betwe... more This article offers a critical assessment of the trajectory of committed left art in Brazil between end of the 1950’s and end of the 1970’s, based on established bibliographic debates and more recent historiographical revisions. The focus is on the trajectory of the national-popular culture and the aesthetic propositions developed by artists linked to the Brazilian Communist Party (PCB), which suffered a major criticism from the late 1960’s by other left currents. From this central perspective, we analyze tensions and contradictions within the established historiography on Brazilian left culture, caused by its excessive tribute to the memory produced by historical protagonists involved in cultural struggles in the 1960’s and 1970’s.Este artigo propõe um balanço crítico da trajetória da arte engajada de esquerda no Brasil, entre 1950 e 1970, com base nos debates bibliográficos consolidados e nas revisões historiográficas mais recentes. O foco da análise recai sobre a trajetória da cu...
O artigo recupera a trajetória do Grupo de Pesquisa CNPq “História e Audiovisual: circularidades ... more O artigo recupera a trajetória do Grupo de Pesquisa CNPq “História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação”, identificando as principais questões de método que orientam sua produção intelectual. Elenca os resultados obtidos ao longo de seus quinze anos de existência e sintetiza os principais avanços obtidos no campo.
Esta coletânea representa uma proposta inovadora, ao reunir textos que abordam o tema do comunism... more Esta coletânea representa uma proposta inovadora, ao reunir textos que abordam o tema do comunismo por um viés ainda pouco explorado na literatura acadêmica, enfocando-o como cultura política e como agência produtora de padrões de comportamento e de crenças. A motivação é oferecer melhor entendimento dos elementos constituintes da cultura comunista, cujos valores e ideias circularam para além dos espaços tradicionais da esquerda, fornecendo temas e argumentos para os agentes produtores de cultura, assim como inspirando determinadas políticas culturais. Pretende-se, desse modo, avaliar a força de atração e a capacidade de reprodução dos valores e padrões comunistas, decisiva para a compreensão da modernidade cultural e política brasileira.
Arteriais - Revista do Programa de Pós-Gradução em Artes, 2021
ResumoEsse artigo é resultado parcial de um trabalho de mapeamento dos problemas, das abordagens ... more ResumoEsse artigo é resultado parcial de um trabalho de mapeamento dos problemas, das abordagens e dos objetos que contemplam o diálogo entre história e teatro, partindo principalmente do caso brasileiro. Nessa primeira etapa, buscamos refletir sobre o teatro como uma linguagem específica (não mais considerado subgênero da literatura) e igualmente complexa (não restrito unicamente à dramaturgia). A partir desses pressupostos, procuramos pensá-lo como objeto de pesquisa histórica contemplando questões relacionadas às fontes, aos referenciais teórico-metodológicos, à historiografia e as suas dinâmicas internas (as peças, as encenações etc.) e relações externas (com o Estado, os governos etc.). Numa segunda etapa, pretendemos dar continuidade ao levantamento das pesquisas sobre teatro nos programas de pós-graduação em história e, partir disto, definir linhas mestras da produção acadêmica brasileira nessa intersecção.This article is the partial result of a research mapping work of probl...
Este artigo visa discutir a relação entre arte e política dentro da tradição de esquerda, sinteti... more Este artigo visa discutir a relação entre arte e política dentro da tradição de esquerda, sintetizada no conceito de “arte engajada” e outros conceitos correlatos. A partir do debate bibliográfico que abordou o tema, desenvolve-se a exposição em duas direções: o mapeamento do debate entre os autores clássicos do marxismo em torno da questão cultural (Lukács, Brecht, Adorno e Benjamin) e a história das experiências e movimentos culturais ocorridos no contexto da Revolução Russa, vista aqui como um laboratório de experiências estético-ideológicas. Finalmente, o artigo aponta alguns problemas teórico-metodológicos enfrentados pelo sociólogo ou historiador que pesquisam este campo temático.
Este artigo analisa os impactos teóricos e historiográficos a partir da relação estabelecida entr... more Este artigo analisa os impactos teóricos e historiográficos a partir da relação estabelecida entre história e memória como categorias de conhecimento sobre o passado. Partimos do princípio de que as experiências extremas pós-Segunda Guerra Mundial obrigaram a um desenquadramento destas duas categorias, tal como haviam sido formatadas no século XIX, instaurando uma crise em ambas e demandando por uma nova equação na interpretação do passado, sobretudo o chamado “passado recente”. Esta crise, de efeitos epistemológicos, teóricos e historiográficos tem um impacto direto no debate sobre a memória e a história das ditaduras do Cone Sul, ao impor novos regimes de memória e de história. Nestes, o debate sobre “Resistência” e “Holocausto”, advindos da experiência da Segunda Guerra Mundial e da luta contra o nazifascismo, ocupam um lugar central na memorização e na análise dos processos históricos recentes.
Este artigo propõe uma periodização inédita para analisar o processo de construção da memória do ... more Este artigo propõe uma periodização inédita para analisar o processo de construção da memória do regime militar brasileiro. Partindo do princípio que a memória social e a experiência histórica de uma dada sociedade estão conectadas, procuramos analisar a construção de uma “memória mutável” sobre o regime desde os anos 1970 até a primeira década do século XXI. Nossa hipótese central aponta para a existência de uma memória hegemônica, crítica ao regime militar, construída na confluência de setores liberais (críticos dos aspectos autoritários do regime a partir de meados dos anos 1970) com setores das esquerdas, notadamente a esquerda ligada ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). A partir destas premissas, procuro esquadrinhar e analisar de maneira mais detalhada, três das quatro fases da memória sobre o regime entre 1974 e 2004.
Neste artigo, proponho uma revisão sobre o conceito de filme histórico tendo como foco o debate s... more Neste artigo, proponho uma revisão sobre o conceito de filme histórico tendo como foco o debate sobre os gêneros ficcionais e sobre a questão da “escrita fílmica da história. A hipótese central é a de que os filmes históricos ficcionais vão além de vetores do conhecimento histórico e de memórias sociais produzidas em outros espaços e narrativas socioculturais. Para além disso, são intervenções estético-ideológicas que formam um “saber histórico de base” de natureza audiovisual no qual interagem a matéria histórica de uma sociedade (memórias, regimes de historicidade, história pública, disputas ideológicas sobre o passado), o conhecimento historiográfico especializado, as estéticas do cinema e os interesses comerciais da indústria. A partir destas injunções o historiador deve pensar o filme histórico como fonte primária para a pesquisa e o ensino.
Na década de 1980, sobretudo, a literatura que procurou revisar a produção artístico-cultural do ... more Na década de 1980, sobretudo, a literatura que procurou revisar a produção artístico-cultural do CPC caracterizou-a, em linhas gerais, como dogmática e simplista. Com isso, as vozes dissonantes que compunham as esquerdas no período de 1961 a 1964 e que discutiram exaustivamente o engajamento artístico, a cultura popular e a função social da arte foram associadas às formulações genéricas do "manifesto do CPC" (redigido por Carlos Estevam Martins) ou reduzidas à relação intrínseca entre nacionalismo e populismo (enfatizada por Francisco Corrêa Weffort e Octávio Ianni, entre outros). Não obstante, o debate travado no período anterior ao golpe militar evidencia uma diversidade e uma variedade de posturas e posições acerca da arte engajada que só tem a acrescentar à história já contada.
This article offers a critical assessment of the trajectory of committed left art in Brazil betwe... more This article offers a critical assessment of the trajectory of committed left art in Brazil between end of the 1950’s and end of the 1970’s, based on established bibliographic debates and more recent historiographical revisions. The focus is on the trajectory of the national-popular culture and the aesthetic propositions developed by artists linked to the Brazilian Communist Party (PCB), which suffered a major criticism from the late 1960’s by other left currents. From this central perspective, we analyze tensions and contradictions within the established historiography on Brazilian left culture, caused by its excessive tribute to the memory produced by historical protagonists involved in cultural struggles in the 1960’s and 1970’s.Este artigo propõe um balanço crítico da trajetória da arte engajada de esquerda no Brasil, entre 1950 e 1970, com base nos debates bibliográficos consolidados e nas revisões historiográficas mais recentes. O foco da análise recai sobre a trajetória da cu...
O artigo recupera a trajetória do Grupo de Pesquisa CNPq “História e Audiovisual: circularidades ... more O artigo recupera a trajetória do Grupo de Pesquisa CNPq “História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação”, identificando as principais questões de método que orientam sua produção intelectual. Elenca os resultados obtidos ao longo de seus quinze anos de existência e sintetiza os principais avanços obtidos no campo.
Esta coletânea representa uma proposta inovadora, ao reunir textos que abordam o tema do comunism... more Esta coletânea representa uma proposta inovadora, ao reunir textos que abordam o tema do comunismo por um viés ainda pouco explorado na literatura acadêmica, enfocando-o como cultura política e como agência produtora de padrões de comportamento e de crenças. A motivação é oferecer melhor entendimento dos elementos constituintes da cultura comunista, cujos valores e ideias circularam para além dos espaços tradicionais da esquerda, fornecendo temas e argumentos para os agentes produtores de cultura, assim como inspirando determinadas políticas culturais. Pretende-se, desse modo, avaliar a força de atração e a capacidade de reprodução dos valores e padrões comunistas, decisiva para a compreensão da modernidade cultural e política brasileira.
Arteriais - Revista do Programa de Pós-Gradução em Artes, 2021
ResumoEsse artigo é resultado parcial de um trabalho de mapeamento dos problemas, das abordagens ... more ResumoEsse artigo é resultado parcial de um trabalho de mapeamento dos problemas, das abordagens e dos objetos que contemplam o diálogo entre história e teatro, partindo principalmente do caso brasileiro. Nessa primeira etapa, buscamos refletir sobre o teatro como uma linguagem específica (não mais considerado subgênero da literatura) e igualmente complexa (não restrito unicamente à dramaturgia). A partir desses pressupostos, procuramos pensá-lo como objeto de pesquisa histórica contemplando questões relacionadas às fontes, aos referenciais teórico-metodológicos, à historiografia e as suas dinâmicas internas (as peças, as encenações etc.) e relações externas (com o Estado, os governos etc.). Numa segunda etapa, pretendemos dar continuidade ao levantamento das pesquisas sobre teatro nos programas de pós-graduação em história e, partir disto, definir linhas mestras da produção acadêmica brasileira nessa intersecção.This article is the partial result of a research mapping work of probl...
Este artigo visa discutir a relação entre arte e política dentro da tradição de esquerda, sinteti... more Este artigo visa discutir a relação entre arte e política dentro da tradição de esquerda, sintetizada no conceito de “arte engajada” e outros conceitos correlatos. A partir do debate bibliográfico que abordou o tema, desenvolve-se a exposição em duas direções: o mapeamento do debate entre os autores clássicos do marxismo em torno da questão cultural (Lukács, Brecht, Adorno e Benjamin) e a história das experiências e movimentos culturais ocorridos no contexto da Revolução Russa, vista aqui como um laboratório de experiências estético-ideológicas. Finalmente, o artigo aponta alguns problemas teórico-metodológicos enfrentados pelo sociólogo ou historiador que pesquisam este campo temático.
Este artigo analisa os impactos teóricos e historiográficos a partir da relação estabelecida entr... more Este artigo analisa os impactos teóricos e historiográficos a partir da relação estabelecida entre história e memória como categorias de conhecimento sobre o passado. Partimos do princípio de que as experiências extremas pós-Segunda Guerra Mundial obrigaram a um desenquadramento destas duas categorias, tal como haviam sido formatadas no século XIX, instaurando uma crise em ambas e demandando por uma nova equação na interpretação do passado, sobretudo o chamado “passado recente”. Esta crise, de efeitos epistemológicos, teóricos e historiográficos tem um impacto direto no debate sobre a memória e a história das ditaduras do Cone Sul, ao impor novos regimes de memória e de história. Nestes, o debate sobre “Resistência” e “Holocausto”, advindos da experiência da Segunda Guerra Mundial e da luta contra o nazifascismo, ocupam um lugar central na memorização e na análise dos processos históricos recentes.
Este artigo propõe uma periodização inédita para analisar o processo de construção da memória do ... more Este artigo propõe uma periodização inédita para analisar o processo de construção da memória do regime militar brasileiro. Partindo do princípio que a memória social e a experiência histórica de uma dada sociedade estão conectadas, procuramos analisar a construção de uma “memória mutável” sobre o regime desde os anos 1970 até a primeira década do século XXI. Nossa hipótese central aponta para a existência de uma memória hegemônica, crítica ao regime militar, construída na confluência de setores liberais (críticos dos aspectos autoritários do regime a partir de meados dos anos 1970) com setores das esquerdas, notadamente a esquerda ligada ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). A partir destas premissas, procuro esquadrinhar e analisar de maneira mais detalhada, três das quatro fases da memória sobre o regime entre 1974 e 2004.
Neste artigo, proponho uma revisão sobre o conceito de filme histórico tendo como foco o debate s... more Neste artigo, proponho uma revisão sobre o conceito de filme histórico tendo como foco o debate sobre os gêneros ficcionais e sobre a questão da “escrita fílmica da história. A hipótese central é a de que os filmes históricos ficcionais vão além de vetores do conhecimento histórico e de memórias sociais produzidas em outros espaços e narrativas socioculturais. Para além disso, são intervenções estético-ideológicas que formam um “saber histórico de base” de natureza audiovisual no qual interagem a matéria histórica de uma sociedade (memórias, regimes de historicidade, história pública, disputas ideológicas sobre o passado), o conhecimento historiográfico especializado, as estéticas do cinema e os interesses comerciais da indústria. A partir destas injunções o historiador deve pensar o filme histórico como fonte primária para a pesquisa e o ensino.
Na década de 1980, sobretudo, a literatura que procurou revisar a produção artístico-cultural do ... more Na década de 1980, sobretudo, a literatura que procurou revisar a produção artístico-cultural do CPC caracterizou-a, em linhas gerais, como dogmática e simplista. Com isso, as vozes dissonantes que compunham as esquerdas no período de 1961 a 1964 e que discutiram exaustivamente o engajamento artístico, a cultura popular e a função social da arte foram associadas às formulações genéricas do "manifesto do CPC" (redigido por Carlos Estevam Martins) ou reduzidas à relação intrínseca entre nacionalismo e populismo (enfatizada por Francisco Corrêa Weffort e Octávio Ianni, entre outros). Não obstante, o debate travado no período anterior ao golpe militar evidencia uma diversidade e uma variedade de posturas e posições acerca da arte engajada que só tem a acrescentar à história já contada.
Des rythmes du candomblé aux avant-gardes esthétiques les plus radicales, la culture joue un rôle... more Des rythmes du candomblé aux avant-gardes esthétiques les plus radicales, la culture joue un rôle central dans l'émergence du Brésil contemporain. Issu du dialogue entre historiens français et brésiliens, cet ouvrage parcourt des domaines variés, de la littérature romantique à la musique populaire en passant par le théâtre et le cinéma, la mise en scène des corps, la mémoire et la fabrique de héros culturels. Les constructions identitaires, les politiques culturelles, les phénomènes d'emprunts et de métissage sont au coeur de la réflexion. Quatre décennies après l'émergence de l'histoire culturelle, cet ouvrage dresse un bilan d'étape et pointe les tendances actuelles de la recherche. Au fil des treize essais qui le composent, il donne à voir, à lire et à entendre la diversité brésilienne dans la perspective d'une histoire culturelle transnationale, loin de toute tentation exotique. Sous la direction de: Juliette Dumont, Anaïs Fléchet et Mônica Pimenta Velloso
"O cinema e as ditaduras militares – contexto, memórias e representações audiovisuais" foi organi... more "O cinema e as ditaduras militares – contexto, memórias e representações audiovisuais" foi organizado por Eduardo Morettin e por Marcos Napolitano e publicado pela editora Intermeios. O livro reúne os resultados de três anos de pesquisa do projeto Cinema e história no Brasil: estratégias discursivas do documentário na construção de uma memória sobre o regime militar, apoiado pelo CNPq por meio do Edital Universal 14/2013. O projeto editorial, que é fruto também das atividades do grupo de pesquisa CNPq "História e Audiovisual", traz textos de Eduardo Morettin, Ignacio Del Valle Dávila, Margarida Adamatti, Marcos Napolitano, Fernando Seliprandy, Mônica Almeida Kornis, Rosane Kaminski, Cristiane Freitas Gutfreind, Reinaldo Cardenuto, Carolina Amaral de Aguiar e Ana Laura Lusnich.
In: MORETTIN, Eduardo; NAPOLITANO, Marcos (Org.). 'O cinema e as ditaduras militares: contextos, memória e representações audiovisuais.' São Paulo: Intermeios, Fapesp; Porto Alegre: Famecos, 2018. p. 77-100, 2018
O capítulo propõe, de saída, uma cartografia das representações da memória da ditadura no cinema ... more O capítulo propõe, de saída, uma cartografia das representações da memória da ditadura no cinema brasileiro, desde a abertura política. Em seguida, a análise se concentra em 'Paula, a história de uma subversiva' (Francisco Ramalho Jr., 1979), filme pioneiro dessas representações da memória.
El presente artículo analiza el personaje del perpretador en el cine ficcional brasileño en el pe... more El presente artículo analiza el personaje del perpretador en el cine ficcional brasileño en el período entre 1979 y 2007. Tal figura pertenece al aparato represivo del Estado y al extremismo de derecha que sostenía el régimen militar instaurado con el golpe de 1964. En la genealogía esbozada, se valora el diálogo de las películas con la materia histórica que las generó y sus efectos en el ámbito de la memoria. La periodización escogida tiene como origen dos filmes del corpus que analizamos: de Paula, a história de uma subversiva (1979), de Francisco Ramalho Jr., momento emblemático en esta representación, hasta Tropa de elite (2007), de José Padilha, cristalización de cierta tradición del cine brasileño de los años 1970 relacionada con la acción de policías que, en nombre del combate al crimen, ejercen sin control la violencia contra los denominados marginales. Veremos la manera en que el cine brasileño de los años 1970 y 1980 intuyó las relaciones entre la banda criminal de la policía y la estructura represiva dictatorial, poniendo en cuestión la aparente separación entre la naturaleza de la violencia política contra opositores y la de las violaciones policiales contra criminales comunes. Frente a esa mirada, en los años 1990 y 2000, se producen cambios en la figuración cinematográfica del torturador a la par de narrativas revisionistas de carácter conservador pautadas por la visión de la dictadura como reactiva a la resistencia armada de la izquierda y por la agenda de la violencia ilegal de Estado como estrategia legítima para la resolución de los conflictos políticos y sociales.
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