Suzy Santos
Universidade de São Paulo, MAE - Museu de Arqueologia e Etnologia, Graduate Student
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- Meu nome é Suzy Santos. Sou uma mulher negra, periférica, filha de nordestinos e que sonha com a transformação social da nossa realidade. Me formei em História (licenciatura e bacharelado) e em Museologia (mestrado) pela USP, sou pós-gr... moreMeu nome é Suzy Santos. Sou uma mulher negra, periférica, filha de nordestinos e que sonha com a transformação social da nossa realidade.
Me formei em História (licenciatura e bacharelado) e em Museologia (mestrado) pela USP, sou pós-graduada em Políticas Culturais de Base Comunitária (FLACSO) e PÓS-GRADUANDA em Gestão Cultural Contemporânea.
Trabalho desde os 12 anos, e já fui babá, auxiliar de produção, manicure, secretária, documentalista, pesquisadora, técnica em museu, professora, e mais recentemente educadora (não-formal), palestrante e museóloga (curadoria, expografia, gestão de acervos e ações educativas). Atualmente presto consultorias e serviços a museus e instituições culturais, coordeno e executo formações sobre museologia, cultura, patrimônio e memória, interseccionando questões étnicas, raciais, sociais, de gênero, entre outras. Também sou uma das coordenadoras do Projeto Cultural Pimenteiros e Pimenteiras do Vermelhão (desde 2012) e do Museu Comunitário do Jardim Vermelhão (desde 2021), projetos que criei junto a outros educadores(as) no bairro onde moro, na periferia de Guarulhos (Pimentas). Sou uma das integrantes da Associação Amigos do Patrimônio e Arquivo Histórico de Guarulhos e da Comissão de Tombamento e Projetos do Ilê Axé Omon Obá Olooke ty Efon.edit
Edição dedicada exclusivamente às palestras do II Seminário Brasileiro de Museus (27 e 28 ago. 2020), Memória e Museologia LGBT+Feminismo (SeBraMus LGBT+), evento que reuniu importantes pesquisas acadêmicas desenvolvidas no país quando... more
Edição dedicada exclusivamente às palestras do II Seminário Brasileiro de Museus (27 e 28 ago. 2020), Memória e Museologia LGBT+Feminismo (SeBraMus LGBT+), evento que reuniu importantes pesquisas acadêmicas desenvolvidas no país quando interseccionam o tema LGBT (sigla em Políticas Públicas) e o feminismo.
Artigo publicado nos Anais do VII Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus e VII Seminário Museus, Identidades e Patrimônio Cultural, realizado entre os dias 7 e 9 de setembro de 2017, a partir de palestra "Museus Indígenas: algumas... more
Artigo publicado nos Anais do VII Encontro Paulista Questões Indígenas e Museus e VII Seminário Museus, Identidades e Patrimônio Cultural, realizado entre os dias 7 e 9 de setembro de 2017, a partir de palestra
"Museus Indígenas: algumas reflexões", proferida por Suzy Santos.
"Museus Indígenas: algumas reflexões", proferida por Suzy Santos.
Research Interests:
O presente artigo tem como objetivo expor e refletir os possíveis diálogos que podem ser estabelecidos entre a Museologia Social, ou Museologia Afro-brasileira, e a Capoeira, que tem como objetivo fortalecer o processo histórico de... more
O presente artigo tem como objetivo expor e refletir os possíveis diálogos que podem ser estabelecidos entre a Museologia Social, ou Museologia Afro-brasileira, e a Capoeira, que tem como objetivo fortalecer o processo histórico de resistência desta/deste arte, dança, luta, jogo, esporte e cultura, agregando-se à luta de vários Mestres/as de Capoeira pelo reconhecimento, valorização e promoção desse importante Patrimônio Cultural Afro-Brasileiro, ou seja, é um posicionamento estratégico que possui uma concepção ampliada de Museu, compreendendo que este existe a partir do momento em que o grupo inicia um processo de autoreflexão sobre suas práticas, as compreende como um patrimônio cultural vivo e dinâmico e passa a relacionar estas práticas com os aspectos da cadeia operatória da museologia, desenvolvendo-os em seu âmbito. Dessa forma, o Museu e a Museologia são compreendidos como ferramentas que contribuem com a preservação e valorização das memórias, histórias e do acervo cultural da Capoeira. Esse processo de preservação de memórias e práticas tem o potencial de contribuir, finalmente, para a formulação e promoção de políticas públicas de valorização e fomento desta prática cultural.
A partir da década de 1960, com o surgimento do novo paradigma da democracia sociocultural, diversas críticas direcionaram-se aos museus e à museologia e deram base para o surgimento de um movimento museológico internacional denominado... more
A partir da década de 1960, com o surgimento do novo paradigma da democracia sociocultural, diversas críticas direcionaram-se aos museus e à museologia e deram base para o surgimento de um movimento museológico internacional denominado Nova Museologia, oficializado em 1984 no I Atelier Internacional Ecomuseus/Nova Museologia, realizado em Québec (Canadá). A Nova Museologia enfatizou a vocação social dos museus e propôs diversas renovações teóricas e metodológicas ao campo museológico estabelecido. No Brasil, observamos repercussões desse movimento principalmente a partir da década de 1980, com a redemocratização do país. Paralelamente à renovação de museus já consolidados, surgem novas iniciativas, denominadas majoritariamente ecomuseus e museus comunitários, que objetivam, através de uma curadoria coletiva e da promoção de práticas ativas, populares, participativas, comunitárias e experimentais, a valorização, preservação e difusão dos patrimônios locais (Natural, Cultural, Material e Imaterial), garantir que o museu atue como espaço de representação e promova, a partir da contextualização do patrimônio, a compreensão, o questionamento, a conscientização e a transformação da realidade. O atual projeto de pesquisa teve como objetivos: revisar termos e conceitos ligados à Nova Museologia e a essa nova tipologia de museus em bibliografia pertinente ao tema, relacionando e confrontando autores diversos; realizar um mapeamento dos museus comunitários, ecomuseus e demais iniciativas de memória e patrimônio de base comunitária que se compreendem enquanto museus no contexto brasileiro; elaborar um panorama-síntese para uma melhor compreensão da diversidade dessa tipologia de museus.
Research Interests:
Partindo da análise sobre a representação de mulheres negras nos museus, o artigo instiga trabalhadores de museus (equipes técnicas, gestores ou agentes comunitários) a refletirem sobre a necessidade de que "os museus incomodem o público,... more
Partindo da análise sobre a representação de mulheres negras nos museus, o artigo instiga trabalhadores de museus (equipes técnicas, gestores ou agentes comunitários) a refletirem sobre a necessidade de que "os museus incomodem o público, provoquem-no a refletir como foram educados, quase domesticados, a observar uma exposição como uma verdade, não algo que foi construído. É preciso evidenciar que a narrativa expográfica corresponde a uma possibilidade de leitura sobre determinado tema. O público tem o direito de saber como as coisas são feitas, quais as referências utilizadas pela equipe curatorial, quem está por trás daquelas ideias, narrativas e expografias – pessoas também
situadas historicamente, influenciadas por seus contextos sociais e por seu tempo, identificadas socialmente e com ideologias distintas. Ações como essa possibilitam ao público a consciência de que é também sujeito da história e membro de um grupo social, especialmente se esse grupo for um dos marginalizados, racializados e oprimidos historicamente.
Como afirma Sueli Carneiro (2016), 'diferença não significa
desvantagem', ou não deveria significar. A defesa pela introdução
de memórias, histórias e patrimônios de mulheres negras de modo
valorativo e representativo nas exposições e em toda a cadeia operatória
museológica (identificação das referências patrimoniais, formação e
conservação de acervos, desenvolvimento de pesquisas, comunicação
museológica, programação cultural e ações educativas) é fundamental
para que as ações realizadas não sejam superficiais e alinhadas à moda do momento, mas de fato comprometidas, transformadoras e subversivas, de modo a reconhecer a importância das mulheres negras e demais sujeitos invisibilizados na construção da sociedade brasileira."
situadas historicamente, influenciadas por seus contextos sociais e por seu tempo, identificadas socialmente e com ideologias distintas. Ações como essa possibilitam ao público a consciência de que é também sujeito da história e membro de um grupo social, especialmente se esse grupo for um dos marginalizados, racializados e oprimidos historicamente.
Como afirma Sueli Carneiro (2016), 'diferença não significa
desvantagem', ou não deveria significar. A defesa pela introdução
de memórias, histórias e patrimônios de mulheres negras de modo
valorativo e representativo nas exposições e em toda a cadeia operatória
museológica (identificação das referências patrimoniais, formação e
conservação de acervos, desenvolvimento de pesquisas, comunicação
museológica, programação cultural e ações educativas) é fundamental
para que as ações realizadas não sejam superficiais e alinhadas à moda do momento, mas de fato comprometidas, transformadoras e subversivas, de modo a reconhecer a importância das mulheres negras e demais sujeitos invisibilizados na construção da sociedade brasileira."