Videos by Silvia DalBen Furtado
Qual o papel dos robôs nas redações jornalísticas?
Essa foi a questão que motivou Silvia Dalben... more Qual o papel dos robôs nas redações jornalísticas?
Essa foi a questão que motivou Silvia Dalben, ex-aluna da UFMG, em sua pesquisa de mestrado junto ao Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade.
Em seus estudos iniciais, ela identificou que grandes jornais e empresas como Los Angeles Times, The Washington Post, Forbes, Associated Press e Yahoo já estão adotando softwares que transformam dados em linguagem humana para produzir conteúdos automatizados em coberturas jornalísticas.
Entrevista da Universidade Federal de Minas Gerais publicada no YouTube: https://youtu.be/Qt30K_3RUok 1 views
Papers by Silvia DalBen Furtado
Brazilian Journalism Research, 2020
O jornalismo automatizado tem ganhado cada vez mais espaço nas redações ao redor do mundo. Neste ... more O jornalismo automatizado tem ganhado cada vez mais espaço nas redações ao redor do mundo. Neste artigo, analisamos três estudos de caso que surgiram nos últimos anos no Brasil: [1] a robô Rosie da Operação Serenata de Amor; [2] o robô Rui Barbot do Jota; e [3] a robô Fátima do Aos Fatos. Metodologicamente, realizamos entrevistas semiestruturadas com o intuito de refletir sobre o papel desempenhado pelos profissionais no desenvolvimento destes robôs, em busca de um conceito de jornalismo automatizado mais abrangente que contemple a pluralidade de atores mobilizados por estas tecnologias.
Palavras-chave: Jornalismo automatizado. Jornalismo de dados. Algoritmos. Transparência. Twitter.
Brazilian Journalism Research, 2020
Licensed under the Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International (CC... more Licensed under the Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International (CC BY-NC-ND 4.0).
ISOJ - International Symposium of Online Journalism, 2021
Algorithms are part of several routine steps in online journalism and are impor- tant actors in ... more Algorithms are part of several routine steps in online journalism and are impor- tant actors in automated journalism. In this research, the researchers argue
that the use of Artificial Intelligence (AI) in newsrooms involves much more than just the ‘robot reporter’, coding and programmers. Instead of humanoid figures, one can say the focus is about computers, software, algorithms, databases, and many humans. Seeking the professionals involved in those initiatives in an attempt to demonstrate the complexity of networks associated with automated journalism, this study describes and analyzes five robots created in Brazil: [1] Da Mata Reporter; [2] Rosie from the Serenata do Amor operation; [3] Colabo- rabot; [4] Rui Barbot from Jota; and [5] Fatima from Aos Fatos checking agency. In common, those initiatives use AI to process large volumes of data and use Twitter’s platform as the main channel to distribute information and interact with readers.
Revista Parágrafo, 2018
Resumo
Controvérsias recentes envolvendo plataformas e suas políticas de circulação de conteúdo f... more Resumo
Controvérsias recentes envolvendo plataformas e suas políticas de circulação de conteúdo fizeram com que os algoritmos se tornassem pauta nos veículos de mídia. Neste trabalho, falamos um pouco sobre o que são os algoritmos e como eles agem nas plataformas, passando por algumas discussões fundamentais que emergem quando falamos sobre algoritmos. Nosso objetivo é, portanto, desenhar e apresentar um panorama para auxiliar pesquisadores que se interessam em estudar a temática.
Abstract
Recent controversies concerning platforms and their policies of circulation of content have put the spotlight on algorithms in media vehicles. In this paper, we talk about what algorithms are and how they act on the platforms, going through some fundamental discussions that emerge when we talk about algorithms. Therefore, our goal is to design and present a panorama to help researchers who are interested in studying the subject
Contemporânea, 2017
Nos últimos anos, algumas empresas jornalísticas adotaram softwares de Natural Language Generatio... more Nos últimos anos, algumas empresas jornalísticas adotaram softwares de Natural Language Generation (NLG) para produzir conteúdos automatizados em coberturas de fnanças, esportes, eleições, crimes, terremotos, em um fenômeno denominado Jornalismo Automatizado (GRAEFE, 2016) ou Jornalismo Algorítmico (DÖRR, 2015).
Partindo de um ponto de vista simétrico e não-antropocêntrico para observar os agenciamentos entre atores humanos e não-humanos, como defendido pela Teoria Ator-Rede (LATOUR, 1992, 1994, 2000), este artigo pretende apresentar e problematizar duas redes sociotécnicas que se articulam em torno do jornalismo automatizado. Uma primeira
rede, em geral mais visível, que se efetiva a partir da mobilização dos atores em torno da controvérsia desencadeada pela publicação de textos escritos por bots, motivada principalmente por uma possível substituição de jornalistas por robôs-redatores. Em geral menos evidente, uma segunda rede se revela no complexo processo de produção de notícias automatizadas envolvendo atores humanos – programadores, jornalistas, empreendedores – e não-humanos – algoritmos, banco de dados, computadores. Esta análise considera que os repórteres-robôs não eliminam, mas modifcam o trabalho dos
jornalistas, desafando-os a se adaptarem para lidar com os dados de uma nova forma e a se familiarizarem com linguagens de programação.
Conference Presentations by Silvia DalBen Furtado
Neste artigo, questionamos as definições de Jornalismo Automatizado (CARLSON, 2014; GRAEFE, 2016)... more Neste artigo, questionamos as definições de Jornalismo Automatizado (CARLSON, 2014; GRAEFE, 2016) que limitam a atuação humana à etapa de programação de algoritmos, e buscamos as redes sociotécnicas associadas ao uso de softwares NLG nas redações. Inspirados pelo STS e pela Teoria Ator-Rede, descrevemos três estudos de caso onde o Jornalismo Automatizado foi adotado para a produção de milhares de notícias guiadas por dados. Argumentamos que existe um novo ecossistema em formação, onde cada vez mais jornalistas trabalham em equipes multidisciplinares, ao lado de engenheiros, programadores e analistas de dados.
Nos últimos anos, uma inovação tem chamado a atenção e acendido o alerta em jornalistas e le... more Nos últimos anos, uma inovação tem chamado a atenção e acendido o alerta em jornalistas e leitores: os robôs-repórteres. São várias as reportagens que, em tom apocalíptico, anunciam o surgimento de um software que escreve e publica notícias de forma automática, prenunciando um futuro ameaçador que colocaria em risco o emprego dos jornalistas. Partindo da perspectiva teórica dos Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia (STS) e da Teoria Ator-Rede (LATOUR, 1992, 1994, 2000), esta pesquisa adota a cartografia de controvérsias (VENTURINI, 2010) como metodologia com o intuito de observar as primeiras experiências de Jornalismo Automatizado (CARLSON, 2014; GRAEFE, 2016). Esta análise busca um ponto de vista simétrico e não-antropocêntrico para identificar as redes de atores humanos e não-humanos envolvidas no desenvolvimento e implementação de softwares que automatizam a produção de notícias. Ao analisar as tensões e as disputas em jogo, percebe-se de um lado startups e entusiastas defendendo os avanços proporcionados por esta tecnologia, e de outro jornalistas se sentindo ameaçados e defendendo o lado humano da profissão.
In this discussion, we aim to think about the hybrid assemblages between human and non-human acto... more In this discussion, we aim to think about the hybrid assemblages between human and non-human actors resulted on the automation of messages and especially the mechanisms of chatbots in social media networks. We do that based on the perspective of Actor-Network Theory (ANT) and on the concept of technical mediation (Latour, 1994). As an empirical object, we look at the example of the chatbot Tay (@tayandyou), that was launched on twitter in march 2016, by Microsoft, and deactivated sixteen hours later after engaging in racist, xenophobic, genocidal and sexist conversations.
Thesis Chapters by Silvia DalBen Furtado
Dissertação de Mestrado
Desde 2010, jornais de diversos países adotaram softwares de Natural Language Generation (NLG), ... more Desde 2010, jornais de diversos países adotaram softwares de Natural Language Generation (NLG), um subcampo da Inteligência Artificial, para produzir notícias automatizadas sobre finanças, esportes, eleições, crimes e terremotos. Denominado como “robô repórter” (CARLSON, 2014), “notícias escritas por máquina” (VAN DALEN, 2012), “Jornalismo Automatizado” (CARLSON, 2014; GRAEFE, 2016) ou “Jornalismo Algorítmico” (DÖRR, 2015), este fenômeno é caracterizado pela publicação de milhares de notícias dirigidas por dados, com estrutura simples e repetitiva, criadas a partir de um template e um banco de dados estruturado acionados por algoritmos. Nesta pesquisa, buscamos inspiração no STS (Science and Technology Studies em inglês) e na Teoria Ator-Rede (TAR) para traçar as redes sociotécnicas mobilizadas pelo Jornalismo Automatizado, em um esforço de abrir as caixas- pretas e revelar os agenciamentos de atores humanos e não-humanos vinculados a esta inovação tecnológica. Incomodados com algumas visões que acreditam que as notícias automatizadas são produzidas sem intervenção humana, os conceitos de autonomia tecnológica (WINNER, 1977) e mediação técnica (LATOUR, 1994b) nos auxiliam neste percurso que busca reconhecer que por trás destes textos existe uma complexa rede de jornalistas, programadores, analistas de dados, empreendedores, pesquisadores, softwares, algoritmos e bancos de dados. Para descrever os atores, a formação de redes e as associações vinculadas ao Jornalismo Automatizado, somos influenciados pelas lentes de observação sugeridas pela Cartografia de Controvérsias (VENTURINI, 2010, 2012) como um modo de olhar para esta inovação, o que fundamenta a nossa metodologia. Buscamos estabelecer um ponto de vista simétrico e não-antropocêntrico, que não recaia nem em uma perspectiva determinista, nem em uma visão pessimista, e tente compreender as incertezas desencadeadas por uma “suposta” autonomia tecnológica de “robôs” redatores de notícias. A cartografia desta pesquisa é dividida em dois movimentos. Em um primeiro movimento, buscamos situar o Jornalismo Automatizado em um contexto acadêmico, onde sugerimos que este seja um campo de estudos em formação que dialoga com as Ciências da Computação e com o Jornalismo Computacional. Nesta etapa da cartografia, descrevemos como funcionam os softwares NLG e alguns experimentos que analisam como jornalistas e leitores reagem a esta tecnologia. Em um segundo movimento, apresentamos três estudos de caso de veículos jornalísticos que adotaram algoritmos para a produção automatizada de notícias. O primeiro relata a trajetória da startup Narrative Science, incluindo as parcerias com a Forbes e a ProPublica e a controversa afirmação de que em breve um computador ganharia o Pulitzer. O segundo descreve o percurso da startup Automated Insights, com o lançamento da rede StatSheet e a parceria com a agência Associated Press. O terceiro apresenta dois projetos desenvolvidos pelo Los Angeles Times: o The Homicide Report para a cobertura de homicídios e Quakebot que agiliza a publicação de notícias sobre terremotos. A partir desta cartografia, argumentamos que existe um novo ecossistema em formação onde jornalistas cada vez mais trabalham ao lado de engenheiros, programadores, analistas de dados. Nesta pesquisa, defendemos que os softwares NLG não eliminam, porém desafiam os jornalistas a se adaptarem para lidar com os dados de uma nova forma, em um contexto onde os algoritmos, o big data e as linguagens de programação se tornam cada vez mais presentes.
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Videos by Silvia DalBen Furtado
Essa foi a questão que motivou Silvia Dalben, ex-aluna da UFMG, em sua pesquisa de mestrado junto ao Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade.
Em seus estudos iniciais, ela identificou que grandes jornais e empresas como Los Angeles Times, The Washington Post, Forbes, Associated Press e Yahoo já estão adotando softwares que transformam dados em linguagem humana para produzir conteúdos automatizados em coberturas jornalísticas.
Entrevista da Universidade Federal de Minas Gerais publicada no YouTube: https://youtu.be/Qt30K_3RUok
Papers by Silvia DalBen Furtado
Palavras-chave: Jornalismo automatizado. Jornalismo de dados. Algoritmos. Transparência. Twitter.
that the use of Artificial Intelligence (AI) in newsrooms involves much more than just the ‘robot reporter’, coding and programmers. Instead of humanoid figures, one can say the focus is about computers, software, algorithms, databases, and many humans. Seeking the professionals involved in those initiatives in an attempt to demonstrate the complexity of networks associated with automated journalism, this study describes and analyzes five robots created in Brazil: [1] Da Mata Reporter; [2] Rosie from the Serenata do Amor operation; [3] Colabo- rabot; [4] Rui Barbot from Jota; and [5] Fatima from Aos Fatos checking agency. In common, those initiatives use AI to process large volumes of data and use Twitter’s platform as the main channel to distribute information and interact with readers.
Controvérsias recentes envolvendo plataformas e suas políticas de circulação de conteúdo fizeram com que os algoritmos se tornassem pauta nos veículos de mídia. Neste trabalho, falamos um pouco sobre o que são os algoritmos e como eles agem nas plataformas, passando por algumas discussões fundamentais que emergem quando falamos sobre algoritmos. Nosso objetivo é, portanto, desenhar e apresentar um panorama para auxiliar pesquisadores que se interessam em estudar a temática.
Abstract
Recent controversies concerning platforms and their policies of circulation of content have put the spotlight on algorithms in media vehicles. In this paper, we talk about what algorithms are and how they act on the platforms, going through some fundamental discussions that emerge when we talk about algorithms. Therefore, our goal is to design and present a panorama to help researchers who are interested in studying the subject
Partindo de um ponto de vista simétrico e não-antropocêntrico para observar os agenciamentos entre atores humanos e não-humanos, como defendido pela Teoria Ator-Rede (LATOUR, 1992, 1994, 2000), este artigo pretende apresentar e problematizar duas redes sociotécnicas que se articulam em torno do jornalismo automatizado. Uma primeira
rede, em geral mais visível, que se efetiva a partir da mobilização dos atores em torno da controvérsia desencadeada pela publicação de textos escritos por bots, motivada principalmente por uma possível substituição de jornalistas por robôs-redatores. Em geral menos evidente, uma segunda rede se revela no complexo processo de produção de notícias automatizadas envolvendo atores humanos – programadores, jornalistas, empreendedores – e não-humanos – algoritmos, banco de dados, computadores. Esta análise considera que os repórteres-robôs não eliminam, mas modifcam o trabalho dos
jornalistas, desafando-os a se adaptarem para lidar com os dados de uma nova forma e a se familiarizarem com linguagens de programação.
Conference Presentations by Silvia DalBen Furtado
Thesis Chapters by Silvia DalBen Furtado
Essa foi a questão que motivou Silvia Dalben, ex-aluna da UFMG, em sua pesquisa de mestrado junto ao Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade.
Em seus estudos iniciais, ela identificou que grandes jornais e empresas como Los Angeles Times, The Washington Post, Forbes, Associated Press e Yahoo já estão adotando softwares que transformam dados em linguagem humana para produzir conteúdos automatizados em coberturas jornalísticas.
Entrevista da Universidade Federal de Minas Gerais publicada no YouTube: https://youtu.be/Qt30K_3RUok
Palavras-chave: Jornalismo automatizado. Jornalismo de dados. Algoritmos. Transparência. Twitter.
that the use of Artificial Intelligence (AI) in newsrooms involves much more than just the ‘robot reporter’, coding and programmers. Instead of humanoid figures, one can say the focus is about computers, software, algorithms, databases, and many humans. Seeking the professionals involved in those initiatives in an attempt to demonstrate the complexity of networks associated with automated journalism, this study describes and analyzes five robots created in Brazil: [1] Da Mata Reporter; [2] Rosie from the Serenata do Amor operation; [3] Colabo- rabot; [4] Rui Barbot from Jota; and [5] Fatima from Aos Fatos checking agency. In common, those initiatives use AI to process large volumes of data and use Twitter’s platform as the main channel to distribute information and interact with readers.
Controvérsias recentes envolvendo plataformas e suas políticas de circulação de conteúdo fizeram com que os algoritmos se tornassem pauta nos veículos de mídia. Neste trabalho, falamos um pouco sobre o que são os algoritmos e como eles agem nas plataformas, passando por algumas discussões fundamentais que emergem quando falamos sobre algoritmos. Nosso objetivo é, portanto, desenhar e apresentar um panorama para auxiliar pesquisadores que se interessam em estudar a temática.
Abstract
Recent controversies concerning platforms and their policies of circulation of content have put the spotlight on algorithms in media vehicles. In this paper, we talk about what algorithms are and how they act on the platforms, going through some fundamental discussions that emerge when we talk about algorithms. Therefore, our goal is to design and present a panorama to help researchers who are interested in studying the subject
Partindo de um ponto de vista simétrico e não-antropocêntrico para observar os agenciamentos entre atores humanos e não-humanos, como defendido pela Teoria Ator-Rede (LATOUR, 1992, 1994, 2000), este artigo pretende apresentar e problematizar duas redes sociotécnicas que se articulam em torno do jornalismo automatizado. Uma primeira
rede, em geral mais visível, que se efetiva a partir da mobilização dos atores em torno da controvérsia desencadeada pela publicação de textos escritos por bots, motivada principalmente por uma possível substituição de jornalistas por robôs-redatores. Em geral menos evidente, uma segunda rede se revela no complexo processo de produção de notícias automatizadas envolvendo atores humanos – programadores, jornalistas, empreendedores – e não-humanos – algoritmos, banco de dados, computadores. Esta análise considera que os repórteres-robôs não eliminam, mas modifcam o trabalho dos
jornalistas, desafando-os a se adaptarem para lidar com os dados de uma nova forma e a se familiarizarem com linguagens de programação.