Brasília, v. 19, n. 1, p. 38-52, 2024
https://doi.org/10.33240/rba.v19i1.51711
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional de
Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
Diversity of epigeal ants in organic and conventional cultivation of Citrus sinensis in southern Brazil
Fábio de Azevedo¹, Daiane dos Santos de Freitas2, Wingly Santos Beltrame3, Rodrigo dos Santos
Machado Feitosa4
1
Docente da Universidade Estadual do Paraná. Doutor em Ciências pela Universidade Estadual de Maringá. Paranavaí, PR, Brasil.
Orcid: 0000-0001-8257-7011. azevedofabiode@gmail.com
2
Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Paraná. Paranavaí, PR, Brasil. Orcid: 0009-0009-4624-0484.
ninaehaji@hotmail.com
3
Mestre em Biotecnologia Ambiental pela Universidade Estadual de Maringá. Maringá, PR, Brasil, Orcid: 0000-0002-0196-0623.
winglysantosbeltrame@gmail.com
4
Docente no Programa Institucional de Internacionalização CAPES-PRInt/UFPR, da Universidade Federal do Paraná. Doutorado em
Entomologia pela Universidade Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Curitiba, Paraná, Brasil.
Orcid: 0000-0001-9042-0129. rsmfeitosa@gmail.com
Recebido em 29 set 2023. Aceito em 29 nov 2023
RESUMO
As formigas são um grupo chave na fisiologia dos pomares cítricos, pois podem beneficiá-los atacando herbívoros, ou
prejudicá-los, protegendo os sugadores de seiva. Assim, objetivou-se comparar a estrutura das assembleias de formigas
de dois pomares cítricos (convencional e orgânico), através da abundância, riqueza, diversidade e composição de
espécies, amostradas, por armadilhas de queda, em Paranavaí/PR. O cultivo orgânico comportou três vezes mais
espécies exclusivas, e o dobro de espécies caçadoras especialistas, que o convencional. Deduz-se que os pesticidas agem
tornando indisponíveis as presas das caçadoras especialistas, de modo que a composição de espécies pode ser mais
importante para a compreensão da estrutura dos pomares cítricos do que a diversidade, a riqueza e a abundância, em
estudos com pesticidas, em ambientes tropicais. Infere-se que as culturas orgânicas têm maior capacidade de manter a
diversidade local do que as culturas convencionais.
Palavras-chave: Ecologia, Estrutura, Abundância, Riqueza.
ABSTRACT
Ants are a key group in the physiology of citrus groves, as they can benefit them by attacking herbivores, or harm them,
by protecting sap-suckers. Thus, the objective was to compare the structure of ant assemblages from two citrus orchards
(conventional and organic), through abundance, richness, diversity and composition of species, sampled by pitfall traps,
in Paranavaí/PR. Organic cultivation contained three times more exclusive species and twice as many specialist hunting
species than conventional cultivation. It is deduced that pesticides act by making the prey of specialist hunters
unavailable, so that species composition may be more important for understanding the structure of citrus groves than
diversity, richness and abundance in studies with pesticides in tropical environments. It is inferred that organic crops
have a greater capacity to maintain local diversity than conventional crops.
Keywords: Ecology, Structure, Abundance, Richness.
INTRODUÇÃO
O Brasil tem se destacado como um dos maiores produtores mundiais de frutas cítricas, c
om produção de 46 milhões de toneladas de laranja, 31,9 milhões de tangerinas e 8,3
milhões de limão e lima na safra 2019/20 (Vidal, 2021). Este mercado tem se tornado cada
vez mais exigente quanto à qualidade dos frutos, sendo que um importante requisito de
Como citar: AZEVEDO, Fábio et al. Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional de Citrus sinensis na
região noroeste do Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 19, n. 1, p. 38-52, 2024.
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
qualidade é a presença mínima de resíduos de pesticidas (Raza et al., 2017). Ressalta-se
ainda, que o uso de agrotóxicos, a curto prazo, causa problemas ambientais e à saúde
humana e, a longo prazo, causa a resistência de organismos praga e o aumento da
probabilidade de ocorrência de ressurgimento, potencializado pela morte dos seus
controladores naturais (Hardin et al., 1995; Kumar e Kumar, 2019).
O controle comportamental, biológico e os diferentes tipos de manejo das culturas, como
o cultivo orgânico, têm surgido como alternativas ao uso de pesticidas (Parra, 2014; Raza
et al., 2017). Nesse sentido, tem havido um esforço para se avaliar o papel da
biodiversidade na regulação das funções dos agrossistemas em diferentes cultivos, em
especial a diversidade de formigas (Santos et al., 2017; Estrada, et al., 2019; Cota e Bento,
2023).
As formigas evidenciam-se como um dos principais componentes da fauna de pomares de
citros por seu elevado número de indivíduos e de espécies presentes nestes ambientes
(Fowler et al., 1991). Além disso, as formigas podem beneficiar as plantas de citros
atacando herbívoros, ou prejudicá-las, protegendo os sugadores de seiva (Dao et al., 2014;
Diamé et al., 2018).
Pesquisas ecológicas com formigas apresentam vantagens pela ampla distribuição
geográfica que apresentam e pela elevada abundância e riqueza de espécies, uma vez que
são relativamente fáceis de identificar, possuem baixa mobilidade da colônia e relativa
facilidade de coleta (Schultheiss et al., 2002; Wilson e Hölldobler, 2005). Assim, são
adequadas para estudos sobre padrões estruturais e temporais e processos dentro das
comunidades.
Nesta pesquisa objetivou-se avaliar e comparar a diversidade, a riqueza, a abundância e a
composição de espécies de formigas entre as assembleias de dois diferentes cultivos de
citros (Citrus sinensis L. Osbeck), um convencional e outro orgânico, na área de proteção
ambiental do Ribeirão Araras, em Paranavaí, noroeste do Estado do Paraná.
Com base nos supostos efeitos negativos para a manutenção da biodiversidade em áreas
expostas a pesticidas, sugere-se que haja menor riqueza, diversidade e abundância de
formigas no cultivo convencional que no orgânico, sendo que neste, deveria haver maior
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 39 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
proporção de espécies caçadoras especialistas. Ainda, admitindo que poucas espécies se
sobressaiam no cultivo convencional, supomos que haja nele, maior dominância que no
orgânico.
METODOLOGIA
Mensalmente, de novembro de 2013 a outubro de 2014, foram instaladas armadilhas de
queda, sem iscas, em duas áreas de cultivo de citros (C. sinensis), uma orgânica
(23°1'15.708"S, 52°30'52.452"W) e outra convencional (23°1'25.212"S,
52°30'56.340"W) afastadas uma da outra em cerca de 20 metros e separadas por um
quebra vento de grevíleas (Grevillea sp.), na área de proteção ambiental (APA) do
Ribeirão Araras, em Paranavaí/PR (Figura 1).
Segundo os agricultores, no cultivo orgânico (Org) não eram utilizados herbicidas nem
fertilizantes químicos. O controle de pragas era realizado somente por calda sulfocáustica
e óleo mineral, a fertilização era feita com Biofertilizante foliar Microgeo ® e minerais (pó
de rocha, zinco, manganês e boro), uma a duas vezes ao ano (verão e inverno) e o desbaste
herbáceo era realizado por roçadeira.
No cultivo convencional (Conv) eram empregados fertilizantes e pesticidas químicos:
Malationa (inseticida contra formigas, moscas da fruta e outros), com aplicação de maio a
dezembro; Talstar®: Bifentrina (acaricida e inseticida, contra lagartas percevejos, etc.),
com aplicação durante o ano, conforme incidência no pomar, constatada pelo inspetor de
pragas; Abamectina (acaricida, inseticida e nematicida), aplicação durante o ano,
conforme inspeção; Envidor®: espirodiclofeno (acaricida), com aplicação uma vez, no
início do ano; herbicida Roundup®: Glifosato, com aplicação conforme necessidade. A
altura da vegetação era controlada por roçadeira.
O estrato herbáceo do Org foi representado por poucas espécies vegetais: Urochloa
eminii (braquiária), Panicum maximum (colonião) e Paspalum notatum (grama mato-
grosso), esparsamente distribuídas, com predomínio de grama e braquiária. Em alguns
quadrantes, o aspecto do solo era mais seco que no Conv.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 40 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
A vegetação herbácea do Conv apresentou-se mais densamente distribuída que no Org e
representada por um maior número de espécies vegetais: Urochloa eminii (braquiária),
Panicum maximum (colonião), Paspalum notatum (grama mato-grosso), Bidens pilosa
(picão-preto), Cynodon dactylon (capim corda), Solanum viarum (joá-bravo), Sida sp.,
Richardia brasiliensis e Setaria sp. (Capim-rabo-de-raposa). Além disso, havia um
pequeno remanescente florestal (190 x 110m) a cerca de 10 a 20 m de distância dos
últimos quadrantes amostrais do Conv.
Figura 1. Áreas de cultivo de citros dentro da APA do Ribeirão Araras, Paranavaí/PR. Os retângulos
brancos delimitam as áreas amostrais em cada ambiente (cultivo orgânico: superior e convencional:
inferior). A sequência 3, 2 e 1 representa as linhas dos quadrantes de 1 a 6 (retângulos internos). Os pontos
dentro dos retângulos internos representam locais hipotéticos de instalação das armadilhas de queda (não
mostrado no retângulo inferior). “R” = remanescente florestal (Fonte: modificado do Google Maps, 2013).
A área amostral de cada ambiente foi dividida em três parcelas lineares, cada uma
subdividida em seis quadrantes, com 1800 m2 cada e total de 3,6 ha aproximados. A cada
mês, sortearam-se três quadrantes, um em cada parcela de cada área amostral (orgânico e
convencional), sendo instaladas 10 armadilhas de queda por quadrante de cada parcela,
totalizando 60 amostras/mês nos dois ambientes.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 41 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
As armadilhas consistiram de um pote plástico (500 ml), com abertura de 7 cm de
diâmetro, enterrados de forma que a sua borda superior estivesse ao nível do solo,
preenchidos com cerca de 150 ml de água e com cinco a oito gotas de detergente, para
quebrar tensão superficial da água, fazendo as formigas submergirem, impedindo sua
fuga (Bestelmeyer et al., 2000). Elas foram instaladas entre às 08h e às 12h e tiveram
funcionalidade de 30h.
As formigas foram identificadas, até gênero, utilizando-se uma chave de identificação
(Baccaro et al., 2015) e, na sequência, foram separadas em morfoespécies. As
identificações foram confirmadas e as espécies nomeadas com base em comparações com
exemplares identificados do acervo de formigas da Coleção Entomológica Padre Jesus
Santiago Moure (DZUP), no Laboratório de Sistemática e Biologia de Formigas da
Universidade Federal do Paraná – Feitosa Lab. O material testemunho (indivíduos usados
nas identificações específicas) foi depositado na DZUP e no Laboratório de Biologia da
Unespar de Paranavaí.
As 10 amostras de cada quadrante foram integralizadas e analisadas como uma amostra
individual, perfazendo 36 amostras por ambiente, a partir das quais foram avaliadas com-
posição, abundância, riqueza e diversidade de espécies. A riqueza de espécies também foi
estimada pelo Bootstrap, através do programa EstimateS (Colwell, 2006).
A composição de espécies e de abundância entre os dois ambientes foi representada atra-
vés do índice de Sorensen e Sorensen quantitativo (CN). O programa Past (Hammer et al.,
2001) foi usado para calcular o teste t para a riqueza de espécies e para calcular os índices
de Margalef, Simpson (1-D); Uniformidade: E 1/D = (1/D)/S (Magurran, 2013), Shannon-
Wiener (H’).
A constância das espécies foi calculada por meio da fórmula C = 100P/N (Bodenheimer,
1955) e representada por c = constante, quando presente em mais do que 50% das cole-
tas; s = acessória, quando presente entre 25 a 50%; e a = acidental, quando presente em
menos que 25% das coletas.
Os testes t e de Wilcoxon avaliaram, respectivamente, os valores de abundância mês a
mês e par a par de formigas entre os diferentes tipos de cultivo.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 42 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Totalizou-se 31.072 indivíduos, identificados em 54 espécies/morfoespécies de formigas
no cultivo de citros da APA do Ribeirão Araras, em Paranavaí/PR. No cultivo orgânico
(Org) foram identificados 21.106 indivíduos de 48 espécies, pertencentes a seis
subfamílias: 34 espécies/morfoespécies de Myrmicinae com 19 gêneros, cinco de
Formicinae com três gêneros, quatro Dolichoderinae com três gêneros, duas Ponerinae
com dois gêneros, duas Ectatomminae com um gênero e uma Amblyoponinae. No cultivo
convencional (Conv) registraram-se 9.966 indivíduos de 39 espécies, pertencentes a
quatro subfamílias: 27 Myrmicinae com 14 gêneros, cinco Formicinae com três gêneros,
quatro Dolichoderinae com três gêneros, duas Ponerinae com dois gêneros e uma
Ectatomminae (Tabela 1).
Tabela 1. Abundância (Abund: número de indivíduos), frequência (Freq: %) e constância (Cons) de
formigas capturadas por armadilhas de queda, em áreas de cultivo orgânico e convencional de citros, na
APA do Ribeirão Araras, Paranavaí/PR, entre novembro de 2013 a outubro de 2014.
Orgânico Convencional
Espécie/Morfoespécie Abund Freq Cons Abund Freq Cons
Acromyrmex rugosus (Smith, F., 1858) 69 3,89 a
†
Anochetus altisquamis Mayr, 1887 1 0,28 a
Apterostigma gr. pilosum (Mayr, 1865) 91 15,83 a 1 0,28 a
Atta sexdens Linnaeus, 1758 671 21,39 a 14 1,67 a
Brachymyrmex cf. patagonicus Mayr, 1868 1879 68,89 c 721 50,28 c
Brachymyrmex sp. 1 69 3,33 a
Brachymyrmex sp. 2 1380 20,00 a 19 2,50 a
Camponotus crassus Mayr, 1862 40 6,11 a
C. melanoticus Emery, 1894 5 0,83 a 7 0,56 a
*Cardiocondyla emeryi Forel, 1881 249 22,50 a 33 3,61 a
Cephalotes pusillus (Klug, 1824) 69 4,44 a
Crematogaster evallans Forel, 1907 238 12,78 a 8 0,56 a
Crematogaster pr. obscurata Emery, 1895 2 0,56 a 2 0,56 a
Cyatta abscondita Sosa-Calvo et al., 2013 3 0,83 a 3 0,83 a
Cyphomyrmex cf. transversus Emery, 1894 240 31,11 s 2 0,28 a
Dorymyrmex brunneus Forel, 1908 734 23,61 a 1398 39,17 s
D. pyramicus (Roger, 1863) 565 22,78 a 68 2,22 a
†
Ectatomma brunneum Smith, F., 1858 135 24,17 a
Forelius brasiliensis (Forel, 1908) 482 20,00 a 17 0,56 s
†
Gnamptogenys regularis Mayr, 1870 2 0,28 a
†
G. sulcata (Smith, F., 1858) 6 1,11 a
†
Hypoponera sp. 2 0,56 a
Linepithema micans (Forel, 1908) 2803 87,50 c 545 48,61 s
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 43 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
Orgânico Convencional
Espécie/Morfoespécie Abund Freq Cons Abund Freq Cons
*Monomorium floricola Jerdon, 1851 2 0,56 a
Mycetarotes parallelus (Emery, 1906) 2 0,56 a
Mycetophylax olitor (Forel, 1893) 29 3,06 a 1 0,28 a
Mycocepurus goeldii (Forel, 1893) 5 1,11 a
M. smithii (Forel, 1893) 2 0,56 a
Myrmicocrypta sp. 1 0,28 a
Nylanderia sp. 311 13,06 a 5 0,83 a
†
Octostruma balzani (Emery, 1894) 1 0,28 a 1 0,28 a
†
Odontomachus meinerti Forel, 1905 1 0,28 a
†
Pachycondyla harpax (Fabricius, 1804) 1 0,28 a
Pheidole ambigua Wilson, 2003 74 0,83 a 3 0,28 a
P. gertrudae Forel, 1886 5 0,56 a 13 0,28 a
P. gigaflavens Wilson, 2003 548 15,83 a 48 3,89 a
P. oxyops Forel, 1908 4664 89,44 c 2023 66,67 c
P. pr. vafra Santschi, 1923 1037 46,11 s 88 7,22 a
P. radoszkowskii Mayr, 1884 2888 72,50 c 2824 78,33 c
Pheidole sp. 1 2 0,28 a 13 1,39 a
Pheidole sp. 2 14 2,50 a 69 7,22 a
P. triconstricta Forel, 1886 74 2,78 a 42 2,50 a
P. vallifica Forel, 1901 7 1,94 a 569 38,61 s
Pogonomyrmex naegelii Forel, 1878 6 1,11 a 15 1,94 a
†
Prionopelta punctulata Mayr, 1866 6 0,83 a
Solenopsis invicta Buren, 1972 1 0,28 a 67 4,72 a
Solenopsis sp. 1 138 26,11 s 228 28,89 s
Solenopsis sp. 2 92 6,67 a 87 3,61 a
Solenopsis sp. 3 173 11,11 a 821 33,06 s
†
Strumigenys eggersi Emery, 1890 4 1,11 a
†
S. louisianae Roger, 1863 2 0,56 a
†
S. pr. lygatrix (Bolton, 2000) 1 0,28 a
Mycetomoellerius iheringi (Emery, 1888) 134 8,06 a 1 0,28 a
Wasmannia auropunctata (Roger 1863) 1356 38,61 s
c = constante, presente em mais do que 50% das coletas; s = acessória, presente entre 25 a 50%; e a =
acidental, presente em menos que 25%.
*Espécies exóticas; †Espécies caçadoras/especialistas (Silvestre et al., 2003).
A composição de espécies apresentou uma diferença expressiva entre os diferentes
cultivos (Sorensen: 0,61), com 39% das espécies em mudança, em algum momento. No
Org ocorreram nove espécies de formigas especialistas caçadoras (18% do total), quase o
dobro do observado no Conv, 10% do total.
Pheidole foi o gênero mais especioso (10 espécies), seguido de Solenopsis (quatro
espécies), tanto no cômputo geral, como no Org ou no Conv, separadamente. Entre as
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 44 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
espécies classificadas como exóticas, registraram-se Cardiocondyla emeryi no Org e no
Conv, e Monomorium floricola no Conv.
A ocorrência de Myrmicinae e Pheidole como subfamília e gênero mais especiosos pode
ser uma consequência do teorema do limite central (Zar, 1999), uma vez que as
assembleias se caracterizaram pelo modelo lognormal. Uma assembleia descrita por esse
modelo reflete uma tendência de ser governada por um grande número de fatores
ecológicos independentes, determinados ao acaso (Ludwig e Reynolds, 1988; Krebs,
1989). Assim, espera-se que haja maior participação de Myrmicinae e Pheidole nessas
assembleias por serem as mais especiosas dentre as subfamílias e gêneros de formigas,
tanto em termos regionais como globais (Wilson e Hölldobler, 2005).
Nesse sentido, também deveria se esperar que ocorresse um grande número de espécies de
Camponotus, outro gênero hiperdiverso de formiga e que, frequentemente, é representado
por muitas espécies em trabalhos ecológicos com formigas, bem como nos citros (Wilson,
2003; Rodrigues e Cassino, 2011; Feitosa et al., 2022). Supostamente, em pomares de
citros, Pheidole interfere na riqueza e na abundância de Camponotus, tida como grupo
comportamentalmente submisso de formiga (Andersen, 2000). Isso pode ser evidenciado
por trabalhos que observaram a supressão de Camponotus quando Pheidole é dominante e
pela relação negativa que há entre Pheidole e Formicinae (Fowler, 1993; Cerdá, 2009).
Outra evidência é a coocorrência dessas espécies quando Pheidole não é dominante
(Rodrigues e Cassino, 2011; Golias et al., 2018).
O valor de riqueza estimado pelo Bootstrap (Org: 51,97 e Conv: 43,19) indica que a
riqueza de espécies observada se aproxima da esperada em 92,36% e 90,29%,
respectivamente. Em ambas as curvas há uma tendência de estabilização no incremento de
novas espécies a serem amostradas (Figura 2).
A riqueza de espécies de formigas foi alta quando comparada à encontrada em outros
trabalhos que avaliaram cultivos de citros, ou outros agrossistemas, em diferentes regiões
do mundo (Cerdá et al., 2009; Rahim e Ohkawara, 2019). No noroeste do Paraná, em um
cultivo e região semelhantes aos deste trabalho, Golias et al. (2018) registraram riqueza de
espécies 49% menor que a aqui registrada.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 45 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
Figura 2. Curva de acumulação de espécies e estimador Bootstrap com intervalo de confiança de 95%
(barras, calculado do erro padrão) para as formigas coletadas nos cultivos orgânico e convencional da APA
do Ribeirão Araras, em Paranavaí/PR.
A diferença média da riqueza entre os diferentes cultivos foi significativa (t = 5,53, p =
0,00), bem como, quando comparada mês a mês (t = 5,92, p = 0,00). Os valores dos
índices de diversidade foram, para o cultivo Org e Conv, respectivamente: Margalef =
4,72 e 4,12; H’ = 2,59 e 2,2; 1-D = 0,89 e 0,84 e E 1/D = 0,19 e 0,16, representando rica
mirmecofauna, mas uma pequena diferença entre os índices dos dois ambientes.
A maioria das espécies coletadas foi considerada acidental, respectivamente, em Org e
Conv: 40 (83,33 %) e 31 (79,48%), seguidas das acessórias (quatro e cinco) e constantes
(quatro e três). Apareceram como constantes, as espécies Brachymyrmex cf. patagonicus
, Pheidole oxyops e Pheidole radoszkowskii em ambos os ambientes, e Linepithema
micans apenas no cultivo Org.
A diferença da abundância de formigas entre os cultivos Org e Conv foi significativa
quando comparada mês a mês (U = 24, p = 0,003), bem como quando comparada espécie
por espécie (z = 2,80, p = 0,00), porém, na média não houve diferença significativa. A
dissimilaridade de abundância das espécies foi de 49%, sendo o padrão de distribuição de
abundância parecido em ambos os ambientes, como também visualmente semelhante ao
lognormal (Figura 3).
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 46 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
Figura 3. Gráfico de ajuste de ranque/abundância de formigas
coletadas nos cultivos orgânico e convencional da APA do
Ribeirão Araras, em Paranavaí/PR.
Semelhantemente à frequência, Pheidole oxyops e Pheidole radoszkowskii destacaram-se
quanto a abundância. Pheidole oxyops foi a espécie mais abundante (22,1%) no Org e
Pheidole radoszkowskii a mais abundante no Conv (28,34%). As espécies P.
radoszkowskii e P. oxyops perfazem 48,64% da abundância total no Conv, corroborando
com a menor uniformidade obtida pelo índice recíproco de Simpson (E 1/D = 0,16) neste
cultivo. Apenas a espécie P. radoszkowskii apresentou abundâncias semelhantes em
ambos os cultivos.
O gênero Pheidole também foi registrado como dominante em outros tipos de pomares e
ambientes degradados (Fowler, 1993; Peixoto et al., 2010). Este gênero é considerado
generalista, hiperdiverso, amplamente distribuído e conhecido por seu sistema de
recrutamento em massa, o qual o permite dominar os recursos alimentares de forma
eficiente e excluir concorrentes formicídeos (Fowler, 1993). Especialmente P. oxyops e
P. radoszkowskii são espécies numéricas e comportamentalmente dominantes na América
do Sul e em ambientes tropicais antropizados (Perfecto, 1994; Gomes et al., 2021).
As hipóteses propostas de que os maiores valores de riqueza, diversidade e abundância e
de que os menores valores de dominância seriam obtidos no cultivo orgânico
comprovaram-se. Outros trabalhos comparativos entre cultivos Org e Conv também
confirmam os resultados obtidos (Masoni et al., 2017; Santos et al., 2017).
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 47 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
Considerou-se que os formicídeos e suas presas, expostos a agrotóxicos, fossem
eliminados, enfraquecendo a colônia por perda de indivíduos e por diminuição de
alimento disponível, como preconizado por Fowler et al. (1991) e Pereira et al. (2010). Os
pesticidas poderiam atuar, também, como uma forma de perturbação, conduzindo a
comunidade a estágios anteriores de sucessão ecológica, quando pode ser observada
maior dominância de algumas espécies e menor diversidade total (Magurran, 2013).
Porém, esperava-se que as diferenças dos atributos ecológicos mensurados (riqueza,
diversidade e abundância) entre os diferentes cultivos fossem maiores do que os obtidos.
É possível que os efeitos do uso de pesticidas no Conv tenham sido parcialmente
ocultados, pela interferência da sua estrutura vegetal mais complexa, com maior número
de espécies herbáceas, maior abundância do estrato herbáceo e maior densidade das copas
dos citros. O favorecimento da manutenção da riqueza de espécies e da abundância das
assembleias de formigas pela estruturação vegetacional também foi constatada por Roth
et al. (1994), Altieri et al. (2003) e Cerdá et al. (2009).
Estrada et al. (2019) destacam que, geralmente, os cultivos orgânicos possuem maior
diversidade vegetal, maior quantidade de serrapilheira, solo mais bem preservado e maior
constância de temperatura e umidade que proporcionariam um maior número de nichos
alimentares e de nidificação, menor estresse e melhores condições de existência, capazes
de manter uma maior diversidade de espécies de formigas. Porém, essas características
ambientais não foram observadas no Org.
Além disso, um pequeno remanescente florestal (190 x 110 m) a cerca de 10 a 20 m de
distância dos últimos quadrantes amostrais pode ter contribuído para o incremento de
espécies de formigas do Conv, uma vez que as principais espécies não generalistas
(Anochetus altisquamis, Apterostigma gr. pilosum, Cyatta abscondita, Mycetophylax
olitor e Octostruma balzani) desse cultivo, foram amostradas nestes últimos quadrantes.
Assim, a abundância, a riqueza e a diversidade de espécies não evidenciaram
marcantemente a diferença entre os pomares. Por outro lado, podemos observar no Org., a
ocorrência das espécies dominantes P. oxyops e P. radoszkowskii com três vezes mais
espécies exclusivas que no Conv. e com o dobro de espécies especialistas predadoras.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 48 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
Ainda, algumas dessas espécies especialistas são bioindicadoras de ambientes mais bem
preservados (Strumigenys, Hypoponera e Odontomachus meinerti). Portanto, sugere-se
que a composição de espécies seja o fator mais importante para avaliar a diferença entre os
pomares, nos ambientes considerados.
Provavelmente, os pesticidas sejam o diferencial entre os cultivos, pois, formigas
poneroides e outras caçadoras especialistas estão relacionadas à abundância de outros
invertebrados e, geralmente, ocorrem em ambientes menos impactados (Feitosa e Ribeiro,
2005; Sanabria-Blandón e Ulloa, 2011). Uma vez que a maior parte da população de
formigas está abrigada em seus ninhos sob o solo, a intensidade do efeito dos pesticidas
sobre elas estaria sendo vista indiretamente, pela falta de alimentos às caçadoras. Porém,
isso seria menos evidente às dominantes ou outras espécies generalistas que possuem
outras fontes alimentares.
CONCLUSÕES
Os resultados observados no cultivo orgânico, em especial a distinta composição de
espécies, sugerem que esses cultivos apresentam uma fisiologia ecossistêmica
diferenciada, com maior capacidade de regular e manter serviços ecológicos como o
controle de pragas. Nessa perspectiva, cultivos orgânicos são mais recomendamos que os
convencionais.
AGRADECIMENTOS
Ao Sr. Antônio Plácido Vendramin pela cessão do local de pesquisa. À Fundação
Araucária pela bolsa de iniciação científica. À bibliotecária Sra. Maria S. R. Arita da
biblioteca setorial do Nupélia (UEM), pela recuperação da literatura utilizada no
desenvolvimento do artigo. Aos Profs. Drs. José Lopes e Halison Golias pela leitura
prévia do manuscrito. Ao Laboratório de Biologia da Unespar campus Paranavaí pela
estrutura e equipamentos. RMF agradece ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) pela bolsa concedida (processo 301495/2019-0).
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 49 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
Copyright (©) 2024 Fábio de Azevedo, Daiane dos Santos de Freitas, Wingly Santos Beltrame, Rodrigo dos
Santos Machado Feitosa
REFERÊNCIAS
ALTIERI, Miguel A. et al. O papel da biodiversidade no manejo de pragas. Ribeirão Preto: Holos, 2003.
226p.
ANDERSEN, Alan N. Global ecology of rainforest ants functional groups in relation to environmental
stress and disturbance. In: AGOSTI, Donat et al. (Org.). Ants: Standard Methods for Measuring and
Monitoring Biodiversity. Washington: Smithsonian Institution, 2000. p. 25-34.
BACCARO, Fabrício B. et al. Guia para os gêneros de formigas do Brasil. Manaus: Editora INPA, 2015.
386p.
BESTELMEYER, Brandon T. et al. Field techniques for the study of ground-living ants: an overview,
description, and evaluation. In: AGOSTI, Donat et al. (Org.). Ants: Standard Methods for Measuring and
Monitoring Biodiversity. Washington: Smithsonian Institution, 2000. p. 122-144.
BODENHEIMER, Friedrich S. Problems of animal ecology. Oxford: Oxford University Press, 1955.
CERDÁ, Xim; PALACIOS, Rafael; RETANA, Javier. Ant Community Structure in Citrus Orchards in the
Mediterranean Basin: Impoverishment as a Consequence of Habitat Homogeneity. Environmental
Entomology, v. 38, n. 2, p. 317-324, 2009.
COLWELL, Robert K. EstimateS: statistical estimation of species richness and shared species from
simples, version 8.0. http://purl.oclc.org/estimates, 2006.
COTA, Maria E.; BENTO, Albino. Efeito de gestão do solo na biodiversidade de artrópodes associados ao
amendoal. Revista de Ciências Agrárias, v. 46, n. 2, p. 161-168, 2023.
DAO, Hang T. et al. Ant-coccid mutualism in citrus canopies and its effect on natural enemies of red scale,
Aonidiella aurantii (Maskell) (Hemiptera: Diaspididae). Bulletin of entomological research, v. 104, n. 2,
p. 137-142, 2014.
DIAMÉ, Lamine et al. Ants: Major functional elements in fruit agro-ecosystems and biological control
agents. Sustainability, v. 10, n. 1, p. 23, 2017.
ESTRADA, Milene A. et al. Diversidade, riqueza e abundância da mirmecofauna em áreas sob cultivo
orgânico e convencional. Acta Biológica Catarinense, v. 6, n. 2, p. 87-103, 2019.
FEITOSA, Rodrigo S.M.; RIBEIRO, André S. Mirmecofauna (Hymenoptera, Formicidae) de serapilheira
de uma área de Floresta Atlântica no Parque Estadual da Cantareira – São Paulo, Brasil. Biotemas, v. 18, n.
2, p. 51-71, 2005.
FEITOSA, Rodrigo M. et al. Ants of Brazil: an overview based on 50 years of diversity studies.
Systematics and Biodiversity, v. 20, n. 1, p. 1-27, 2022.
FOWLER, Harold G. et al. Ecologia Nutricional de formigas. In: PANIZZI, Antônio R.; PARRA, José R.P.
(Org.). Ecologia nutricional de Insetos e suas Implicações no Manejo de Pragas. São Paulo:
Manole/Brasília: CNPq, 1991.
FOWLER, Harold G. Relative representation of Pheidole (Hymenoptera: Formicidae) in local ground ant
assemblages of the Americas. Anales de Biología Animal, v. 8, p. 29-37, 1993.
GOLIAS, Halison C. et al. Diversity of ants in citrus orchards and in a forest fragment in Southern Brazil.
Entomobrasilis, v. 11, p. 01-08, 2018.
GOMES, Inácio J.M.T.; CAMPOS, Ricardo I.; VASCONCELOS, Heraldo L. Ecology of Pheidole oxyops
Forel, 1908, a dominant ant in neotropical savannas. Insectes Sociaux, v. 68, n. 1, p. 69-75, 2021.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 50 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
HAMMER, Øyvind; HARPER David A.T.; RYAN, Paul D. PAST – Paleontological Statistics software
package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica, v. 41, n. 1, p. 1-9, 2001.
HARDIN, Mark R. et al. Arthropod pest resurgence: an overview of potential mechanisms. Crop
Protection, v. 14, n. 1, p. 3-18, 1995.
KREBS, Charles I. Ecological methodology. New York: Harper 81 Row. 1989. 644p.
KUMAR, Vinod; KUMAR, Pankja. Pesticides in agriculture and environment: Impacts on human health.
In: KUMAR, Vinod et al. (Org.). Contaminants in agriculture and environment: health risks and
remediation. India, Haridwar: Agro Environ Media, v. 1, 2019. p. 76-95.
LUDWIG, John A.; REYNOLDS, James F. Statistical ecology: a primer in methods and computing. John
Wiley & Sons, 1988. 337p.
MAGURRAN, Anne E. Medindo a diversidade biológica. Curitiba: Editora UFPR, 2013. 261p.
MASONI, Alberto et al. Management matters: A comparison of ant assemblages in organic and
conventional vineyards. Agriculture, Ecosystems & Environment, v. 246, p. 175-183, 2017.
PARRA, José R.P. Biological control in Brazil: an overview. Scientia Agricola, v. 71, p. 420-429, 2014.
PEIXOTO, Tatiana S. et al. Composição e riqueza de formigas (Hymenoptera: Formicidae) em savana e
ambientes associados de Roraima. Revista Agro@mbiente On-line, v. 4, n. 1, p. 1-10, 2010.
PEREIRA, Jardel L. et al. Ants as environmental impact bioindicators from insecticide application on corn.
Sociobiology, v. 55, n. 1B, p. 153-164, 2010.
PERFECTO, Ivette. Foraging behavior as a determinant of asymmetric competitive interaction between two
ant species in a tropical agroecosystem. Oecologia, v. 98, p. 184-192, 1994.
RAHIM, Abdul; OHKAWARA, Kyohsuke. Invasive ants affect spatial distribution pattern and diversity of
arboreal ant communities in fruit plantations, in Tarakan Island, Borneo. Sociobiology, v. 66, n. 4, p. 527-
535, 2019.
RAZA, Muhammad F. et al. Citrus insect pests and their non chemical control in China. Citrus Research &
Technology, v. 38, n. 1, p. 122-138, 2017.
RODRIGUES, William C.; CASSINO, Paulo C.R. Interação entre Formigas e Aleirodídeos
(Sternorrhyncha, Aleyrodidae) em Cultivo Orgânico de Tangerina cv. Poncã (Citrus reticulata Blanco).
EntomoBrasilis, v. 4, n. 3, p. 119-124, 2011.
ROTH, Dana S.; PERFECTO, Ivette; RATHCKE, Beverly. The effects of management systems on ground-
foraging ant diversity in Costa Rica. Ecological Applications, v. 4, n. 3, p. 423-436, 1994.
SANABRIA-BLANDÓN, Maria C.; ULLOA, Patricia C. Hormigas cazadoras en sistemas productivos del
piedemonte amazónico colombiano: diversidad y especies indicadoras. Acta Amazônica, v. 41, n. 4, p.
503-512, 2011.
SANTOS, Luan A.O.; NARANJO-GUEVARA, Natalia; FERNANDES, Odair A. Diversity and abundance
of edaphic arthropods associated with conventional and organic sugarcane crops in Brazil. Florida
Entomologist, v. 100, n. 1, p. 134-144, 2017.
SCHULTHEISS, Patrick et al. The abundance, biomass, and distribution of ants on Earth. Proceedings of
the National Academy of Sciences, v. 119, n. 40, p. e2201550119, 2022.
SILVESTRE, Rogério; BRANDÃO, Carlos R.F.; SILVA, Rogério R. Grupos funcionales de hormigas: el
caso de los gremios del Cerrado. In: FERNÁNDEZ, Fernando (Org.). Introducción a las hormigas de la
región Neotropical. Bogotá: Instituto Humboldt. 2003. p. 113-148.
WILSON, Edward O. La hiperdiversidad como fenómeno real: el caso de Pheidole. In: FERNÁNDEZ,
Fernando (Org.). Introducción a las hormigas de la región Neotropical. Bogotá, Instituto Humboldt,
2003. p. 363-370.
WILSON, Edward O.; HÖLLDOBLER, Bert. Eusociality: origin and consequences. Proceedings of the
National Association of Science, v. 102, n. 38, p. 13367-13371, 2005.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 51 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia
Diversidade de formigas epígeas em cultivo orgânico e convencional
de Citrus sinensis na região noroeste do Paraná, Brasil
AZEVEDO, Fábio et al.
VIDAL, Maria F. Produção de laranja na área de atuação do BNB. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasi
l, ano 6, n. 198, p. 1-14, 2021. (Caderno Setorial Etene).
ZAR, Jerrold H. Biostatistical analysis. India: Pearson Education, 1999. 663p.
Revista Brasileira de Agroecologia Obra com licença Creative Commons
v. 19, n. 1, p. 38-52 (2024) 52 Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0)
https://periodicos.unb.br/index.php/rbagroecologia