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MARACATU

Maracatu rural e atômico

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no Rio Grande do Norte IFRN Campus CNAT Curso Técnico Integrado em Informática para Internet Alessandra Caroline, Beatriz Torres, Gabriel Augusto e Lucas Emanoell Maracatu Natal-RN 2016 APRESENTAÇÃO O presente trabalho foi solicitado pela professora de Artes Musicais, Ana Judite, no dia 22 de fevereiro de 2016 com o intuito de despertar nos alunos a curiosidade sobre os mais diversos tipos de gêneros e estilos musicais. Este trabalho, especificamente, tem como objetivo explicar características, história, marcas culturais, entre outros fatores do Maracatu. ASPECTOS HISTÓRICOS O Maracatu é um folguedo criado em Pernambuco. Não há um consenso a respeito da data exata de sua criação, mas a notícia mais remota que se tem a respeito deste, data de 1711.  A manifestação tem relação com o candomblé (religião de matriz africana), com a coroação de escravos negros, antiga estratégia de dominação desse povo pelos colonizadores, e também com o folclore pernambucano. O Maracatu se divide em dois tipos: Maracatu Nação (ou Maracatu de Baque Virado) Maracatu Rural (ou Maracatu de Baque Solto) MARACATU NAÇÃO Os grupos de Maracatu Nação, também conhecidos pelo nome de Maracatu de Baque Virado, têm origem nas coroações de rainhas e reis negros denominados Reis do Congo. Sob a proteção das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, promovem-se as coroações como forma de subordinação, administração e controle dos escravos. Os rituais de coroação das Nações Africanas eram realizados durante os festejos em homenagem a Nossa Senhora do Rosário (mês de outubro) quando, após a cerimônia, os integrantes do cortejo, vestidos em trajes de gala, percorriam as ruas da cidade. Com a abolição da escravatura, o desfile dos cortejos desliga-se das comemorações litúrgicas da Igreja Católica e passa a integrar os festejos carnavalescos. MARACATU RURAL Ao contrário do Maracatu de Baque Virado ou Nação, que têm sua origem em cortejos de reis africanos, o Maracatu de Baque Solto, também chamado de Maracatu de Trombone, de Orquestra ou Rural, tem suas origens na segunda metade do século passado e deve ser uma transfiguração dos grupos chamados Cambindas (brincadeira masculina, homens travestidos de mulher). O maracatu de baque solto foi criado posteriormente ao maracatu de baque virado.  No Maracatu de Baque Solto, observamos sua origem e nascimento dentro dos engenhos de cana de açúcar brasileiros. Com isso afirmamos:  Assim como o samba e o frevo, o Maracatu de Baque Virado também é um ritmo totalmente brasileiro. Suas referências religiosas nascem das influências de matriz africana e indígenas, ou seja, um ritmo afro-brasileiro. MARACATU NA ATUALIDADE Atualmente as Nações de Maracatu estão sediadas nas cidades de Recife, Olinda e em outras cidades como Igarassu e Jaboatão dos Guararapes, mas no final do século 20 a cultura do Maracatu se espalhou por muitas cidades do país e por diversos lugares do mundo. Hoje, além das Nações, existem mais de uma centena de grupos no Brasil e no mundo trabalhando com a música, a dança e outros elementos da arte do Maracatu de Baque Virado. ASPECTOS ARTÍSTICOS E MUSICAIS As maiores diferenças entre os dois tipos de Maracatu estão nos personagens e nos instrumentos utilizados. Os instrumentos tradicionais do Maracatu de Baque-Virado são: Alfaias: Também chamadas de bombos ou zabumbas. São tambores graves, de grandes dimensões. Seus aros são feitos de Genipapo e o bojo é trançado por uma corda de sisal. São responsáveis pelas características principais de cada toque ou baque. Muitas vezes dividem-se em três grupos, pelo seu tamanho ou afinação tendo cada grupo uma função rítmica diferente. Gonguê: Instrumento formado por uma campânula de ferro e um cabo que serve de apoio. Tem o formato aproximado de um sino de ponta a cabeça ou um agogô de uma só boca. As frases rítmicas do gonguê são geralmente formadas por contratempos e sincopas com grande liberdade de improviso. Tarol: Mais agudo que as caixas de guerra e com som mais rufado. Seguem basicamente a linha das caixas porém com maior número de variações rítmicas e com fraseados mais livres. Ganzá: Também chamado de mineiro. Chocalho cilíndrico responsável pelos registros mais agudos do conjunto. Um dos instrumentos mais versáteis de nossa cultura. Possui inúmeras possibilidades de sutis variações rítmicas. No Maracatu Rural a parte musical conta com um conjunto de metais (clarinete, saxofone, trombone, corneta), além da percussão formada normalmente por tarol surdo, ganzá, chocalhos, zabumba e gonguê. O ritmo é mais acelerado em relação ao Maracatu Nação e o coro é exclusivamente feminino. Clarinete: É um instrumento musical de sopro constituído por um tubo cilíndrico, geralmente de madeira, com uma boquilha cônica de uma única palheta e chaves. Possui quatro registros: grave, médio, agudo e superagudo. Trombone: É um aerofone da família dos metais. Seu nome deriva do italiano e significa trompete grande. É mais grave que o trompete e mais agudo que a tuba e, não sendo um instrumento transpositor, tem sua notação na clave de fá. Corneta: É um aerofone da família dos metais - tal como a tuba, o clarim, a trompa, o trombone e outros - produzindo sons através da vibração dos lábios do instrumentista. PERSONAGENS No Maracatu Nação os personagens são: Porta-estandarte, que leva o estandarte; este contém, basicamente, o nome da agremiação, uma figura que o represente e o ano que foi criada. Dama do paço, mulher que leva, em uma das mãos, a calunga (boneca de madeira, ricamente vestida, que simboliza uma entidade ou rainha já morta). Rei e rainha, as figuras mais importantes do cortejo. É por sua coroação que tudo é feito. Vassalo, um escravo que leva o pálio (guarda-sol que protege os reis). Figuras da corte: príncipes, ministros, embaixadores etc. Damas da corte, senhoras ricas que não possuem título nobre. Yabás, mais conhecidas como baianas, que são escravas. Batuqueiros, que animam o cortejo, tocando vários instrumentos, como caixas de guerra, alfaias (tambores), gonguê, xequerês, maracás etc. No Maracatu Rural os personagens são: Caboclos de lança (ícones do Carnaval de Pernambuco, junto com os passistas de frevo) Catirina Mateus Catita Reis e Rainhas PRINCIPAIS ARTISTAS E OBRAS CONCLUSÃO Há um vasto mundo sobre o Maracatu a ser explorado. O conteúdo é gigantesco e fascinante. É um ritmo/brinquedo que encanta e seduz a quem o conhece. O carnaval de Pernambuco é ainda mais abrilhantado por ele e seus reis são homenageados anualmente. É algo que marcou, está marcando e marcará sempre a história do nordeste. REFERÊNCIAS http://www.recife.pe.gov.br/ http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/maracatu-676336.shtml http://turmadomaracatu.blogspot.com.br/ http://www.iteia.org.br/textos/maracatu-de-baque-virado-e-maracatu-baque-solto https://maracatuita.wordpress.com/