PROCESSOS DA COMUNICAÇÃO DIGITAL DEFICIENTE E INVISÍVEL

#AcesseJOR: Por um jornalismo digital acessível, inclusivo e inovador, 2023

Este texto é um ensaio de pesquisa, com reflexões críticas, fruto das experiências realizadas e aprendizagens adquiridas durante a jornada de pós-doutorado do Prof. Marco Bonito (UNIPAMPA), sob a supervisão e cooperação do Prof. Luciano Guimarães (USP), na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, entre abril de 2022 até abril de 2033. Busca problematizar o foco das deficiências, deslocando-o das pessoas para as mídias, de modo disruptivo, como conceito fundamental para solucionar os problemas relativos à falta de acessibilidade nos conteúdos jornalísticos.

O processo de desenvolvimento da comunicação e do acesso a escolarização de surdocegos possui características próprias que o diferem daquele voltado apenas para os cegos, só surdos ou para ouvintes, devido à privação total ou parcial de input na língua oral, da percepção visual e auditiva. Para a aquisição da linguagem é necessária exposição, independente da idade, a um ambiente rico em sistemas alternativos de comunicação que sejam acessíveis, que não haja barreira fisiológica que altere o input. Essa exposição visa propiciar o seu desenvolvimento cognitivo por meio da aprendizagem ou adequação de sistemas de comunicação seja ele pautado na língua de sinais, na língua oral, sistema alfabético ou sistemas elementares de comunicação baseados no uso de objetos de referência, desenhos ou gestos naturais.Todo o processo de ensino e aprendizagem dos surdocegos visa o desenvolvimento no primeiro momento da comunicação receptiva e expressiva, o qual influenciará as demais áreas do desenvolvimento humano (cognitiva, emocional e social). Dados do censo escolar têm evidenciado que no meio institucional, há um aumento significativo do número de crianças com comprometimento sensorial associado: surdez e deficiência visual. Aliada a esta realidade, nota-se uma incipiente discussão dos sistemas alternativos de comunicação. O objetivo desta pesquisa foi conhecer e avaliar a comunicação expressiva de uma aluna com surdocegueira total no ambiente escolar verificando se há rejeição, agressão ou colaboração no processo de interação social neste espaço. Para tanto, foram realizadas três intervenções: duas com a mãe, onde se buscou em primeiro momento o acolhimento e encaminhamento a ajuda psicológica e outra a capacitando para atender necessidades financeiras da família. A terceira intervenção foi com a aluna surdocega que sente dificuldades em algumas tarefas diárias relacionadas ao cuidado com a casa, entre elas: o uso de fogão a gás. Resolvemos apresentar a ela alguns objetos eletroportáteis como panela de pressão elétrica e cafeteira. Dos objetivos propostos conseguimos dados que nos permitiram conhecer, identificar, descrever e avaliar o sistema de comunicação da participante, bem como a identificação de alguns fatores que interferem no processo de acolhimento da aluna no espaço escolar. Os dados apontados nos ajudaram a compreender a importância do outro no processo de superação e influências da língua de sinais no desenvolvimento e na participação social do sujeito em seu contexto. Conclui-se, pelas falas da mãe, da guia intérprete e da aluna que a escola não conseguiu cumprir totalmente o papel de inclusão social, tendo em vista que o surdocego fica sempre sozinho. Somente foi percebido este fato na entrevista com a professora de línguas. Nota-se a necessidade de um serviço de psicologia no ambiente escolar a fim de trabalhar as habilidades e atitudes das relações do ambiente escolar.

Este trabalho traz um panorama atual em torno do direito à inviolabilidade das comunicações e dos dados de que trata a Constituição Federal (C.F.) de 1988.

O capítulo discute a lógica do publicar ou parecer no mundo acadêmico contemporâneo, fortemente marcado pela presença do digital. Ao final apresenta alguns desafios e sugestões para as revistas acadêmicas.

O presente trabalho busca evidenciar a importância e o impacto do gerenciamento da comunicação nos projetos para aproximar e integrar os públicos aos princípios e objetivos centrais da organização.

O texto se propõe a analisar problemas atinentes aos meios eletrônicos de citação e intimação, à luz da Lei nº 11.419/2006