27/01/2016
Notícias sobre novos projetos acadêmicos | Oliveira Bruno e Camila Moraes Wichers | Revista De Arqueologia
SÃ O PA U LO 2 7 D E J A N EIR O D E 2 0 1 6
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Os trabalhos aqui reunidos correspondem aos
novos projetos acadêmicos que estão em
realização e foram levantados a partir de enquete
eletrônica no âmbito da REMAAE (Rede de
Museus de Acervos Arqueológicos).
Agradecemos àqueles que responderam à
enquete, possibilitando a verificação dos temas
que estão sendo problematizados e as
experiências que se encontram em
desenvolvimento.
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Volume 26 No.2 2013 / Volume 27 No.1 2014
PARTE 4 - NOTÍCIAS SOBRE NOVOS PROJETOS ACADÊMICOS
NOTÍCIAS
Os trabalhos aqui reunidos correspondem aos novos projetos acadêmicos que estão em
realização e foram levantados a partir de enquete eletrônica no âmbito da REMAAE
(Rede de Museus de Acervos Arqueológicos). Agradecemos àqueles que responderam à
enquete, possibilitando a verificação dos temas que estão sendo problematizados e as
experiências que se encontram em desenvolvimento.
MUSEALIZAÇÃO DA ARQUEOLOGIA: CAMINHOS, TRILHAS E RUMOS DO INSTITUTO
ECOMUSEU SÍTIO DO FÍSICO, SÃO LUIS-MA.
AUTORA: LAURA NATASHA NERY MENDONÇA BRANDÃO
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (MAE-USP)
ORIENTADORA: MARIA CRISTINA OLIVEIRA BRUNO
PERÍODO DA PESQUISA: 2013 A 2017
INSERÇÃO DA PESQUISA: PÓS-GRADUAÇÃO - DOUTORADO
RESUMO
O projeto em questão visa realizar a musealização de sítios arqueológicos pré-coloniais
e coloniais encontrados no Parque Estadual do Bacanga, na ilha de São Luis-MA, a
partir do olhar da Arqueologia da Paisagem, objetivando a preservação patrimonial
relacionada à integração e ao desenvolvimento da comunidade, com base na
Sociomuseologia. No intuito de proteger os bens patrimoniais desse território, foi
criado o Instituto Ecomuseu Sítio do Físico, localizado em São Luis-MA, que, desde
então, vem desenvolvendo diversos trabalhos na comunidade do entorno do parque,
além de pesquisar, documentar e armazenar dados sobre a região. Este trabalho surge
da necessidade de coletar novas informações sobre os sítios arqueológicos encontrados
e sistematizá-las, respondendo questões as quais somente a Arqueologia pode dar
respostas; contribuir para o processo de musealização e fornecer subsídios para a gestão
patrimonial.
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REPATRIAMENTO E A AFIRMAÇÃO POLÍTICO-IDENTITÁRIA DE COMUNIDADES
INDÍGENAS EM ARIPUANÃ/ MT.
AUTORA: PATRÍCIA DA SILVA HACKBART e RENATO KIPNIS
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: SCIENTIA CONSULTORIA CIENTÍFICA/ MUSEU DE
ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (MAE-USP)
ORIENTADOR: CAMILO DE MELLO VASCONCELLOS
PERÍODO DA PESQUISA: 2012 a 2016
INSERÇÃO DA PESQUISA: PÓS-GRADUAÇÃO - MESTRADO
RESUMO
Em decorrência das pesquisas arqueológicas realizadas no âmbito do licenciamento da AHE
Dardanelos, Mato Grosso, as etnias Cinta Larga e Arara do Rio Branco reconheceram nos vestígios
arqueológicos parte significativa de suas culturas, de seus signos sagrados e das suas
representatividades históricas, artísticas e políticas. Consequência deste processo foi a solicitação
pelo IPHAN de um estudo etnoarqueológico, nas áreas de ocupação das duas etnias, complementar
ao estudo de arqueologia, que conjuga as instâncias da legislação relativa à proteção do patrimônio
arqueológico e as demandas dos coletivos (comunidades indígenas) diretamente afetados pelo
empreendimento. O intuito final é viabilizar um pedido de repatriação através da concepção de um
Centro de Memória a ser criado no município de Aripuanã, MT. É neste contexto que o presente
trabalho se insere, com a discussão dos múltiplos agentes com agendas convergentes e divergentes,
histórico de conflitos, patrimonialização, repatriação e musealização enquanto instrumento para
resolução de conflitos.
ENTRE A CAPELA, A FERROVIA E AS COMUNIDADES: ARQUEOLOGIA, CONFLITOS E
EDUCAÇÃO NO SERTÃO PERNAMBUCANO - UMA PROPOSTA PARA O SÍTIO
FAZENDINHA.
AUTORA: MÁRCIA LIKA HATTORI
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (MAE-USP)
ORIENTADOR: CAMILO DE MELLO VASCONCELLOS
PERÍODO DA PESQUISA: 2012 a 2015
INSERÇÃO DA PESQUISA: PÓS-GRADUAÇÃO - MESTRADO
RESUMO
As recentes construções de obras de infraestrutura por todo o país trouxeram à tona
conflitos entre comunidades e empreendimentos. Geralmente, o fator econômico se
torna o lado mais forte dessa relação, fazendo com que comunidades sejam alocadas
para outros lugares para que seus espaços sejam transformados em hidrelétricas, linhas
de transmissão, entre outros.
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Conflitos ambientais envolvendo obras como a UHE Belo Monte e a transposição do
Rio São Francisco têm sido amplamente discutidos na academia, especialmente pela
Sociologia, por movimentos sociais e ONGs. A atual conjuntura nacional possibilita
inúmeras discussões e os trabalhos arqueológicos estão no cerne dessas questões,
embora exercendo um papel coadjuvante, sendo escassas as referências sobre o tema e
poucas atentam aos problemas criados entre arqueologia preventiva e comunidades.
Nesse sentido, a pesquisa está estruturada nas reflexões da arqueologia pós-colonial, a
partir do estudo de duas áreas (sertão de Pernambuco e sul do Tocantins) onde os
trabalhos arqueológicos estiveram envolvidos com os conflitos ambientais deflagrados.
MUSEU COMO FERRAMENTA DE PROTEÇÃO A SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS: O CASO DO
SÍTIO ARQUEOLÓGICO DUNA GRANDE E O MUSEU DE ARQUEOLOGIA DE ITAIPU.
AUTOR: PEDRO COLARES HERINGER
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUEOLOGIA,
PPGARQ, MUSEU NACIONAL, UFRJ
ORIENTADORA: CLAUDIA CARVALHO RODRIGUES
PERÍODO DA PESQUISA: 2011 a 2014
INSERÇÃO DA PESQUISA: MESTRADO
RESUMO
O museu – e o museu de arqueologia, em especial – tem sido o principal mecanismo de
aproximação do público com os sítios arqueológicos. Essa aproximação se dá,
geralmente, através do registro arqueológico extraído que, depois de tratado, passa a
figurar nas exposições institucionais. Entretanto, poucas são as experiências em que os
museus se apropriam do sítio arqueológico como um todo, de modo a colaborar
ativamente para sua valorização. O presente trabalho tem por objetivo analisar estas
questões utilizando como estudo de caso a relação estabelecida entre o Museu de
Arqueologia de Itaipu (Niterói-RJ) e o sítio arqueológico Duna Grande (Niterói-RJ).
Através da realização de entrevistas, trabalho de medição do sítio e levantamento
documental e fotográfico, e com base em um cabedal teórico apoiado nos conceitos de
patrimônio, arqueologia pública e musealização, pretendeu-se entender de que maneira
as ações desenvolvidas pelo museu, desde o momento de sua criação, impactaram no
estado de preservação e na evolução da compreensão do visitante acerca do sítio
arqueológico Duna Grande.
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ARQUEOLOGIA, MUSEOLOGIA E CONSERVAÇÃO: DOCUMENTAÇÃO E GERENCIAMENTO
DA COLEÇÃO PROVENIENTE DO SÍTIO SANTA BÁRBARA (PELOTAS-RS).
AUTORA: ANA PAULA DA ROSA LEAL
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL).
ORIENTADOR: JAIME MUJICA SALLÉS
PERÍODO DA PESQUISA: 2012 a 2014
INSERÇÃO DA PESQUISA: PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO
RESUMO
Esta pesquisa reflete sobre a importância da documentação e do gerenciamento de
informações como encadeamentos da musealização. Para isso travou-se um diálogo entre as
áreas - Arqueologia, Museologia e Conservação. No Brasil, a escassa interação entre elas,
somada à falta de parâmetros na documentação de vestígios arqueológicos, vem provocando
danos aos acervos, dificultando a interpretação e sua apropriada extroversão. A preocupação
com essa temática resultou neste estudo de caso, que tem como ponto norteador a coleção
proveniente do sítio Santa Bárbara (Pelotas-RS) - antiga Charqueada do século XIX,
escavada e salvaguardada pelo Laboratório Multidisciplinar de Investigação Arqueológica
(Lâmina), UFPEL. Logo, buscou-se observar as ações das três áreas durante essa empreitada,
acompanhando-as por meio das suas documentações e de seus mecanismos de gerenciamento
da informação, visando propor como produto, um sistema de documentação e
gerenciamento multidisciplinar aplicável à referida coleção, e que possa servir de modelo em
outras instituições.
ARQUEOLOGIA E ESPAÇO SOCIAL: O ESTUDO DO PARQUE ESTADUAL DO PICO DO
ITACOLOMI E DO PARQUE ARQUEOLÓGICO DO MORRO DA QUEIMADA, OURO PRETO-MG.
AUTORES: ANA PAULA DE PAULA LOURES DE OLIVEIRA (IN MEMORIAN), CAUÊ DONATO SILVA
ARAUJO E PAULO OTÁVIO DE LAIA
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: DEPARTAMENTO DE MUSEOLOGIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP)
ORIENTADORA: ANA PAULA DE PAULA LOURES DE OLIVEIRA (IN MEMORIAN)
PERÍODO DA PESQUISA: 2012 a 2013
INSERÇÃO DA PESQUISA: GRADUAÇÃO
RESUMO
O presente projeto abordou o Parque Estadual do Pico do Itacolomi e o Parque Arqueológico
do Morro da Queimada, situados no município de Ouro Preto, sob o viés teórico da
Arqueologia da Paisagem, da Arqueologia Histórica e da Museologia. A partir do
levantamento do contexto histórico e análise sistemática das ruínas dispersas nos locais, o
intuito era evidenciar a possível utilização dos espaços físicos para expressão de uma ordem
social, apropriada e reinterpretada por diferentes sujeitos históricos ao longo do tempo, bem
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como propor uma ação no intuito de valorizar e destacar estas distintas utilizações. Através
das discussões estabelecidas entre o arcabouço teórico e as práticas de apropriação do
território, a proposição para estes espaços foi o processo de musealização, observando esse
mecanismo como uma ferramenta primeira de preservação dos espaços arqueológicos,
porém que não encontra fim em si mesmo, ou seja, a musealização dos sítios arqueológicos é
reconhecida como o primeiro passo em direção a preservação, pesquisa e divulgação, a partir
daí as possibilidades são infindáveis. Ansiamos desse modo que os resultados desta pesquisa
não se limitem as informações lançadas até o momento, mas que seja base para novas
discussões e ações concretas no campo da musealização da arqueologia.
A OCUPAÇÃO PRÉ-COLONIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE,
UMA PROPOSTA DE SÍNTESE ANALÍTICA.
AUTORA: CARLA BRITO SOUSA RIBEIRO
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: DEPARTAMENTO DE MUSEOLOGIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP)
ORIENTADORA: ANA PAULA DE PAULA LOURES DE OLIVEIRA (IN MEMORIAN)
PERÍODO DA PESQUISA: 2010 a 2013
INSERÇÃO DA PESQUISA: GRADUAÇÃO
RESUMO
O Projeto em tela apoiado pela FAPEMIG/Universidade Federal de Ouro Preto
(PIP/UFOP) foi desenvolvido entre 2010/2013, na perspectiva da arqueologia regional,
a partir da proposta de síntese do cenário formado na ocupação pré-colonial da região
metropolitana de Belo Horizonte. A metodologia se pautou em levantamento
sistemático de fontes etno-históricas e históricas, além de informações obtidas por meio
de entrevistas informais junto à população rural, tendo em vista as narrativas
individuais inscritas na história social e cultural. O levantamento inicial nos limites do
território abordado possibilitou a identificação de equipamentos culturais, arquivos,
laboratórios de arqueologia e instituições de guarda de material arqueológico da região.
A intenção era compor estudos sobre os processos de musealização dos vestígios
arqueológicos que auxiliassem na recomposição do cenário anterior à colonização. Dada
a dificuldade da realização de pesquisas in loco para além da região de Ouro Preto, foram
feitos contatos por meio de correspondências aos municípios, porém com parcos
resultados. Por outro lado, foi desenvolvida uma pesquisa sobre a configuração espacial,
cronológica e cultural da referida região, com o levantamento histórico da ocupação dos
municípios, sua localização geográfica, características territoriais, levantamento também
dos sítios arqueológicos cadastrados na região, e espaços museais e laboratórios de
Arqueologia.
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ARQUEOLOGIA E HISTÓRIA INDÍGENA: OS CARIJÓS DE VILA RICA.
AUTORES: TACIANA BEGALLI DE OLIVEIRA RUELLAS, DENISE YONAMINE E CARLA BRITO SOUSA
RIBEIRO
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: DEPARTAMENTO DE MUSEOLOGIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP)
ORIENTADORA: ANA PAULA DE PAULA LOURES DE OLIVEIRA (IN MEMORIAN)
PERÍODO DA PESQUISA: 2011 a 2012
INSERÇÃO DA PESQUISA: GRADUAÇÃO
RESUMO
O presente trabalho buscou evidenciar em uma perspectiva interdisciplinar,
correspondente à Museologia e à Arqueologia, a presença e o processo da ocupação de
grupos Jê na região da Comarca de Vila Rica no período anterior a colonização do local.
Tal indagação emerge em um contexto de ausência da figura indígena na localidade,
apontada pela historiografia, que coloca somente grupos genericamente conhecidos como
Carijós, provenientes de São Paulo através das Entradas e Bandeiras, como os
evidenciados na Comarca. Na tentativa de melhor compreender a configuração da região
anterior à colônia, foram consultadas fontes historiográficas tradicionais e produções
contemporâneas, além de vestígios arqueológicos musealizados ou não em instituições da
região. Foi percebida a grande complexidade da dinâmica de ocupação indígena, o
contato dos colonos com as populações nativas na região e principalmente as lacunas
referentes às generalizações do uso do etnônimo Carijó. Realizou-se também uma
reflexão acerca dos procedimentos de musealização adotados para comunicar as coleções
arqueológicas depositadas em espaços museais, evidenciando a invisibilidade desses
povos, encobertos historicamente pelos feitos da dominação colonial homogeneizada
como único processo de destaque na região.
PROSPECÇÕES: O PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO NAS PRÁTICAS E TRAJETÓRIA DO
IPHAN
AUTOR: ALEJANDRA SALADINO
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: UNIRIO E MUSEU DA REPÚBLICA, IBRAM, MINC
ORIENTADOR: MYRIAN SEPÚLVEDA DOS SANTOS
PERÍODO DA PESQUISA: 2006 a 2010
INSERÇÃO DA PESQUISA: DOUTORADO.
RESUMO
A instituição do patrimônio no Brasil, compreendida enquanto práticas de preservação,
constitui-se a partir de conexões estabelecidas entre distintos atores e organizações.
Divergências, disputas, negociações e consenso conformam tal processo. O estudo aqui
exposto compreende a identificação e análise de fragmentos da referida instituição, relativos
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especificamente ao lugar do patrimônio arqueológico na trajetória e nas práticas do Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
A FORMAÇÃO DE DISCURSOS SOBRE HUMANISMO NO MUSEU DO HOMEM
AMERICANO E NO MUSÉE DE L'HOMME.
AUTORA: ISABELA SORAIA BACKX SANABRIA.
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS (IFCH),
UNICAMP).
ORIENTADORA: ALINE VIEIRA DE CARVALHO
PERÍODO DA PESQUISA: 2013 a 2016
INSERÇÃO DA PESQUISA: DOUTORADO.
RESUMO
A pesquisa possui como objetivo compreender como o Museu do Homem Americano
(Piauí – Brasil) e o Musée de l’Homme (Paris – França) constroem e sustentam discursos
sobre Homem e humanismo, ou seja, quais categorias de gênero, cultura, religião e
aparência – entre outras – essas instituições excluem/incluem para produzir um discurso
sobre um Homem universal. Para isso, serão analisados os contextos de criação desses
museus e também suas exposições permanentes, visando a compreender se a articulação
de sua cultura material e suas práticas museológicas são capazes de indicar quais
indivíduos pertencem ou não a essa humanidade. A pesquisa das duas instituições será
desenvolvida através da análise de fontes escritas e também da cultura material destas,
buscando demonstrar como seus discursos não são verdades irrefutáveis, mas construções
que devem ser investigadas. Nesse sentido, o projeto procurará compreender como os
dois museus respondem politicamente aos anseios da sociedade pela valorização das
identidades, subjetividades e diversidades.
AS REPRESENTAÇÕES ICONOGRÁFICAS DA ARTE TUMULAR DOS CEMITÉRIOS DE
CACHOEIRA – BA.
AUTORA: ALINE GOMES DOS SANTOS
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
ORIENTADORA: FABIANA COMERLATO
PERÍODO DA PESQUISA: 2012 a 2013
INSERÇÃO DA PESQUISA: GRADUAÇÃO
RESUMO
A presente pesquisa buscou interpretar iconograficamente as representações escultóricas dos
cemitérios de Cachoeira, as quais enquanto portadoras de valores simbólicos representam os
ritos funerários da coletividade. A comunicação museológica foi abordada buscando perceber
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a interação da comunidade com o seu patrimônio e como se processa esta comunicação
dentro do espaço cemiterial. Os procedimentos adotados consistiram na interpretação das
esculturas tumulares e da proposta de musealização dos espaços cemiteriais, visto que a
preservação desses recintos se faz urgente e necessária para que sejam salvaguardados os
objetos e os ritos funerários, os quais constituem o patrimônio cultural da cidade e de seus
habitantes.
DOCUMENTAÇÃO MUSEOLÓGICA PARA EMBRECHADOS DO RECÔNCAVO DA BAHIA:
UMA PROPOSTA PARA A TORRE SINEIRA DA IGREJA DO ANTIGO SEMINÁRIO DE
BELÉM, CACHOEIRA - BA
AUTORA: CIDÁLIA DE JESUS FERREIRA DOS SANTOS NETA
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
ORIENTADORA: FABIANA COMERLATO
PERÍODO DA PESQUISA: 2013 a 2014
INSERÇÃO DA PESQUISA: GRADUAÇÃO
RESUMO
O respectivo trabalho monográfico baseou-se na documentação museológica do embrechado
presente na torre sineira da igreja do Seminário de Belém, na cidade de Cachoeira, Bahia.
Após a participação no projeto “Embrechados nas cúpulas das torres sineiras das igrejas do
Recôncavo da Bahia” foi possível ter maior proximidade com essa temática e, portanto,
houve a necessidade em continuar as análises das tipologias dessa arte. O embrechado é uma
decoração secular de revestimento, mais presente em jardins e espaços religiosos, constituído
por materiais como seixos, conchas, fragmentos de louças (faiança e porcelanas), azulejos,
dentre outros; formando assim, um tipo de mosaico. Como eixo principal, o projeto foi
desenvolvido firmado nos conceitos da documentação museológica, proporcionando à
formulação de uma ficha documental apropriada a arte de embrechar.
MUSEALIZAÇÃO DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO DO ENGENHO VITÓRIA – BA:
POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES.
AUTORA: RENATA RAMOS DOS SANTOS
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
ORIENTADORA: FABIANA COMERLATO
PERÍODO DA PESQUISA: 2012
INSERÇÃO DA PESQUISA: GRADUAÇÃO
RESUMO
A região onde se desenvolveu a economia açucareira é extremamente rica em vestígios
arqueológicos, remanescentes de antigas áreas de Engenhos de açúcar, esses espaços
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podem ser definidos como sítio arqueológico. Contribuindo para uma possível
musealização. Nesta abordagem, pretendemos discorrer sobre a possível possibilidade de
musealização do Engenho Vitória como conjunto arquitetônico do patrimônio
Arqueológico existente no Recôncavo. Com os seguintes objetivos: geral e específicos:
Analisar as potencialidades e viabilidade de musealização do Engenho Vitória, para ser
transformado em local de visitação e preservação. Detectar as potencialidades e
deficiências relacionadas à utilização do patrimônio para fins turísticos; Contribuir para
o conhecimento do acervo arqueológico na região; Divulgar o sítio arqueológico, tendo
como estratégia o processo de apropriação do patrimônio. As ruínas do Engenho Vitória
confirmam a importância deste patrimônio para a salvaguarda da memória coletiva da
comunidade local.
PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS, MUSEOLÓGICAS E QUESTÕES LOCAIS NO CONTEXTO
AMAZÔNICO: DESAFIOS PARA A REALIZAÇÃO DE PRÁTICAS COLABORATIVAS.
AUTOR: MAURÍCIO ANDRÉ SILVA
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (MAE-USP)
ORIENTADOR: CAMILO DE MELLO VASCONCELLOS
PERÍODO DA PESQUISA: 2011 a 2014
INSERÇÃO DA PESQUISA: PÓS-GRADUAÇÃO – MESTRADO
RESUMO
Essa pesquisa reflete sobre o papel dos museus de arqueologia inseridos no contexto da
Amazônia. Como estudo de caso, temos o Centro de Pesquisas e Museu Regional de
Arqueologia de Rondônia, criado em 2008 no centro-leste de Rondônia. Investigamos as
relações estabelecidas pela população local com o patrimônio arqueológico, o território e
o surgimento do espaço museológico em evidência. A interdisciplinaridade entre a
história oral e a arqueologia permitiu o entendimento de outras problemáticas
patrimoniais e de diferentes relações com a história de longa duração local. O Museu
possui potencial para conjugar passado e presente, projetando um futuro desejado e
engajado, dessa forma a área da museologia passa a ser fundamental para a preservação e
utilização do patrimônio, assim como para a evidenciação de outras histórias do tempo
presente que podem ser comparadas aos processos de ocupação mais antigos. A pesquisa
visa contribuir com as ações educativas da instituição e criar espaços para a realização de
trabalhos colaborativos.
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GESTÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO: ARQUEOLOGIA DA ESCRAVIDÃO,
MUSEOLOGIA E CONSERVAÇÃO NA CHARQUEADA SANTA BÁRBARA, PELOTAS/RS.
AUTORA: GRASIELA TEBALDI TOLEDO
VÍNCULO INSTITUCIONAL DA PESQUISA: MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (MAE-USP) e LABORATÓRIO MULTIDISCIPLINAR DE
INVESTIGAÇÃO ARQUEOLÓGICA (LÂMINA) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL)
ORIENTADORA: MARIA CRISTINA OLIVEIRA BRUNO
PERÍODO DA PESQUISA: 2013 a 2017
INSERÇÃO DA PESQUISA: PÓS-GRADUAÇÃO – DOUTORADO
RESUMO
A pesquisa objetiva compreender como ocorre o gerenciamento do acervo arqueológico
através da relação entre Arqueologia, Museologia e Conservação/Restauro, entendendo que
cada disciplina tem sua especificidade, porém se relacionam de maneira estreita na
investigação arqueológica, uma vez que ambas produzem conhecimentos imprescindíveis
para que a pesquisa se torne mais completa e possa ser utilizada de forma satisfatória pela
comunidade científica e demais grupos interessados. Para realizar esse estudo está sendo
analisado como atuam arqueólogos, museólogos e conservadores na pesquisa e na gestão do
patrimônio arqueológico desenvolvido pelo Laboratório Multidisciplinar de Investigação
Arqueológica da Universidade Federal de Pelotas (LÂMINA-UFPel) na Charqueada Santa
Bárbara, Pelotas/RS, objetivando a elaboração de um protocolo de ações que abarque as
experiências adquiridas nesse estudo, baseado nos pressupostos da Musealização da
Arqueologia, visando discutir a gestão multidisciplinar do patrimônio arqueológico.
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