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PRESERVAÇÃO DE REGISTROS

2019

A Síntese sobre a transição dos documentos físicos para o ambiente digital. Uma influência sobre como documentos digitais vêm sendo utilizado com normas de padronização e preservação, arquivística e com estratégias. Os sistemas informatizados não estão acompanhando esta evolução, o que compromete o acesso e recuperação. Uma significativa quantidade de sistemas de gestão para tratar os documentos que circulam as informações administrativas devem ser usados para recuperar com facilidade pelos seus usuários que irão manipular esta informação, muita das vezes em formato PDF. Abordando a normas ISOs, a MoReq2010 e literaturas sobre o tema.

PRESERVAÇÃO DE REGISTROS Igor Pinto Mendes Mestrado em ciência da informação Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto up201600402@fe.up.pt Rua Dr. Roberto Frias 4200-465 Porto, Portugal +351-225081400 RESUMO composto por documentos digitais e tradicionais (Souza Lins 2015). A Síntese sobre a transição dos documentos físicos para o ambiente digital. Uma influência sobre como documentos digitais vêm sendo utilizado com normas de padronização e preservação, arquivística e com estratégias. Os sistemas informatizados não estão acompanhando esta evolução, o que compromete o acesso e recuperação. Uma significativa quantidade de sistemas de gestão para tratar os documentos que circulam as informações administrativas devem ser usados para recuperar com facilidade pelos seus usuários que irão manipular esta informação, muita das vezes em formato PDF. Abordando a norma ISO, o MoReq2010 e literaturas sobre o tema. Deve-se pensar que para além dos sistema de gestão documental (SGD) trabalhar com documentos que nasceram em formato digital, lidam também com os que foram transformados em digitais. Sendo possível salvar, organizar e manipular esses documentos dentro do sistema. Para Innarelli (2015), o documento digital nada mais é do que um documento constituído de bits, registrado em suporte digital e que depende de um sistema informatizado para ser processado e manifestado. Logo qualquer sequência de bits que sintetize formas de imagem, áudios, animações, textos e outros, pode ser considerada um documento tanto quanto qualquer relatório ou anotação (RODRIGUES 2017). Categorias e Assuntos Descritores As informações e ações feitas no documento podem ser salvam também em forma de registro dentro de base de dados. Existem funções separadas de gerenciamento de registros e o gerenciamento de documento, estes não devem ser apenas utilizados em formulários e em telas de computadores ou salvo em um gestor de ficheiros. Mas o que definitivamente deve ser guardado e preservado, um ficheiro PDF ou o registro em base de dado deste documento? H.3.2 [​ARMAZENAMENTO E RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÕES​]: Documentação, Recuperação, Sistema documental Termos Gerais Documentos, Preservação Palavras-chave Sistema de gestão documental; preservação de registros; preservação digital; MoReq2010. 1. INTRODUÇÃO A transição dos documentos físicos para o ambiente digital requer revisar os conceitos da gestão documental nas organizações. Documentos digitais vêm sendo produzidos em ritmo acelerado, as metodologias para preservação assim como as estratégias e os sistemas informatizados não estão acompanhando esta evolução, o que compromete o acesso e sua recuperação. Uma significativa quantidade de sistemas de gestão para tratar os documentos que circulam as informações devem ser usados para recuperá-las com facilidade por seus usuários que irão manipulá-las, muita das vezes em um padrão de formato PDF. Contudo esta manipulação deve ser minuciosa em documentos de informações frágeis e importantes, muita das vezes o documento não é alterado em seu conteúdo, mas sim feito procedimentos dentro dos sistemas, de aprovação, reclusão, ou encaminhamento da informação contida nele. A presença de documentos produzidos e armazenados exclusivamente em formato digital reforça a existência de um patrimônio documental de natureza mista nos acervos, o qual é Originalmente, o formato PDF foi criado em 1993, pela empresa Adobe Systems como um formato de documento orientado à página, compacto e com a capacidade de manter a visualização original independente do hardware, Software e sistema operacional, podendo ser criado a partir de outros formatos digitais, e assim tornou-se rapidamente um padrão (CONARQ 2016). As recomendações gerais sobre o uso do formato PDF/A na produção e no arquivamento de documentos digitais, ou seja, nas idades corrente, intermediária e permanente, visando o seu acesso e a sua preservação (CONARQ 2016). A proposta desta síntese é apresentar o estado da arte do tema de registros de documentos principalmente no formato de PDF, o caso de um software de gestão documental que contém algumas estratégias para contemplar autores chaves no assunto, as especificações do MoReq2010, teoria do Continuum de Registros (RC) e padrões da norma ISO para a gestão documental. Como também cobrir alguns requisitos de classificação e criação de metadados de registro documental. Além de uma exemplificação de um software de Gestão documental que atende partes dessas regras. 2. SISTEMA DE GESTÃO DOCUMENTAL C​ompreende-se que o pilar da preservação digital é a gestão documental, a qual é responsável por aplicar técnicas arquivistas na produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos (Silva e Cabral 2018). Para preservar documentos digitais será necessário implementar sistemas informatizados que considerem suas complexidades e especificidades para garantir sua confiabilidade (CONARQ 2009). Um documento em sistema de gestão documental deve ser devidamente classificado, respeitando normas básicas do MOREQ2010, para que possa ser recuperado facilmente através de pesquisa. Defende António (2012) que o plano de classificação é uma etapa essencial para os registros dos documentos nos sistemas de gestão documental através das identificações das atividades que incluem também: a classificação e localização dos registros relacionado ao documento; desenvolvimento de metainformação para descrever e indexar e garantir identificação; identificação do produtor; período de retenção; desenvolvimento de políticas de segurança. Um bom SGD deve disponibilizar em formulários respectivos um conjunto desses campos, que correspondem exatamente aos atributos que o documento deve ter no sistema, tanto no âmbito da administração pública com no privado. António (2012) sugere que a classificação documental tem de ser simples, sem deixar de ser rigorosa, aproximando-se o mais possível da realidade das atividades realizadas por cada colaborador dentro das organizações. Um conjunto de metadados para facilitar o arquivamento e busca abrange funções para controle do fluxo de trabalho e atribuição de metadados para registro da tramitação dos documentos, incluindo-se o status do documento (CONARQ 2009). Os metadados são as informações estruturadas que permitem a criação, registro, classificação, acesso, preservação e disposição dos registros através do tempo (CONARQ 2009). Durante a existência de registros novas camadas dos metadados devem ser adicionados devido a novos usos em outros contextos. Significa que os metadados vão se acumulando com o tempo e informações vão sendo adicionadas no gerenciamento de registros. Os metadados podem ser obtidos ou reutilizados por vários sistemas e para vários propósitos. Os metadados de registro podem ser usados para preservar dados herdados para uma variedade de aplicações futuras. Os critérios para avaliação das opções de gerenciamento de dados são discutidos por custos de aquisição, requisitos de armazenamento e facilidade de uso. O custo e os benefícios devem ser considerados. 3. LOG OU METADADOS DE REGISTROS Os metadados após serem classificados e guardados em forma de registro podem ser conhecidos pelo termo LOG, muito utilizado nas redes de computadores e sistemas operacionais. Esse registro pode ser utilizado para restabelecer o estado original de um sistema ou para que um administrador conheça o seu comportamento anterior. O termo log em computação é utilizado no processo de se entrar (logar) em um computador, rede social ou sistema é utilizado o log de dados. Deixando registrado todo o histórico de navegação pelo sistema. Utiliza-se, por questões de segurança o registro do usuário. O pensamento atual sobre o registro de log ainda se baseia mais na segurança da informação de dados e sistema ou sistemas operacionais. Verifica-se, por meio das publicações de Wendt e Nogueira (2013) que os logs são pensados para a auditoria no ramo da segurança da informação. Os sistemas operacionais já utilizavam logs para fazer o registro de ações no Windows, por exemplo, é preciso habilitar o sistema de armazenamento de logs para salvar em um arquivo específico no computador. O Linux também tem arquivos específicos, como no caso de um serviço SSH “logs_ssh.tgz“ é possível auditar os serviços e portas utilizados. Deste modo o gerenciamento do registro unicamente para perícia e segurança da informação (Wendt e Nogueira 2013). Wendt e Nogueira (2013) também sugerem alguns tipos de diferentes registros: ● Log de inclusão e alteração em todas as publicações e cadastros de arquivos adequado e logs de horários de acesso para manter o controle sobre a gestão de documentos; ● Log de auditoria fornece ao cliente todo o histórico de ações, desde simples trocas de senhas até solicitações de relatórios; ● Log de uso, informando quem acessou, quando acessou, e o que fez no sistema durante o acesso. Os logs são essenciais para a preservação e auditoria a longo prazo, são os logs que registram alteração, remoção de documentos pastas ou processos e fluxos. Na perspectiva de sistemas de gestão de documentos, os logs assumem a forma de registros das ações feitas nos documentos, em que salvam todas as atividades e decisões produzidas muitas vezes, salvos em forma de metadados. Arquivar as movimentações dos documentos empresariais sempre será uma tarefa cuidadosa, e deve-se ter em mente que esses registros devem ser agrupadas de uma forma inteligente para que qualquer documento seja facilmente encontrado por meio das pesquisas de quem utiliza. Para que esse processo não seja tão traumático, existem boas ferramentas de análise de logs. Partindo do pressuposto que os sistemas de gestão documental ainda não tenham implantado um sistema de registro, como acontece na maioria dos casos. Dado que os sistemas já deveriam ser desenvolvidos com o pensamento de manter e preservar logs de registros, ainda não é possível dizer que todos os sistemas já nascem pensando neste ideal, foi com esse propósito que várias empresas disponibilizam software específicos para esta função. Para garantir algumas das vulnerabilidades existentes e possíveis fraudes ou alterações nos documentos, é crucial que a movimentação dos arquivos fique armazenada. A Strongsecurity cita algumas das principais ferramentas de registro: ● Rsyslog: software open source que implementa o protocolo syslog, e utiliza o protocolo TCP para transporte de mensagens de logs locais para um servidor remoto numa rede IP — é mais indicado para pequenas empresas, pois não gerencia muito bem o armazenamento dos arquivos em disco; ● Fluentd: outro software de código aberto que centraliza a coleta e o consumo para melhorar o uso e compreensão dos dados — apresenta ótimo desempenho e um plugin flexível; ● LogPacker: oferece solução nas nuvens e standalone, e utiliza agentes e servidores no cluster, permitindo enorme quantidade de servidores na rede que podem ser integrados em diversas plataformas — como funciona em cluster, os dados podem ser agrupados e agregados com uma velocidade incrível. O log de dados é composto de informações conforme ocorrem eventos relacionados a seu funcionamento ou interação com os usuários e sistemas. Esses eventos podem ser: Acesso a um recurso de um sistema; Alteração em arquivos; Erros; Problemas de autenticação; Modificação em permissões. Levando o autor a considerar que um log possa ser um metadado de registro. 4. NORMALIZAÇÃO Além dos metadados que descrevem cada documento como a data de entrada, assunto, ou remetente, o plano de classificação documental indica a atividade que deu origem ao mesmo, ajudando a controlar o seu ciclo de vida de modo ser possível desencadear mais tarde os procedimentos automáticos de eliminação quando tenha passado o prazo legal de conservação (António 2012). Levando em conta o prazo dos documentos deve-se também manter os registros nos bancos de dado pelo mesmo tempo legal de conservação, agindo em conjunto. A aplicação desses conceitos em aplicações informática, nomeadamente os sistemas de gestão documental não aconteceu de forma ampla na maioria dos casos, quando são feitas, como citado nas literaturas existem funções separadas de gerenciamento de registros e gerenciamento de arquivos, sistemas e os esquemas de metadados, mesmo na Austrália, onde se originou em 1992 a teoria do Continuum de Registros (Viana e Madio 2016), que discute sobre os desafios de gerenciamento de registros e arquivos digitais e caracteriza-se por uma multiplicidade de eventos originados de um documento. Viana e Madio (2016) descrevem os quatro eixos característicos do modelo RC onde apresentam atividades de manutenção de registros que ocorrem dentro do espaço-tempo do ciclo de vida dos documentos: 1. 2. 3. 4. ciclo de vida, que não se extingue com a conclusão do correspondente processo de decisão, mas obriga a uma preservação prolongada, conforme a importância (António 2012). Um sistema para atender as normas arquivistas de ciclo de vida de documentos, registros de metadados, adição de registro de conteúdo e acesso, é necessário até outros sistemas para trabalhar em conjunto, desde que também atendam as normas comumente aplicadas. É mais fácil trabalhar com subsistemas do que migrar para outro que suporte toda essas funcionalidades. Mais uma vez se esbarra na questão que a preservação digital tenta combater o desafio técnico e principalmente o desafio semântico, pois cada repositório tem sua maneira de organizar e descrever os documentos. Um sistema compatível deve ser capaz de exportar, a qualquer momento, um documento e os metadados associados, de modo que o sistema de destino consiga entender qual foi a política de retenção aplicada (António 2012). Já o MoReq2010 é muito mais rigoroso do que as especificações anteriores quanto à forma de manter os registos de auditoria. O sistema deve ser capaz de exportar um histórico de eventos para cada objeto existente e deve conter tudo o que aconteceu a esse objeto, desde que foi criado e capturado. Conforme António (2012) um sistema compatível tem de gerar números de identificação únicos para cada tipo de objeto, agregações, políticas de retenção, objetos reais e tipos de evento ocorrido no sistema. Para a questão fundamental de salvar registros os SGD devem conter, segundo o MoReq2010, a garantia de rastreabilidade permanente que permita ações periódicas de auditoria, criando as condições necessárias à aceitação de documentos em qualquer suporte pelos órgãos de administração. Os serviços de exportação conferem ao sistema a capacidade de exportar registos para outros sistemas de gestão de documentos, mantendo os metadados associados e as propriedades relativas à integridade, autenticidade, fiabilidade, confidencialidade e usabilidade. O conjunto de serviços essenciais para o funcionamento do sistema de gestão de documental é o demonstrado na figura 1. Criar: um documento é criado; Capturar: atividade. Os registros são gerenciados como parte de uma atividade realizada por um grupo dentro de uma organização; Organizar: função. Os registros são gerenciados como parte de uma função desempenhada por uma organização; Pluralizar: finalidade. Registros são gerenciados dentro de sua função ambiente ou o propósito social. Apesar do Continuum de registro ser descrito em contraste com o ciclo de vida do modelo de registos e de seu ano criação, os autores a identificaram como a mais adequada para uso nas instituições em todos os níveis. Isso é facilitado pelas tecnologias que proporcionam várias interações de autoridades e de cooperação desde a criação até ao gerenciamento dos documentos (Viana e Madio 2016). A existência destes registos implica manter a garantia da sua autenticidade, confiabilidade e integridade ao longo de todo o Figura 1. (Rafael António, 2012, Serviços SGD) Todas as entidades existentes incluem obrigatoriamente um conjunto de dados descritivos (metadados), um histórico do que lhe aconteceu e as regras de acesso. Outra forma mais ágil para ajudar na preservação de registros é que os softwares sejam capazes de adotar o esquema de metadados do PREMIS para registro de preservação. O Dicionário de Dados PREMIS é um recurso prático e abrangente para implementar metadados de preservação em sistemas de preservação digital (PREMIS Editorial Committee 2015). Ramalho et al. (2007) descreve o esquema que está organizado em modelo simples com cinco tipos de entidades envolvidas nas actividades de preservação digital: ● Object - Objecto Digital, é a unidade discreta de informação no formato digital; ● Intellectual Entity - é um conjunto coerente de conteúdos, que pode ser descrito como uma unidade (ex. um livro, uma imagem, uma base de dados). Uma Intellectual Entity pode conter outras Intellectual Entities, por exemplo um livro pode conter uma imagem. ● Event - é uma acção que envolve pelo menos um Object ou Agent conhecidos pelo repositório de preservação. ● Agent - é uma pessoa, organização ou programa associado com eventos de preservação (Events) no tempo de vida de um Object. ● Rights - é um conjunto de um ou mais direitos ou permissões relativos a um Object e/ou Agent É com esta metainformação que se descrevem as características técnicas dos ficheiros e dos seus formatos. 5. MODELO DE ENTIDADE O conceito de entidade não serve apenas para os documentos, mas para qualquer serviço dentro do sistema de gestão documental. Sendo muitas entidades existentes deve-se criar identificador do sistema, que constitui o metadados mais importante de uma entidade, porque através da atribuição de um identificador universal e único (UUID) é possível manter a coerência temporal da entidade, mesmo que venha a migrar entre diferentes sistemas (António 2012). Permitir a um utilizador autorizado a criação de agregações com os seguintes metadados: identificador do sistema; registo do momento de criação; data/hora original; registo de quando foi usado pela primeira; registo de quando foi modificado pela última vez; identificador da classe; título; descrição; notas; registo da data de eliminação; metadados específicos de agregações de topo; metadados específicos de agregações secundárias (Moreq2010). Na opinião dos autores Niu (2013) e António (2012), os metadados passam por um processo evolutivo desde a criação até a descrição do arquivo. Durante esse processo, alguns metadados são reutilizados (herança) alguns outros são eliminados (extinção) e outros ainda são atualizados ou recém-gerados (mutação) (Niu 2013). A teoria Records Continuum também reconhece a herança e a mutação de metadados. Figura 3. (Rafael António, 2012, Herança de registro) Outra exemplificação que um sistema de gestão documental pode e deve seguir são as normas de padronização da ISO (International Organization for Standardization) existentes para a gestão documental é a “ISO 23081: Informações e documentação Gerenciamento de registros” que define uma estrutura para criar, gerenciar e usar os metadados de gerenciamento de registros. Fornecendo diretrizes para entender, implementar e usar metadados na estrutura da ISO 15489 - O gerenciamento de registros de negócios que aborda principalmente os metadados para os sistemas de registros; suas políticas; O monitoramento dos registros; Identificação dos requisitos; Controles e criação, captura e gerenciamento de registros. (International Organization for Standardization 2006) A ISO 23081 aborda principalmente a importância dos metadados para registros nos processos de negócios e as diferentes funções e tipos de metadados que dão suporte aos processos e registros. Figura 2. (Rafael António, 2012, Entidade) De acordo com avaliação de conformidade do MoReq2010 apresenta-se um resumo das funcionalidades para o serviço de registro de documentos que poderão servir para avaliação de um sistema de gestão de documentos electrónicos. No SGD deve conter as usabilidades de: É dividida em 3 partes que também define uma estrutura para gerenciar esses metadados. Não apenas, mas principalmente voltado para a administração pública. Os metadados de gerenciamento de registros podem ser usados para identificar, autenticar e contextualizar registros e as pessoas, processos e sistemas Não define um conjunto obrigatório de metadados de registros para implementar, Porém contabiliza os principais de metadados existentes, de acordo com os requisitos da norma ISO 15489. Dividindo esses metadados em 5 categorias: Metadados para e-business; Metadados para preservação; Metadados para descrição do recurso; Metadados para descoberta de recursos; Metadados para gerenciamento de direitos (International Organization for Standardization 2006) Esta norma pode ser aplicável aos registros e seus metadados; processos que os afetam; qualquer sistema; qualquer organização responsável por o gerenciar. 5.1 O CASO DO iPortalDoc O iPortalDoc é um Sistema de Gestão de Documentos e Workflow para empresas e instituições, que permite aos seus utilizadores a gestão dos fluxos dos documentos, como também, simplesmente, proceder ao seu arquivo para posterior gestão (IPBrick 2012). O sistema foi criado para auxiliar todo o tipo de organizações na gestão e automatização de processos. Entende-se que a aplicação das estratégias de preservação digital de forma isolada não será suficiente para a preservação em longo prazo, fazendo-se necessária a implementação de um conjunto de estratégias (Santos e Flores 2014). 6. CONCLUSÃO Neste momento a preservação digital está focada na sua ampliação e disseminação mais abrangente. Após revisão desta síntese, fica claro para o autor que a preservação de registro ou de PDF deve ser feita em conjunto pensando na preservação digital a longo prazo, fornecendo benefício as organizações. Algumas das das ideias discutidas já estão sendo implementadas com frequência e outras se atualizaram. O iPortalDoc empenha-se para a mínima utilização de papel possível dentro das organizações. Contém ferramentas disponíveis para a assinatura digital, dentro do software. Após o documento assinado é guardado na base de dados para consulta, igualmente com o seu registro de que foi assinado com os metadados correspondente. O pilar da preservação digital é a gestão documental. Os objetivos da gestão documental e seus sistemas é manter a organização e formalização para as empresas. Um documento deve ser devidamente classificado nesses sistemas facilitando a criação dos metadados com informações estruturadas que permitem a criação, registro, classificação, acesso, preservação e disposição dos registros. As soluções a serem tomadas em torno da preservação digital têm que levar em consideração os aspetos de gestão documental e os recursos disponíveis (Silva e Cabral 2018). Alguns sistemas já utilizavam a forma de registro de preservação a partir de logs que os sistemas de gestão documental ainda não tenham implantado um sistema de registro. Caso seja obrigatório que o documento seja assinado e ainda não tenha sido, irá constar no registro a pendência por assinatura, criando um alerta no sistema. Esta opção permite-lhe apor uma assinatura digital num documento através até do cartão de cidadão. O modelo de referência da gestão documental o MoReq2010 garante a rastreabilidade permanente que permita ações periódicas de auditoria, criando as condições necessárias à aceitação de documentos e junto com o Records Continuum reconhece a herança e a mutação de metadados. Outra funcionalidade disponível, é a criação de um carimbo sequencial que pode ser inserido em cada documento, criando uma marcação temporal. É introduzido garantindo uma forma de autenticação desse documento que será armazenado junto com seus respectivos metadados e mais a marcação temporal guardada na base de dados (IPBrick 2012). A ISO 23081 Aborda principalmente a importância dos metadados para registros que garantem à integridade, autenticidade, fiabilidade, confidencialidade e usabilidade. O Dicionário de Dados PREMIS é um recurso prático para implementar metadados de preservação A função mais consistente para auditar um documento no sistema é o histórico armazenado. Com ele apresenta-se uma forma simples de não só aceder aos registros de todos os documentos consultados, mas uma forma de encontrar rapidamente a um documento que seja utilizado com uma grande frequência e todas as ações que foram tomadas ou ainda estão pendente para aquele documento em específico. (IPBrick 2012). 7. O iPortalDoc apesar de não citar as normas e referências de preservação já tenta utilizar algumas delas para a melhor gestão de seu sistema documental dentro das organizações. REFERÊNCIAS António, Rafael. 2012. ​A gestão documental na perspectiva do MOREQ2010​. Organizado por Edição de autor. Lisboa. CONARQ. 2009. “e-ARQ Brasil:Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos”. ———. 2016. “Recomendações de uso do PDF/A para Documentos Arquivísticos”. Innarelli, Humberto Celeste. 2015. “Gestão da preservação de documentos arquivísticos digitais: proposta de um modelo conceitual”, 350. Figura 4. (iPBrick, 2012, ação pendente no iPortalDoc) A implementação de um sistema de repositório digital confiável que cubra os metadados de preservação e mecanismos para verificação da autenticidade, irão potencializar a preservação digital, podendo promover o acesso contínuo aos documentos. International Organization for Standardization. 2006. “23081 Information and documentation — Records management processes — Metadata for records — Part 1: Principles”. Vol. 2006. papers3://publication/uuid/C9959244-8C81-4735-B716-D AEC1987C8E6. IPBrick. 2012. “iPortaldoc - Manual de Utilizador”. MoReq2010. 2010. “Core Services & Plug-in Modules” 1: 1–525. Niu, Jinfang. 2013. “Recordkeeping metadata and archival description: A revisit”. ​Archives and Manuscripts 41 (3): 203–15. https://doi.org/10.1080/01576895.2013.829751. PREMIS Editorial Committee. 2015. “PREMIS Data Dictionary for Preservation Metadata”, no 3.9. Ramalho, José Carlos, Miguel Ferreira, Rui Castro, Luís Faria, Francisco Barbedo, e Luís Corujo. 2007. “XML e Preservação Digital”. XATA - XML: Aplicações e Tecnologias Associadas. http://hdl.handle.net/1822/6224. Rodrigues, Nicholas Souza. 2017. “A preservação digital e a gestão dos documentos arquivísticos digitais”. ​Вестник Росздравнадзора​ 6: 5–9. Santos, Henrique Machado dos, e Daniel Flores. 2015. “As vulnerabilidades dos documentos digitais: Obsolescência tecnológica e ausência de políticas e práticas de preservação digital”. ​Biblios 55 (1): 13. https://doi.org/10.5195/biblios.201. Silva, Karina F., e Maria Cristina Balbino Ribeiro Cabral. 2018. “PRESERVAÇÃO DIGITAL: uma perspetiva orientada para arquivos eletrônicos”. ​Journal of Chemical Information and Modeling 53 (9): 1689–99. https://doi.org/10.1017/CBO9781107415324.004. StrongSecurity. 2017. “Entenda a importância da perícia forense na segurança da informação”. 2017. https://www.strongsecurity.com.br/blog/entenda-a-importa ncia-da-pericia-forense-na-seguranca-da-informacao/. Viana, Gilberto, e Telma Madio. 2016. “Modelo Records Continuum aplicado a uma instituição pública universitária”. ​Ibersid: revista de sistemas de información y documentación = journal of information and documentation systems​ 10 (10): 81–86. Wendt, Emerson Jorge, e Higor Vinicius Nogueira. 2013. “Crimes Cibernéticos: Ameaças e procedimentos de investigação”. In , organizado por BRASPORT, 2a. edição.