O USO DAS TICs COMO RECURSO PEDAGÓGICO EM SALA DE AULA
THE USE OF DCT AS A PEDAGOGICAL RESOURCE IN A CLASSROOM
Régis dos Santos Martines (UFSM – regissmartines@gmail.com)
Liziany Müller Medeiros (UFSM – lizianym@hotmail.com)
Juliane Paprosqui Marchi da Silva ( UFSM - juliane_paprosqui@hotmail.com)
Cíntia Moralles Camillo (UFSM – cintiacamillo@gmail.com)
Resumo:
As constantes mudanças que ocorrem no cenário educacional trazem à tona um desafio
diário no ensino dentro da sala de aula, fazendo com que o educador busque apoio em
recursos pedagógicos que melhor se encaixe no contexto ensino e aprendizagem. Nessa
conjuntura o uso de recursos didáticos bem arquitetados promove um importante elo
entre o educador o conhecimento e o educando, gerando estímulos motivadores com
resultados positivos no processo de aprendizagem dos educandos. Este estudo tem por
objetivo geral investigar os recursos pedagógicos tradicionais em especial as Tecnologia
de Informações e Comunicações TICs, bem como tem os seguintes objetivos específicos:
buscar atividades as quais funcionem como elementos facilitadores no processo de
ensino e aprendizagem, e observar a importância da atuação de profissionais
capacitados. A metodologia deste trabalho foi norteada na pesquisa de cunho
qualitativo, a qual sugere investigação de natureza analítica, observada por meio de
revisões bibliográficas relacionados às tecnologias na educação com relevância para
conjuntura atual. Os resultados mostram a relevância dos recursos pedagógicos, em
especial as TICs, como um diferencial no ensino, pois otimizam o tempo das atividades
em sala de aula, favorecendo assim a troca de experiências, ampliando a conexão entre
educador
e
educando
em
relação
ao
conhecimento.
Palavras-chave: ensino aprendizagem; tecnologias; recursos didáticos pedagógicos.
Abstract:
The constant changes that occur in the educational scenario bring up a daily challenge in
teaching within the classroom, causing the educator to seek support in pedagogical
resources that best fit the teaching and learning context. At this juncture, the use of welldesigned didactic resources promotes an important link between the educator and the
educator, generating motivating stimuli with positive results in the students' learning
process. The purpose of this study is to investigate the traditional pedagogical resources,
especially Information and Communications Technology (ICT), and has the following
specific objectives: to seek activities that act as facilitating elements in the teaching and
learning process, and to observe the importance of acting of trained professionals. The
methodology of this work was guided by qualitative research, which suggests analytical
research, observed through bibliographic research. The results show the relevance of
pedagogical resources, especially ICT, as a differential in teaching, since they optimize
the time of classroom activities, thus favoring the exchange of experiences, increasing
the connection between educator and educating in relation to knowledge.
1
Keywords: teaching learning; technologies; pedagogical didactic resource.
1. Introdução
Os desafios contemporâneos requerem um repensar da educação, diversificando os
métodos de ensino utilizados, oferecendo novas alternativas para os indivíduos interagirem
e se expressarem, diversificando as formas de agir, ensinar e de aprender, considerando a
cultura e os meios de expressão que a permeiam (MARTINSI, 2008). O avanço da tecnologia
permitiu que o acesso à informação se tornasse muito mais rápido e fácil, e estão auxiliando
o processo de ensino e aprendizagem, trazendo efetivas contribuições a educação presencial
e a distância (ALMEIDA e PRADO, 2009).
As tecnologias e as metodologias incorporadas ao saber docente modificam o papel
tradicional do professor, o qual vê no decorrer do processo educacional, que sua
prática pedagógica precisa estar sendo sempre reavaliada. A inovação não está
restrita ao uso da tecnologia, mas também à maneira como o professor vai se
apropriar desses recursos para criar projetos metodológicos que superem a
reprodução do conhecimento e levem à produção do conhecimento (BEHRENS,
2000).
As tecnologias de informação e comunicação (TICs) apresentam novas possibilidades
para o indivíduo vivenciar processos criativos, estabelecendo aproximações e associações
inesperadas, juntando significados anteriormente desconexos e ampliando a capacidade de
interlocução por meio das diferentes linguagens que tais recursos propiciam (MARTINSI,
2008). É notório que para atender as demandas trazidas pelos educandos ao longo da
educação básica, nas escolas públicas e particulares, os educadores recorrem aos mais
variados métodos de ensino e aprendizagem para favorecer a construção do conhecimento.
Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das
telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, as
próprias inteligências dependem, na verdade, da metamorfose incessante de
dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição,
criação, aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais
avançada. (LÉVY, 2008, p.7)
Assim, evidenciam-se possíveis “manobras” de ensino aprendizagem, pois esses
recursos podem ser alusivos à metodologias de ensino, que quando aprimoradas, tornam-se
pertinentes para a didática em sala de aula. Segundo Mercado (2001, p.5) “O processo de
formação continuada permite condições para o professor construir conhecimento sobre as
novas tecnologias, entender por que e como integrar estas na sua prática pedagógica e ser
capaz de superar entraves administrativos e pedagógicos”.
A tecnologia na educação requer novas estratégias, metodologias e atitudes que
superem o trabalho educativo tradicional. Uma aula mal estruturada, mesmo com
o uso da tecnologia, pode tornar-se tradicionalíssima, tendo apenas incorporado
um recurso como um modo diferente de exposição, sem nenhuma interferência
pedagógica relevante. (SANTIAGO, 2006, p.10-11)
A necessidade criada pelo uso da tecnologia promove a necessidade de saber como
aplicar todo o potencial existente no sistema educacional, especialmente nos seus
componentes pedagógicos e processos de ensino e de aprendizagem (HAMZE, 2010). Ensinar
com as tecnologias da informação e comunicação será uma revolução se mudarmos
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simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantém distantes
professores e alunos, caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem
mexer no essencial (MORAN, 2000).
Os métodos de ensino convencionais não agradam os educandos, para conseguir
despertar o interesse e a atenção, é preciso estar atento aos seus cotidianos e, mais,
integrado com as mudanças tecnológicas (ANTUNES, 2010). Neste sentido, buscar novas
estratégias metodológicas é essencial para que profissionais da área educacional.
Assim, é essencial conhecer as possibilidades metodológicas que as tecnologias
trazem para trabalhar o conteúdo, através de atividades criativas, de um processo de
desenvolvimento consciente e reflexivo, usando pedagogicamente os recursos tecnológicos,
com perspectiva transformadora da aprendizagem escolar (PEREIRA e FREITAS, 2010).
Entretanto, a tecnologia enriquece a aula, mas não pode ser colocada à frente do conteúdo,
muitos professores acabam abusando do uso das tecnologias para encobrir a ineficiência e a
falta de preparo, mas ferramenta nenhuma é capaz de substituir a informação e o professor
(LAZARINI, 2010).
O uso das tecnologias por si só não representa mudança pedagógica, se for usada
somente como suporte tecnológico para ilustrar a aula, o que se torna necessário é que ela
seja utilizada como mediação da aprendizagem para que haja uma melhoria no processo
ensino aprendizagem. O simples acesso à tecnologia, em si, não é o aspecto mais
importante, mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas dinâmicas
sociais a partir do uso dessas novas ferramentas (MORAES e VARELA, 2006). Sendo assim,
torna-se relevante observar que para melhorar a qualidade do ensino, o professor precisa
estar se aperfeiçoando e mantendo-se atualizado, tendo em vista uma melhoria frente ao
seu exercício docente e para aprimorar suas experiências.
Nesse contexto, este estudo tem objetivo geral de realizar uma revisão bibliográfica
sobre o uso das TICs como recurso pedagógico em sala de aula, bem como tem os seguintes
objetivos específicos: buscar atividades as quais funcionem como elementos facilitadores no
processo de ensino e aprendizagem, e observar a importância da atuação de profissionais
capacitados.
2. Metodologia
A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste trabalho foi a pesquisa
qualitativa, com caráter exploratório e procedimento técnico de revisão bibliográfica.
Conforme Gil (2008) a pesquisa exploratória pode proporcionar maior familiaridade com o
problema (explicitá-lo), e pode envolver o levantamento bibliográfico que é desenvolvido
com base em materiais já elaborados, constituído principalmente de livros e artigos
científicos. Segundo Marconi e Lakatos (1992), a revisão bibliográfica é o levantamento de
toda a bibliografia já publicada, com finalidade de fazer com que o pesquisador entre em
contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando na
análise de suas pesquisas.
Assim, o trabalho foi elaborado a partir do estudo de produções científicas, nacionais
que, de algum modo fossem relevantes no contexto educacional com relação ao uso da TICs
como recurso pedagógico. O levantamento de dados baseou-se em uma metapesquisa
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nacional com auxilio das bases de dados do SciELO (Scientific Eletronic Library Online –
Portal Regional) e Google Acadêmico, que considerou palavras-chaves, em português, ensino
aprendizagem, tecnologias e recursos didáticos pedagógicos. Realizou-se revisão de
literatura em publicações que compreendem os anos de 1996 a 2017 e as correntes teóricas
que, igualmente abordam o tema referente ao uso das TICs na educação.
Nesta perspectiva, acerca das pesquisas realizadas com a utilização de tecnologia,
Kleina ressalta que “Quando usada de forma adequada, à internet enriquece a pesquisa, pois
por meio da rede de computadores podemos buscar informações atualizadas sobre o
assunto de nossa pesquisa” (KLEINA, 2016, p.11). Dessa forma, a pesquisa bibliográfica
oferece uma visão global de perspectivos para análise de textos e outros materiais, onde o
pesquisador encontrará comparações sobre múltiplas abordagens, as quais poderão auxiliálo na escolha de um método apropriado para o seu trabalho. Assim, poderá avançar partindo
de pressupostos teóricos relevantes.
O caminho percorrido para este estudo se baseou no conhecimento científico, todo
estudo realizado de forma científica questiona um problema que precisa de solução, com
base nesse questionamento inicia-se a pesquisa buscando resposta para a questão
levantada. Conforme verificado por Kleina (2016, p.11) a ciência identifica questões
buscando respostas para as demandas da sociedade.
3. Resultados e Discussões
3.1 Didática e TICs
O grande desafio das propostas pedagógicas atuais, é entender que a didática tem
diferentes estruturantes e que torna-se essencial articular métodos diversos para torná-la
mais eficiente. Certamente, o conteúdo, a estrutura e a organização interna de cada área do
conhecimento e sua lógica específica, fazem parte do processo de aprendizagem, mas não
são os únicos, deve ser levado em conta o sujeito da aprendizagem, que tem sua
configuração própria e evolutiva, uma criança, um adolescente, um adulto, as diferenças
individuais e estilos cognitivos, conjuram como elementos básicos do processo de ensino
aprendizagem. Assim,
É importante ter presente que já existem nos sistemas educativos experiências
“insurgentes” que apontam para outros paradigmas escolares: outras formas de
organizar os currículos, os espaços e tempos, o trabalho docente, as relações com
as famílias e comunidades, de conceber a gestão de modo participativo,
enfatizando as práticas coletivas, a partir de um conceito amplo e plural de sala de
aula, etc. (CANDAU, 2016, p.807)
Não obstante, percebe-se que os docentes necessitam de esclarecimentos frente a
propostas de ensino, as quais estejam alicerçadas em determinado roteiro didático. Além
disso, os métodos são elementos lógicos em que se constroem as práticas pedagógicas, as
variáveis político-sociais e culturais vivenciadas em sala de aula, as mesmas articulam o
processo de ensino e aprendizagem é possível caminhar na construção de uma didática e de
uma pedagogia capazes de romper com a prática educativa predominante nas escolas.
Portanto,
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A Didática é uma prática com seus pressupostos filosóficos, com sua teoria de
aprendizagem e com procedimentos hierárquicos, regrados e instrumentados que
balizam a relação educando e educador. As técnicas de ensino fornecem uma visão
de ampla e colocam um objetivo à educação. As Teorias de Aprendizagem aspiram
a um estatuto científico para dar a palavra final. Diferenciando-se das questões
filosóficas, cabe às teorias da aprendizagem dar uma descrição fiel dos processos
psicológicos que levam um indivíduo a perceber, conceituar, lembrar, generalizar
as descobertas nesse campo retroagindo sobre as concepções filosóficas assim
como estas influem no caminho da pesquisa. (MERCADO, 2001, p.4)
É importante que as partes envolvidas no processo ensino aprendizagem observem
todas as articulações que educador utiliza para atingir seus objetivos e qual o efeito que seus
métodos trazem em relação ao saber do educando. Ao educador é conferida a
responsabilidade de arquitetar a construção do saber no intuito de revisá-lo e ampliá-lo,
democratizando-o na troca de experiências com os educandos. Assim sendo, Costa (2016,
p.13) constata que “A escola deve valorizar a diversidade em sua prática pedagógica e levar
em conta que nem todos aprendem da mesma forma e no mesmo tempo”.
Nesse contexto, cabem as instituições educacionais a formação dos recursos
humanos responsáveis pela condução e resolução dos problemas que afligem a sociedade.
Contudo, a qualidade do ensino é objeto contínuo de preparação por parte de todos aqueles
que direta ou indiretamente estão envolvidos no processo educacional. Assim, a acentuada
perda de qualidade no âmbito educacional, se deve ao decréscimo qualitativo na formação
de recursos humanos. Sob esse ponto de vista Mello (2017, p.100) constata “Os professores
formadores que atuam nesses cursos, quando estão em instituições de qualidade, são mais
preocupados com suas investigações do que com o ensino em geral, e menos interessados
ainda no ensino da educação básica”.
Ademais, não estão sendo formados educadores que, no exercício de suas funções
educacionais e sociais possam propor e implementar as soluções exigidas. Desse modo, a
capacitação e envolvimento de todos os profissionais da área educacional tem um papel
fundamental na resolução dos problemas dessa esfera.
Nessa perspectiva, ao aprofundar sobre as contribuições do uso de didáticas
diferenciadas, a educação contribui para o desenvolvimento do país, no desempenho de
suas verdadeiras funções, isto é, produzir conhecimentos. O avanço da informática
proporciona aos educadores grandes variedades de meios e recursos no sentido de auxiliálos em seu trabalho. O surgimento das tecnologias e métodos de ensino propõe a utilização
de instrumentos mais eficazes no que se refere ao ensino em sala de aula. Sendo assim, “É
tempo de inovar, atrever-se a realizar experiências pedagógicas a partir de paradigmas
educacionais “outros”, mobilizar as comunidades educativas na construção de projetos
político-pedagógicos relevantes para cada contexto” (CANDAU, 2016, p.807).
Mas, apesar dos avanços na área educacional, na sociedade, ainda temos uma
realidade que deixa a desejar, onde o nível de formação do educador frequentemente é
inadequado para a classe, não há domínio de conteúdo.
O problema é ainda maior quando se considera que os sistemas públicos de
educação básica, estaduais e municipais, gastam volumes consideráveis de recursos
em capacitação de professores, dinheiro anualmente pago às mesmas instituições
de ensino superior privadas e públicas para refazerem um trabalho que não foi
bem-feito durante a formação inicial dos professores. (MELLO, 2017, p.100)
5
Consoante, os cursos de licenciaturas ainda não oferecem uma formação que
possibilite ao futuro professor conhecimentos sobre tecnologias digitais adequadas. Isso
constata que existem lacunas desde a preparação acadêmica dos profissionais em educação,
no que tange estratégias inovadoras de ensino. Outro aspecto importante que deve ser
trabalhado com os educadores é o da abrangência de sua formação e da sua atuação
político-social na escola.
Portanto, os embates sobre a didática mencionam a falta de esclarecimento do saber
entre os educadores e envolvidos da área, busca-se explicações sobre o enfraquecimento no
campo disciplinar e investigativo da pedagogia e da didática. Os problemas envolvendo a
didática podem ser compreendidos quando se tem uma visão do campo disciplinar, usando
meios para experiência humana na cultura e na ciência, visando o desenvolvimento humano.
No campo investigativo e profissional a didática é um dos focos principais na
formação de docentes, dando assim uma capacidade maior de investigar e definir os saberes
profissionais. Sendo assim, a esta cabe assegurar a unidade entre o ensino e a
aprendizagem, percorrendo dimensões sociológicas, psicológicas e epistemológicas (teoria
do conhecimento). Assim, para compreender o cenário de possibilidades que se descortina
com a integração de tecnologias no ensino e na aprendizagem, é necessário ter clareza das
intenções e objetivos pedagógicos, das possíveis formas de representação do pensamento,
das características de narratividade, roteirização e interação entre as tecnologias (ALMEIDA
e PRADO, 2009).
Considera-se importante ao professor conhecer as possibilidades metodológicas que
as tecnologias trazem para trabalhar o conteúdo, através de atividades criativas, de um
processo de desenvolvimento consciente e reflexivo do conhecimento, usando
pedagogicamente os recursos tecnológicos, com perspectiva transformadora da
aprendizagem escolar (PEREIRA e FREITAS, 2010). Mas estas novas metodologias devem ser
consideradas como facilitadoras da aprendizagem, mas jamais devem substituir a
importância da informação e do ensino (ANTUNES, 2010). As tecnologias facilitam
extraordinariamente nossa vida, mas também não podemos ignorar que a excessiva
dependência delas nos torna vulneráveis individual e coletivamente, entretanto, para evitar
ou superar o uso ingênuo dessas tecnologias, é fundamental conhecer as novas formas de
aprender e de ensinar, bem como de produzir, comunicar e representar conhecimento,
possibilitadas por esses recursos, que favoreçam a democracia e a integração social
(ALMEIDA e PRADO, 2010).
3.2 Métodos de ensino para um diferencial na sala de aula
Professor e aluno mantêm relações específicas com o objeto do saber, ou seja,
quando estes sujeitos compartilham conhecimentos escolarizados, para o desenvolvimento
do saber, dessa forma essa ligação acontece por meio de objetivos a serem atingidos e assim
são, consecutivamente constituídos por meio de métodos de ensino. Um educador que quer
de certa forma um diferencial na sala de aula, não pode se deter apenas no conteúdo que irá
ensinar e nem subestimar a capacidade de seus alunos em aprender coisas novas, pois o
aprender vai muito além dos métodos tradicionais como: livros, quadro de giz, cartazes ou
até mesmo vídeos, novos recursos devem ser aplicados para que os alunos possam receber
os incentivos necessários no seu processo de formação. Através de uma simples conversa
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com o educador, este discente poderá traçar caminhos reconhecer suas verdadeiras
necessidades. A comunicação entre educador e o educando é um grande desafio a ser
vencido, tendo em vista que essa interação contribui para melhorar o desempenho ensino
aprendizagem. Deste modo, fica mais fácil para o educador buscar alternativas, adicionando
prazer em sua forma de ensinar, assim compartilhando seu conhecimento de maneira eficaz,
facilitando a aprendizagem.
Com isso, destaca-se como ferramenta de ensino o uso da informática nas escolas,
sendo um diferencial que favorece o trabalho de educadores e principalmente os alunos que
se incentivam com as tecnologias. Sendo assim, o uso da TICs é um grande aliado do
educador no processo de motivação. Algumas características nos recursos tecnológicos
devem estar presente para motivacionar os alunos como: atratividade, capacidade de
despertar interesse no aluno, desafios pedagógicos, estímulo à participação do aluno, nível
de atividade adequado à faixa etária, adequação dos recursos da mídia: imagens, efeitos e
sons e adequação dos recursos do hipertexto às atividades pedagógicas (BARROS, 2009).
Com o uso da tecnologia, o professor passa a ser um facilitador que orienta o
processo e o aluno passa a ser mais independente em seu processo de aprendizagem
(BARROS, 2009).
Portanto, o emprego dos recursos, materiais ou equipamentos didáticos, favorece ao
educador uma própria experiência profissional garantindo com que seu cotidiano dentro da
sala de aula apresente um desempenho facilitador baseado em um planejamento e
elaboração de aulas que contribuam para promover a cidadania. As práticas educacionais
cotidianas permitem constatar, a necessidade urgente de uma visão mais ampla para os
suportes didáticos. Deve-se ter muito cuidado para os recursos tecnológicos não serem
utilizados na perspectiva tradicional, aquela que transpõe o papel do professor cuja
presença é autoritária como o dono do saber, exigindo do aluno uma postura passiva de
mero receptor do conhecimento (BARROS, 2009).
Analisando contextos específicos pode-se dizer que a informática é um recurso
pedagógico importante, onde o educador consegue um avanço na qualidade de ensino, é o
campo muito explorado em termos de técnicas para um diferencial no âmbito escolar.
Abrange todas as séries buscando métodos que facilitem a busca e a superação do aluno em
aprender, facilitando para o educador desempenhar seu papel em ensinar. Logo, as formas
de aperfeiçoamento geram uma superação entre educador e educando, onde ambas as
partes desenvolvem totalmente seus potenciais. Assim como, a implantação da informática
nas escolas é o método inovador que gera avanço no ensino e aprendizagem, favorecendo o
educador e o aluno melhorar o desempenho na sala de aula.
3.3 Informática no ensino e na aprendizagem
No que se refere ao uso da Informática como um recurso pedagógico que propicia
um aumento na eficiência e na qualidade do ensino, antes de tudo, é necessário fazer
relação com a realidade da educação de seus educadores e educandos, assim como pensá-la
voltada para a busca da superação dos problemas de ensino; bem como procurar identificar
as formas que constituam respostas para os problemas da educação. Dessa forma, pode-se
dizer que o uso do computador nas escolas vem crescendo, e rompendo barreiras no ensino,
preparando e facilitando o desempenho escolar satisfatório, tanto para o educando como
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para o educador, que através dessa ferramenta consegue uma boa evolução dentro e fora
da sala de aula. Preparando o indivíduo para exercer conhecimentos tecnológicos.
Concomitantemente, o computador representa um instrumento educacional, uma
fonte, um canal de comunicação. Embora, a mera presença do computador já constitua um
ato de aprendizagem, este ocorre quando este artefato digital é utilizado pelo aluno de
forma multidisciplinar.
Hoje em dia, os indivíduos já nascem em contato com as tecnologias, o educador tem
uma consciência ampla que a introdução da informática no ensino é importante, e contribui
numa visão geral para elaboração de recursos que fazem parte da construção do
conhecimento do aluno.
Numa visão geral do sistema educacional, o Brasil precisa melhorar e ampliar a
capacitação dos educadores, de acordo com Frigotto (1996), o desafio encontrado
atualmente na formação dos profissionais da área educacional é a questão da formação
teórica e epistemológica.
Dessa forma, refere-se ao computador como uma máquina de gerar possibilidades,
onde surgem ideias e conclusões.
Sendo assim, as TICs são recursos tecnológicos, que se integram proporcionando uma
comunicação variada em vários tipos de processos nos âmbitos educacionais. E vem
contribuindo como um diferencial extremamente eficaz, que aperfeiçoa a relação do ensino
em sala de aula, ou seja, é uma tecnologia usada para reunir, contribuir e compartilhar
informações, desse modo as TICs proporcionam o melhor desenvolvimento, usando a
tecnologia em prol da educação, somando-se com os métodos mais usuais como giz, quadro,
livros e jogos pedagógicos lúdicos enriquecendo a aprendizagem.
3.4
Novo papel do educador
Em um mundo em constante mudança, a educação escolar tem de ser mais do que
uma mera assimilação certificada de saberes, a escola precisa assumir o papel de formar
cidadãos conscientes para analisar criticamente o excesso de informações e para a
complexidade do mundo, inovações e as transformações sucessivas dos conhecimentos de
todas as áreas (KENSKI, 2010). A escola tem como função preparar cidadãos para o trabalho
e para a vida, não pode e não deve ficar à margem do processo de tecnologização da
sociedade, sob pena de ficar defasada, desinteressante, alienada e de não cumprir suas
funções (DEMO, 2008).
Na sociedade contemporânea, a proposta de uma educação de qualidade para todos
torna-se cada vez mais desafiadora para o docente. O mundo do trabalho está selecionando
um profissional diferente daquele que vínhamos acostumados a considerar como ‘o ideal’ele precisa conhecer a técnica, a si mesmo e saber lidar com imprevistos provenientes das
relações interpessoais. Depois disso, a tecnologia está tomando um desenvolvimento
assustador e tem sido um instrumento de aprendizagem indispensável. As desigualdades
sociais vêm gerado conflitos entre as nações, que refletem no modo de viver do nosso aluno
– vemos retratos de violência na escola, o desrespeito para com as figuras de autoridade e
para com os iguais. As descobertas científicas e a mundialização da economia trazem
profundas alterações na nossa forma de viver.
8
Arroyo (2000), ao reforçar a ideia de uma nova pedagogia, capaz de recuperar a
centralidade do como, comenta que a escola pode ser um espaço facilitador do
desenvolvimento ou um entrave para ele. Para que possamos nos encaminhar a uma
educação de qualidade, precisamos refletir sobre como nossos alunos aprendem mais. E
nesta direção o mesmo autor afirma que os alunos aprendem os conhecimentos que
ensinamos através de nossas posturas, dos processos e dos significados que são postos em
ação na dinâmica do relacionamento entre professor e aluno (ARROYO, 2000, p. 110 ).
A discussão sobre a Educação de qualidade versa num tema enormemente discutido
pelos docentes em espaços de formação de professores. No entanto, na prática
encontramos poucos avanços neste sentido. Sendo assim Rios (2006) afirma:
“O ensino de melhor qualidade é aquele que cria condições para a formação de
alguém que sabe ler, escrever e contar. Ler não apenas as cartilhas, mas os sinais do mundo,
a cultura de seu tempo. Escrever não apenas nos cadernos, mas no contexto de que
participa, deixando seus sinais, seus símbolos. Contar não apenas números, mas sua história,
espalhar sua palavra, falar de si e dos outros (RIOS, p. 2006 ).
Complementando o que foi dito acima, podemos inferir que faz-se necessário a
construção de uma nova postura educacional. Sendo assim, Enricone (2006) comenta que o
educador, enquanto agente Educacional, necessita, além de dominar o conhecimento de
suas disciplinas, ser um facilitador/mediador da aprendizagem de seus alunos. “Aparece,
então, a dimensão de aprendizagem do professor, que é mais do que aprender os conteúdos
e as novidades de uma área. Cada vez mais se assume que o professor é um construtivista”
(ENRICONE, 2006, p.53). Corroborando com isso Zabalza (2004) cita os grandes desafios da
formação dos professores universitários e dentre estes, está a passagem de uma docência
baseada no ensino para a docência fundamentada na aprendizagem. Para ele, o professor
antes de preocupar-se com sua disciplina, deveria comprometer-se mais com a pessoa do
aluno, ocupando o lugar de facilitador da aprendizagem. O autor fala que a docência
baseada na aprendizagem supõe dupla competência, a científica e a pedagógica, sem
privilegiar nenhuma das duas.
A função de educar para a sociedade de educação de acordo com TAKAHASHI (2001)
trata-se de formar indivíduos para aprender a aprender, de modo a serem capazes de lidar
positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica. Pensar em
educação na sociedade da informação exige aspectos relativos às tecnologias de informação
e comunicação, a começar pelos papéis que elas desempenham na construção de uma
sociedade que tenha a inclusão e a justiça social como uma das prioridades (KENSKI, 2010,
MORIN, 2000).
4. Considerações Finais
Vive-se em um mundo globalizado e a grade curricular da educação básica deve
considerar não só as universidades, mas também a formação para a vida. Antes o educador
se limitava apenas alguns métodos e recursos para ensinar, hoje precisa sempre estar se
aperfeiçoando e inovando seu material de aula, elaborando atividades diferentes,
organizando espaços que proporcionem um desenvolvimento escolar satisfatório.
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Diante disso, é preciso buscar formas didáticas inovadoras, porque o campo
educacional torna-se cada vez mais complexo, exigindo do educador um aperfeiçoamento
constante, que irá aperfeiçoar efetivamente o ensino dentro da sala de aula.
Nesse contexto, as tecnologias como, por exemplo, o computador usado como
complemento na aprendizagem é um meio que incentiva o aluno a querer aprender,
promovendo uma satisfação tanto para o educador quanto para o educando. Esse recurso
traz uma série de novidades, pois com o uso dessa ferramenta tudo se torna mais rápido e
fácil, contribuindo para um melhor desempenho escolar e servindo como recurso
pedagógico de apoio para educador e educando.
Sendo assim, é fundamental hoje uma grade curricular com várias possibilidades de
arranjos, otimizando o tempo das atividades em sala de aula, favorecendo assim a troca de
experiências, ampliando a conexão entre o educador e o educando para alcançar uma
educação com qualidade. Portanto, conclui-se que o uso das tecnologias de comunicação e
informação no ensino representa um grande desafio para os educadores, pois, exige
capacitação e uma metodologia e planejamento de ensino adequado.
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