Combate à fome

Este número da Revista Raízes publica o Dossiê “Reavaliando a Aquisição Institucional de Alimentos”, organizado pelos professores doutores Márcio Caniello (UFCG/PPGCS), Sergio Schneider (UFRGS/PGDR) e Rita Inês Paetzhold Pauli (UFSM), além de Danny Hunter (GEF/UNEP/FAO/Biodiversity International), os quais, na Apresentação (também publicada em inglês), levam o leitor para uma viagem guiada pelo estado da arte das pesquisas que com põem este Volume.
O Dossiê reúne reflexões e análises de pesquisadores de Universidades brasileiras, da Europa e da América do Norte, de Organismos Internacionais e Organizações Não Governamentais sobre a temática das políticas públicas voltadas à aquisição de alimentos, uma inovação institucional importante no quadro do desenvolvimento rural contemporâneo e da segurança alimentar das populações da cidade e do campo, de países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O conjunto de dez artigos que compõem este número de Raízes – produzidos por pesquisadores que têm se dedicado a refletir sobre questões como a multifuncionalidade da agricultura, as cadeias alimentares locais e as relações urbano-rurais, elementos permeados pelas conexões entre a produção e o consumo de alimentos e a participação das políticas públicas nesses processos – foram originalmente apresentados em Grupo de Trabalho que integrou a programação da Segunda Conferência Internacional de Agricultura numa Sociedade em Urbanização, realizada de 14 a 17 de setembro de 2015 em Roma.

Em 1996, no seio da Cúpula Mundial da Alimentação, foi redigida, através da atuação da FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a Declaração de Roma sobre a Segurança Alimentar Mundial, com o objetivo de erradicar a fome no mundo. Na condição de país membro da organização, coube ao Brasil reforçar as políticas públicas nesse sentido, criando novos mecanismos para intensificar a queda no percentual de famintos em seu território. No presente artigo, serão apresentados alguns desses mecanismos, ressaltando os erros, os acertos e as necessidades ainda vigentes de maior atuação do país para o efetivo cumprimento do pactuado, sem se eximir de apontar proposições para o avanço no tema.