Este artigo discute o processo de subjetivação no processo de trabalho e cuidado, e toma como referência a ideia de subjetividade em Spinoza. O trabalhador opera na liberdade se conseguir controlar as afecções e suas capturas, abrindo-se...
moreEste artigo discute o processo de subjetivação no processo de trabalho e cuidado, e toma como referência a ideia de subjetividade em Spinoza. O trabalhador opera na liberdade se conseguir controlar as afecções e suas capturas, abrindo-se assim para um Trabalho Criativo. Se agir capturado pelas linhas capitalísticas, da moral ou da ciência, ele age conforme estas lógicas, e portanto, na servidão. Conclui-se que é difícil um processo de trabalho que opera apenas pela servidão, ou pela liberdade, entre estas duas possibilidades, verifica-se mais provável uma variação definida por luta entre as forças em jogo, onde diferentes graus de liberdade se impõem no processo de trabalho. O Trabalho Criativo é visível na dimensão micropolítica do trabalho em saúde, em espaços circunscritos ao processo de trabalho, em diferentes formatos e intensidades. Através dele é possível criar desvios, inovações ao padrão instituído de cuidado, operando assim projetos terapêuticos criativos, expressão da liberdade.