O planejamento familiar assume um lugar de destaque na vida das mulheres, sendo regulado pelas previsões da lei n. 9.263/1996. Considerando que a esterilização voluntária corresponde a uma das perspectivas de tal planejamento, bem como a... more
O planejamento familiar assume um lugar de destaque na vida das mulheres, sendo regulado pelas previsões da lei n. 9.263/1996. Considerando que a esterilização voluntária corresponde a uma das perspectivas de tal planejamento, bem como a proximidade entre a pauta dos direitos reprodutivos e o movimento feminista, esta pesquisa tem por objetivo geral articular as características da 4ª onda feminista no Brasil com os aspectos da esterilização compulsória das mulheres, a fim de demonstrar a relevância da questão racial nesse contexto. O texto busca responder à seguinte pergunta de pesquisa: De que modo a interseccionalidade representa uma ferramenta teórica de análise da esterilização compulsória de mulheres brasileiras como uma política eugênica?, levando em conta, ao final, que o planejamento familiar é uma questão atravessada por problemáticas que ultrapassam a questão de gênero.