Pedagogia do espaço

Este capítulo pretende abordar la relevancia pedagógica de algunas de
las experiencias “olvidadas” en las reformas programáticas actualmente
vigentes en el país. Tales dimensiones están más cerca de una omisión que de un simple acto de mala memoria. Así es el caso, especifico, de las experiencias del espacio y el lugar en la escuela, y en particular de su sentido pedagógico.

Esta pesquisa busca compreender os usos e apropriações do espaço urbano pelas crianças de uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) da cidade de São Paulo, localizada na Praça da República, região central. O referencial teórico, que aporta as reflexões apresentadas, compõe-se com as ideias de Henri Lefebvre, Michel de Certeau e Francesco Careri. Tais autores apontam para a presença, nas práticas espaciais cotidianas dos sujeitos, de experiências de apropriação a partir do uso que se contrapõem à lógica dominante de produção espaço. São propostas às meninas e meninos participantes da investigação, situações de caminhadas, fotografia e desenho na Praça da República e arredores, que subsidiarão as reflexões sobre essas experiências de apropriações quando vividas por meninas e meninos. A partir dessas situações, são analisadas as relações estabelecidas entre adultos, crianças e espaço, buscando articulá-las a fenômenos sociais em contextos urbanos mais amplos. Como metodologia, utiliza-se a observação participante presente na perspectiva etnográfica, além da proposição para as crianças de situações de fotografar e desenhar. A conclusão aponta para a existência de apropriações infantis do espaço a partir do uso, destacando a contribuição de investigações com a infância em contextos urbanos para inclusão de sujeitos historicamente invisibilizados nas análises sobre as formas de produção do espaço da cidade.

Este artigo tem como objetivo apresentar a experiência do modelo espetacular denominado Teatro de Figuras Alegóricas, realizado na Universidade de Sorocaba e desenvolvido por Ingrid Koudela, cujos eixos de fundamentação são o jogo teatral, proposto por Viola Spolin, e a leitura de imagens. O tema é abordado a partir da discussão do espaço teatral, dos procedimentos de espacialização da cena e dos seus vínculos do lugar com as narrativas visuais na criação espetacular.

O texto surgiu da necessidade, diagnosticada em um curso que proferi na UFRN, em valorizar os espaços de convivência da universidade. Para tanto, foi problematizado no curso o conceito de vivência como presença e “significatibilidade”, baseado no pensamento de Nietzsche. Em seguida buscou-se definir o que seria uma convivência e mais ainda: um espaço de convivência e sua vantagem em relação ao de convivência virtual. Para tanto, foi definido que espaços de convivência seria diferente de espaço de tolerância, pois na convivência se está presente diante do outro, já que conviver é mais do que sobreviver junto. Por fim, foi definido que garantir a segurança e promover a vigilância destes espaços é necessário, mas não é o essencial. Quando a segurança do espaço de convivência prejudica a espontaneidade e significatibilidade da convivência, ela se torna prejudicial para aquele espaço, pois atenta contra a sua finalidade.

o presente artigo apresenta algumas considerações ligadas à denominação e emprego do termo lugar teatral , apresentando-o como um conceito vinculado, ao mesmo tempo, a condicionantes do espaço teatral e do espaço geográfico, compreendido como um agente, uma espécie de mídia definidora da atividade teatral. Assim como, discute a “glamorização” dos lugares teatrais adaptados a função teatral.

Uma reflexão sobre Os Satyros não pode ser  dissociada dos lugares nos quais a companhia realiza seus projetos cênicos e culturais, os teatros: Espaço dos Satyros I e II - uma vez que existe, desde a sua origem, uma forte relação entre os espaços ocupados pela companhia e a sua proposta cênica/social.

Este artigo tem como objetivo apontar o resultado da interferência das políticas públicas na  edificação de lugares  teatrais, na cidade de São Paulo, entre os anos de 1999 e 2004. E propor a partir dessa cartografia elementos que permitam investigar, pelo viés do espaço, as relações entre o lugar teatral e a cidade na constituição do território teatral.