Artigo Granito e Mármore
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Abstract
This paper presents a general review on the Brazilian ornamental rocks, in special the
“granites”, in their mode of field occurrence, variety, quarry explotation and utilities as construction
materials. Brazilian market classifies rocks in four commercial categories: “granite”, “marble”,
“slate” and “basalt”.
The “granites” correspond to holocrystalline coarse-grained igneous and metamorphic rocks
made up of silicate minerals, such as granite, granodiorite, quartz diorite, nepheline syenite, augen
gneiss and charnockite. They have very high lustre on polished surface and, according to the colour,
are classified in red, brown, yellow, blue, green, black and grey groups. The blue granite of the
State of Bahia, in fact a sodalite syenite, is of the highest commercial value. The granitic rocks
characterised by abundant red alkaline feldspar are also highly evaluated and they commonly take
place as small rock bodies intruding in late Precambrian continental collision zones. Their quarry
operation is limited to boulders. Because of high surface lustre, good chemical resistance, and
excellent physical durability, the “granites” are classified as the best ornamental rocks and used
mainly for floor, wall, column and table counter.
The “marbles” involve general carbonate rocks, either metamorphic or non-metamorphic
ones, such as marble and limestone, and are characterised by high polished surface lustre next to
“granites”. Because of relative low hardness, they are easy to cut and polish. Most of the polished
Brazilian marble is Precambrian metamorphic rocks. The rock composed purely of carbonates is
white in colour. When certain types of secondary minerals are included, the rocks appear yellow,
pink, green, brown and black. The light yellow-coloured limestone of the State of Bahia is widely
used in Brazil due to its brecciated texture. The “marbles” are mined from outcrops and applied
mainly to floor, wall, column and table counter.
The “slates” and “basalts” are classified as semi-ornamental rocks and used without surface
polish. Brazilian “slates” are extracted from outcrops of Permian sedimentary rocks and used
mainly for interior floor. Grey-coloured slate is of high commercial value. Exceptionally, some
types of Precambrian quartzite, muscovite schist and paragneiss are mined and sold as “slate”.
The “basalts” are peculiar semi-ornamental rocks that occur exclusively in southern
Brazilian. In fact, they are rhyolitic pyroclastic flow deposits of extremely high-grade welding with
well-developed secondary flow texture. Their normal colour is light grey, but depending on the
secondary minerals and as well as weathering, they can be yellow, brown, red, dark grey and black.
The quarry operation is in outcrops and the main use is for floor and wall.
Introdução
A rocha, em geral, é um recurso natural da maior importância e de grande valor para a
construção civil. Além da aplicação direta, as rochas são utilizadas como matéria prima para a
confecção de diversos produtos, tais como peças de móveis.
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Desde a época do Império Romano, o ser humano utiliza calcários e mármores como
materiais de construção. Na época da colonização portuguesa, foram utilizadas no Brasil as rochas
graníticas e gnáissicas talhadas, ou seja, não polidas, para colunas de prédios, molduras de janelas,
escadas externas, etc. O uso das rochas polidas importadas da Europa sobretudo mármores,
começou no período colonial. Depois da independência do Brasil, acentuou-se a sua utilização
como pisos, escadas, pias, etc.
A produção nacional de mármore iniciou-se no Século XX, em 1908, no Município de Mar
de Espanha, sul do Estado de Minas Gerais e, em 1938, conseguiu cobrir 73% do consumo nacional.
Até a primeira metade do Século XX, os mármores foram mais utilizados para usos ornamentais
altamente decorativos, portanto, as lojas que trabalham com rochas ornamentais são denominadas,
“marmorarias”, no entanto, atualmente além de mármores outros tipos de rochas são
comercializados. Junto com a importação da tecnologia de corte das rochas por meio de serras
diamantadas motorizadas em maiores escalas industriais, o uso dos “granitos” iniciou-se na década
de 1950. O termo “granito” aqui apresentado não corresponde exclusivamente à rocha denominada
granito, englobando também outras rochas.
Atualmente, observa-se a utilização das rochas na forma talhada na construção de meios fios,
muros, pontes, revestimentos de túneis, calçamentos, bem como na forma polida, nos revestimentos
para pisos, fachadas de prédios e paredes em ambientes internos e externos, e também como peças
de ornamentos domésticos. O presente trabalho oferece uma visão geral das rochas ornamentais do
Brasil, com enfoque especial nos “granitos”.
Rochas ornamentais
As rochas chamadas “ornamentais” stricto sensu são aquelas submetidas ao polimento e
utilizadas com fins decorativos na superfície de objetos (Fig. 1A), diferentes daquelas utilizadas
como materiais de construção em geral, cuja importância principal é a firmeza física. Neste sentido,
o alto brilho da superfície polida é um fator de extrema importância. No lato sensu, são incluídas as
rochas não polidas para usos decorativos, consideradas “rochas semi-ornamentais” (Fig. 1B).
A produção e o consumo das rochas ornamentais do Brasil apresentou crescimento notável
nas últimas décadas, sendo utilizadas amplamente para revestimento externo de prédios, pisos,
paredes, mesas, pias, etc. Em comparação com outros países, o uso das rochas ornamentais no
Brasil é muito grande, sobretudo, as rochas altamente decorativas de coloração vermelha, rosa,
Fig. 1 - Uso ornamental das rochas: A) rocha ornamental, granitos de várias cores para piso e revestimento de
coluna, Estação de Tokyo, Japão; B) rocha semi-ornamental, paramilonito de Santo Andônio de Pádua, RJ,
chamado comercialmente de Pedra Miracema, para revestimento de muro.
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amarela, verde e azul, chamadas popularmente de “rochas coloridas”, são abundantes tanto em
quantidades quanto em variedades.
Alguns estados brasileiros destacam-se na produção de rochas ornamentais, tais como
Espírito Santo, Bahia, Ceará, São Paulo, Pernambuco, Goiás e mais recentemente, Rio de Janeiro.
Desta forma, os governos estaduais de São Paulo (IPT, Caruso et al., 1990), Bahia (SGM, 1994),
Goiás (SICTG, 1995) e mais recentemente Rio de Janeiro (DRM, 2001) publicaram catálogos das
rochas ornamentais produzidos em cada estado com objetivo de incentivar a produção e a venda. O
Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNMP) e Companhia
de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), publicaram perfis analíticos e livros de rochas
ornamentais do Brasil (Azambuja & Silva, 1977, Schobbenhaus et. al., 1991, etc.). Desta forma, as
rochas ornamentais consolidam-se como um importante recurso natural do Brasil.
Granitos ornamentais
As rochas ornamentais comercialmente mais importantes são os “granitos” e a maioria é
produzida nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Certos “granitos” ornamentais do
Brasil são famosos até no exterior. Além de ter beleza visual, são as rochas mais resistentes, não
perdendo o brilho de polimento durante longos anos. Desta forma, desde os tempos antigos os
“granitos” são tratados como material de luxo na construção. Sobretudo, os “granitos” coloridos são
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muito procurados no mercado. As tumbas dos faraós das pirâmides do Egito foram construídas com
“granitos” e o corpo principal das pirâmides, com calcários.
Os “granitos” explotáveis ocorrem tanto em matacões (grandes blocos de rocha) quanto em
afloramentos. Os matacões de rochas graníticas com tamanho acima de 2m estão muitas vezes “in
situ”, não sendo blocos rolados. Portanto, após a retirada dos matacões, aparece o afloramento
composto da mesma rocha (A). A explotação de matacões tem menor custo, necessitando menor
capital inicial para a produção. A maioria dos “granitos” ornamentais brasileiros está sendo
explotada a partir do corte de matacões (Fig. 2B). A explotação dos afloramentos necessita de maior
capital inicial, equipamentos e tecnologia, sendo assim, encontram-se sob a forma de grandes
pedreiras de escala empresarial (Fig. 2C).
A. B.
matacão
10 m
rocha não alterada
C.
ic o
a
o ér
n ic
n ic s f
eixo da faixa metamórfica
b
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o c nt o
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Fig. 3 - Diagrama explicativo de processo de formação do granito anorogênico (tipo A) durante o evento de
colisão continental, segundo Motoki & Vargas (2000).
A. B.
C. D.
Fig. 4 - Superfície polida dos alguns “granitos” ornamentais: A) Granito Vermelho Itu; B) Granito Rosa
Capri; C) Granito Preto Tijuca; D) Granito Mesquita. As imagens foram capturadas pelo método segundo
Motoki, et al. (1999). O tamanho da fotografia em escala real é 7 x 4cm.
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Os “granitos” amarelos são representados pelo Granito Ouro Velho (monzogranito, Rio de
Janeiro - RJ), que se encontra também na forma de pequenos corpos tabulares, como diques. A
parte não alterada desta rocha é de cor cinza de baixo valor econômico, entretanto, torna-se amarelo
devido ao hidróxido de ferro originado da desintegração intempérica da biotita. O Granito Juparaná
é um gnaisse de origem granítica cuja cor amarela é originada pelo mesmo processo intempérico.
O Granito Verde Ubatuba (charnockito, Ubatuba - SP) é o “granito” ornamental
representativo da cor verde. Certos produtos são caracterizados pelos porfiroblastos orientados de
feldspato alcalino de tamanho grande, até 10cm de comprimento. Apesar da cor verde escura, a
composição mineralógica não é máfica mas félsica, sendo que, o quartzo e os feldspatos possuem a
cor verde. Recentemente, estão aparecendo em várias localidades do Brasil as rochas ornamentais
granulíticas de cor escura. O Granito Verde Tunas (álcali feldspato sienito, Tunas - PR) ocorre na
borda de corpo intrusivo sienítico do Cretáceo, caracterizado pelo feldspato alcalino de cor verde.
O Granito Azul Bahia (sodalita sienito, Itajú do Colônia, Itapetinga, Santa Cruz da Vitória,
Itarantina - BA) está dominando o mercado dos “granitos” azuis. A rocha mãe é um nefelina sienito
gnaisse de cor cinza. A sodalita, a que se atribui a cor azul, é formada pela transformação da
nefelina através do metassomatismo por fluído com cloro no final do Precambriano. Os corpos
nefelina sieníticos tem forma lenticular de cerca de 500m de comprimento e 50m de largura,
encaixados por paragnaisses com contato tectônico. Na área da rocha encaixante paragnáissica,
estes se encontram espalhados em uma extensão de 100km com configuração paralela. O aspecto
visual desta rocha é muito heterogêneo, desde a fase de baixo teor de sodalita com textura similar a
granito, de valor em torno de US$ 600 por me tro cúbico em preço de pedreira, até a fase de alto teor
de sodalita com textura gnáissica de valor superior a US$ 2500. A explotação é realizada tanto nos
matacões quanto nos afloramentos.
Os “granitos” pretos são representados pelo Granito Preto Tijuca (quartzo diorito, Rio de
Janeiro - RJ). Esta rocha também ocorre em um corpo pequeno de 2km. Apesar de ter a cor preta,
esta rocha não é um gabro, mas uma rocha relativamente félsica, e o mineral constituinte principal,
plagioclásio, possui a cor escura (Fig. 4C). Após o polimento, apresenta a superfície brilhante de
cor preta. A lavra era somente de blocos e o preço era alto, em torno de US$ 1000 nas pedreiras.
Entretanto, a explotação foi interditada há cerca de 10 anos. Para substituí-lo, apareceram as rochas
ornamentais de outros estados, tais como o Granito Preto Itaoca (quartzo diorito, Itaoca - ES). No
Uruguai, encontra-se o Granito Negro Absoluto. Este é uma rocha máfica verdadeira, sendo dolerito
ou microgabro, que ocorre na forma de diques de intrusão no início do Cretáceo.
O Granito Ás de Paus (nefelina sienito, Nova Iguaçú - RJ) é o “granito” representativo de
cor cinza, caracterizado pelo feldspato alcalino de cor cinza clara, o anfibólio e o piroxênio de cor
preta e a nefelina de cor cinza escura (Fig. 4D). O efeito de polimento e a durabilidade não
alcançam os do granito e do granodiorito, porém, é muito superior aos dos mármores, sendo uma
rocha ornamental mais freqüentemente utilizada no Estado do Rio de Janeiro. O Granito Cinza
Andorinha (mo nzogranito, Mage - RJ) pertence ao mesmo corpo granítico do Granito Ouro Velho
porém, é utilizada a sua parte não alterada de cor cinza com bom efeito de polimento. A fase de
granulometria ligeiramente fina e de textura porfirítica é muito procurado no mercado.
Mármores
Os mármores cientificamente são rochas metamórficas e recristalizadas de granulometria
grossa de compostos principalmente de minerais carbonáticos, tais como calcita (CaCO3) e
dolomita ((Ca,Mg)CO 3), etc. Mas sob o ponto de vista comercial, são incluídas também as rochas
carbonáticas sedimentares, tal como calcário.
Atualmente, o “mármore” brasileiro cobre quase inteiramente o consumo nacional, além de
ser amplamente exportado. Sendo diferente dos “granitos”, a explotação é totalmente de
afloramento, porém, a profundidade de escavação ainda é baixa. Os mármores de ótima qualidade
que estão em maior profundidade são importados. O mármore composto puramente de carbonato de
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Ardósias e Basaltos
As “ardósias” são rochas semi-ornamentais utilizadas principalmente como decoração
interna de pisos, junto com a pintura de verniz para dar brilho artificial. As principais pedreiras
estão presentes nos Estados de São Paulo e Paraná, explotando-se os afloramentos de folhelho e
ardósia da sedimentação permiana não metamorfoseados. Existem as variedades de cores verde e
cinza, e o tipo cinza é avaliado com preço mais elevado.
Como uma “ardósia” especial, menciona-se a Pedra de São Tome (quartzito, São Tomé de
Letras, MG), que é utilizado para pisos e revestimentos. Esta rocha é um quartzito de metamorfismo
do final do Precambriano com camadas finas de muscovita de espessura em torno de 2mm, com
intervalos aproximados de 10cm. Através destas camadas, as rochas se rompem paralelamente,
como se fossem ardósia. A explotação é realizada somente em afloramentos.
As rochas deformadas nas zonas de cizalhamento, denominadas milonito, também, são
explotadas como um tipo especial de “ardósia”. A Pedra Madeira (milonito de composição
granítica, Santo Antônio de Pádua, RJ) e a Pedra Miracema, (milonito de composição biotita
gnáissica, , Santo Antônio de Pádua, RJ) são representativas. O uso principal é revestimento externo
de muros e paredes.
O “basalto” é uma rocha semi-ornamental de caráter peculiar, sendo pouco conhecido até
mesmo dentro do Brasil, com a exceção da Região Sul. De fato, esta rocha não é um basalto, mas,
fluxo piroclástico altamente soldado de composição riolítica a dacítica, com textura desenvolvida de
fluxo secundário. Os fluxos piroclásticos ocupam a parte superior do platô basáltico do Paraná, de
erupção no início do Cretáceo, distribuídos ao longo de 300km com direção leste-oeste. A espessura
total dos fluxos piroclásticos alcança 500m na região litorânea e diminui gradativamente para oeste
(Fig. 6). As unidades de fluxo têm apenas 10cm de intervalo e a rocha se rompe paralelamente ao
longo do limite das unidades de fluxo, como se fosse uma ardósia. Devido ao alto grau de
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soldamento, a rocha tem alta firmeza em certos locais, portanto, aí é explotado como brita para
construção de estradas. A cor geral é normalmente cinza clara, porém, apresenta-se com as cores
amarela, marrom, vermelha, cinza escura, preta, etc., de acordo com impurezas e intemperismo. Em
torno das cidades de Nova Prata e Veranópolis, RS, são realizadas explotações de afloramentos em
grande escala. As rochas cortadas são utilizadas para pisos, muros, paredes, pavimentações
decorativas, etc. (Fig. 7).
Fig. 6 - Perfil geológico esquemático das lavas basálticas do Paraná e dos fluxos piroclásticos de composição
riolítica - dacítica (“basalto” comercial), encontrados nos Estado do Rio Grande do Sul - Santa Catarina. A
escala vertical do perfil está exagerada.
Pedra portuguesa
A expressão pedra portuguesa representa fragmentos subcúbicos de rochas de tamanho
aproximado de 8cm utilizados geralmente em calçamento decorativo. Na maioria dos casos, são
empregadas as rochas de duas cores, preta e branca e, eventualmente mais uma cor, a vermelha (Fig.
8). As rochas aplicadas são calcário branco acinzentado, preto e vermelho escuro. Em determinadas
regiões, utilizam-se outras rochas. Nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina lava de
basalto é empregada para representar a cor preta e em São Paulo, o arenito para a cor vermelha. No
início, a aplicação da pedra portuguesa se restringia ao uso externo como calçadas. Atualmente,
expandiu-se sua utilização em vários ambientes, inclusive interno.
Produções e preços
Antigamente, as rochas ornamentais não eram consideradas tão importantes em comparação
com as jazidas metálicas e de gemas. Porém nas últimas décadas as rochas ornamentais começaram
aparecer nas publicações do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), tais como:
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Principais depósitos minerais do Brasil (1991), Boletim de Preços, bens minerais produtos
metalúrgicos (1993) e Anuário mineral brasileiro (2000). Entretanto, o método de estatística não
está unificado. Além disso, novos nomes para rochas ornamentais estão aparecendo e
desaparecendo alternadamente, envolvendo numerosas rochas ornamentais não cadastradas. A
Tabela 1 apresenta uma estatística parcial das rochas ornamentais.
Tabela 1 - Preços em bloco bruto, em placa bruta de espessura de 2cm e de 3cm, em placa polida de espessura
de 2cm e de 3cm, e reserva confirmada das principais rochas ornamentais do Brasil.
tendem a explotar os “granitos” de cor cinza de baixo valor econômico em grande quantidade para
evitar estes problemas. Antigamente, o Brasil adotava política de forte proteção de produtos e
tecnologias nacionais. Entretanto, conforme a mudança política depois de 1990, a importação da
tecnologia de ponta se tornou possível para quem tem capital. Nos últimos anos, certas empresas
estão utilizando cabo de aço diamantado para cortar afloramentos. Desta forma, o problema está
atualmente sendo solucionado.
O maior problema está na tecnologia de beneficiamento das rochas, tais como corte,
polimento, arredondamento, etc. No exterior, há casos em que as rochas cortadas no Brasil estão
sendo rejeitadas devido a intolerável heterogeneidade de tamanho e espessura. O polimento da
superfície é freqüentemente grosso e há mercadorias sem arredondamento dos vértices e arestas.
Mesmo assim, essas podem servir para o mercado nacional. Assim, os “granitos” vermelhos do
Brasil, como o Granito Vermelho Itu, estão encontrando dificuldades na concorrência com os
produtos similares da Coréia e da Índia. A exportação dos blocos não beneficiados é possível,
porém, o lucro é baixo. Os “mármores” dolomíticos de cor branca produzido no sul do Estado de
Minas Gerais estão sendo exportados e beneficiados na Itália para serem vendidos como uma parte
do Mármore Cahara. De fato, a situação do mercado internacional não está sendo bem
compreendida pelos produtores nacionais. Apesar da presença dos investimentos para aumento na
produção, há poucos investimentos para aprimoramento da qualidade dos produtos e elevação da
competitividade internacional. A exportação das rochas ornamentais aumentará quando estes
problemas forem resolvidos.
Consideração
O Brasil apresenta uma grande diversidade de rochas ornamentais de excelente qualidade e a
sua utilização está em amplo desenvolvimento, havendo atualmente um esforço nos diversos setores
governamentais na intenção de apoiar os eventos divulgadores tais como: convenções e feiras, com
grande número de participantes pertencentes à associações e revistas especializadas. A universidade
é um dos espaços principais de pesquisas, cujos resultados devem ser difundidos entre o público em
geral. Espera-se que a comunidade científica intensifique mais o interesse na pesquisa e
desenvolvimento para a utilização das rochas ornamentais nos diversos segmentos da sociedade.
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