Mares Editores

Este artigo apresenta a proposta de um projeto de pesquisa iniciado em janeiro de 2016, na Universidade Federal de Rondônia, sob o título O trabalho surdo da destruição: o niilismo na prosa do jovem Machado de Assis. Por isso, defende uma posição teórica ainda em desenvolvimento. Nossa intenção, aqui, é sinalizar um possível caminho para o estudo do niilismo na obra do jovem Machado de Assis, tema que permanecia inédito.

Hip-hop births after decades of civil rights fight in the United States of America, influenced by the country's black music. Bringing a protest and self-assertion tone, hip-hop is exported worldwide, with a great consolidation in Brazil. With Brazilian historical and black musical influences, tied to its original culture, hip-hop consolidates and increase in the country. After more than one decade of its expansion, it allows the black folk to protest against the "status quo", tell their own history, claim and fight for changes and better conditions, besides to give conscience to a large audience. Within this context, the paper emphasize the importance of African origin of this culture producers and costumers, as well as women's importance to the movement and to Brazilian black women representativity. || O hip-hop nasce após décadas de lutas pelos direitos civis nos Estados Unidos, influenciado pela música negra estadunidense. Trazendo um tom contestatório e de autoafirmação, o hip hop é exportado ao mundo, tendo forte frutificação no Brasil. Com influências da história e música negra brasileira, atrelada à sua cultura original, o hip hop se consolida e expande no país. Após mais de uma década dessa expansão, ele permite à população negra contestar o padrão vigente, contar sua própria história, reivindicar e lutar por transformações e melhorias, além de conscientizar um imenso público. Nesse contexto, o trabalho destaca a importância da origem africana dos produtores e consumidores dessa cultura, bem como a importância das mulheres para esse movimento e para a representatividade da mulher negra brasileira.

Dos mitos gregos aos contos de fada, da Odisseia a Senhor dos anéis, da Bíblia ao livro das Mil e uma noites, todas essas e outras formas narrativas, em algum ponto, tematizam ou tangenciam o tema (ou imagem?) da viagem, explorando e enriquecendo imensamente o imaginário relativo a diferentes tipos de deslocamentos espaciais e de seres itinerantes. Entretanto, ao contrário do que ocorria no passado, os espaços se encurtaram, graças a uma pluralidade de motivos dentre os quais se destacam os avanços tecnológicos que facilitaram o movimento das pessoas de um lugar para outro.

Livro organizado por Kélio Júnior Santana Borges. O penúltimo estudo da coletânea foi escrito por Karla Menezes Lopes Niels e se chama Expressões do medo em um fantástico à brasileira. Partindo do fato de que, durante muitos anos, no Brasil, a literatura não pautada na realidade foi, de certo modo, marginalizada pela crítica, a pesquisadora evidencia, entretanto, como atualmente a literatura fantástica vem ganhando cada vez mais espaço entre os estudos literários. A autora discute esse novo contexto em que até autores que não são reconhecidos por uma produção de cunho fantástico ensaiaram contos no gênero, ao mesmo tempo em que outros consagraram-se pela produção de uma literatura distanciada do real. Considerando o fato de parte dessa produção trabalha com temas relacionados ao medo – seja o vivenciado pela personagem seja o sentido pelo leitor –, o estudo analisa quatro contos brasileiros, de diferentes épocas, trata-se de textos que comungam entre si o trabalho com um tipo específico de medo, à luz dos estudos seminais do fantástico e do historiador Jean Delumeau (2009).