Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                
Skip to main content

olga pombo

  • Olga Pombo. Professor of Philosophy of Science at the Department of History and Philosophy of Science, Faculdade de C... moreedit
The series provides a scholarly platform for the growing demand to examine specific evolutionary problems of life and the sociocultural domain from within multiple disciplines. Evolutionary research fields are currently extending the... more
The series provides a scholarly platform for the growing demand to examine specific evolutionary problems of life and the sociocultural domain from within multiple disciplines. Evolutionary research fields are currently extending the classic Modern Synthesis. Scholars have identified numerous means by which life evolves. Besides, by means of natural selection, mechanisms that underlie reticulate evolution, eco-evo-devo, drift theory, and the macroevolutionary sciences shed new light on the origin and evolution of life at all ranks of the biological hierarchy. These new evolutionary approaches are currently implemented in disciplines as varied as the developmental and psychological sciences, the sociocultural and linguistic sciences, physics or medicine which in turn necessitates scholars to cross disciplinary boundaries Interdisciplinary Evolution Research does not adhere to one specific academic field, one specific school of thought, or one specific evolutionary theory. Rather, it ...
Os Deuses nao vao a escola. Nao apenas porque ja sabem tudo, mas tambem porque, ainda que nao soubessem, teriam a sua disposicao todo o tempo para aprender. Mas os homens nao sao imortais e a precaridade da vida veio impor a exigencia da... more
Os Deuses nao vao a escola. Nao apenas porque ja sabem tudo, mas tambem porque, ainda que nao soubessem, teriam a sua disposicao todo o tempo para aprender. Mas os homens nao sao imortais e a precaridade da vida veio impor a exigencia da escola, a urgencia de um ensino.
Tese de doutoramento em Educação (História e Filosofia da Educação), apresentada à Universidade de Lisboa através da Faculdade de Ciências, 1998Este trabalho tem como seu objecto a questão da Unidade da Ciência, tema recorrente de toda a... more
Tese de doutoramento em Educação (História e Filosofia da Educação), apresentada à Universidade de Lisboa através da Faculdade de Ciências, 1998Este trabalho tem como seu objecto a questão da Unidade da Ciência, tema recorrente de toda a cultura ocidental. Aspiração antiga que, em tensão e alternância constantes com a tendência contrária à especialização, atravessa toda a história do pensamento ocidental e que, após um período em que pareceu estar totalmente ultrapassada pela disciplinaridade crescente resultante do acelerado processo de especialização do conhecimento científico que se desencadeou no século XIX, é hoje de novo ressentida como exigência do próprio progresso dos saberes especializados e da inventividade dos seus investigadores. Assim nos parece, de facto, poderem ser interpretados diversos sinais que, das mais diversas formas, se têm vindo a fazer sentir, quer a nível da produção, quer da transmissão e aplicação do conhecimento científico: o apelo à interdisciplinaridade, a revigoração do movimento enciclopedista, a emergência de novas configurações disciplinares tais como a teoria dos sistemas, as ciências cognitivas, as ciências da complexidade, a reabilitação das categorias da globalidade, da interacção, da organização, da teleologia como objecto de uma investigação científica cada vez menos reducionista ou os fenómenos da integração, universalização e mundialização da cultura. Eles seriam como que uma primeira e tímida manifestação institucional da racionalidade transversal que, cada vez mais, liga as várias disciplinas. Não estamos pois perante um tema entre outros, uma ideia mais ou menos bizarra e completamente ultrapassada. Pelo contrário, pensamos que a ideia de unidade da ciência se confunde com a própria ideia de ciência. Na verdade, na sua descrição mais breve, a ideia de unidade das ciências não é mais que a unificação dos saberes, dos dados, das experiências, das regularidades, das leis, das teorias. Conhecer o mundo significa ter dele uma descrição minimal, isto é, unificada, identificar similaridades e formular leis universais. Neste sentido, a unidade da ciência seria a tarefa cognitiva central da própria ciência. Ela corresponde ao projecto de não renunciar à totalidade sob o pretexto de ter que analisar cada uma das partes. A unidade da ciência não é assim um arcaísmo nostálgico mas uma atitude de recusa activa dos limites que resultam da manifesta carência dessa unidade, uma reacção positiva fac e à especialização e à racionalidade instrumental que ela facilita. Dos muitos nomes que, ao longo dos séculos, se confrontaram com a grande questão da Unidade da Ciência, Leibniz é porventura aquele que, de modo mais fecundo e convicto, visa a unidade dos saberes. Nesse sentido, e de algum modo no prolongamento de anteriores investigações (cf. Pombo, 1987), este estudo tem uma tripla ambição: 1) procurar pensar quais os desafios que a actual situação disciplinar dos saberes coloca à concepção unitária do saber de que Leibniz (mas não só ele) é um destacado representante, 2) ver de que modo Leibniz, e toda a tradição enciclopedista que dele se reclama, pode ajudar a pensar as questões que hoje se colocam aos diversos saberes em termos da sua articulação e da mobilidade e reorganização das suas fronteiras, 3) apresentar, nos seus traços gerais, os desenvolvimentos teóricos de Leibniz relativamente à ideia de Unidade das ciências os quais, tendo como pano de fundo o projecto de constituição uma Mathesis Universalis, se inserem no quadro do enciclopedismo filosófico. Em particular, interessa-nos ver de que modo, no contacto com algumas das investigações enciclopédicas que lhe são anteriores, Leibniz persegue o velho ideal lullista de uma ciência única e universal, ideal no qual, segundo cremos, estão pensadas algumas hipóteses e inspirações que podem - e devem - ser hoje de novo consideradas. (...
Partindo do reconhecimento do caracter antinómico que atravessa a questão educativa, procuraremos ver de que modo Agostinho da Silva faz confluir na ideia da Escola o seu rousseauismo optimista e o seu platonismo militante. Aparentemente... more
Partindo do reconhecimento do caracter antinómico que atravessa a questão educativa, procuraremos ver de que modo Agostinho da Silva faz confluir na ideia da Escola o seu rousseauismo optimista e o seu platonismo militante. Aparentemente paradoxal, a figura da Escola surge então em todo o seu esplendor. Não como dispositivo de modelação, lugar de recuperação do adquirido ou de (mera) reinvenção do passado mas como Memória do Futuro, comunidade de estudo onde o professor ensina aquilo que não sabe ainda e o aluno recorda aquilo que um dia saberá. Templo laico onde se espera "que em nós brote aquilo a que viemos" (Agostinho da Silva, Sete cartas a um jovem filósofo, p. 53). *** Antes de alinhar algumas palavras sobre Agostinho da Silva quero declarar, com total sinceridade e autêntica modéstia, não pretender mais do que aludir a dois ou três aspectos que mais vivamente me impressionam na sua obra, referir duas ou três questões que mais profundamente me interpelam, recordar d...
E se vos perguntarem o que fazemos, podeis responder: 'Nós recordamo-nos'" Ray Bradbury § 1. Escola e Museu Enquanto espaço delimitado no interior da cidade, território determinado por uma fronteira física mais ou menos... more
E se vos perguntarem o que fazemos, podeis responder: 'Nós recordamo-nos'" Ray Bradbury § 1. Escola e Museu Enquanto espaço delimitado no interior da cidade, território determinado por uma fronteira física mais ou menos indelével-porta, gradeamento, muro-pela sua temporalidade própria (o ritmo intercalar das suas "aulas" e "intervalos", dos seus tempos livres e das suas "férias"), a escola está necessariamente retirada do mundo. Ela tem uma forma própria de ser e de estar e isso passa pela existência de uma película, simultaneamente de refúgio, protecção e recolhimento face ao mundo. Como diria Hannah Arendt 1 , a escola é a antecâmara do mundo, lugar no qual, em grande medida, a criança faz a sua transição da casa familiar para o mundo. Mas, se a diferenciação institucional da escola passa, entre outras coisas, pela sua delimitação territorial face ao mundo, por outro lado o destino da escola é o mundo. Nela se aprende a olhar o mundo, a c...
É objectivo deste texto descrever e caracterizar as práticas interdisciplinares que, hoje em dia, são utilizadas na investigação científica. Nesse sentido, apresenta-se uma categorização dos novos arranjos disciplinares (ciências de... more
É objectivo deste texto descrever e caracterizar as práticas interdisciplinares que, hoje em dia, são utilizadas na investigação científica. Nesse sentido, apresenta-se uma categorização dos novos arranjos disciplinares (ciências de fronteira, interdisciplinas e interciências) e uma tipologia das diversas práticas de investigação interdisciplinar que a ciência hoje mobiliza (práticas de importação, cruzamento, convergência, descentração e comprometimento). A título exemplar, o estatuto disciplinar das ciências cognitivas é estudado com algum detalhe
1. Especializaçäo e disciplinaridade Assiste-se, no século XX, a uma situaçäo disciplinar sem precedentes que, tendo por base o acelerado progresso científico que se desencadeou no século passado e a ruptura que entäo se estabeleceu entre... more
1. Especializaçäo e disciplinaridade Assiste-se, no século XX, a uma situaçäo disciplinar sem precedentes que, tendo por base o acelerado progresso científico que se desencadeou no século passado e a ruptura que entäo se estabeleceu entre ciência e filosofia, se caracteriza por uma crescente fragmentaçäo e especializaçäo do conhecimento. Oppenheimer, num texto de 1958, descreve esta situaçäo nos seguintes termos: "Hoje, näo säo só os nossos reis que näo sabem matemática mas também os nossos filósofos näo sabem matemática e, para ir um pouco mais longe, säo também os nossos matemáticos que näo sabem matemática. Cada um deles conhece apenas um ramo do assunto e escutam-se uns aos outros com um respeito fraternal e honesto. (...) O conhecimento científico hoje näo se traduz num enriquecimento da cultura geral. Pelo contrário, é posse de comunidades altamente especializadas que se interessam muito por ele, que gostariam de o partilhar, que se esforçam por o comunicar
Originally published as Ph.D thesis, Universidade Nova de Lisboa, Portugal, 1986. Translated from Portuguese - author: Olga Pombo Publisher: Nodus Publikationen, Münster, Germany
<jats:p />
We know that intuition is a very ambiguous word, a word which we use to designate a capacity or a faculty which we are not able to describe with sufficient accuracy. From Plato's noesis to Aristotle's nous, from Descartes'... more
We know that intuition is a very ambiguous word, a word which we use to designate a capacity or a faculty which we are not able to describe with sufficient accuracy. From Plato's noesis to Aristotle's nous, from Descartes' intellectual intuition to Kant's sensible and pure intuition, from Spinoza's scientia visionis to Bergson's vital intuition, from Schelling's metaphysical intuition to Husserl's categorical intuition, the word intuition is used with very different meanings. And the etymological significance of the word as a direct, immediate vision does not help us solve the issue as we still would need to understand what is the nature of such a vision (a quasi-perception, an intellectual vision), what does such a vision gives us to see (a real individual object, an ideal entity, an essence, a concept, a relation) or what is the cognitive value of such a vision (a method for valid knowledge, a doubtful process, a discovery device, a guidance for act...
Se olharmos hoje para a ciência, o que vemos são as ciências. Não vemos a floresta, vemos as árvores. Não vemos a árvore, vemos as folhas. Vemos as disciplinas, as subdisciplinas, as especialidades. Por outras palavras, o que vemos é uma... more
Se olharmos hoje para a ciência, o que vemos são as ciências. Não vemos a floresta, vemos as árvores. Não vemos a árvore, vemos as folhas. Vemos as disciplinas, as subdisciplinas, as especialidades. Por outras palavras, o que vemos é uma poeira, mais ou menos caótica, de programas e projectos de investigação altamente especializados, apoiados financeiramente por decisores, também eles especializados, e enquadrados em instituições nacionais e internacionais, públicas e privadas, umas de carácter político, outras militar, outras empresarial 1. Trata-se de uma situação recente. Ela teve a sua origem no século XIX e a sua máxima potenciação em meados do século XX. A título meramente indicativo, a National Science Foundation repertoreava na década de quarenta, nos EUA, cerca de 54 especialidades; em 1954, dava conta, só na Física, de 74 especialidades e, em 1969, também só na Física, de 154. A partir da década de oitenta, as especialidades passam a contar-se aos milhares. Uma situação ex...
We know that intuition is a very ambiguous word, a word which we use to designate a capacity or a faculty which we are not able to describe with sufficient accuracy. From Plato’s noesis to Aristotle’s nous, from Descartes ’ intellectual... more
We know that intuition is a very ambiguous word, a word which we use to designate a capacity or a faculty which we are not able to describe with sufficient accuracy. From Plato’s noesis to Aristotle’s nous, from Descartes ’ intellectual intuition to Kant’s sensible and pure intuition, from Spinoza’s scientia visionis to Bergson’s vital intuition, from Schelling’s metaphysical intuition to Husserl’s categorical intuition, the word intuition is used with very different meanings. And the etymological significance of the word as a direct, immediate vision does not help us solve the issue as we still would need to understand what is the nature of such a vision (a quasiperception, an intellectual vision), what does such a vision gives us to see (a real individual object, an ideal entity, an essence, a concept, a relation) or what is the cognitive value of such a vision (a method for valid knowledge, a doubtful process, a discovery device, a guidance for action). We also know that intuitio...
The Machiavellian intelligence hypothesis and the social brain hypothesis have revolutionized traditional views on how primate cognition can be studied. Beyond the study of individual problem-solving capacities of various primates, these... more
The Machiavellian intelligence hypothesis and the social brain hypothesis have revolutionized traditional views on how primate cognition can be studied. Beyond the study of individual problem-solving capacities of various primates, these hypotheses have demonstrated the close relationship between the complexity of primate social life and the emergence of more sophisticated cognitive skills. The social brain hypothesis demonstrated the existence of a close correlation between the volume of the neocortex and the number of individuals in primate social groups. The amount of studies in this area have increased dramatically and have successfully enhanced our understanding of the evolutionary roots of complex social phenomena, including theory of mind, cultural transmission, social learning, and shared attention. The cognitive capacities present in primates also underlie the evolution of cognitive F. De Petrillo (*) Department of Psychology, University of Michigan, Ann Arbor, MI, USA e-mail: fdepetri@umich.edu F. Di Vincenzo (*) Department of Environmental Biology, Sapienza University of Rome, Rome, Italy Italian Institute of Human Paleontology (IsIPU), Rome, Italy e-mail: fabio.divincenzo@uniroma1.it L. D. Di Paolo Lichtenberg-Kolleg Institute of Advanced Study, George-August University of Göttingen, Göttingen, Germany DPZ, Deutsche Primatenzentrum, Leibniz Institute for Primate Research, Göttingen, Germany © Springer International Publishing AG, part of Springer Nature 2018 L. D. Di Paolo et al. (eds.), Evolution of Primate Social Cognition, Interdisciplinary Evolution Research 5, https://doi.org/10.1007/978-3-319-93776-2_1 1 capacities in humans. This chapter introduces present avenues taken in research on primate social cognition, and it walks the reader through the chapters of this volume.
With this volume of the series Logic, Epistemology, and the Unity of Science edited by S. Rahman et al. a challenging dialogue is being continued. The series’ first volume argued that one way to recover the connections between logic,... more
With this volume of the series Logic, Epistemology, and the Unity of Science edited by S. Rahman et al. a challenging dialogue is being continued. The series’ first volume argued that one way to recover the connections between logic, philosophy of sciences, and sciences is to acknowledge the host of alternative logics which are currently being developed. The present volume focuses on four key themes. First of all, several chapters unpack the connection between knowledge and epistemology with particular focus on the notion of knowledge as resulting from interaction. Secondly, new epistemological perspectives on linguistics, the foundations of mathematics and logic, physics, biology and law are a subject of analysis. Thirdly, several chapters are dedicated to a discussion of Constructive Type Theory and more generally of the proof-theoretical notion of meaning. Finally, the book brings together studies on the epistemic role of abduction and argumentation theory, both linked to non-mon...
Research Interests:
Este volume pretende contribuir para um reconhecimento mais alargado e informado de Alan Turing. Reune um conjunto de reflexoes sobre a figura, trabalho, legado e impacto do cientista, que se pretendem acessiveis a um publico... more
Este volume pretende contribuir para um reconhecimento mais alargado e informado de Alan Turing. Reune um conjunto de reflexoes sobre a figura, trabalho, legado e impacto do cientista, que se pretendem acessiveis a um publico nao-especialista.
Nao ha uma “teoria” desenvolvida da linguagem no sistema de Espinoza. A linguagem nao e um problema que Espinoza tenha seleccionado como merecedor de ser pensado. Na filosofia de Espinoza, os problemas da linguagem nao encontram um lugar... more
Nao ha uma “teoria” desenvolvida da linguagem no sistema de Espinoza. A linguagem nao e um problema que Espinoza tenha seleccionado como merecedor de ser pensado. Na filosofia de Espinoza, os problemas da linguagem nao encontram um lugar sistematico. Espinoza nunca se situa face a tradicao de reflexao sobre a linguagem que o antecede ou lhe e contemporânea, nem estabelece qualquer tipo de relacao arquitectonica que integre as suas teses sobre a linguagem com alguns outros lugares do seu pensamento. Como Espinoza (1972) escreve de forma clara e categorica: “Mas o meu proposito e explicar, nao o significado das palavras, mas antes a natureza das coisas... Isto bastaria para esclarecer a questao uma vez por todas (Ethica 3Def20, nossos sublinhados)”.
Se examina la complejidad del advenimiento de la interdisciplinariedad, partiendo de las dificultades para arribar a una definición, y a acuerdos básicos sobre términos. Se describe el uso del concepto en una variedad de marcos y... more
Se examina la complejidad del advenimiento de la interdisciplinariedad, partiendo de las dificultades para arribar a una definición, y a acuerdos básicos sobre términos. Se describe el uso del concepto en una variedad de marcos y situaciones, que conduce al abuso de la palabra. Se definen cuatro contextos fundamentales: epistemológico, pedagógico, mediático y empresarial/tecnológico, y se señala que es un término al que se suele recurrir cuando se encuentran los límites del conocimiento. Se formulan breves apuntes sobre la evolución de la ciencia desde sus orígenes, y su evolución hacia la especialización y, más recientemente, la institucionalización, rasgos que se erigen en dificultades para la aplicación de enfoques interdisciplinarios, aunque se señala que muchos de los grandes creadores científicos del pasado se han caracterizado por superar los límites de la especialización. Por último, se ensayan clasificaciones de interdisciplinariedad de acuerdo con el tipo de interacciones ...

And 45 more

Vincent Bontems (dir.), BACHELARD ET L'AVENIR DE LA CULTURE. Du surrationalisme à la raison créative. Paris, Presse des Mines, 2018. (couverture de Germain Caminade) « Le passé de la culture a pour véritable fonction de préparer un avenir... more
Vincent Bontems (dir.), BACHELARD ET L'AVENIR DE LA CULTURE. Du surrationalisme à la raison créative. Paris, Presse des Mines, 2018. (couverture de Germain Caminade)
« Le passé de la culture a pour véritable fonction de préparer un avenir de la culture. »
Gaston Bachelard. L’Activité rationaliste de la physique contemporaine
« Le surrationalisme » est un article de Gaston Bachelard qui occupe une place singulière dans sa production épistémologique. Publié en juin 1936, dans l’unique numéro de la revue Inquisitions, ce manifeste rédigé dans un style flamboyant défend la liberté de la raison face au conservatisme des habitudes de pensée. Le progrès de l’esprit en science, en art ou en politique, exige, selon Bachelard, une phase de « turbulence » et d’« agressivité » pour faire advenir la nouveauté.
80 ans plus tard, quelques uns des meilleurs spécialistes mondiaux de Bachelard se penchent sur les enjeux actuels du surrationalisme. Ils précisent l’originalité de la notion dans l’oeuvre du philosophe, en questionnent la portée dans les sciences, et en dégagent les implications pour repenser la place de la science dans la société. Cette réflexion aboutit à une épistémologie de la « raison créative » inspirant les recherches actuelles sur la conception innovante et les régimes de création.
Quand le préfixe « sur » promeut une expansion et une transgression des limites, le « rationalisme » rappelle à la rigueur et à la vigilance. Leur alliance forme une pointe, finement ciselée et précisément calculée, qui exprime les exigences quasi-paradoxales de toute invention. Comme Bachelard visait à éclairer le présent de la science en fonction d’un futur encore incertain, il s’agit aujourd’hui de créer des concepts neufs dont on ne peut encore garantir la validité mais qui peuvent orienter notre action en brisant les certitudes sur ce qui est possible ou impossible.
En revisitant les ambitions surrationalistes de l’épistémologie bachelardienne, ce livre tâche donc aussi de livrer des clefs pour penser l’avenir de la culture.
Research Interests:
With this volume of the series Logic, Epistemology, and the Unity of Science edited by S. Rahman et al. a challenging dialogue is being continued. The series’ first volume argued that one way to recover the connections between logic,... more
With this volume of the series Logic, Epistemology, and the Unity of Science edited by S. Rahman et al. a challenging dialogue is being continued. The series’ first volume argued that one way to recover the connections between logic, philosophy of sciences, and sciences is to acknowledge the host of alternative logics which are currently being developed. The present volume focuses on four key themes. First of all, several chapters unpack the connection between knowledge and epistemology with particular focus on the notion of knowledge as resulting from interaction. Secondly, new epistemological perspectives on linguistics, the foundations of mathematics and logic, physics, biology and law are a subject of analysis. Thirdly, several chapters are dedicated to a discussion of Constructive Type Theory and more generally of the proof-theoretical notion of meaning. Finally, the book brings together studies on the epistemic role of abduction and argumentation theory, both linked to non-monotonic approaches to the dynamics of knowledge.
Research Interests: