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Pedro Vasco Martins
  • Faculty of Architecture, Technical University of Lisbon
    Rua Sá Nogueira, 1349-055 Lisboa, Portugal

Pedro Vasco Martins

As chamadas Galerias ou Termas Romanas da Rua da Prata constituem um elemento patrimonial emblemático da cidade de Lisboa que desde a sua descoberta, na sequência do terramoto de 1755, tem suscitado o interesse dos investigadores e da... more
As chamadas Galerias ou Termas Romanas da Rua da Prata constituem um elemento patrimonial emblemático da cidade de Lisboa que desde a sua descoberta, na sequência do terramoto de 1755, tem suscitado o interesse dos investigadores e da população em geral. Subterrâneo, inundado em permanência, danificado, em parte desconhecido, atravessou os tempos servindo de alicerce, função que hoje ainda cumpre subjazendo ao edificado pombalino, tornando as condições para o seu estudo científico muito limitadas. Até finais do século XX, quase todas as reflexões sobre o monumento se basearam nos levantamentos realizados nos séculos XVIII e XIX e em alguns escassos dados obtidos do interior das galerias. A atual dinâmica de reabilitação urbana, a aplicação da regulamentação em vigor para a salvaguarda do património arqueológico e a implementação do Projeto de Investigação Plurianual em Arqueologia, "Projeto de Estudo e Valorização do Criptopórtico Romano de Lisboa - CRLx" têm, nos últimos anos, proporcionado oportunidades únicas para o estudo científico do monumento e da sua interpretação enquanto componente estrutural das termas portuárias de Felicitas Iulia Olisipo.

Palavras chave: Galerias romanas, criptopórtico, termas portuárias, arqueologia, arquitetura.
A cidade de Lisboa sofreu grandes transformações urbanísticas ao longo de mais de dois mil anos de evolução. Do oppidum indígena a cabeça de um vasto território em época imperial, tornou-se a mais importante cidade portuária da Lusitânia... more
A cidade de Lisboa sofreu grandes transformações urbanísticas ao longo de mais de dois mil anos de evolução. Do oppidum indígena a cabeça de um vasto território em época imperial, tornou-se a mais importante cidade portuária da Lusitânia e da fachada atlântica peninsular. No entanto, persistem as falhas no conhecimento da sua estrutura urbana, dos edifícios e equipamentos públicos e privados que compuseram a cidade antiga, que se devem às subtrações causadas pelas catástrofes naturais e pela contínua ação humana. Da cidade romana de Lisboa, Felicitas Iulia Olisipo, conhecem-se alguns retalhos que apenas permitem continuar a especular sobre a fisionomia do conjunto urbano e sobre as lógicas de apropriação dos espaços, numa abordagem intrinsecamente ligado à topografia do sítio, aos recursos hídricos disponíveis, ao rio, à vocação marítima e comercial que não se extinguiu nas fases mais obscuras da Antiguidade Tardia, chegando aos nossos dias como um desafio de reconstituição histórica, arqueológica, urbanística e arquitetónica.

Palavras chave
Olisipo, oppidum, urbs, arqueologia, forma urbana
As recentes investigações arqueológicas desenvolvidas pelo CAL no criptopórtico romano de Lisboa, no âmbito de um projeto de municipal de conservação e valorização – CRLx, estão a permitir obter novos conhecimentos para a análise e... more
As recentes investigações arqueológicas desenvolvidas pelo CAL no criptopórtico romano de Lisboa, no âmbito de um projeto de municipal de conservação e valorização – CRLx, estão a permitir obter novos conhecimentos para a análise e interpretação deste complexo abobadado que durante dezenas de anos se considerou ser parte de umas termas. Esta estrutura de reconhecido carácter monumental foi construída em meados do século I d.C. e parcialmente desmontada nos séculos IV/V d.C., sem no entanto ter perdido a sua função original de suportar edificado de natureza portuária, enquanto plataforma artificial instalada na frente ribeirinha da cidade antiga.
O artigo pretende, a título preliminar, mostrar, com base em alguns dos dados fundamentais recolhidos pela arqueologia, as técnicas construtivas identificadas e a arquitetura plausível desta construção emblemática de Felicitas Iulia Olisipo.

The Roman Cryptoportic of Lisbon: archaeology and architecture of a seaport structure (a preliminary sketch)

Within the scope of a municipal conservation and valorization project – CRLx, recent archaeological investigations undertaken by CAL are allowing the gain of new knowledge, contributing to the analyses and interpretation of this vaulted complex that during several decades was considered to be part of thermal baths equipment. This renowned monumental structure was built in middle 1st century A.D.  and partially dismantled in the 4/5th century A.D., never losing its original function of supporting buildings of a probable seaport nature, as an artificial platform installed at the old sea front
As a preliminary approach and based on some of the fundamental data gathered by archaeology, this presentation aims at showing the identified constructive techniques and the plausible architecture of this emblematic building of Felicitas Iulia Olisipo city.
Research Interests:
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