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Revista de Vinhos

TEJO O APRENDIZ E O MESTRE

HUGO MENDES

UM ESPÍRITO LIVRE

Hugo Mendes gosta de livros e de palavras. Diz-nos mesmo que é um “escritor frustrado”. Também gosta de vinho e, neste capítulo, não parece haver frustração que lhe toque. Mas todas as histórias têm um início e só assim percebemos como é que um investigador na área da biomedicina se torna enólogo. Estudou biotecnologia e queria descobrir a cura para o cancro. Há um misto de ambição e sonho neste desejo, faceta que de certo modo encontramos também nos seus vinhos.

Quando tomou consciência que para praticar investigação teria que sair do país, preferiu não o fazer. E uma primeira experiência de vindima aliciou-o para continuar. Para experimentar e estudar, como gosta. Foi adegueiro, fez estágios e começou a trabalhar como enólogo na região de Lisboa, com incidência em Bucelas (na Quinta da Murta, por exemplo). Diz-nos que “está na moda desvalorizar o trabalho de adega”, mas essa é também uma forte inspiração para a sua vontade de fazer vinho. É um trabalho duro, sobretudo na vindima, que o fascinou e que o levou a apaixonar-se pela ideia de superação física, pelo ultrapassar de limites que achava definitivos. Orgulha-se ao conseguir ultrapassar essas barreiras do esforço físico.

Uma conversa com Hugo Mendes vai-se desmultiplicando em assuntos vários, rumando neste sentido ou naquele, há medida dos seus gostos e vários interesses. É um pensador, também.

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