Políticas Públicas e Formação dos Profissionais da Educação: Em Busca de um Diálogo
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Políticas Públicas e Formação dos Profissionais da Educação - Mara Lúcia Ramalho
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO - POLÍTICAS E DEBATES
AGRADECIMENTOS
O trabalho que deu vida a este livro foi realizado por meio de uma articulação entre pesquisadores que acreditam na importância da formação dos profissionais da educação como condição para a construção de pilares estruturantes das políticas públicas educacionais.
APRESENTAÇÃO
A cooperação tem sido um princípio preconizado pela Constituição Federal de 1988, em seu Artigo n.º 211, pois menciona que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, seus sistemas de ensino.
Tomando-se como referencial tal ideário, bem como o pressuposto legal em torno da organização de processos de parcerias público-privada e público-público, pode-se desvelar quão dinâmicos têm sido tais processos, no sentido de encontrarem-se apoiados na legislação vigente. Em todos os aspectos, percebe-se uma progressiva ampliação das possibilidades estruturais das parcerias, tendo em vista as demandas advindas do cenário educacional e social no Brasil.
A percepção sobre esse novo ideário que prima pela parceria entre entes públicos inspirou a união de pesquisadores de diferentes regiões do Brasil: Sudeste, Nordeste e Sul, para a realização de um diálogo sobre temáticas de grande relevância para o contexto educacional, que se tornam prioridade quando o assunto é a qualidade da educação nacional.
Assim, este livro tem a sua constituição pautada nesse diálogo, apresentando como recorte a temática sobre a formação de profissionais da educação. Essa expressão é tratada no Art. 61 da LDB/1996 que esclarece que podem ser considerados profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos [...]
.
Esta coletânea proporcionou um diálogo entre nove temáticas de grande relevância, cujo assunto versa sobre processos de formação continuada, com ênfase na formação de professores, por meio da definição de conteúdos norteadores da discussão. Observa-se que alguns artigos constituintes desta coletânea de textos desvelam desafios, outros perspectivas e os demais buscam ampliar a compreensão teórica acerca do significado de alguns termos necessários à compreensão da temática em discussão.
Dessa forma, a organização didática dos capítulos encontra-se pautada em quatro eixos de discussão: a previsão legal do direito à educação, com enfoque em documentos estruturantes para o contexto de formação em nível federal, estadual e municipal (Constituições Federais, Plano Nacional de Educação, Plano Municipal de Educação); as tecnologia educacionais em rede e a inter-relação com as Políticas de Formação de Professores; a formação pensada em relação aos níveis e modalidades, em especial para a Educação Infantil Pós-LDB 9394/96 e Educação do Campo; sem perder de vista a discussão da temática no âmbito dos programas nacionais.
A lógica de organização da coletânea em questão, objetiva desencadear no leitor a percepção acerca de importantes elementos necessários à compreensão do processo de formação continuada no Brasil. Após o exposto, passa-se à apresentação resumida dos capítulos que compõem a organização do presente livro.
O primeiro capítulo, intitulado A previsão legal do direito educacional nas constituições brasileiras
, é de autoria de Juliano Aparecido de Souza e de Mara Lúcia Ramalho. Apresenta o processo advindo de uma análise das constituições outorgadas e promulgadas, sobre a previsão legal do direito educacional e as formas de governo e estado em que foram elaboradas no contexto histórico brasileiro. Os autores fazem, no artigo em questão, uma análise do direito educacional nas constituições brasileiras e as intervenções estatais no sistema de ensino. Para tal, utilizam de uma pesquisa documental e de uma abordagem qualitativa. Indicam como resultados que é notório que todas as cartas magnas brasileiras, ainda que em muitas delas a previsão fosse muito restrita, todas trazem dispositivos legais voltados ao direito educacional. Mencionam ainda uma importante consideração que se refere ao avanço alcançado na Constituição de 1988, quando a educação passou a ser um direito social e dever do estado, além de ser reconhecida com um direito subjetivo que faculta a todos os cidadãos a possibilidade de acionar as vias judiciais quando o seu direito ao acesso e permanência à educação básica for cerceado.
O segundo capítulo, Políticas Públicas Educacionais no Brasil na década de 1930: limites e possibilidades
, de autoria de Wanderléia Lopes Libório Figueiredo e de Maria do Perpétuo Socorro de Lima Costa, apresenta o contexto histórico das políticas públicas educacionais no Brasil na década de 1930, destacando os limites e possibilidades na educação brasileira. Para conduzir essa investigação, as autoras fazem opção pela utilização da pesquisa exploratória, tendo como procedimentos a pesquisa bibliográfica e a documental. Como resultado, as autoras apresentam um breve levantamento das políticas públicas educacionais na década de 1930 e concluem com a apresentação de um direcionamento em torno da ideia de que embora houvesse um monopólio estatal da escolarização em meio a um cenário antidemocrático e condizente com a industrialização, aliado a inúmeros problemas sociais, foram estabelecidos no contexto temporal do estudo importantes políticas nacionais voltadas à área educacional e cultural.
O terceiro capítulo, denominado Planos de Educação: um breve histórico
, é de autoria de Sérgio Luiz Nascimento e de Mara Lúcia Ramalho. Tem por finalidade apresentar a trajetória dos planos de educação no Brasil, de maneira a acompanhar, de forma sintética, o surgimento da ideia de um planejamento para a educação nacional com o Manifesto dos Pioneiros da Educação na década de 1930 até o atual Plano Nacional de Educação, instituído pela Lei 13.005/2014. Delimita como objeto da investigação para este artigo o contexto pós-Constituição de 1988. Para tal, os autores optaram por uma revisão histórica em que demonstram, de forma resumida, as nuances e as feições verificadas nos planos de educação nas últimas nove décadas no Brasil, promovidos pelas alterações na conjuntura política, desde a Era Vargas, passando pela ditadura civil militar até a Nova República sob a influência da Constituição Federal de 1988. Ao final, culminam na discussão respaldada em experiências de planos de educação instituídos por leis e que se tornaram objeto do estudo, que o atual Plano Nacional de Educação em vigência constitui uma ferramenta importante para a consolidação de conquistas e superação de limitações na educação brasileira, sem perder de vista os desafios que dele advém na busca da consolidação de um sistema articulado de ensino.
O quarto capítulo, Planos Municipais de Educação: processo de construção
, é de autoria de Fernando de Carvalho Pires e de Leonardo dos Santos Neves. Nele, os autores constroem o texto de forma a apresentar a análise do processo de construção e implementação do Plano Municipal de Educação do Município de Espinosa/MG, além de discutir os fundamentos legais que endossam a formulação de um PME, identificar as etapas de sua elaboração, apontar as estratégias de construção do Plano e observar como a participação popular foi garantida na formulação do Plano Municipal de Educação da cidade campo de pesquisa. Utilizam a análise documental e o questionário para o exame das Atas da Reunião da Câmara de Vereadores que aprovaram a Lei do PME de Espinosa/MG, dos textos de leis federais, estaduais e municipais relacionados ao tema e de documentos produzidos pela Secretaria Municipal de Educação. Ao final do artigo, apresentam uma importante consideração referente à construção de um marco teórico durante o estudo a partir das publicações de diversos estudiosos alinhados às temáticas do Planejamento Estratégico, Políticas Públicas, Sistema, Plano e Gestão Municipal de Ensino, além de Democracia e Participação.
O quinto capítulo, Tecnologias educacionais em rede, recursos educacionais abertos (REA) e as políticas públicas para formação de professores
, é de autoria de Elena Maria Mallmann e tem como foco a discussão sobre as políticas públicas educacionais para integração das tecnologias em rede, especialmente os Recursos Educacionais Abertos (REA), nas práticas escolares dos cursos de formação de professores. Discorre durante o texto sobre a questão do escopo dos ciclos interativos de pesquisa-ação e contempla os procedimentos metodológicos da Análise Textual Discursiva (ATD) na legislação vigente. Com base nos resultados, as sistematizações indicam fragilidades nas orientações das políticas públicas e dos projetos pedagógicos dos cursos para formação de professores em relação à integração das tecnologias educacionais. Ao finalizar o texto, conclui-se que as políticas públicas educacionais precisam ser amplamente divulgadas no âmbito institucional e estudadas em grupos de pesquisas. No acoplamento das ações de ensino, pesquisa e extensão, implementar programas de formação continuada de professores desenha-se como estratégia para aprimorar a fluência tecnológico-pedagógica porque esta é essencial para incrementar autonomia, interação e colaboração em rede.
O sexto capítulo, intitulado Política de formação de professores para a educação infantil pós-LDB 9394/96: Curso Normal de Nível Médio em Teófilo Otoni – MG
, de autoria de Ana Beatriz de Matos Neiva e de Flávio César Freitas Vieira, expõe sobre a investigação em busca de compreender os aspectos que favorecem a oferta do Curso Normal de Nível Médio em Teófilo Otoni (TO) – MG, entre 2015 a 2017. Os autores relatam ter se servido de uma pesquisa documental com acesso às fontes primárias do acervo da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). Ao longo da construção do texto, percebe-se a indicação de vários argumentos que justificam a relevância da investigação, em especial em razão de aspectos que prevalecem diante do que estabelece o texto da LDB 9394/96 sobre a necessidade de termos profissionais da educação com formação em nível superior e alimentam a oferta do Curso Normal de Nível Técnico. Constata-se, ainda, a identificação entre tais aspectos, perfil de ingressante, certa precarização e de aligeiramento na formação inicial dos profissionais desse Curso em comparação a outros profissionais que atuam na educação básica e atuação dos egressos, na maioria, em instituições escolares privadas na educação infantil.
O sétimo capítulo, que tem como título A política de formação de professor e a educação do/no campo: um estudo do Parfor/Uesb em Vitória da Conquista – BA
, tem como autoras Elisângela Andrade Moreira Cardoso e Arlete Ramos dos Santos. Para o desenvolvimento do texto, as autoras tematizam sobre a política de formação de professores e a Educação do Campo no município de Vitória da Conquista – BA e tem como objetivo analisar se a Ementa da disciplina de Educação do Campo, que compõe a Estrutura Curricular do Curso de Pedagogia do Parfor/Uesb, condiz com os princípios da Educação do Campo. Para analisar os dados, as autoras utilizam como aporte metodológico o Materialismo Histórico Dialético. Ao final do texto, apresentam resultados em que os dados revelam que a referida disciplina trabalha apenas com o que está prescrito na Ementa, a qual reforça a Educação Rural ao oferecer a mesma educação para os espaços urbanos e legitima a Educação no Campo como preparo para o mercado de trabalho, fazendo conforme a vontade do Estado, sem levar em consideração a realidade e as particularidades dos povos campesinos.
O oitavo capítulo, que tem como título Política pública para a escola de tempo integral no campo: contribuições para o ensino aprendizagem de matemática
, é de autoria de Iracema Neves Lima e de Kyrleys Pereira Vasconcelos. As autoras se propõem a apresentar o processo de investigação das práticas matemáticas em turmas de tempo integral, conhecendo as metodologias utilizadas e sua relação com a educação do campo, assim como compreender o que tangencia a nova proposta da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais no ano de 2017 para essa modalidade. Para o desenvolvimento do estudo, utilizam de uma abordagem qualitativa e um estudo mais detalhado no material bibliográfico, observações no espaço escolar e entrevista semiestruturada. Apresentam como resultado uma importante constatação de que as políticas públicas voltadas para a Educação de Tempo Integral para o Campo apresentam-se de forma frágil. Por tal motivo, faz-se necessário ainda se debruçar sobre a temática para garantir a eficácia e qualidade dos serviços ofertados e ainda a criação de diretrizes pedagógicas específicas que contemplem todas as modalidades de ensino, a fim de possibilitar aos povos do campo uma escola ou um atendimento de qualidade, que atenda às suas reais necessidades, assegurando seus direitos de formação integral.
O nono e último capítulo, denominado Percepções sobre a formação continuada no âmbito do Programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic)
, é de autoria de Regivane dos Santos Brito, de Jany Rodrigues Prado e de Claudio Pinto Nunes. Durante o desenvolvimento do texto, os autores socializam os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo analisar as percepções de professoras alfabetizadoras e orientadoras de estudo sobre a formação continuada realizada no âmbito do Programa Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Ao considerarem o objeto de estudo, optaram por realizar uma pesquisa de natureza qualitativa, utilizando como instrumentos para a coleta de dados e produção das informações, a análise documental e as conversas interativo-provocativas (CIPs) desenvolvidas por Nunes (2011). Ao final do texto, pode-se identificar que o estudo revelou que, apesar de a formação do Pnaic apresentar algumas limitações, a maioria das interlocutoras a percebeu como algo positivo, já que proporcionou momentos de reflexão, de estudos e direcionou a prática docente.
Para finalizar, agradecemos a todos os autores por terem aceitado participar do diálogo que culminou na organização deste livro. Com esta obra, esperamos contribuir para a discussão da temática da política educacional e provocar, por meio da leitura, a formulação de novas indagações com novos olhares para a formação de profissionais da educação, em especial de professores. Ademais, não temos a intenção de esgotar a discussão de conteúdos aqui abordados, mas ao contrário, ampliar as possibilidades de novos diálogos.
Mara Lúcia Ramalho
Kryleys Pereira Vasconcelos
Sumário
CAPÍTULO i
A PREVISÃO LEGAL DO DIREITO EDUCACIONAL
NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 15
Juliano Aparecido de Souza
Mara Lúcia Ramalho
CAPÍTULO ii
POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS NO BRASIL
NA DÉCADA DE 1930: LIMITES E POSSIBILIDADES. 35
Wanderléia Lopes Libório Figueiredo
Maria do Perpétuo Socorro de Lima Costa
CAPÍTULO iii
PLANOS DE EDUCAÇÃO NO BRASIL:
UM BREVE HISTÓRICO 51
Sérgio Luiz Nascimento
Mara Lúcia Ramalho
CAPÍTULO iv
PLANOS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO:
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO 73
Fernando de Carvalho Pires
Leonardo dos Santos Neves
CAPÍTULO V
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS EM REDE, RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS (REA) E AS POLÍTICAS PÚBLICAS
PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 89
Elena Maria Mallmann
CAPÍTULO VI
POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL PÓS-LDB 9394/96: CURSO NORMAL DE NÍVEL MÉDIO
EM TEÓFILO OTONI – MG 121
Ana Beatriz de Matos Neiva
Flávio César Freitas Vieira
CAPÍTULO VII
A POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSOR E A EDUCAÇÃO
DO/NO CAMPO: UM ESTUDO DO PARFOR/UESB EM VITÓRIA
DA CONQUISTA/BA 141
Elisângela Andrade Moreira Cardoso
Arlete Ramos dos Santos
CAPÍTULO VIII
POLÍTICA PÚBLICA PARA A ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL
PARA ESCOLA DO CAMPO: contribuições para o ensino aprendizagem de matemática 161
Iracema Neves Lima
Kyrleys Pereira Vasconcelos
CAPÍTULO IX
PERCEPÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA NO ÂMBITO
DO PROGRAMA PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA (PNAIC) 179
Regivane dos Santos Brito
Jany Rodrigues Prado
Claudio Pinto Nunes
AUTORES PARTICIPANTES DO DIÁLOGO 197
CAPÍTULO I
A PREVISÃO LEGAL DO DIREITO EDUCACIONAL NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
Juliano Aparecido de Souza
Mara Lúcia Ramalho
Introdução
O presente artigo tem como objetivo identificar a previsão legal do direito educacional na sessão que trata da educação nas constituições brasileiras. Segundo pressupostos de Bobbio (2004, p. 31), É com o nascimento do Estado de direito que ocorre a passagem final do ponto de vista do príncipe para o ponto de vista dos cidadãos
. Nesse sentido, a partir de tal movimento o poder deixa de ser centralizado para emanar da vontade/demandas do povo.
A Magna Carta de 1988 prevê a educação com um direito social, logo, ela estabeleceu o acesso e permanência à educação básica como um direito subjetivo que garantiu aos cidadãos a possibilidade de exercê-lo pelas vias judiciais. Diante ao exposto, é de suma importância estudos para visualizar historicamente como se deram as formas de estado e governo, bem como a averiguação da previsão do direito educacional nas constituições brasileiras, vez que todas as Cartas Magnas que antecederam a Constituição de 1988, nenhuma delas concederam aos seus cidadãos mecanismos para exercerem esse direito, apesar de constar em muitas delas a garantia da gratuidade