Homens de Concreto
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Sobre este e-book
Versejei com as Leis Naturais,
Depreciei o gênero humanoide,
Por existir e não ser capaz
De vencer sua pobreza espiritual.
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Homens de Concreto - Antonio Bandeira Nogueira
Sumário
ADORAÇÃO DA EXISTÊNCIA
Quero a vida
Alegre feito moleque
E pirilampos em folguedos,
Em noites escuras,
Pássaros cantando à toa,
Relâmpagos riscando trôpegos
Os espaços do sem fim...
Quero o tempo – Estanque:
Para assistir a ave que voa
Pelos caminhos do infinito.
Águas serpenteando montanhas
E a terra sem criaturas estranhas.
Eu espectador:
Da alma em devastação,
Da existência em adoração.
AMOR EM DECLÍNIO
Tome entre as mãos, a flor.
Com força a despedace.
O aroma desaparece,
A rosa fenece...
Assim da amada o amor,
Triture-o com palavras,
Ou lento, com a indiferença,
Rápido, com a traição.
E morrem os sentimentos da emoção.
A alma, antes viçosa, murcha,
O espírito risonho resseca,
A desconfiança desabrocha,
A vida fica sem função
E nós, na eterna solidão...
AS DUNAS DE MINHA TERRA
Ali, dunas esverdeadas
Que os ventos conduzem.
Longe outras azuladas
Como ondulações das águas.
As amareladas qual pôr do sol
São castelos encantados,
Ou sonhos dourados
Que a natureza faz brotar
Pela mão artífice das brisas!
E mourejando as dunas, as ondas
Num vai e vem intermitente
Como se quisessem sugar
A beleza daquele lugar
Idolatrado por deuses.
Não seria ali, o