Nos passos de São Marcos
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Nos passos de São Marcos - Luiz Alexandre Solano Rossi
1º dia
Iluminação
¹Começo da Boa Notícia de Jesus, o Messias,
o Filho de Deus. ²Está escrito no livro do profeta Isaías: "Eis que eu envio o meu mensageiro na tua frente,
para preparar o teu caminho. ³Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!" ⁴E foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo
de conversão para o perdão dos pecados. ⁵Toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam ao encontro de João. Confessavam os seus pecados, e João os batizava no rio Jordão. ⁶João se vestia com uma pele de camelo, usava um cinto de couro e comia gafanhotos e mel silvestre. ⁷E pregava: "Depois de mim, vai chegar alguém mais forte do que eu. E eu não sou digno sequer de me abaixar para desamarrar as suas sandálias.
⁸Eu batizei vocês com água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo". ⁹Nesses dias, Jesus chegou de Nazaré da Galileia, e foi batizado por João no rio Jordão.
¹⁰Logo que Jesus saiu da água, viu o céu se rasgando,
e o Espírito, como pomba, desceu sobre ele.
¹¹E do céu veio uma voz: "Tu és o meu Filho amado;
em ti encontro o meu agrado" (Mc 1,1-11).
Marcos é o primeiro Evangelho a ser escrito e, por isso, desde as primeiras palavras, ele narra a trajetória de Jesus como o princípio da Boa Notícia (Evangelho) para a humanidade. Deve-se lembrar de que, no primeiro século, a Boa-nova por excelência era anunciada pelo imperador romano. Ele era, por direito divino, o escolhido para ser o portador e disseminador das boas-novas aos seus súditos. A teologia imperial alegava que os deuses – especialmente Júpiter – tinham escolhido Roma e seus imperadores para governar o mundo e manifestar o desejo e as bênçãos dos deuses entre as nações. No entanto, quando os romanos falavam em evangelho
, os ouvidos dos camponeses da Palestina entendiam terror, violência e escravidão. Terror e violência que exigiam das nações conquistadas plena obediência ao imperador romano. Nesse sentido, o Evangelho de São Marcos desautoriza o imperador e estabelece Jesus como o princípio e o fundamento do Evangelho. O profeta João Batista, em suas ações e discursos, reflete as palavras de Isaías 40,3: Uma voz grita: ‘Abram no deserto um caminho para Javé; na região da terra seca, aplainem uma estrada para o nosso Deus’
. Ele antecede a chegada do Messias Jesus e prepara seu caminho. No entanto, o batismo de João já indicava a exigência radical de mudança de vida e, certamente, é uma clara indicação de que não é possível caminhar com Jesus e permanecer do mesmo tamanho! João Batista se apresenta despojado de qualquer arrogância. Sabe-se chamado por Deus e reconhece sua vocação profética; porém, tem consciência de que não é digno de se abaixar para desamarrar a correia das sandálias de Jesus; se ele batiza com água, aquele que vem depois dele, Jesus, batizará com o Espírito Santo. O batismo é o momento por excelência onde se revela a identidade de Jesus: ele é o Filho de Deus. Jesus, o único que batiza com o Espírito, é batizado nas águas. Exatamente como João Batista está posicionado entre a velha e a nova aliança, Jesus é o intermediário entre Deus e os homens. Quando Jesus sai da água, ele vê o céu se abrir, e percebe que Deus constrói uma ponte sobre o abismo que separa céu e terra. O princípio do Evangelho (1,1) remete-nos ao princípio da criação (cf. Gn 1,1), quando o Espírito pairava sobre a face das águas. O Espírito vem sobre Jesus, no princípio da nova criação, como uma pomba que desce sobre ele. Todavia, o Espírito não somente paira sobre Jesus, mas vem para nele fazer morada permanente
(cf. Is 11,2; 61,1; Lc 4,18). Como Filho amado de Deus, pleno e guiado pelo Espírito, Jesus age com a autoridade e o poder de Deus. Assim, suas palavras e seus gestos podem ser compreendidos como exemplos concretos do que significa viver sob a direção do Espírito. E isso se torna, de fato, uma clara orientação de que a vocação de cada discípulo e discípula deve ser realizada sob o impulso do Espírito Santo, que em nós habita.
Oração
Não somos absolutamente nada sem a oração,
e jamais conheceremos o coração do Pai, sem a oração.
2º dia
Iluminação
¹²Em seguida, o Espírito impeliu Jesus para o deserto. ¹³E Jesus ficou no deserto durante quarenta dias,
e aí era tentado por Satanás. Jesus vivia entre
os animais selvagens, e os anjos o serviam.
¹⁴Depois que João Batista foi preso, Jesus voltou
para a Galileia, pregando a Boa Notícia de Deus:
¹⁵O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia
. ¹⁶Ao passar pela beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e seu irmão André; estavam jogando a rede ao mar, pois eram pescadores. ¹⁷Jesus disse para eles: "Sigam-me, e eu farei vocês se tornarem pescadores
de homens". ¹⁸Eles imediatamente deixaram as redes
e seguiram a Jesus. ¹⁹Caminhando mais um pouco, Jesus viu Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes. ²⁰Jesus logo os chamou. E eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados e partiram, seguindo a Jesus (Mc 1,12-20).
São Marcos nos ensina que somos chamados a ser discípulos de Jesus. No início de sua missão, não era raro encontrar Jesus caminhando à procura daqueles que haveriam de ser seus primeiros discípulos. Mas o que significa ser discípulo? É justamente aquele que assume o estilo de vida de seu mestre, que abandona sua presumida segurança e segue, com radicalidade, o seu chamado. Ser discípulo é ser e fazer aquilo que é próprio do Mestre. Não se trata de uma imitação artificial, como de alguém que estivesse representando um personagem no palco de um teatro, e que, finalizada a apresentação, o ator volta a ser quem sempre foi. Contrariamente, o discípulo se veste e se reveste de Jesus, de modo que não é mais o discípulo quem vive, e sim Jesus quem vive nele.
Caminhando, Jesus vê dois irmãos – Simão e André –, que estavam em plena atividade. Eram pescadores e tratavam de lançar as redes ao mar, a fim de buscarem recursos para a sobrevivência da família. Eles faziam a mesma atividade, dia após dia, por longos anos e, agora, surgia diante deles um estranho que propunha algo inimaginável: que se tornassem pescadores de homens. Deve-se notar a profunda habilidade pedagógica da conversa de Jesus. Ele lê a realidade dos dois irmãos e, imediatamente, faz uma nova leitura da atividade profissional deles a partir da realidade de sua própria missão. Utiliza, portanto, uma linguagem que os pescadores