Religião
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Religião - Juvenal Savian Filho
1. Identificação da experiência religiosa
Uma das possibilidades de começar a abordagem filosófica da Religião consiste em analisar o modo como, na História, os filósofos tomaram posição com relação à experiência religiosa. Essa tarefa, no entanto, seria demasiadamente pretensiosa (vista a impossibilidade de resumir milênios de História), não fosse uma diferença clara que distingue os filósofos anteriores e posteriores ao Iluminismo quanto à postura diante da Religião. Tomando essa diferença como critério, poderemos delinear, de modo geral, duas posturas-chave que nos permitirão visualizar melhor aquilo que buscamos. Não tardaremos a enunciá-la; antes, porém, é conveniente esclarecer o que entendemos, aqui, por experiência religiosa
.
De saída, para evitar confusões conceituais, é preciso dizer que experiência religiosa
não significa necessariamente experiência mística
, ou seja, experiência de percepção direta da divindade ou dos conteúdos da fé, conforme testemunham alguns representantes religiosos, desde os mais antigos, como Moisés (sécs. XIV-XIII a.C.), Buda (séc. VI a.C.) ou Maomé (570-632), por exemplo, até os mais recentes, como Mestre Eckhart (1260-1328), Teresa de Ávila (1515-1582) e Teresa de Lisieux (1873-1897). Segundo o testemunho dessas pessoas, foi-lhes dado intuir ou perceber diretamente, numa vivência particular, a presença divina ou o conteúdo daquilo em que criam; como, por exemplo, a totalidade do cosmo e a inter-relação de tudo o que existe. A experiência religiosa, mais comum e mais ordinária, apesar de poder incluir o evento místico, nem sempre o faz, pois ele é considerado um dom extraordinário, visando, pelo testemunho dos místicos, à edificação daqueles que não o vivenciam. Nesse sentido, a experiência religiosa refere-se à vida cotidiana na fé, integrando os aspectos maiores do ser humano: o componente intelectual, o componente voluntário e o componente afetivo.
Outro dado importante a esclarecer é que, rigorosamente falando, não seria apropriado referirmo-nos à Religião
como se todas as manifestações religiosas fossem uniformes e homogêneas. Ao contrário, elas são profundamente diferentes. Mas, se buscarmos o modo como essas manifestações integram o componente intelectual, voluntário e afetivo do ser humano, chegaremos a elementos comuns que nos permitirão falar, de modo geral, em experiência religiosa
ou Religião
. Nesse sentido, é muito útil para o nosso objetivo um livro publicado na França, em 1954, considerado um clássico dos estudos sobre a Religião: L'expérience chrétienne [A experiência cristã], de Jean Mouroux (1901-1973). Nessa obra, autor pretende estudar a experiência cristã, mas seus comentários introdutórios foram muito significativos na época e continuam inteiramente atuais para descrever a experiência religiosa em geral, pois, baseado numa postura analítico-existencial, o autor conseguiu reunir os elementos essenciais e comuns que permitem identificar uma experiência como religiosa.
1.1. A noção de experiência
Antes, porém, de continuar nossa exposição e apresentar esses elementos, convém esclarecer dois aspectos de nosso