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Entre Poesia E Ventania
Entre Poesia E Ventania
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E-book145 páginas28 minutos

Entre Poesia E Ventania

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Sobre este e-book

Viver é poetizar ventania e calmaria. Só calmaria vira pasmaceira, só ventania sufoca. A poesia alinhava uma coisa na outra. A beleza do viver está no equilíbrio, que sem um desequilíbrio possível graça nenhuma teria. Às vezes, o poema é turbilhão, outras, o turbilhão verte poesia. Cada um a seu modo. Impossível reduzir a som a infinitude de sentidos que assolam a alma nua. Porque é preciso despir-se do cimento e volatizar-se em versos e inversos sentimentos. A inversão faz parte da arte. É um virar da ampulheta, que enquanto se derrama em pó, a alma se desvela e afrouxa o nó, e se transcende. Tem poesia que vem como tufão, soco na cara dos distraídos, embebidos no vaivém de um mundo superficial. Tem vendaval que se transforma em brisa no sussurro de palavras que convidam a dançar.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de mai. de 2024
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    Entre Poesia E Ventania - Irene Genecco

    Direitos autorais © 2024 Irene Genecco

    2ª edição - maio de 2024 - Porto Alegre/RS

    Todos os direitos reservados.

    Irene Geneco - Entre Poesia e Ventania

    Ilustrações de capa e internas:

    Cássio Stein

    Design de capa:

    Márcio Schalinski  | LC Design & Editorial

    Revisão:

    Gabriela Baumam

    Formatação de e-book:

    Eduardo Schalinski | LC Design & Editorial

    Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação), ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão da autora.

    Contato: irene.genecco@hotmail.com

    Dedico estas poesias ao Divino que me visita e resolve ficar para sempre. Não sei em que peça ele habita, mas sinto seu sopro que vivifica e me unifica na eternidade de um apenas ser.

    Índice

    Direitos autorais

    Dedicatória

    Palavras da autora

    Sobre o livro

    Um vale de ossos secos

    Segunda-feira

    Perspectivismo

    A domicílio

    Inundação

    Criatura

    Âmago

    Ancoradouro

    Partenogênese

    Imputado

    Tédio

    Precisão

    Diálogo

    Antítese

    Ir-se

    Vínculos semióticos

    Pelas calçadas

    Pontal

    Gota lúcida

    O malabarista

    Naufrágio

    Posologia

    Vi vendo

    Unigênita

    Surrealista

    Em gestação

    Etiquetando

    Declaração de bens

    Errante

    Oração da manhã

    Sono REM

    Poeminha dormente

    Cântico

    Roca

    Foto grafando

    Meia-luz

    Simples

    Lapsos

    Poema inquietante

    Estibordo

    Substância

    Pelas manhãs

    Fa’z sol lá sim

    Construção

    Nihil

    Concretismo

    Peso

    Nexus

    Individualidade

    Chuleado

    Sob o neón do luar

    Subtil

    Psico súplica

    Semântica

    Gravitação

    Corpus

    Asa-delta

    Emudecer

    Armadilha

    Exatidão

    Esquadro

    Transgressão

    Explicações

    Fútil

    Homem digital

    Contingência

    Objetivando

    Cadafalso

    Partícula

    Homo sapiens

    Veredicto

    Com Deus

    Com ciência

    Divisor d’água

    Sem Deus

    Racional

    Janela jogos

    Purgatório

    Paramnesia

    Semanal mente

    Viração

    Árvore da vida

    Era

    Curto-circuito

    Canal fechado

    Verde paz

    Eu meteoro

    Estação

    Peso e medida

    O trem da vida

    Conflito

    Terra de ninguém

    Brique

    Absorção

    Encarnação

    Sonata ao luar

    Marinheiros da terra

    Saudades verdes

    Trilhas

    A torre

    Num poço fundo

    Canto dos sentidos

    Com domínio

    Comunhão

    Vida urbana

    Revoada

    Planeta azul

    Desperta dor

    Em vão

    Palavras da autora

    Eis que traduzo o que sinto para o intelecto[1]. Dele brota a forma, na magia das palavras (signo, significado e significante) acorrentadas em fontes mais profundas, no mar das emoções. Uso em alguns poemas subterfúgios semânticos – apóstrofes no meio da palavra grafitada – no intuito de trazer à tona sentidos submersos em sons, sem o que se reduziriam a significados primários. Desse matrimônio indissolúvel entre o sentido da palavra e o sentimento que dele se reveste nasce a poesia. Dou todo o louvor à inteligência que em si se manifesta em arte do Belo! Isto de potência cognitiva de ler por dentro é grande façanha, estranha manobra transcendente de um corpo que pesa e tomba ao sabor da gravidade de um sistema corporal tátil, nada fácil, limitado e concreto, incerto e impreciso. O inusitado é ler ainda simultaneamente por fora, onde o agora escorrega e jamais se deixa apanhar pelo ontem ou pelo amanhã. É a manha do tempo que precisa se domar, como um cavalo chucro, que se nega a ser cinchado, e sai a galopar

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