A Febre Do Ouro
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A Febre Do Ouro - Marino Gonçalves
A FEBRE DO OURO
Por: Átomo
2024
Sumário
Capítulo I - A chegada
Capítulo II - A proposta
Capítulo III - A entrega
Capítulo IV - O acerto de contas
Catítulo V - A recuperação
Capítulo VI - Os irmãos
Capítulo VII – Olho por Olho
Capítulo VIII- A confissão
Capítulo IX - Emboscada
Capítulo X – Duelo final
Capítulo XI - Reencontro
capítulo I - A chegada
A corrida do ouro designa um período de migração em massa, de trabalhadores para áreas onde se fez alguma descoberta espetacular de quantidades comerciais de ouro. O ano de mil e oitocentos e quarenta e nove ficou conhecido como o ano do ouro
em um destes pequenos vilarejos da Califórnia — Roseville, era um lugar comum ao trabalho de extração como muitos outros acampamentos mineiros. Com uma única rua de terra bastante empoeirada e o tráfego constante de carroças, os habitantes resguardavam-se a manterem certa distância deste fluxo. Grupos de homens seguiam e davam proteção aos donos de ponto de extração e a única lei era a da vigilância. Os demais moradores, os homens trabalhavam do nascer ao pôr do sol e as mulheres tratavam de cuidar da moradia improvisada com tábuas velhas, que sempre contava com algum parente armado e pronto para resolver alguma possível tentativa de invasão.
Os duelos a céu aberto e os tiroteios, aconteciam diariamente, fato comum, e somente os envolvidos ficavam inconformados com tamanha violência e roubos acometidos. Quando um homicídio se dava à luz do dia, sempre era resultado de diferenças de opiniões pessoais, proveniente da quantidade do ouro extraído ou encontrado, enquanto que os da noite tinham como alvo as tentativas de saques e roubos. Caso a vítima, em quaisquer dos casos, tivesse um amigo ou parente, este talvez tentasse encontrar o assassino, mas se não tinha ninguém o fato era rapidamente esquecido. Não havia lei e tampouco ordem, apenas os mais atentos sobreviviam.
Os trabalhadores eram de todos os lugares, diferentes nações, de todas as classes sociais, incluso, muitos não eram nem sequer mineiros, mas pessoas da Califórnia, movidos pelo sonho da vida melhor. O resultado, cerca de boa parte dos habitantes do acampamento não tirava o seu ouro através da mineração. Eram donos ou empregados de cassinos ou bares, casas de aluguel e de armazéns, jogadores profissionais, amadores ou ladrões. O trabalho árduo dos mineiros, trouxera para uns poucos a tão esperada riqueza, porém, para a grande maioria a sorte não sorria… fazendo-os partirem em poucas semanas. Entretanto; como não havia muita comunicação entre as pessoas que ali residiam, quem conseguira extrair grande soma de outro, logo o revertia em dólares e partia, também em absoluto sigilo e no cair da noite.
Tomas Barker, um jovem rancheiro do Arizona, tinha decidido lançar-se na aventura do ouro, com o objetivo de conseguia juntar o suficiente para realizar o seu sonho dourado de ter o próprio rancho e cabeças de gado. Tom chegou ao acampamento ao entardecer, as ruas começavam a encher-se gente. Tomas, já havia tentado a sorte em outros acampamentos, mas sempre o que encontrou não foi na quantidade suficiente para permanecer e continuar, pois uma vez tirados os gastos feitos, exorbitantes pelos preços verdadeiramente astronômicos naqueles lugares, era preciso passar anos a trabalhar como os forçados para juntar alguns milhares de dólares. Qualquer que fosse a sua experiência mineira não era suficiente para considerar-se um veterano naquele lugar. Bastava acostumar-se ao ambiente, e por isso, sem prestar grande atenção ao que o rodeava, saltou do cavalo, em frente da grande edificação de lona e tábuas, e atando o seu animal à barra, entrou.
A sala era ampla e estava cheia de gente. Havia um comprido balcão lateral, mesas de jogo no outro lado, e mesas com cadeiras até ao fundo, onde se via um pequeno palco. A maior parte das pessoas aglomeravam-se junto ao balcão, ou rodeavam as mesas de jogo, mas alguns moviam-se de um lado para outro. Falava-se em voz alta ou ria-se às gargalhadas, e a atmosfera estava carregada com forte cheiro de uísque, fumo e tabaco. Apesar de ser ainda fim do dia, estava aceso um grande candeeiro. Tom abriu caminho até ao balcão e pediu um uísque e, com o copo na mão, aproximou-se da roleta mais próxima. A bolinha acabava de parar, e o croupier estava esvaziando os saquinhos de ouro numa caixa, debaixo do balcão, e devolvia as bolsas vazias. Depois pagou aos que ganharam, calculando com habilidade o peso das apostas ganhas.
Imediatamente os jogadores começaram a fazer novas apostas, e quando cessaram, o jovem notou que só em três o montante das apostas eram relativamente baixas.
— Façam as suas apostas, senhores
— dizia o croupier, prestes a fazer girar a roleta.
Tom teve então uma inspiração, e sacando de umas moedas de vinte dólares, depositou uma em cada um daqueles números. Não estava em situação de jogar tão desprendidamente aqueles sessenta dólares, pois todo o seu capital não chegava nem sequer ao dobro, mas encontrava-se num acampamento mineiro, e ficava-lhe o suficiente para jantar e dormir aquela noite.
— Por que preocupar-se então?
— pensou.
Entre o barulho reinante, apenas se podia ouvir o zumbido da roleta e o ruído da bolinha saltitando sobre as fileiras de números. Toda a atenção de Tom fixava se no giro bolinha e onde iria cair.
— Não há mais apostas
— advertiu o croupier.
A roleta começou a parar lentamente e, por fim, a bola ficou imóvel numa das casas. Em sua primeira aposta, obteve sucesso e segundo as crenças de sua terra seria um bom sinal de sorte. Tom, embora tivesse ganho, não fez nem um gesto de contentamento, tampouco esboçou qualquer reação. Ele sabia que seria um alarme e convite a roubo do lado fora do saloon. O empregado da casa pagou primeiro aos outros, os prêmios menores e imediatamente empurrou para o jovem uma pilha de moedas, dez exatamente, além da sua. Tomas guardou-as em silêncio, e, bebendo o seu uísque, voltou para o balcão.
Embora tivesse obtido um pleno, pelo que lhe deviam ter pago trinta e seis vezes o valor da sua aposta, conformou-se com os duzentos e vinte dólares, que era pago a dez por um, pois já estava acostumado a que tudo fosse diferente nos acampamentos mineiros. Por outro lado, não queria repetir a sua sorte. Não era viciado no jogo, tinha a certeza que se voltasse a jogar perderia o que tinha ganho, e por último, se continuasse a ganhar e a soma fosse importante, teria algum desgosto com os assassinos que se encontravam na sala.
Por isso dirigiu-se ao balcão para pedir mais um uísque. Mas, ainda não tinha dado dois passos quando esbarrou com uma mulher jovem, formosa, muito atraente, com o seu vestido muito cingido e aberto de lado.
— Olá, vaqueiro — saudou, envolvendo-o num olhar provocante e risonho.
— Olá, encanto! — replicou ele, sorridente e arrastando o falar.
— É do Arizona, não é verdade?
Tom mirou a camisa e depois passou a mão pelas costas.
— Onde levo o cartaz? — questionou. Ela sorriu, divertida.
— Alto, desajeitado, cabelo claro e olhos azuis, e ainda o teu modo de falar — explicou. — Eis o cartaz.
— Confesso que sou texano, mas cresci no Arizona. Converse comigo e verá que não sou tão mau, apesar de tudo.
— Eu não disse que era! — disse a moça.
— Boa pequena! Venha, vamos beber algo!
— Se insistes... aceito!
Tom deu-lhe o braço, encaminhando-se para uma das poucas mesas vazias que havia, mas naquele momento deram-lhe um encontrão que o fez ir contra a mulher e quase o fez cair. Recobrando o equilíbrio, o rapaz voltou-se calmamente para um tipo com ar de mau e com o cinto cheio de cartuchos,