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Revisão 1 Fase-2013-Beto

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a) O texto de Aristteles confirma a ideia exposta pela charge de que a condio humana de ser poltico artificial e um obstculo liberdade

de individual. b) A charge apresenta uma interpretao correta do texto de Aristteles segundo a qual a poltica uma atividade nociva coletividade devendo seus representantes serem afastados do convvio social.

MATERIAL ESPECIAL
REVISO 1 FASE UEL FILOSOFIA PROFESSOR BETO
1) (UFU-MG 2011) Leia o texto e as assertivas abaixo a respeito das relaes entre o nascimento da filosofia e a mitologia. O nascimento da filosofia na Grcia marcado pela passagem da cosmogonia para cosmologia. A cosmogonia, tpica do pensamento mtico, descritiva e explica como do caos surge o cosmos, a partir da gerao dos deuses, identificados s formas da natureza. Na cosmologia, as explicaes rompem com a religiosidade: a arch (princpio) no se encontra mais na ordem do tempo mtico, mas significa princpio terico, enquanto fundamento de todas as coisas. Da a diversidade das escolas filosficas, dando origem a fundamentaes conceituais (e portanto abstratas) muito diferentes entre si. I Uma corrente de pensamento afirma que houve ruptura completa entre mito e filosofia, tal corrente a que defende a tese do milagre grego. II Outra corrente do pensamento afirma que no houve ruptura completa entre mito e filosofia, mas certa continuidade, a que defende a tese do mito notico. Assinale a alternativa correta. a) I falsa e II verdadeira b) I verdadeira e II falsa c) I e II so verdadeiras d) I e II so falsas 2) (UEL) Observe a charge e leia o texto a seguir.

c) A charge aborda o ponto de vista aristotlico de que a dimenso poltica do homem independe da convivncia com seus semelhantes, uma vez que o homem bastasse a si prprio. d) A charge, fazendo aluso afirmao aristotlica de que o homem um animal poltico por natureza, sugere uma crtica a um tipo de poltico que ignora a coletividade privilegiando interesses particulares e que, por isso, deve ser evitado. e) Tanto a charge quanto o texto de Aristteles apresentam a ideia de que a vida em sociedade degenera o homem, tornando-o um animal. 3) Leia o texto a seguir. Locke divide o poder do governo em trs poderes, cada um dos quais origina um ramo de governo: o poder legislativo (que o fundamental), o executivo (no qual includo o judicirio) e o federativo (que o poder de declarar a guerra, concertar a paz e estabelecer alianas com outras comunidades). Enquanto o governo continuar sendo expresso da vontade livre dos membros da sociedade, a rebelio no permitida: injusta a rebelio contra um governo legal. Mas a rebelio aceita por Locke em caso de dissoluo da sociedade e quando o governo deixa de cumprir sua funo e se transforma em uma tirania.
(LOCKE, John. In: MORA, J. F.Dicionrio de Filosofia. So Paulo: Loyola, 2001. V. III. p. 1770.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre John Locke, correto afirmar: I. O direito de rebelio um direito natural e legtimo de todo cidado sob a vigncia da legalidade. II. O Estado deve cuidar do bem-estar material dos cidados sem tomar partido em questes de matria religiosa. III. O poder legislativo ocupa papel preponderante. IV. Na estrutura de poder, dentro de certos limites, o Estado tem o poder de fazer as leis e obrigar que sejam cumpridas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II so corretas. b) Somente as afirmativas I e III so corretas. c) Somente as afirmativas III e IV so corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas. 4) Leia o seguinte texto de Locke: Aquele que se alimentou com bolotas que colheu sob um carvalho, ou das mas que retirou das rvores na floresta, certamente se apropriou deles para si. Ningum pode negar que a alimentao sua. Pergunto ento: Quando comearam a lhe pertencer? Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando os cozinhou? Quando os levou para casa? Ou quando os apanhou? (LOCKE, J. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 3 ed. Petrpolis: Vozes, 2001, p. 98) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de John Locke, correto afirmar que a propriedade: I. Tem no trabalho a sua origem e fundamento, uma vez que ao acrescentar algo que seu aos objetos da natureza o homem os transforma em sua propriedade.

Animal Poltico No alimente


Fonte: LAERTE. Classificados. So Paulo: Devir, 2001. p. 25.

evidente, pois, que a cidade faz parte das coisas da natureza, que o homem naturalmente um animal poltico, destinado a viver em sociedade, e que aquele que, por instinto, e no porque qualquer circunstncia o inibe, deixa de fazer parte de uma cidade, um ser vil ou superior ao homem [...]. (ARISTTELES. A poltica. Trad. de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p. 13.) Com base no texto de Aristteles e na charge, correto afirmar:

II. A possibilidade que o homem tem de colher os frutos da terra, exemplo das mas, confere a ele um direito sobre eles que gera possibilidade de acmulo ilimitado. III. Animais e frutos, quando disponveis na natureza e sem interveno humana, pertencem a um direito comum de todos. IV. Nasce da sociedade como consequncia da ao coletiva solidria das comunidades organizadas com o propsito de formar dar sustentao ao Estado. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II so corretas. b) Somente as afirmativas I e III so corretas. c) Somente as afirmativas III e IV so corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas

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A democracia se adapta a essa formao moderna do Estado territorial, nacional e social, equipado com uma administrao efetiva. Isto porque um ente coletivo tem necessidade de se integrar, poltica e culturalmente, alm de ser suficientemente autnomo do ponto de vista espacial, social econmico e militar.[...] Em decorrncia da imigrao e da segmentao cultural, as tendncias subsumidas no termo globalizao ameaam a composio, mais ou menos homognea, da populao em seu mago, ou seja, o fundamento pr-poltico da integrao dos cidados. No entanto, convm salientar outro fato mais marcante ainda: o Estado, cada vez mais emaranhado nas interdependncias da economia e da sociedade mundial, perde, no somente em termos de autonomia e de competncia para a ao, mas tambm em termos de substancia democrtica. (HABERMAS, J. Era das Transies. Traduo e Introduo de Flavio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003, p.106.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre democracia em Habermas, considere as afirmativas a seguir: I. A ampliao da economia alm das fronteiras dos Estados nacionais revela a integrao democrtica dos pases e, consequentemente, o fortalecimento da cidadania mundial. II. A democracia se amplia medida que a economia e a imigrao se deslocam alm das fronteiras dos Estados nacionais, produzindo um intercmbio social e cultural do ponto de vista global. III. A democracia circunscrita ao mbito nacional goza de autonomia em segmentos significativos como a economia, a poltica e a cultura, porm, quando o Estado entra na fase da constelao ps-nacional, sofre uma reduo no exerccio democrtico. IV. Do ponto de vista democrtico, os Estados nacionais sofrem restrio em seu fundamento de integrao social em decorrncia do aumento da imigrao, da segmentao cultural e, sobretudo, da ampliao da economia no plano global. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e IV so corretas. b) Somente as afirmativas II e III so corretas. c) Somente as afirmativas III e IV so corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III so corretas. e) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas.

Leia o texto seguinte e responda s questes 5 e 6 . 5) O debate nascido nos anos 80 sobre a crise da modernidade tem como pano de fundo a conscincia do esgotamento da razo, no que se refere a sua incapacidade de encontrar perspectivas para o prometido progresso humano. O pensamento de Habermas situa-se no contexto dessa crtica. A racionalidade ocidental, desde Descartes, pretendeu a autonomia da razo, baseada no sujeito que solitariamente representa o mundo. [...] A racionalidade prevalente na modernidade a instrumental [...]. (HERMANN, N. O pensamento de Habermas. In: Filosoa, Sociedade e Educao. Ano I, n. I. Marlia: UNESP, 1997. p. 122123.) 6.A) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Teoria Crtica de Adorno e Horkheimer e sobre o pensamento de Jrgen Habermas, correto armar que a racionalidade instrumental constitui I. um conhecimento que se processa a partir das condies especcas da objetividade emprica do fato em si. II. o processo de entendimento entre os sujeitos acerca do uso racional dos instrumentos tcnicos para o controle da natureza. III. uma forma de uso amplo da razo, que torna o homem livre para compreender a si mesmo a partir do domnio do conhecimento cientfico. IV. um saber orientado para a dominao e o controle tcnico sobre a natureza e sobre o prprio ser humano. Assinale a alternativa correta. a) Somente as armativas I e II so corretas. b) Somente as armativas I e IV so corretas. c) Somente as armativas III e IV so corretas. d) Somente as armativas I, II e III so corretas. e) Somente as armativas II, III e IV so corretas. 6.B) Sobre a crtica frankfurtiana concepo positivista de cincia e tcnica, correto armar que a racionalidade tcnica I. dissocia meios e ns e redunda na adorao fe tichista de seus prprios meios. II. constitui um saber instrumental cujo critrio de verdade o seu valor operativo na dominao do homem e da natureza. III. aprimora a ao do ser humano sobre a natureza e resgata o sentido da destinao humana. IV. incorpora a reexo sobre o signicado e sobre os ns da cincia no contexto social. Assinale a alternativa correta. a) Somente as armativas I e II so corretas. b) Somente as armativas I e IV so corretas. c) Somente as armativas III e IV so corretas. d) Somente as armativas I, II e III so corretas. e) Somente as armativas II, III e IV so corretas. 7) Leia o seguinte texto de Habermas:

8) A obra mais conhecida de Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social ou os Princpios do Direito Poltico, marca uma mudana radical na concepo de soberania. Sobre isso, leia o trecho abaixo e assinale a alternativa correta. Essa pessoa pblica, que se forma, desse modo, pela unio de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de repblica ou de corpo poltico, (...). Quanto aos associados, recebem eles, coletivamente, o nome de povo e se chamam, em particular, cidados, enquanto partcipes da autoridade soberana, e sditos enquanto submetidos s leis do Estado. (ROUSSEAU, J. J. Do Contrato Social. Col. Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1973.) A) O povo , ao mesmo tempo, cidado e sdito; o primeiro quando ativo, o segundo quando passivo. B) Pelo texto acima, fica claro que, para Rousseau, a autoridade soberana pertence ao Estado e no ao povo. C) O povo obedecer s leis feitas pelo Governo, pois ao Governo pertence a autoridade soberana. D) Para Rousseau, o corpo poltico formado pelos cidados, e exclui os sditos. 9) Na regulao de matrias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, os currculos da educao pblica, o status das Igrejas e das comunidades religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao aborto), mas tambm em assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a posio da

famlia e dos consrcios semelhantes ao matrimnio, a aceitao de normas de segurana ou a delimitao das esferas pblica e privada em tudo isso refere-se amide apenas o autoentendimento ticopoltico de uma cultura majoritria, dominante por motivos histricos. Por causa de tais regras, implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias desprezadas contra a cultura da maioria.
HABERMAS, J. A incluso do outro: estudos de teoria poltica. So Paulo: Loyola, 2002.

c) O desacordo entre a experincia e a razo, prevalecendo esta sobre aquela, constitui o fundamento para o novo mtodo cientfico. d) Bacon admite o finalismo no processo natural, por considerar necessrio ao mtodo perguntar para que as coisas so e como so. e) O estabelecimento de um mtodo experimental, baseado na observao e na medida, aprimora o mtodo escolstico.

A reivindidao dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias contemporneas, na medida em que se alcana a) a secesso, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na condio da sua concentrao espacial, num tipo de independncia nacional. b) a reunificao da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes comunidades tnicas, confisses religiosas e formas de vida, em torno da coeso de uma cultura poltica nacional. c) a coexistncia das diferenas, considerando a possibilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem ao debate pblico, cientes de que estaro vinculados coero do melhor argumento. d) a autonomia dos indivduos que, ao chegarem vida adulta, tenham condies de se libertar das tradies de suas origens em nome da harmonia da poltica nacional. e) o desaparecimento de quaisquer limitaes, tais como lingaguem poltica ou distintas convenes de comportamento, para compor a arena poltica a ser compartilhada. Leia o seguinte texto der Francis Bacon e responda a questo 10 [...] necessrio, ainda, introduzir-se um mtodo completamente novo, uma ordem diferente e um novo processo, para continuar e promover a experincia. Pois a experincia vaga, deixada a si mesma [...] um mero tateio, e presta-se mais a confundir os homens que a inform-los. Mas quando a experincia proceder de acordo com leis seguras e de forma gradual e constante, poder-se- esperar algo de melhor da cincia. [...] A infeliz situao em que se encontra a cincia humana transparece at nas manifestaes do vulgo. Afirma-se corretamente que o verdadeiro saber o saber pelas causas. E, no indevidamente, estabelecendo-se quatro causas; a matria, a forma, a causa eficiente, a causa final. Destas, a causa final longe est de fazer avanar as cincias, pois na verdade as corrompe; mas pode ser de interesse para as aes humanas. (BACON, F. Novo Organum ou verdadeiras indicaes acerca da interpretao da natureza. So Paulo: Abril Cultural, 1973. P. 72, 99100.) 10) Com base no texto e no pensamento de Francis Bacon acerca da verdadeira induo experimental como interpretao da natureza, correto afirmar. a) Na busca do conhecimento, no se podem encontrar verdades indubitveis, sem submeter as hipteses ao crivo da experimentao e da observao. b) A formulao do novo mtodo cientfico exige submeter a experincia e a razo ao princpio de autoridade para a conquista do conhecimento.

11) O texto abaixo comenta a correlao entre ideias e impresses em David Hume. Em contrapartida, vemos que qualquer impresso, da mente ou do corpo, constantemente seguida por uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de fora e vividez. A conjuno constante de nossas percepes semelhantes uma prova convincente de que umas so as causas das outras; [...].
HUME, D. Tratado da natureza humana. So Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p.29.

Assinale a alternativa que, de acordo com Hume, indica corretamente o modo como a mente adquire as percepes denominadas ideias. a) Todas as nossas ideias so formas a priori da mente e, mediante essas ideias, organizamos as respectivas impresses na experincia. b) Todas as nossas ideias advm das nossas experincias e so cpias das nossas impresses, as quais sempre antecedem nossas ideias. c) Todas as nossas ideias so cpias de percepes inteligveis, que adquirimos atravs de uma experincia metafsica, que transcende toda a realidade emprica. d) Todas as nossas ideias j existem de forma inata, e so apenas preenchidas pelas impresses, no momento em que temos algum contato com a experincia. 12)(UFU) O trecho a seguir, do dilogo platnico Fdon, concerne ao modo de aquisio do conhecimento. " preciso, portanto, que tenhamos conhecido a igualdade antes do tempo em que, vendo pela primeira vez objetos iguais, observamos que todos eles se esforavam por alcan-la, porm lhe eram inferiores."
(PLATO. Fdon. Trad. de Carlos Alberto Nunes. Belm: EDUFPA, 2002, p. 275, 75a.)

A partir do fragmento apresentado, marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Plato sobre o conhecimento. A) Plato distingue uma realidade inteligvel de outra sensvel. O conhecimento de todas as coisas s possvel porque as percepes advindas dos sentidos desencadeiam a reminiscncia das Formas inteligveis, apreendidas pela razo antes do nascimento. B) Plato no distingue a realidade inteligvel de outra sensvel. O conhecimento o produto das sensaes. O conhecimento nada mais do que a reminiscncia dessas sensaes. C) Plato distingue duas ordens de realidade: o mundo sensvel e a alma. O conhecimento de todas as coisas s possvel porque as sensaes informam a alma sobre o mundo sensvel e, a partir disso, formam a reminiscncia. D) Plato distingue duas ordens de realidade: o mundo sensvel e o mundo dos deuses. O conhecimento s possvel porque a alma recebe uma informao divina antes que tenha percebido os objetos sensveis, pois todo conhecimento vem dos deuses. 13) Leia atentamente o trecho de Aristteles, citado abaixo, e assinale a alternativa que o interpreta corretamente. Como j vimos h duas espcies de excelncia: a intelectual e a moral. Em grande parte a excelncia intelectual deve tanto o seu

nascimento quanto o seu crescimento instruo (por isto ela requer experincia e tempo); quanto excelncia moral, ela o produto do hbito [...].
ARISTTELES. tica a Nicmaco. Coleo Os Pensadores. So Paulo: Nova Cultural, 1996.

A) A excelncia moral superior intelectual porque resultado do nascimento. B) A excelncia intelectual positiva e a moral negativa. C) As excelncias intelectual e moral anulam-se respectivamente. D) As excelncias moral e intelectual possuem, respectivamente, origem no hbito e na instruo. 14) No Sosta, Plato faz a seguinte observao sobre a mmesis (imitao): Assim, o homem que se julgasse capaz, por uma nica arte, de tudo produzir, como sabemos, no fabricaria, anal, seno imitaes e homnimos das realidades. Hbil, na sua tcnica de pintar, ele poder, exibindo de longe os seus desenhos, aos mais ingnuos meninos, dar-lhes a iluso de que poder igualmente criar a verdadeira realidade, e tudo o que quiser fazer . (PLATO. Sosta.
Coleo Os pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1972. p. 159-160.)

b) O declnio da aura da obra de arte, decorrente de sua crescente elitizao e das novas tcnicas de reproduo em srie, refora seu valor tradicional de culto e amplia a percepo esttica das coletividades humanas. c) A arte, na sociedade primitiva, tinha por finalidade atender aos rituais religiosos, por isso possua um carter aurtico vinculado ao valor de culto, o qual se perde com o avano da reprodutibilidade tcnica, na poca moderna. d) O cinema manifesta-se como uma obra de arte aurtica, pois suscita em cada um dos espectadores uma forma singular e nica de se relacionar com o objeto artstico no interior do qual mergulha e nele se distrai. e) O que determina o esvaziamento da aura da obra de arte reproduzida tecnicamente a sua recluso e a perda do valor de exposio, o que restringe o acesso das massas, que se tornaram alienadas 16) A obra de Galileu Galilei est indissoluvelmente ligada revoluo cientfica do sculo XVII, a qual implicou uma mutao intelectual radical, cujo produto e expresso mais genuna foi o desenvolvimento da cincia moderna no pensamento ocidental. Neste sentido, destacam-se dois traos entrelaados que caracterizam esta revoluo inauguradora da modernidade cientfica: a dissoluo da idia greco-medieval do Cosmos e a geometrizao do espao e do movimento. (KOYR, A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. pp. 1320; KOYR, A. Estudos de Histria do Pensamento Cientfico . Braslia, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre as caractersticas que marcam revoluo cientfica no pensamento de Galileu Galilei, assinale a alternativa correta. a) A dissoluo do Cosmos representa a ruptura com a idia do Universo como sistema imutvel, heterogneo, hierarquicamente ordenado, da fsica aristotlica. b) A crena na existncia do Cosmos, na fsica aristotlica, se situa na concepo de um Universo aberto, indefinido e at infinito, unificado e governado pelas mesmas leis universais. c) Contrria concepo tradicional de cincia de orientao aristotlica, a fsica galilaica distingue e ope os dois mundos do Cu e da Terra e suas respectivas leis. d) A geometrizao do espao e do movimento, na fsica galilaica, aprimora a concepo matemtica do Universo csmico qualitativamente diferenciado e concreto da fsica aristotlica. e) A fsica galilaica identifica o movimento a partir da concepo de uma totalidade csmica, em cuja ordem cada coisa possui um lugar prprio conforme sua natureza. 17) Leia o texto a seguir. Para esclarecer o que seja a imitao, na relao entre poesia e o Ser, no Livro X de A Repblica, Plato parte da hiptese das ideias, as quais designam a unidade na pluralidade, operada pelo pensamento. Ele toma como exemplo o carpinteiro que, por sua arte, cria uma mesa, tendo presente a ideia de mesa, como modelo. Entretanto, o que ele produz a mesa e no a sua ideia. O poeta pertence mesma categoria: cria um mundo de mera aparncia. Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria das ideias de Plato, correto afirmar:: a) Deus o criador ltimo da ideia, e o artfice, enquanto coparticipante da criao divina, alcana a verdadeira causa das coisas a partir do reflexo da ideia ou do simulacro que produz. b) A participao das coisas s ideias permite admitir as realidades sensveis como as causas verdadeiras acessveis razo. c) Os poetas so imitadores de simulacros e por intermdio da imitao no alcanam o conhecimento das ideias como verdadeiras causas de todas as coisas. d) As coisas belas se explicam por seus elementos fsicos, como a cor e a figura, e na materialidade deles encontram sua verdade: a beleza em si e por si.

J Aristteles, na Retrica, salienta o seguinte aspecto da mmesis: E, como aprender e admirar agradvel, necessrio tambm que o sejam as coisas que possuem estas qualidades; por exemplo, as imitaes, como as da pintura, da escultura, da poesia, e em geral todas as boas imitaes, mesmo que o original no seja em si mesmo agradvel; pois no o objecto retratado que causa prazer, mas o raciocnio de que ambos so idnticos, de sorte que o resultado que aprendemos alguma coisa. (ARISTTELES. Retrica. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2006. p. 138.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre o tema da mmesis em Plato e em Aristteles, assinale a alternativa correta. a) A pintura, para Plato, se afasta do verdadeiro, por apresentar o mundo inteligvel, mas, para Aristteles, o problema que ela causa prazer. b) Plato considera que o pintor pode esclarecer as pessoas ingnuas, fazendo-as acreditar que sua pintura o real, mas Aristteles considera que o engano est no pintor e no na pintura. c) Para Plato, a mmesis representa a cpia da cpia e o artista no conhece a realidade do imitado em seu grau mais elevado; j para Aristteles, uma das causas do surgimento da mmesis o fato de os homens se comprazerem no imitado. d) Para Plato, aprendemos com as imitaes, uma vez que elas nos distanciam do engano, enquanto que, para Aristteles, por causar prazer, a imitao deve ser banida. e) De acordo com Plato, ao imitar, o pintor apresenta a realidade ideal, o que causa admirao; para Aristteles, a imitao tambm desvela o mundo ideal, no entanto, por ser ingnua, no permite que os homens contemplem a verdade. 15) Leia os textos a seguir. [...] seria possvel reconstituir a histria da arte a partir do confronto de dois plos, no interior da prpria obra de arte, e ver o contedo dessa histria na variao do peso conferido seja a um plo, seja a outro. Os dois plos so o valor de culto da obra e seu valor de exposio. [...] medida que as obras de arte se emancipam do seu uso ritual, aumentam as ocasies para que elas sejam expostas. (p. 172). (BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade tcnica - Primeira verso. In:Magia e tcnica, arte e poltica : ensaios sobre literatura e histria da cultura. 7. ed. So Paulo: Brasiliense, 1994.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Walter Benjamin, correto afirmar: a) O resgate da aura artstica da obra de arte promovido pela reprodutibilidade tcnica amplia sua funo potencialmente democratizadora, permitindo o acesso de um nmero maior de pessoas sua contemplao.

e) A alma humana possui a mesma natureza das coisas sensveis, razo pela qual se torna capaz de conhec-las como tais na percepo de sua aparncia.

18) Na obra Discurso sobre o mtodo, Ren Descartes props um novo mtodo de investigao baseado em quatro regras fundamentais, inspiradas na geometria: evidncia, anlise, sntese, controle. Assinale a alternativa que contenha corretamente a descrio das regras de anlise e sntese.

A) A regra da anlise orienta a enumerar todos os elementos analisados; a regra da sntese orienta decompor o problema em seus elementos ltimos, ou mais simples. B) A regra da anlise orienta a decompor cada problema em seus elementos ltimos ou mais simples; a regra da sntese orienta ir dos objetos mais simples aos mais complexos. C) A regra da anlise orienta a remontar dos objetos mais simples at os mais complexos; a regra da sntese orienta prosseguir dos objetos mais complexos aos mais simples. D) A regra da sntese orienta a acolher como verdadeiro apenas aquilo que evidente; a regra da anlise orienta descartar o que evidente e s orientar-se, firmemente, pela opinio. 19) Leia o texto a seguir. Justia e Estado apresentam-se como elementos indissociveis na filosofia poltica hobbesiana. Ao romper com a concepo de justia defendida pela tradio aristotlico-escolstica. Hobbes prope uma nova moralidade relacionada ao poder poltico e sua constituio jurdica. O Estado surge pelo pacto para possibilitar a justia e, na conformidade com a lei, se sustenta por meio dela. No Leviat (caps. XIV-XV), a justia hobbesiana fundamenta-se, em ltima instncia, na lei natural concernente autoconservao, da qual deriva a segunda lei que impe a cada um a renncia de seu direito a todas as coisas, para garantir a paz e a defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei natural: que os homens cumpram os pactos que celebrarem. Segundo Hobbes, onde no h poder comum no h lei, e onde no h lei no h injustia. Na guerra, a fora e a fraude so as duas virtudes cardeais.
(HOBBES, T. Leviat . Trad. J. Monteiro e M. B. N. da Silva. So Paulo: Nova Cultural, 1997. Coleo Os Pensadores, cap. XIII.)

01) Jrgen Habermas ope-se ao racionalismo cartesiano, por consider-lo fundamentado numa filosofia do sujeito e na razo monolgica e logocntrica. 02) Ao afastar-se da Escola de Frankfurt, Jrgen Habermas abandona, ao mesmo tempo, a teoria crtica da sociedade e a crtica da razo instrumental. 04) Ao contrrio de Max Horkheimer, Theodor W. Adorno e Walter Benjamin, Jrgen Habermas continua fiel ao materialismo histrico, ou seja, ortodoxia marxista. 08) A relao posta pela Filosofia positivista entre o objeto da investigao cientfica e o sujeito que investiga , para Jrgen Habermas, o caminho a ser adotado por uma racionalidade que deseja a emancipao humana. 16) A racionalidade comunicativa, contida na Teoria da ao comunicativa de Jrgen Habermas, elabora-se na interao intersubjetiva, mediatizada pela linguagem de sujeitos que desejam alcanar, por meio do entendimento, um consenso autntico. SOMA:_______ 21) Leia o texto a seguir. Francis Bacon, em sua obra Nova Atlntida, imagina uma utopia tecnocrtica na qual o sofrimento humano poderia ser removido pelo desenvolvimento e pelo aperfeioamento do conhecimento cientfico, o qual permitiria uma crescente dominao da natureza e um suposto afastamento do mito. Na obra Dialtica do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer defendem que o projeto iluminista de afastamento do mito foi convertido, ele prprio, em mito, caindo no dogmatismo e em numa forma de mitologia. O progresso tcnicocientfico consiste, para Adorno e Horkeheimer, no avano crescente da racionalidade instrumental, a qual incapaz de frear iniciativas que afrontam a moral, como foram, por exemplo, os campos de concentrao nazistas. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o desenvolvimento tcnico-cientfico, correto afirmar: a) Bacon pensava que o incremento da racionalidade instrumental aliviaria as causas do sofrimento humano, apesar de a razo, a longo prazo, sucumbir novamente ao mito. b) Adorno e Horkheimer concordavam que o progresso cientfico no consegue superar o mito, mas se torna um tipo de concepo mtica incapaz de discriminar o que certo do que errado moralmente. c) Adorno e Horkheimer sustentavam que o crescente avano da racionalidade instrumental consistia num incremento da capacidade humana de avaliar moralmente. d) Bacon apontava que o aumento da capacidade de domnio do homem sobre a natureza conduziria os seres humanos a uma forma de dogmatismo. e) Tanto Adorno e Horkheimer quanto Bacon viam o progresso tcnico e cientfico como a soluo para os sofrimentos humanos e para as incertezas morais humanas 22) O texto abaixo comenta alguns aspectos da reflexo de Immanuel Kant sobre a tica. E por que realizamos atos contrrios ao dever e, portanto, contrrios razo? Kant dir que porque nossa vontade tambm afetada pelas Inclinaes, que so os desejos, as paixes, os medos, e no apenas pela razo. Por isso afirma que devemos educar a vontade para alcanar a boa vontade, que seria aquela guiada unicamente pela razo.
COTRIM, G.; FERNANDES, M. Fundamentos de Filosofia . So Paulo: Saraiva, 2010. p. 301.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Hobbes, correto afirmar: a) A humanidade capaz, sem que haja um poder coercitivo que a mantenha submissa, de consentir na observncia da justia e das outras leis de natureza a partir do pacto constitutivo do Estado. b) A justia tem sua origem na celebrao de pactos de confiana mtua, pelos quais os cidados, ao renunciarem sua liberdade em prol de todos, removem o medo de quando se encontravam na condio natural de guerra. c) A justia definida como observncia das leis naturais e, portanto, a injustia consiste na submisso ao poder coercitivo que obriga igualmente os homens ao cumprimento dos seus pactos. d) As noes de justia e de injustia, como as de bem e de mal, tm lugar a partir do momento em que os homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar uma condio de guerra generalizada de todos. e) A justia torna-se vital para a manuteno do Estado na medida em que as leis que a efetivam sejam criadas, por direito natural, pelos sditos com o objetivo de assegurar solidariamente a paz e a segurana de todos. 20) Jrgen Habermas (1929) pertenceu inicialmente escola de Frankfurt, tambm conhecida como Teoria Crtica, antes de fazer seu prprio caminho de investigao filosfica. Sobre o pensamento de Jrgen Habermas, assinale o que for correto.

Sobre a reflexo tica de Kant, assinale a alternativa INCORRETA . A) A ao por dever aquela que exclui todas as determinaes advindas da sensibilidade, como os desejos, as paixes e os medos. B) A ao por dever est fundada na autonomia, ou seja, na capacidade que todo homem tem de escolher as regras que sua prpria razo construiu.

C) A ao por dever uma expresso da boa vontade, na medida em que exige que a mesma regra, escolhida para um certo caso, possa ser utilizada por todos os agentes racionais. D) A ao por dever aquela que reflete um meio termo ou um equilbrio entre as determinaes das inclinaes e as determinaes da razo 23) Embora valha a pena atingir esse fim - o sumo bem - para um indivduo s, mais belo e mais divino alcan-lo para uma nao ou para as cidades- Estados.
Fonte: Aristteles. tica a Nicmaco. In: Os Pensadores, So Paulo: Abril Cultural,1973, livro I, p.250).

de que, com relao ao ser-em-ato, o ser-em-potncia no-serem-ato.


REALE, Giovanni. Histria da Filosofia Antiga Vol. II. Trad. de Henrique Cludio de Lima Vaz e Marcelo Perine. So Paulo: Loyola, 1994, p. 349.

A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potncia de Aristteles, assinale a alternativa correta. A) Para Aristteles, ser-em-ato o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente dele mesmo, como, por exemplo, o mrmore (ser-em-ato) em relao esttua (ser-em-potncia) B) Segundo Aristteles, a teoria do ato e potncia explica o movimento percebido no mundo sensvel. Tudo o que possui matria possui potencialidade (capacidade de assumir ou receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela forma). C) Para Aristteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento verificado no mundo material apenas ilusrio, e o que existe sempre imutvel e imvel. D) Segundo Aristteles, o ato prprio do mundo sensvel (das coisas materiais) e a potncia se encontra to-somente no mundo inteligvel, apreendido apenas com o intelecto. 26) O texto abaixo comenta a correlao entre ideias e impresses em David Hume. Em contrapartida, vemos que qualquer impresso, da mente ou do corpo, constantemente seguida por uma ideia que a ela se assemelha, e da qual difere apenas nos graus de fora e vividez. A conjuno constante de nossas percepes semelhantes uma prova convincente de que umas so as causas das outras; [...].
HUME, D. Tratado da natureza humana . So Paulo: Editora da Unesp/Imprensa Oficial do Estado, 2001. p. 29.

Tendo em vista o livro tica CORRETO afirmar que:

a Nicmaco de Aristteles,

a) Para Aristteles, os fins coletivos devem sempre estar de acordo com os interesses individuais. b) Para Aristteles, a tica indissocivel da poltica. c) Para Aristteles, a tica orienta o indivduo a buscar a sua felicidade independente dos interesses da sociedade. d) Para Aristteles, os fins ticos so incompatveis com o exerccio da poltica. e) Para Aristteles, a tica no se relaciona com a poltica. 24) Leia atentamente os textos abaixo, respectivamente, de Plato e de Aristteles: [...] a admirao a verdadeira caracterstica do filsofo. No tem outra origem a filosofia.
(PLATO,Teeteto. Traduo de Carlos Alberto Nunes. Belm: Universidade Federal do Par, 1973. p. 37.)

Com efeito, foi pela admirao que os homens comearam a filosofar tanto no princpio como agora; perplexos, de incio, ante as dificuldades mais bvias, avanaram pouco a pouco e enunciaram problemas a respeito das maiores, como os fenmenos da Lua, do Sol e das estrelas, assim como a gnese do universo. E o homem que tomado de perplexidade e admirao julga-se ignorante (por isso o amigo dos mitos , em certo sentido, um filsofo, pois tambm o mito tecido de maravilhas); portanto, como filosofavam para fugir ignorncia, evidente que buscavam a cincia a fim de saber, e no com uma finalidade utilitria.
(ARISTTELES. Metafsica . Livro I. Traduo Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p. 40.)

Assinale a alternativa que, de acordo com Hume, indica corretamente o modo como a mente adquire as percepes denominadas ideias. A) Todas as nossas ideias so formas a priori da mente e, mediante essas ideias, organizamos as respectivas impresses na experincia. B) Todas as nossas ideias advm das nossas experincias e so cpias das nossas impresses, as quais sempre antecedem nossas ideias. C) Todas as nossas ideias so cpias de percepes inteligveis, que adquirimos atravs de uma experincia metafsica, que transcende toda a realidade emprica. D) Todas as nossas ideias j existem de forma inata, e so apenas preenchidas pelas impresses, no momento em que temos algum contato com a experincia. 28) (UFU-MG 2011) Leia o texto e as assertivas abaixo a respeito das relaes entre o nascimento da filosofia e a mitologia. O nascimento da filosofia na Grcia marcado pela passagem da cosmogonia para cosmologia. A cosmogonia, tpica do pensamento mtico, descritiva e explica como do caos surge o cosmos, a partir da gerao dos deuses, identificados s formas da natureza. Na cosmologia, as explicaes rompem com a religiosidade: a arch (princpio) no se encontra mais na ordem do tempo mtico, mas significa princpio terico, enquanto fundamento de todas as coisas. Da a diversidade das escolas filosficas, dando origem a fundamentaes conceituais (e portanto abstratas) muito diferentes entre si. I Uma corrente de pensamento afirma que houve ruptura completa entre mito e filosofia, tal corrente a que defende a tese do milagre grego.

Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre a origem da filosofia, correto afirmar: a) A filosofia surgiu, como a mitologia, da capacidade humana de admirar-se com o extraordinrio e foi pela utilidade do conhecimento que os homens fugiram da ignorncia. b) A admirao a caracterstica primordial do filsofo porque ele se espanta diante do mundo das idias e percebe que o conhecimento sobre este pode ser vantajoso para a aquisio de novas tcnicas. c) Ao se espantarem com o mundo, os homens perceberam os erros inerentes ao mito, alm de terem reconhecido a impossibilidade de o conhecimento ser adquirido pela razo. d) Ao se reconhecerem ignorantes e, ao mesmo tempo, se surpreenderem diante do anseio de conhecer o mundo e as coisas nele contidas, os homens foram tomados de espanto, o que deu incio filosofia. e) A admirao e a perplexidade diante da realidade fizeram com que a reflexo racional se restringisse s explicaes fornecidas pelos mitos, sendo a filosofia uma forma de pensar intrnseca s elaboraes mitolgicas. 25) Em primeiro lugar, claro que, com a expresso ser segundo a potncia e o ato, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristteles, de fato, chama o ser da potncia at mesmo de no-ser, no sentido

II Outra corrente do pensamento afirma que no houve ruptura completa entre mito e filosofia, mas certa continuidade, a que defende a tese do mito notico. Assinale a alternativa correta. a) I falsa e II verdadeira b) I verdadeira e II falsa c) I e II so verdadeiras d) I e II so falsas 29) O filsofo Immanuel Kant (1724-1804) estabelece uma ntima relao entre a liberdade humana e sua capacidade de pensar autonomamente, ao afirmar: Esclarecimento a sada do homem da menoridade pela qual o prprio culpado. Menoridade a incapacidade de servir-se do prprio entendimento sem direo alheia. [...] to cmodo ser menor. Possuo um livro que faz as vezes do meu entendimento; um guru espiritual, que faz s vezes de minha conscincia; um mdico, que decide por mim a dieta etc.; assim no preciso eu mesmo dispensar nenhum esforo. No preciso necessariamente pensar, se posso apenas pagar. (KANT, I. Resposta questo: o que esclarecimento? In: Antologia de textos filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009. p. 407). A partir do texto de Kant, correto afirmar que 01) liberdade no precisar de ningum para nada. 02) riqueza no sinnimo de liberdade, como pobreza no sinnimo de escravido. 04) a justificativa para a falta de liberdade a pouca idade dos seres humanos. 08) a liberdade , primeiramente, liberdade de pensamento. 16) a liberdade resultado de um esforo pessoal incmodo para libertar-se das amarras do pensamento. Soma: __________ 30) A cincia uma das poucas atividades humanas talvez a nica em que os erros so criticados sistematicamente (e com frequncia corrigidos). Por isso podemos dizer que, no campo da cincia, aprendemos muitas vezes com os nossos erros; por isso podemos falar com clareza e sensatez sobre o progresso cientfico. Na maior parte dos outros campos de atividade do homem ocorrem mudanas, mas raramente h progresso a no ser dentro de uma perspectiva muito estreita dos nossos objetivos neste mundo. Quase todos os ganhos so neutralizados por alguma perda e quase nunca sabemos como avaliar as mudanas. (POPPER, K. R. Conjecturas e refutaes. 2 ed. Braslia: Editora da UNB, 1982, p. 242.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepo de progresso da cincia em Karl R. Popper, correto afirmar a) necessrio que todas as consequncias de uma teoria cientfica sejam verificadas a fim de se atingir a verdade em si. b) A descoberta da lei do progresso da cincia permite impulsionar progressiva e linearmente a cincia na orientao da verdade. c) Os cientistas estruturam as informaes disponveis em um dado momento histrico, incorporando saberes anteriores, tendo como base o mtodo parattico. d) O progresso da cincia ocorre quando so suprimidas definitivamente as ideias metafsicas, pois historicamente nula a sua contribuio para as descobertas cientficas. e) A eliminao dos erros das teorias anteriores e a substituio destas por outras mais verossmeis e, portanto, mais prximas da verdade permitem o progresso da cincia. 31) Leia o texto abaixo.

No me desconhecido que muitos tm tido e tm a opinio de que as coisas do mundo so governadas pela fortuna e por Deus, de sorte que a prudncia dos homens no pode corrigi-las, e mesmo no lhes traz remdio algum. [...] s vezes, pensando nisso, me tenho inclinado a aceit-la. No obstante, e porque o nosso livre arbtrio no desaparea, penso poder ser verdade que a fortuna seja rbitra de metade de nossas aes, mas que, ainda assim, ela nos deixa governar quase outra metade.
(MAQUIAVEL. O prncipe. So Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 109.)

O pensamento apresentado acima abre caminho para o conceito de virt, qualidade indispensvel para o xito do prncipe, pois a fortuna oferece as ocasies para as aes do governante, que ter de agir com virt. Assinale a alternativa que oferece a definio de virt tal como Maquiavel a concebeu. A) a violncia indiscriminada e dirigida ao corpo dos cidados, somente o emprego da fora das armas capaz de submeter as vontades humanas sob a autoridade impiedosa e avara do prncipe moderno. B) So os valores espirituais que se sobrepem aos interesses meramente materiais, somente a virtude da humildade permite a realizao do bem comum, que a fonte inesgotvel da paz e harmonia entre sditos e governante. C) a prtica da bondade, qualidade indispensvel que permite o discernimento da idia de bem como norteadora das aes polticas, de maneira desinteressada e sempre voltada para a realizao dos princpios supremos da religio. D) o poder, a virilidade humana, capaz de agir e dominar o curso das coisas humanas, imprimindo nos acontecimentos as mudanas necessrias realizao de grandes obras para a conquista e conservao do poder. 32) Em sua obra tica a Nicmaco, Aristteles props a ideia de que a virtude a disposio para buscar o meio termo ou a justa medida entre o excesso e a falta em determinada conduta. Com sabe nessa afirmao e em seus conhecimentos sobre a obra de Aristteles, assinale a alternativa correta. a) Coragem o justo meio entre covardia e temeridade. b) Covardia o justo meio entre temeridade e coragem. c) Temeridade o justo meio entre coragem e covardia. d) Coragem, covardia e temeridade no so termos que se relacionam tica. 33) O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acredit-lo. Quantos crimes, guerras, assassnios, misrias e horrores no pouparia ao gnero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: Defendei vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos so de todos e que a terra no pertence a ningum!. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. So Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento poltico de Rousseau, correto afirmar: a) A desigualdade um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condies sociais decorrentes da evoluo histrica da humanidade.

b) A finalidade da instituio da sociedade e do governo a preservao da individualidade e das diferenas sociais. c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens. d) Rousseau faz uma crtica ao processo de socializao, por ter corrompido o homem, tornando-o egosta e mesquinho para com os seus semelhantes. e) Rousseau valoriza a fundao da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra 34) No livro II da tica a Nicmaco, Aristteles diz que h duas espcies de virtudes dianotica e tica. A virtude dianotica requer o ensino, o que exige experincia e tempo. J a virtude tica adquirida pelo hbito e no algo que surge por natureza. Isso no quer dizer que as virtudes so geradas em ns contrariando a natureza. Para Aristteles, somos naturalmente aptos a receber as virtudes e nos aperfeioamos pelo hbito. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre a tica aristotlica, considere as afirmativas a seguir: I. A virtude dianotica e a virtude tica so adquiridas, respectivamente, pela experincia, tempo e hbito. II. A virtude dianotica e a virtude tica, por serem inatas, so facilmente aprendidas desde a infncia. III. Os seres humanos so naturalmente aptos a receber as virtudes ticas, embora no sejam virtuosos por natureza. IV. O hbito, de forma necessria, nos torna melhores eticamente, contudo as virtudes independem da ao para o desenvolvimento moral do indivduo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II so corretas. b) Somente as afirmativas I e III so corretas. c) Somente as afirmativas III e IV so corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas 35) A idia ilusria da vontade livre deriva de percepes inadequadas confusas; a liberdade, entendida corretamente, no entanto no o estar livre da necessidade, mas sim a conscincia da necessidade. (SCRUTON, Roger. Espinosa. Trad. deAnglica Elisabeth Knke. So Paulo: Unesp, 2000. p. 41.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre liberdade em Espinosa, considere as afirmativas a seguir. I. A liberdade identifica-se com escolha voluntria. II. A liberdade significa a capacidade de agir espontaneamente, segundo a causalidade interna do sujeito III. A liberdade e a necessidade so compatveis. IV. A liberdade baseia-se na contingncia, pois se tudo no universo fosse necessrio no haveria espao para aes livres. Esto corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV. 36)Leia o texto a seguir. Justia e Estado apresentam-se como elementos indissociveis na filosofia poltica hobbesiana. Ao romper com a concepo de justia defendida pela tradio aristotlico-escolstica. Hobbes prope uma nova moralidade relacionada ao poder poltico e sua constituio jurdica. O Estado surge pelo pacto para possibilitar a justia e, na conformidade com a lei, se sustenta por meio dela. No Leviat (caps. XIV-XV), a justia hobbesiana fundamenta-se, em ltima instncia, na lei natural concernente autoconservao, da qual deriva a

segunda lei que impe a cada um a renncia de seu direito a todas as coisas, para garantir a paz e a defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei natural: que os homens cumpram os pactos que celebrarem. Segundo Hobbes, onde no h poder comum no h lei, e onde no h lei no h injustia. Na guerra, a fora e a fraude so as duas virtudes cardeais. (HOBBES, T.Leviat . Trad. J. Monteiro e M. B. N. da Silva. So Paulo: Nova Cultural, 1997. Coleo Os Pensadores, cap. XIII.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Hobbes, correto afirmar: a) A humanidade capaz, sem que haja um poder coercitivo que a mantenha submissa, de consentir na observncia da justia e das outras leis de natureza a partir do pacto constitutivo do Estado. b) A justia tem sua origem na celebrao de pactos de confiana mtua, pelos quais os cidados, ao renunciarem sua liberdade em prol de todos, removem o medo de quando se encontravam na condio natural de guerra. c) A justia definida como observncia das leis naturais e, portanto, a injustia consiste na submisso ao poder coercitivo que obriga igualmente os homens ao cumprimento dos seus pactos. d) As noes de justia e de injustia, como as de bem e de mal, tm lugar a partir do momento em que os homens vivem sob um poder soberano capaz de evitar uma condio de guerra generalizada de todos. e) A justia torna-se vital para a manuteno do Estado na medida em que as leis que a efetivam sejam criadas, por direito natural, pelos sditos com o objetivo de assegurar solidariamente a paz e a segurana de todos. 37) (UFU-2004) At agora se sups que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos; porm, todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, atravs do que nosso conhecimento seria ampliado, fracassaram sob esta pressuposio. Por isso, tente-se ver uma vez se no progredimos melhor nas tarefas da Metafsica admitindo que os objetos tm que se regular pelo nosso conhecimento, o que assim j concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos mesmos que deve estabelecer algo sobre os objetos antes de nos serem dados. O mesmo aconteceu com os pensamentos de Coprnico que, depois das coisas no quererem andar muito bem com a explicao dos movimentos celestes admitindo-se que todo exrcito de astros girava em torno do espectador, tentou ver se no seria mais bem-sucedido se deixasse o espectador mover-se e, em contrapartida, os astros em repouso.
KANT, I. Crtica da razo pura. Prefcio segunda edio. Trad. de Valrio Rohden e Udo Baldur Moosburger. So Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 14. (Os Pensadores)

Considerando a leitura do trecho acima, podemos dizer que a revoluo copernicana de Kant A) uma revoluo filosfica e cientfica segundo a qual o espectador no pode permanecer fixo em sua posio, aprendendo apenas os fenmenos, mas deve considerar que ele mesmo encontra-se em movimento para poder perceber as coisas em si mesmas. B) uma revoluo astronmica que pretendeu mudar o curso da Filosofia Moderna, propondo uma reavaliao da fsica newtoniana. C) uma revoluo filosfica que estabeleceu que o conhecimento da coisa em si s pode ser atingido caso haja um cuidadoso estudo dos fenmenos. D) uma revoluo filosfica que afirmou a distino entre fenmeno e coisa em si, qualificando esta ltima como incognoscvel. 38) A Escola de Frankfurt definiu a racionalidade ocidental como instrumentalizao da razo. Para Adorno, Marcuse e Horkheimer, a razo instrumental caracteriza-se pela produo de um conhecimento cujo objetivo dominar e controlar a natureza e os seres humanos. Assinale o que for correto.

01) A razo instrumental expressa uma ideologia cientificista, pois acredita que neutra, e identifica as cincias apenas com os resultados de suas aplicaes. 02) Na medida em que a razo se torna instrumental, a cincia deixa de ser uma forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros para tornar-se um instrumento de dominao, de poder e de explorao. 04) A ideologia do progresso no modo de produo capitalista fundamenta-se na razo instrumental por acreditar que essa promove o avano tecnolgico que permite a racionalizao da produo. 08) Para Marx, o socialismo, ao transformar o trabalho em mercadoria, torna o homem um mero instrumento e aliena-o social e culturalmente. 16) Marx defendeu a razo instrumental por ser mais eficiente que a prxis para realizar a revoluo socialista. Soma: _____________39) Leia os textos a seguir. Aristteles, no Livro IV da Metafsica, defende o sentido epistmico do princpio de no contradio como o princpio primrio, incondicionado e absolutamente verdadeiro da cincia das causas primeiras, ou melhor, o princpio que se apresenta como fundamento ltimo (ou primeiro) de justicao para qualquer enunciado declarativo em sua pretenso de verdade. impossvel que o mesmo atributo pertena e no pertena ao mesmo tempo ao mesmo sujeito, e na mesma relao. [...] No possvel, com efeito, conceber alguma vez que a mesma coisa seja e no seja, como alguns acreditam que Herclito disse [...]. por esta razo que toda demonstrao se remete a esse princpio como a uma ltima verdade, pois ela , por natureza, um ponto de partida, a mesma para os demais axiomas. (ARISTTELES. Metafsica. Livro IV, 3, 1005b apud FARIA, Maria do Carmo B. de. Aristteles: a plenitude como horizonte do ser. So Paulo: Moderna, 1994. p. 93.) Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Aristteles, correto armar: a) Aqueles que sustentam, com Herclito, conceber verdadeiramente que propriedades contrrias podem subsistir e no subsistir no mesmo sujeito opem-se ao princpio de no contradio. b) Pelo princpio de no contradio, sustenta-se a tese heracliteana de que, numa enunciao verdadeira, se possa simultaneamente armar e negar um mesmo predicado de um mesmo sujeito, em um mesmo sentido. c) Nas demonstraes sobre as realidades suprassensveis, possvel conceber que propriedades contrrias subsistam simultaneamente no mesmo sujeito, sem que isso incorra em contradio lgica, ontolgica e epistmica. d) Para que se possa fundamentar o estatuto axiomtico do princpio de no contradio, exige-se que sua evidncia, enquanto princpio primrio, seja submetida demonstrao. e) Com o princpio de no contradio, torna-se possvel conceber que, se existem duas coisas no idnticas, qualquer predicado que se aplicar a uma delas tambm poder ser aplicado necessariamente outra. 40) A cincia uma das poucas atividades humanas talvez a nica em que os erros so criticados sistematicamente (e com frequncia corrigidos). Por isso podemos dizer que, no campo da cincia, aprendemos muitas vezes com os nossos erros; por isso podemos falar com clareza e sensatez sobre o progresso cientfico. Na maior parte dos outros campos de atividade do homem ocorrem mudanas, mas raramente h progresso a no ser dentro de uma perspectiva muito estreita dos nossos objetivos neste mundo. Quase todos os ganhos so neutralizados por alguma perda e quase nunca sabemos como avaliar as mudanas.
(POPPER, K. R. Conjecturas e refutaes. 2 ed. Braslia: Editora da UNB, 1982, p. 242.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepo de progresso da cincia em Karl R. Popper, correto afirmar a) necessrio que todas as consequncias de uma teoria cientfica sejam verificadas a fim de se atingir a verdade em si. b) A descoberta da lei do progresso da cincia permite impulsionar progressiva e linearmente a cincia na orientao da verdade. c) Os cientistas estruturam as informaes disponveis em um dado momento histrico, incorporando saberes anteriores, tendo como base o mtodo parattico. d) O progresso da cincia ocorre quando so suprimidas definitivamente as ideias metafsicas, pois historicamente nula a sua contribuio para as descobertas cientficas. e) A eliminao dos erros das teorias anteriores e a substituio destas por outras mais verossmeis e, portanto, mais prximas da verdade permitem o progresso da cincia.

41) Leia atentamente o texto abaixo. Logo, o que primeiramente, isto , no em sentido determinado, mas sem determinaes, deve ser a substncia. Ora, em vrios sentidos se diz que uma coisa primeira, e em todos eles o a substncia: na definio, na ordem de conhecimento, no tempo. ARISTTELES. Metafsica. (1028a 30-35). Traduo de Leonel Vallandro. Porto Alegre: Globo, 1969. p.147-148. De acordo com o pensamento de Aristteles, marque a alternativa INCORRETA. a) Para Aristteles, o conhecimento somente possvel tendo por objeto as substncias, pois dos acidentes no possvel se fazer cincia. b) A substncia, ao contrrio do acidente, a categoria por meio da qual sabemos o que uma coisa , pois a partir da substncia que definimos uma coisa. c) Pode-se dizer que, para a metafsica aristotlica, a substncia a caracterstica necessria de uma coisa, uma vez que nos indica em que sentido uma coisa . d) Segundo a metafsica aristotlica, a definio de cada ser apreendida pela ordenao e classificao de suas caractersticas acidentais. 42) Leia com ateno o texto abaixo: Mas h um enganador, no sei quem, sumamente poderoso, sumamente astucioso que, por indstria, sempre me engana. No h dvida, portanto, de que eu, eu sou, tambm, se me engana: que me engane o quanto possa, nunca poder fazer, porm, que eu nada seja, enquanto eu pensar que sou algo. DESCARTES. Meditaes sobre Filosofia Primeira. Campinas: Editora da UNICAMP, 2004. p. 45. Para atingir o processo extremo da dvida, Descartes lana a hiptese de um gnio maligno, sumamente poderoso e que tudo faz para me enganar. Essa radicalizao do processo dubitativo ficou conhecida como dvida hiperblica. Assinale a alternativa que apresenta corretamente a relao estabelecida por Descartes entre a dvida hiperblica (exagerada) e o cogito (eu penso). a) Descartes sustenta que o ato de pensar tem tamanha evidncia, que eu jamais posso ser enganado acerca do fato de que existo enquanto penso. b) A dvida hiperblica insupervel, uma vez que todos os contedos da mente podem ser imagens falsas produzidas pelo gnio maligno. c) Com o exemplo dos juzos matemticos, que so sempre indubitveis, Descartes consegue eliminar a hiptese do gnio maligno. d) Somente a partir da descoberta da ideia de Deus que Descartes consegue eliminar a dvida hiperblica e afirmar a existncia do pensante.

43) Leia o texto de Aristteles a seguir: Uma vez que o poeta um imitador, como um pintor ou qualquer outro criador de imagens, imita sempre necessariamente uma das trs coisas possveis: ou as coisas como eram ou so realmente, ou como dizem e parecem, ou como deviam ser. E isto exprime-se atravs da elocuo em que h palavras raras, metforas e muitas modificaes da linguagem: na verdade, essa uma concesso que fazemos aos poetas.
(ARISTTELES, Potica . Traduo e Notas de Ana Maria Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004. p. 97.)

II. O poeta pode imitar tendo as coisas presentes e passadas por referncia, mas no precisa se ater a esses fatos apenas. III. O poeta pode imitar as coisas considerando a opinio da maioria e pode tambm elaborar fatos usando vrias formas de linguagem. IV. O poeta pode imitar as coisas ponderando o que as pessoas dizem sobre os fatos, mesmo que no haja certeza sobre eles. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II so corretas. b) Somente as afirmativas I e III so corretas. c) Somente as afirmativas III e IV so corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a esttica de Aristteles, considere as afirmativas a seguir: I. O poeta pode imitar a realidade como os pintores e, para isso, deve usar o mnimo de metforas e priorizar o acesso s idias inteligveis.

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