7 MAIO Português 12º
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Contextualizao (O Modernismo e os ismos da Vanguarda) Modernismo movimento artstico (entre a dcada de 80 do sculo XIX e a Primeira Guerra Mundial (1914-
Foi
1918), cuja tendncia seria valorizar o actual e o novo, em virtude dum cansao das formas conservadoras, esgotadas. desencadeado pela gerao de Fernando Pessoa, Mrio de S C______________ e Almada
N_____________________. Decadentismo corrente literria que exprime o cansao, o t______________, a busca de sensaes novas. Apresenta estreitas relaes com o Simbolismo. Paulismo pauis a primeira palavra de Impresses do Crepsculo e a que sugere a atitude esttica chamada paulismo. O significado de paul liga-se gua estagnada, aos p___________________, onde se misturam e confundem imensas matrias e sugestes.
Futurismo corrente literria que se prope cortar com o p________________, exprimindo em arte o
dinamismo da vida moderna. Sensacionismo corrente literria que considera a s_______________ como base de toda a arte. 2. O estilo de Fernando Pessoa Figuras de Estilo P____________________ Os que lem o que escreve = leitores M____________________ Gira, a entreter a razo/Esse comboio de corda (corao) A_________________________ limpo e limiar A___________________ - sentimento (corao) pensamento (razo) A_______________________ pobre; feliz; annima; alegre C______________________ como que um terrao A______________________ Cu! campo! cano!... P_______________________ Entrai por mim dentro!
Caractersticas Temticas
A dor de pensar - O poeta no quer intelectualizar as e______________, quer permanecer ao nvel do sensvel
para poder desfrutar dos momentos porque a constante intelectualizao no o permite. Sente-se como enclausurado numa cela pois sabe que no consegue deixar de p________________. Sente-se mal porque, assim que sente, automaticamente i___________________ essa emoo e, atravs disso, tudo fica distante, confuso e negro. Ele nunca tem prazer na realidade porque para ele tudo perda, quando ele observa a realidade parece que tudo se evapora.
ele no se consegue encontrar nem definir em nenhum deles, incapaz de se reconhecer a si prprio um e____________________ da sua prpria vida. Sofre a vida sendo incapaz de a viver.
- Simbologia do Sino: smbolo da passagem do t______________ (dolorosa); pouca expectativa em relao ao futuro; tempo dividido em fragmentos (o passado no existe, j passou e nele eu no fui capaz de sentir, de ser feliz na altura); solido, ansiedade, nostalgia da i_______________; musicalidade aliterao.
Fingimento artstico: Sendo um fingidor, o poeta no finge a d____________ que no sentiu. Finge aquela de
que teve experincia directa. essa dor ou experincia emocional que funciona como ponto de partida da criao p__________________. Todavia, a dor que o poeta realmente sente no aquela que deve surgir na sua poesia. Pessoa no considerava a poesia a passagem imediata da experincia a__________, opunha-se a toda a espontaneidade. Por isso, exigia a criao de uma dor f______________ sobre a dor experimental. Desde que se prope escrever sobre uma dor s___________________, o sujeito deve procurar representar, materializando, essa dor, no contorno imaginado que lhe d. A dor real, ou seja, a dor dos sentidos, primeiro, a dor imaginria (dor em imagens), depois. O poeta finge a dor em imagens to perfeitamente que o f____________________ se lhe apresenta mais real do que a dor real. Os leitores de um poema no tero acesso a qualquer das dores a dor real ou a dor i______________________: a dor real ficou com o poeta; a dor imaginria no j sentida pelo leitor como dor, porque o no : os leitores s tm acesso dor l_____________. Se a poesia uma representao mental, o c________________, centro dos sentimentos, no passa de um entretenimento da razo, girando, mecanicamente, nas c________________ do mundo das convenes em que decorre a vida quotidiana. O tempo e a degradao: o regresso infncia - desencanto e angstia acompanham o sentido da brevidade da vida e da passagem dos dias - busca mltiplas emoes e abraa sonhos impossiveis, mas acaba sem alegria nem aspiraes, inquieto, s e ansioso. - o passado pesa como a realidade de nada e o futuro como a possibilidade de tudo. O tempo para ele um factor de desagregao na medida em que tudo breve e efmero. - procura superar a angstia existencial atravs da evocao da infncia e de saudade desse tempo feliz.
Nostalgia de um bem perdido Do mundo perdido da infncia, Pessoa sente a nostalgia. Ele que foi "criana
contente de nada" e que em adolescente aspirou a tudo, experimenta agora a desagregao do tempo e de tudo. Um profundo desencanto e a angstia acompanham o sentido da b_____________________ da vida e da passagem dos dias. Ao mesmo tempo que gostava de ter a infncia das crianas que brincam, sente a saudade de uma ternura que lhe passou ao lado. Busca mltiplas emoes e abraa s_______________ impossveis, mas acaba "sem alegria nem aspirao. A infncia a inconscincia, o sonho, a f_____________________ longnqua, uma idade perdida e remota que possivelmente nunca existiu a no ser como recordao.
Angstia existencial:; A interrogao filosfica incessante acerca do mistrio da vida, e por consequente do seu
prprio ser, leva-o a um estado de melancolia, de desalento, de um profunda angstia e tdio existenciais por saber que esta e______________ e torna-se incapaz de viver a vida, acrescentando-lhe ainda a solido interior. O sujeito sente ainda frustrao resultante da dualidade querer / f__________
1. Divida o poema em partes lgicas, justificando. Podemos dividir este poema em 3 partes lgicas, correspondendo a cada uma das estrofes. Na 1 parte, o sujeito potico afirma que, frequentemente acredita ser s_____________________, mas depois de reflectir sobre o assunto, conclui que afinal nada sente, e que confundiu sentimento com p_____________________. Na 2 parte, defende a existncia de duas vidas, uma v____________________ ((que considera v_______________), e outra p_______________ (que considera e____________), concluindo que a nica vida que temos uma mistura das duas. Na ltima parte, o eu lrico confessa no saber qual a vida verdadeira e qual a errada, concluindo que, apesar de o desejar, no consegue libertar-se da vida pensada, ou seja, no consegue viver com o c_______________, apenas com a r_____________, apesar de sofrer com isso e no ser feliz. 1. Ao longo do poema, o sujeito potico auto-caracteriza-se como um ser dominado pelo vcio de pensar.
1.1.
O poema aborda a dialctica sentir/pensar; razo/corao, sendo que o eu, por muito que tente, no consegue deixar que o corao domine a sua vida, mantendo-se cativo do p_____________ e, como tal, no conseguindo atingir a f____________. 1.2. Mostre que o processo de auto-anlise revela um sujeito potico obcecado pela racionalizao. Ao analisar a sua prpria vida, o sujeito de enunciao no tem dvidas em afirmar que a sua vida dominada pela razo, pelo vcio de p____________ vcio este que, apesar de lhe trazer dor e angstia, d sentido sua e_________________.
2. Relacione o contedo do poema com as temticas desenvolvidas nos poemas Autopsicografia e Isto.
Assim como nos poemas referidos, tambm aqui o sujeito afirma que no usa o corao, considerado um b_____________ ao servio da razo. Para o eu, a perfeio s est ao alcance daqueles que usam o pensamento, a i_________________.
3. Faa a anlise formal do poema, considerando a sua estrutura estrfica, rimtica e mtrica (apresente a escanso
de dois versos escolha). 4. Poema constitudo por 3 s________________ em verso heptasslabo (redondilha maior), com o esquema rimtico
Na ausncia, ao menos, saberei de mim, E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
1. Indica o temtica do poema. Como em muitos poemas ortnimos de Pessoa, a temtica gira volta da i_________________ perdida e guardada na m______________ do eu enquanto perodo de felicidade mxima da sua vida, em relao ao qual h sempre o desejo de r_______________ impossvel.
2.
primeira quadra - o sujeito v-se comparativamente em dois estdios diferenciados da sua vida, em "duas idades": o seu eu a________________ e seu eu c_____________. o seu eu adulto que escreve e que, vendo a sua d___________ passada, deseja-a mesmo assim, porque a sua dor p______________ bastante pior. Vendo-se adulto, diz preferir ir ser novamente criana, mas tal no possvel, pois ningum r___________ ao passado. segunda quadra - mesmo sabendo que i____________________ regressar ao passado, o poeta pode sonhar. Mas no h escolha possvel, e este impasse deixa sua "alma (...) p_______________". 1 terceto - Resta-lhe a m_______________: "um alto monte, de onde possa (...) relembrar". 2 terceto - A sua identidade, embora perdida na sua angstia existencial, existe assim como uma nvoa distante. Sentindose v_____________ por dentro, quando se lembra da sua infncia sente-se um pouco mais feliz, mais completo. 3. A 1 quadra estabelece uma oposio entre o passado e o presente. 3.1 Transcreve e indica o tempo e o modo das formas verbais relativas a cada um desses tempos. Na 1 quadra observa-se a frequente utilizao de formas verbais no Modo _____________________: pretrito _____________________ do Indicativo (fui, deixei) e presente (__________________________),o 1 tempo remetendo para o passado e o segundo para o presente. 4. Faz o levantamento dos principais recursos do poema. - ________________________ expressiva do verbo ser (vv. 2, 3 e 4),intensificando a angstia existencial do sujeito potico e a busca pela resposta pergunta chave quem sou?. ___________________________________________ reforar a ideia da vontade de encontrar a infncia perdida. ___________________________________________________ alma parada (vv.8) o prprio sujeito potico que parou, mas atribui tal facto alma/corao, ao inconsciente, pois aquilo que sente e cria as emoes do sujeito. como hei-de encontr-lo? (vv.5) que pretende
Tudo que fao ou medito Fica sempre na metade. Querendo, quero o infinito. Fazendo, nada verdade.
Que nojo de mim me fica Ao olhar para o que fao! Minha alma lcida e rica, E eu sou um mar de sargao
Um mar onde biam lentos Fragmentos de um mar de alm Vontades ou pensamentos? No o sei e sei-o bem.
1. Explica o sentido das estrofes do poema. primeira quadra - Pessoa fala sobre os seus s______________ e desejos. Dono de uma imaginao delirante e febril, Pessoa tinha sempre mil projectos a correr simultaneamente, mas nunca conseguia concretizar nenhum, porque a r________________ fica sempre muito aqum dos nossos sonhos. segunda quadra - perante o d_______________ de no conseguir nunca realizar os seus projectos, fica-lhe um sentimento de vazio e de f__________________. O Eu sente a quantidade infinita de ideias e de pensamentos que nele abundam, mas ele prprio, a sua vida real, um mar de s_______________, ou seja, um mar de algas espessas, que prendem o movimento, que impedem que ele avance. Terceira quadra O mar de que fala esta estrofe trata-se porventura de um mar distante e irreal, mas livre e desimpedido, onde os sonhos do sujeito no o prenderiam mas antes o fariam seguir em f____________, onde tudo o que ele imagina podia ser r__________. Mas mesmo esse mar de alm, essa futuro irreal, pode ser uma iluso. Ele sabe que ser impossvel que se realizem todos os seus p________________, mas fora dele no se sabe o que poder acontecer - um milagre, um imprevisto, quem sabe? Pessoa deixa ao futuro e ao Destino a resposta para a sua angstia presente. 2. Na primeira estncia apresenta-se uma oposio entre o "querer" e o "fazer". Explicite essa oposio. A verdade que o sujeito tem imensos s_____________, que deseja realizar, mas que no consegue, porque a realidade fica sempre aqum. 2. Ao tomar conscincia das limitaes da sua capacidade de agir, que sentimento invade o sujeito lrico? Transcreva as expresses em que se apoia a sua resposta. Invade-o um sentimento de desencanto, f____________________________, como se pode comprovar pelos seguintes versos Que n___________ de mim me fica/Ao olhar para o que f__________!
5. Mostre a expressividade, a nvel semntico, das metforas: "Minha alma lcida e rica / E eu sou um mar de sargao". Nestes versos, verificamos um contraste entre a limpidez e riqueza da expresso "lcida e rica" e o opaco e o i______________ do "mar de sargao".
6. Identifique o recurso estilstico presente no ltimo verso do poema, explicitando o seu valor expressivo. O recurso a a____________________ - para exprimir um conhecimento intuitivo mas que no entendido pela razo.
Elabore um comentrio global do texto que acabou de ler, focando os seguintes aspectos: 1.
Marcas de objectividade/subjectividade do eu
SUBJECTIVIDADE: - Recurso a marcas de 1 pessoa (conjugao verbal (no s________); determinantes ___________________ (meu); - Exposio do mundo subjectivo dos sentimentos (m____________, t_____________) OBJECTIVIDADE: Objectivao dos p________________________, como sujeito de 3 pessoa (Biam leves, desatentos)
2.
3.
Recursos Estilsticos - _________________ Expressiva - Biam leves, desatentos - ________________________: biam como folhas mortas - _________________________: As algas, cabelos lentos - _________________________: No sei/No sei
Unido e vasto e interminvel No so sossego azul do sol, Arfa com um mover-se estvel O oceano brio de arrebol2.
To lenta e longa que parece De uma criana de Tit O glauco1, seio que adormece, Arfando brisa da manh.
E a minha sensao nula, Quer de prazer, quer de pesar bria de alheia a mim ondula Na onda lcida do mar.
Impresso visual do movimento progressivo l___________, pontuado pelo balanar e pelo decrescer ao terminar; impresso de respirao de uma c______________ adormecida; impresso do rastejar de um a____________ ritmo pausado, mas no interrompido, contnuo, s____________, lento, arrastado, longo. 2. Transcreva do texto as expresses que personificam esse movimento. Por exemplo: "como a d______________"; "seio"; "arfando"; "arfa"; "brio". 2. "Como uma cobra que em serenas / Dobras se alongue a colear." (vv. 11, 12) Comente o valor expressivo destes versos. O eu estabelece uma relao de semelhana entre o movimento do m__________ e o da c__________ para que o leitor conseguir visualizar melhor as ondas Indique o recursos estilstico utilizado nos versos transcritos. _______________________ - Como uma cobra que em serenas 3. Substitua "do sol"... (v. 14) por uma palavra da mesma famlia de "sol", sem que o sentido se altere, e indique a classe dessa palavra. Solar pertence classe dos _________________. 6. Na expresso... "com um mover-se"... (v. 15), h um infinitivo substantivado. D outro exemplo, presente no texto, da mesma categoria morfolgica. ________________. 7. O quadro descrito no deixa marcas emotivas no Eu. Seleccione o momento do poema em que se baseia esta afirmao. ___________________________________________.
SINO DA MINHA ALDEIA sino da minha aldeia, Dolente na tarde calma, Cada tua badalada Soa dentro da minha alma. Por mais que me tanjas perto Quando passo, sempre errante, s para mim como um sonho, Soas-me na alma distante. E to lento o teu soar, To como triste da vida, Que j a primeira pancada Tem o som de repetida. A cada pancada tua, Vibrante no cu aberto, Sinto mais longe o passado, Sinto a saudade mais perto
como triste da vida, porque as badaladas do sino so a metfora daquilo que marca as h____________, o tempo que passa e no volta a____________, trazendo-lhe nostalgia dum passado (i_______________) perdido. Ele no pode andar com o tempo para trs, por isso sente o passado mais longe e a s______________mais perto.
3. Explique por palavras suas o significado do verso: Soa dentro da minha alma.
Para Pessoa o exterior e o interior so dimenses muito diferentes. A sua alma refere-se ao seu mundo i_____________________, a todos os sonhos, a todas as realizaes pessoais que ficaram por concretizar. Ora o som do sino far o poeta, automaticamente, sonhar, voltar atrs no t______________
4. s para mim como um sonho,/ Soas-me na alma distante.(vv. 11 e 12). Coloque os versos transcritos no:
4.1. pretrito perfeito do indicativo; _____________________________________ 4.2. futuro do Indicativo _____________________________________________________ 5. Faa o levantamento de alguns recursos expressivos presentes neste poema. No esquea de explicar a sua sugestividade.
sino.. a_________________, pois o poema comea com esta invocao ao sino, ou seja, ao tempo que passa,
simbolizado pelas suas constantes badaladas. A m_________________ do tempo, nas badaladas do sino. A
h____________________: Dolente na tarde calma o sino est aqui caracterizado como aquilo que di (dolente, de
dolor- dor), mas na realidade quem sofre o poeta e no o sino. A c________________: s para mim como um sonho ; a
a_______________ Sinto mais () Sinto a saudadea repetio sugere, de uma forma mais forte, essa sensao de frustrao, de nostalgia no sujeito potico. A a________________ sugestiva que nos remete para um dos temas principais da poesia de Pessoa, em: Dolente, lento, triste, distante, vibrante.
6. Tema do poema F____________________________ do tempo - o tempo encontra-se fragmentado, j que o p_______________ no existe mais e o poeta no foi capaz de aproveitar esse tempo (no foi capaz de sentir e ser f____________). Assim sendo, surge a n________________ (saudades) da infncia que est cada vez mais prxima. Sem ultrapassar as 8 linhas, explique aquilo que entende por Orpheu. Orpheu foi o nome de uma r_____________ publicada em Lisboa (teve somente _______ nmeros publicados) que foi porta-voz de um grupo de artistas e poetas cujas propostas foram inovadoras, reagindo contra o tradicionalismo, criando uma ruptura com o p_______________. Os principais elementos deste grupo de jovens so F. Pessoa, Mrio de S-Carneiro e Almada Negreiros, responsveis pelo movimento Modernista em Portugal.
1)
a)
enunciador
identifica
receptor
da
sua
mensagem
c) O enunciador introduz uma ideia de distanciamento 4) Sinto mais longe o passado/Sinto a saudade
mais perto (v. 15/16)
h) O enunciador encara uma ideia de concluso i) j) O enunciador traduz uma ideia antittica O enunciador exprime uma ideia redundante
VERDADEIRO OU FALSO a) b) c) d) e) f) g) No verso sino da minha aldeia minha um pronome pessoal No verso Dolente na tarde calma na a contraco da preposio em com o det. Art. Def. a O verso Sinto a saudade mais perto uma frase de tipo declarativo e de forma enftica. No verso Por mais que me tanjas perto, perto um advrbio de lugar No verso Por mais que me tanjas perto, me um pronome pessoal com funo de sujeito No verso s para mim como um sonho, mim desempenha a funo de complemento indirecto A expresso um sonho tem uma referncia mais restrita que o sonho
1.
Diga qual lhe parece ser o assunto comum nestes trs poemas de Fernando Pessoa.
Dialctica pensamento/sentimento; razo/corao; c______________________/i_____________________. 2. Analise comparativamente os trs poemas e apresente o anseio impossvel expresso em todos eles.
Neste poema visvel a dor de p______________, que invade a mente do sujeito e o impede de viver plenamente a vida. Neste sentido, O eu inveja "a s_____________" do gato e da ceifeira, que a sorte de ser inconsciente e ser feliz sem pensar em mais nada, ansiando o impossvel, que ser inconsciente mas ter a conscincia disso.
1. Caracterize os momentos temporais representados na primeira estrofe do poema. Os momentos temporais representados so: a noite (p______________ recente), caracterizada como um tempo longo, de viglia, de i_________________ Em toda a noite o sono no veio. (v. 1); a madrugada (instante p________________), descrita por meio dos dois adjectivos encoberta e fria Agora / Raia do fundo / Do horizonte, encoberta e fria, a manh. (vv. 1-3). 2. Refira um dos sentidos produzidos pela interrogao Que fao eu no mundo? (v. 4). A interrogao produz, entre outros, os seguintes sentidos: sublinha um dos temas centrais do poema o autoquestionamento do eu sobre o valor da sua e_______________________; enfatiza o desespero e a a_______________ do sujeito potico face ao seu lugar no mundo; acentua o estado de agitao i______________ do eu (agravado pela insnia);
3. Atente nos trs primeiros versos da terceira estrofe. Explicite, sucintamente, a relao entre a noite e a
manh estabelecida nos versos 14 e 15. Os versos 14 e 15 representam a noite como o lugar de onde n_____________ a manh ou seja, a manh surge como uma realidade gerada na noite e que, saindo lentamente de dentro desta, a anula. 4. Tendo em conta todo o poema, identifique duas das razes do sentimento de horror referido no verso 8. As razes do horror referido pelo sujeito potico no verso 8 so, entre outras, as seguintes: a certeza de que cada novo d______ lhe traz sempre a mesma vivncia de desiluso (o mesmo dia do fim / Do mundo e da dor vv. 9-10); a conscincia da indiferenciao do tempo, da r_____________ incessante dos dias sempre iguais
(Um dia igual aos outros, da eterna famlia / De serem assim vv. 11-12); o cansao de tantas vezes ter sempre sperado em vo (v. 17), levando desistncia total de qualquer tipo de e______________ (Para quem / [...] / J nada spera vv. 16 e 18);
TOMA-ME, NOITE ETERNA, NOS TEUS BRAOS TOMA-ME, noite eterna, nos teus braos E chama-me teu filho. Eu sou um rei Que voluntariamente abandonei O meu trono de sonhos e cansaos. Minha espada, pesada a braos lassos, Em mos viris e calmas entreguei; E meu ceptro e coroa, - eu os deixei Na antecmara, feitos em pedaos.
Minha cota de malha to intil, Minhas esporas, de um tinir to ftil, Deixei-as pela fria escadaria. Despi a realeza, corpo e alma, E regressei noite antiga e calma Como a paisagem ao morrer do dia. Fernando Pessoa, Poesias
Sequencialmente, o eu abandona voluntariamente uma situao de poder: abandona o t__________, entrega a e_____________, despoja-se do c_____________, da coroa, da cota de m__________ e das esporas; depois desce a e__________________ e sai para o exterior. Podemos ento afirmar que o abandono simboliza uma purificao, uma libertao de tudo o que superficial e acessrio, (to i____________, to f____________). Esta libertao de ttulos e convenes ir permitir ao eu um regresso noite e__________ e calma, isto um reecontro com a harmonia e a p_________ do Universo.
2. A poesia do ortnimo revela a despersonalizao do poeta fingidor, que fala e que se identifica com a prpria criao potica, como impe a modernidade. 3. A revista Orpheu reage contra o tradicionalismo e o academismo oficial e cria uma ruptura com o passado. 4. Em Orpheu, encontramos de um lado a herana do decandentismo francs, do outro o esprit nouveau de uma Europa que lutava p por uma esttica de vanguarda. 5. Em Pessoa ortnimo, a influncia do lirismo tradicional visvel na sensibilidade, na suavidade, na linguagem simples e no ritmo melodioso. 6. Em Pessoa ortnimo, o fingimento surge como elaborao mental dos conceitos que exprimem as emoes ou o que quer comunicar. 7. Em Pessoa ortnimo, o poeta d a conhecer a sua felicidade existencial e a sua "alegria de viver". 8. Em Pessoa ortnimo, o poeta procura superar a angstia existencial atravs da evocao da infncia (smbolo da felicidade perdida) e da saudade desse tempo feliz. 9. Em Pessoa ortnimo, os poemas no so rimados e a opo pelo verso longo evidente. 10. No Interseccionismo encontramos o processo de realizar o Sensacionismo, na medida em que a interseco desensaes est em causa e por elas se faz a interseco da sensao e do pensamento. 11. Em Orpheu, a poesia alucinada, chocante, irritante, irreverente, procurava provocar o burgus, smbolo acabado da estagnao em que se encontrava a cultura portuguesa. 12. No poema Autopsicografia, Fernando Pessoa afirma que o acto potico apenas pode comunicar uma dor verdadeira. 13. No poema O menino da sua me, h objectos (a cigarreira e o leno) que simbolizam a existncia de vnculos afectivos que foram conservados. 14. No poema O menino da sua me, o modo indicativo dos verbos torna mais irreal mais longnqua a descrio. 15. O poema Ela canta, pobre ceifeira destaca a inconscincia consciente da ceifeira ou a razo que o Eu desconhece e a perturbao p face ausncia de razes aparentes para cantar. 16. No poema Impresses do Crepsculo, o significado de paul liga-se gua estagnada, aos pntanos, onde se misturam e se confundem imensas matrias e sugestes 20. O Interseccionismo consiste na sobreposio de elementos como o aqui e o alm, o agora e o passado, o real e o onrico. 21. O Sensacionismo uma doutrina que atribui a gnese dos nossos conhecimentos intelectualizao dos sentimentos. 22. O Interseccionismo deriva, ou melhor, uma evoluo do Paulismo e caracteriza-se pelo entrecruzamento de planos que se cortam: interseco de sensaes ou percepes. 23. Em Pessoa ortnimo, visvel a construo da arte pelo recurso ironia que pe tudo em causa, inclusive a prpria sinceridade. 24. O Paulismo caracteriza-se pelas sugestes claramente definidas, separando o esprito e a matria. 25. So marcas do Modernismo: a simplificao da sintaxe; o aproveitamento das imagens visuais e dos vocbulos musicais; a v ersificao irregular e o verso livre; a liberdade estrfica.
Onde os olhares possam entrever o teu jardim como lho vais mostrar.
Faz de ti um duplo ser guardado; E que ningum, que veja e fite, possa Saber mais que um jardim de quem tu s
Mas onde s teu, e nunca o v ningum Deixa as flores que vm do cho crescer E deixa as ervas naturais medrar.
um jardim ostensivo e reservado, Por trs do qual a flor nativa roa A erva to pobre que nem tu a vs
1. Considere o conselho dado pelo sujeito potico. 1.1 Transcreva expresses que indicam as aces / etapas do conselho.
As expresses que marcam as etapas do conselho so as seguintes: Cerca de grandes m____________ quem te sonhas (v. 1), Depois / () / Pe quantas f___________ so as mais risonhas (vs. 2 e 4), Faz canteiros como os que outros tm (v. 7), Mas / () / Deixa as flores que vm do cho c___________ / E deixa as ervas n____________ medrar (vs. 10 e 11), Faz de ti um d____________ ser guardado (v. 14).
i. Neste contexto, interprete a simbologia dos vocbulos: muros (v. 1), jardim (v.
2), flores (v. 4), as flores que vm do cho crescer (v. 11), ervas naturais (v. 12).
O sujeito potico aconselha o tu a proteger a sua interioridade do olhar dos o____________. Assim, os muros,
o____________________ difceis de transpor, remetem para a ideia de mundo fechado no qual existem os s___________, os desejos ntimos; o sujeito potico aconselha tambm a plantar no jardim (espao de
p_______________, beleza exterior) flores ,as mais risonhas (smbolos da efemeridade da beleza). Este jardim e estas flores representam o que se deseja mostrar aos outros, sendo que se revela apenas a parte superficial, porque as flores e ervas naturais somente crescero na zona interior onde reside a verdadeira essncia do s_______.
___________________________________________________________________________
Torne seu vulto em velas; peregrino Frescor de afastamento, no divino Amplexo da manh, puro e salgado.
Morto corpo da aco sem vontade Que o viva, vulto estril de viver,
1. Identifica o recurso expressivo presente nos dois primeiros versos e explicita o seu contributo para a
construo de sentidos no poema. O recurso a ______________________, j que o eu compara a sua vida a um barco abandonado, afirmando desconhecer o seu d_____________. 1.1. Comenta o valor expressivo da interrogao. O eu pergunta porque razo no consegue aceitar o seu destino (de que a vida c_______) e aproveitar os momentos bons que ela nos proporciona, procurando ser f_________. 1.2. Identifica aquilo de que o sujeito potico parece ter abdicado, referindo a lacuna que detecta em si prprio. O sujeito parece ter abdicado da vida, referindo que lhe falta v_____________ de viver, de andar para a frente, de alcanar a f_____________. 2. Comenta o valor expressivo da caracterizao do corpo presente na 3. estrofe. O eu afirma que o seu corpo no tem vontade, est m____________, vazio, vivendo apenas das saudades de um passado i__________, porque impossvel de resgatar. 2.1. Explicita o contributo da forma verbal Boiando para o sentido da estrofe. O termo boiar significa que o eu no est a fazer qualquer e______________ para alcanar a felicidade e viver a vida, est apenas a deixar-se levar. 3. Identifica a figura de estilo que, no 2 verso da 4. estrofe, veicula a estagnao interior do sujeito. ________________________, j que o vento como os braos maternos que nos embalam. 5. Analisa os aspectos formais do poema (composio estrfica, mtrica, rima). Este poema um s________________ (duas quadras e dois tercetos) em verso _______________________, com o esquema rimtico _____________________________________ (rimas __________________________ e ____________________________)
1 estrofe - O eu recorda a poca natalcia de forma triste e melanclica, imaginando as famlias na provncia, reunidas, conseguindo na sua unidade familiar continuar as tradies natalcias. O Natal o perodo por excelncia das reunies f_______________, mas Pessoa est s_______________ e sem famlia, da a sua t_____________. 2 estrofe - Pessoa j no consegue esconder o que ele prprio sente perante essa viso das famlias reunidas, em t_________________. O corao de Pessoa no se reconhece nesse sentimento, pois ele est "oposto ao mundo", na medida que ele prprio est a_____________ dos outros, s e frio. Mas mesmo assim ele reconhece aquela verdade universal, que a "famlia v_______________". Trata-se afinal de uma confisso horrvel que ele faz para si mesmo: que mais valia ter uma famlia do que as suas pesquisas, a sua poesia obscura. 3 estrofe Contudo o sujeito no pode estar com a famlia. (A me de Pessoa morrera em 1925 e esse tinha sido o "golpe final" na sua esperana de ter uma famlia). Por isso mesmo ele expressa na ltima estrofe essa esperana p_________________. O poema acaba com esta conscincia do impossvel. L na p_______________, h lares aconchegados onde tudo isto uma realidade, em que tudo isto "verdade". Mas esta uma "verdade" inacessvel o eu. Para ele resta apenas a s________________.
1.
No primeiro verso, o eu localiza a aco no tempo (________________) e no espao (_______________). 1.1. Interpreta a sua expressividade ao nvel fnico. Neste verso, est presente uma a___________________ em n, o que confere musicalidade ao poema. 2. Como a famlia verdade! (v.6) 2.1. Explicita os efeitos sugeridos pelo tipo de frase utilizado. O sujeito expressa a dor que sente por no ter uma famlia, por estar s no mundo, da a utilizao de uma frase de tipo __________________________
A vida como uma sombra que passa por sobre um rio Ou como um passo na alfombra de um quarto que jaz vazio; O amor um sono que chega para o pouco ser que se ; A glria concede e nega; no tem verdades a f.
Deito aqui onde jazo, s uma brisa que passa. No quero nada do acaso, seno a brisa na face; Dem-me um vago amor de quanto nunca terei, No quero gozo nem dor, no quero vida nem lei.
S, no silncio cercado pelo som brusco do mar, Quero dormir sossegado, sem nada que desejar,
Quero dormir na distncia de um ser que nunca foi seu, Tocado do ar sem fragrncia da brisa de qualquer cu.
1. Analisa o poema por estrofe 1 estrofe - O sujeito potico encontra-se beira mar, "na o__________ da praia", que pode simbolizar o fim da terra e o comeo do m___________ - o fim de uma vida e o incio de uma outra realidade. O s____________ a fronteira entre as duas vidas, entre as duas existncias. Dizendo que nada lhe resta da v___________, ele prprio admite que "far um sonho", ou seja, que passar apenas a existir na vida em sonho, porque sabe j que nada conseguir alcanar na vida. Essa "fim da vida" trar alguma f____________________ - "nunca terei agonia, pois dormirei de seguida". Este sono , porventura simblico, mas simboliza a verdadeira m_____________ da vida real, para o incio de uma outra vida, apenas sonhada. 2 estrofe - Porque desiste ele da vida? O eu considera-se um "falhado" na vida, sobretudo porque no consegue concretizar os seus d_____________. Ele diz-nos que "a vida como uma s__________", "ou como um passo na alfombra de um quarto (...) vazio". Mesmo "o amor um s____________ que chega para o pouco ser que se ". A glria? "concede e nega" e "no tem verdades a f______". Ou seja, todas as coisas importantes na v___________ falham. 3 estrofe - por a vida nada dar ao homem - no lhe d conhecimento dos mistrios nem to pouco f________________ duradoura; que o poeta no teme desistir dela. O eu isolou-se de todos os outros em seu redor, e desistiu da vida. 4 estrofe - Ora, quem no existe no precisa das coisas normais da vida. O eu pede ento coisas sem valor, i_________________: "uma brisa que passe", "um vago amor, de quanto nunca terei", recusando tudo o que importante: "No quero gozo nem d________, no quero vida nem lei". 5 estrofe - Vemos que o desespero com a vida, sobretudo o nvel extremo de s______________ a que ele chegou, o levou a um estado em que deseja tudo aquilo que os outros homens renegam. Se tem de estar sozinho, faz dessa solido uma escolha v_________________, torna-a o seu destino.
De um leno... Deu-lho a criada Velha que o trouxe ao colo. L longe, em casa, h a prece: "Que volte cedo, e bem!"
(Malhas que o Imprio tece!) Jaz morto, e apodrece, O menino da sua me.
1. Com base nas trs estrofes iniciais, indique seis caractersticas da figura representada. um j_______________ soldado morto; encontra-se a_____________________, em campo aberto; - tem o corpo trespassado por duas ____________; - apresenta a f_____________ ensanguentada; - est de braos a_____________, - l___________, de pele clara; - mostra um olhar fixo e v_____________; - perdeu prematuramente o futuro e os sonhos; - filho ___________, muito amado. 2. Explicite um dos efeitos de sentido resultantes da anttese que se estabelece, na 1 quintilha, entre os versos 2 e 5. A anttese (Que a morna brisa aquece/Jaz morto, e arrefece) estabelece uma o________ entre o calor da vida e o frio da m_____________ e entre o movimento da b_______________ e a imobilidade do soldado. 3. Explique o sentido dos versos To jovem! Que jovem era!/Agora que idade tem? Por um lado, estes versos exprimem o lamento do eu pela morte do jovem soldado; por outro lado, salientam quer a extrema j___________________ do soldado no momento da morte quer o espanto provocado pela nova noo de temporalidade instaurada pela morte (o soldado passa a ter uma idade indefinida) 4.Refira o valor simblico da cigarreira e do leno. Estes objectos representam: - as duas figuras f________________ protectoras: a me e a ______________, remetendo para o mundo distante do lar e da i_____________ do soldado. - A inutilidade dos dois objectos remete ainda para a ineficcia das o_____________ das duas mulheres. - a b______________________ da vida (cigarreira breve) - a pureza (da infncia p_____________, expressa na brancura do leno 5.Comente a importncia da ltima estrofe na construo do sentido geral do poema, apoiando-se em quatro aspectos significativos. Esta estrofe importante porque: - confere ao poema uma estrutura circular, ao articular a 1 e ltima estrofes, realando a d___________ fsica do cadver do jovem - destaca a incomunicabilidade provocada pela g________ bem como a impotncia das figuras femininas perante as suas consequncias trgicas. - denuncia o poder p_____________ (o Imprio), que envia para a guerra os jovens, provocando a sua morte
Viajar! Perder pases! Ser outro constantemente, Por a alma no ter razes De viver de ver somente!
No pertencer nem a mim! Ir em frente, ir a seguir A ausncia de ter um fim, E a nsia de o conseguir!
Viajar assim viagem. Mas fao-o sem ter de meu Mais que o sonho da passagem. O resto s terra e cu
1.
Ao longo do poema, o sujeito lrico apresenta o seu conceito de viagem. Explicite o que na sua perspectiva o
que representa viajar, fundamentando a sua resposta com dois exemplos do texto. A noo de viagem est associada procura, significa procurar-se e encontrar-se a si p___________ (ou no). No entanto, h algo de deceptivo e contraditrio, pois nesta viagem perdem-se p___________, no se ganham, o que implica alguma negatividade na forma como o sujeito encara esta viagem, esta b_______. Viajar dispersar-se, fugir, recusando as razes que fixam o sujeito a si mesmo. EXEMPLOS: - Ser o____________ constantemente - Por a alma no ter razes - No pertencer nem a mim
Guia-me a S a Razo
Guia-me a s a razo. No me deram mais guia. Alumia-me em vo? S ela me alumia. Tivesse quem criou O mundo desejado Que eu fosse outro que sou, Ter-me-ia outro criado. Deu-me olhos para ver. Olho, vejo, acredito. Se ver enganar-me, Pensar um descaminho, No sei. Deus os quis dar-me Por verdade e caminho Como olhar, a razo Deus me deu, para ver Para alm da viso Olhar de conhecer. Como ousarei dizer: Cego, fora eu bendito?
1 estrofe O eu inicia o poema assumindo que um ser r_____________, ou seja, que a sua vida se guia pela razo e no pela e_______________. Simultaneamente ele questiona-se sobre a validade de ser racional: "alumia-me em vo?". No sabe responder, apenas dizer que tem a razo por g__________ e nada mais.
2 estrofe O eu um homem racional, porque foi criado assim por uma entidade superior (D________), a qual, se quisesse que ele fosse outro e se regesse pelo c______________, por exemplo, t-lo-ia feito diferente. 3 estrofe O sujeito afirma que, se Deus nos dotou de s____________, nomeadamente do sentido da viso, temos que a utilizar para compreender a realidade, ou seja, no podemos recusar um d________ que nos foi concedido. 4 estrofe O eu usa a r___________ porque lhe foi dada, assim como os sentidos. apenas natural que ele p_________, porque natural tambm ver, ou seja, pensar to natural como ver. Afinal a razo apenas o "olhar de c_________________". 5 estrofe - Se a razo o serve mal, o eu no se culpa pelo seu uso: foi-lhe dado por uma entidade s______________. Foi Deus que decidiu, o mesmo Deus que constri o seu d_______________, e o ser humano no tem outra opo que no aceitar estas ddivas. 2. Determine a imagem que o eu potico faz de si prprio. O suj. Potico auto-caracteriza-se como um ser dominado pelo v___________ de pensar, pela razo, consciente, pensante e predestinado por __________ a olhar, ver e acreditar. 3. Explicite o papel da razo ao longo do poema. O eu questiona-se sobre a importncia da razo, do p___________________ na sua vida. Ele tem conscincia que pensar traz dor e s_______________, mas tambm sabe que no h felicidade seno com conhecimento, isto , no saber no existir, da ele identificar a razo como o seu g__________, a sua fonte exclusiva de orientao. Note-se que o ltimo verso do poema funciona como comprovativo da tese expressa no 1 , isto , o sujeito conclui que a razo o nosso leme, a nossa verdade e caminho. 4. Explique a gradao presente no verso Olho, vejo acredito. Esta gradao a_____________ significa que o verbo olhar designa uma sensao fsica, ver implica j uma anlise e reflexo, conscincia e lucidez, que se concretiza no verbo a_______________. 5. Explique o tom fatalista do poema. O tom fatalista resulta do facto de Deus ter dado ao ser humano ddivas importantes, a v___________ e a r____________, ou seja, foi Deus que criou a essncia do eu potico. 6. Levantamento dos recursos expressivos. ________________________________ - Alumia-me em vo? / Cego, fora eu bendito?, comprovativas da importncia que a razo assume na vida do eu. _________________________________ - Tivesse quem criou o mundo, identificando o seu criador.
II
1.2 No verso Deu-me olhos para ver, a expresso para verdesempenha a funo sintctica de: a) b) Complemento circunstancial de modo Complemento circunstancial de tempo c) d) Complemento circunstancial de lugar Complemento circunstancial de fim
a) b)
c) d)
1)
a)
c)
d) O enunciador exprime a conformao da ideia anteriormente expressa 4)Deus os quis dar-me/Por verdade e caminho (v. 19/20) f) g) O enunciador expressa uma ideia de comparao O enunciador encara uma ideia de concluso
h) O enunciador traduz uma ideia antittica i) O enunciador relaciona a disposio espacial de dois elementos
NO SEI SE SONHO SE REALIDADE No sei se sonho, se realidade, Se uma mistura de sonho e vida, Aquela terra de suavidade Que na ilha extrema do sul de olvida. a que ansiamos. Ali, ali A vida jovem e o amor sorri Talvez palmares inexistentes, leas longnquas sem poder ser, Sombra ou sossego dem aos crentes De que essa terra se pode ter. Felizes, ns? Ah, talvez, talvez, Naquela terra, daquela vez. 1. Diviso do poema em partes: Primeira parte primeira e segunda estrofes: o sujeito potico apresenta a hiptese de ser possvel a concretizao do s____________ e o alcanar da felicidade Segunda parte terceira estrofe: A partir da c______________________ coordenativa adversativa mas o eu constata que no com sonhos que alcanamos a f______________, porque nem nos sonhos deixa de existir o m__________, Terceira parte quarta estrofe: conclui que aquilo que procuramos est d________ de ns mesmos. Mas j sonhada de desvirtua, S de pens-la cansou pensar, Sob os palmares, luz da lua, Sente-se o frio de haver luar. Ah, nesta terra tambm, tambm O mal no cessa, no dura o bem No com ilhas do fim do mundo, Nem com palmares de sonho ou no, Que cura a alma seu mal profundo, Que o bem nos entra no corao. em ns que tudo. ali, ali, Que a vida jovem e o amor sorri.
2. Indica o simbolismo da ilha. A ilha a representao do sonho, que est ligado ideia de felicidade, de paraso alcanado, na terra de s_______________, com palmares, leas, sombras e sossego onde a vida jovem e o a________ sorri. 3. Para caracterizar o sonho, o sujeito utiliza mltiplos smbolos. Indica-os
a)
b) Terra de suavidade, leas longnquas, palmares, ilha extrema dos sul c) Nesta terra, leas longnquas, corao, palmares
d) Terra de suavidade, palmares, ilhas do fim do mundo, ilhas do fim do mundo 4. Recursos expressivos - ____________________________em s: No sei se sonho, se realidade - _____________________________: A vida jovem e o amor sorri - ______________________________: O mal no cessa, no dura o bem - _____________________________: Aquela terra de suavidade
1) Mas j sonhada se desvirtua (v. 13) 2) Ah, nesta terra tambm, tambm (v. 17)
a)
c)
d) O enunciador exprime uma ideia de dvida e) O enunciador exprime a conformao da ideia anteriormente expressa
4)
No
com
ilhas
do
fim
do
h) O enunciador encara uma ideia de certeza i) j) O enunciador traduz uma ideia antittica O enunciador adiciona uma ideia
1. O poema transcrito inicia-se por uma comparao explcita. 1.1. Justifique o seu emprego, analisando a importncia do termo bruma, para primeira quadra. a compreenso da
Esta comparao que remete para ideia de indefinido, v___________, algo misterioso, tal como se sente o prprio sujeito potico, vagueando pela indefinio que a sua v_________. 2. Considera antittica a conjugao da saudade de coisa nenhuma com o desejo de qualquer bem? Justifique a sua resposta. Podemos considerar uma realidade antittica os conceitos saudade passado / desejo f____________, uma vez que se opem dois tempos da vida do sujeito, ainda que a saudade se reporte a um passado que se encontra d_____________ e que no deixa saudades, e, por outro lado, o desejo transmita uma ideia de e_____________ de algo de bom para o eu potico. 3. Ao longo da composio o sujeito potico evidencia um adensamento do seu estado de esprito. 3.1. Comente a afirmao anterior, ilustrando a sua resposta com marcas textuais. Existe uma espcie de g________________ ascendente da passagem da bruma para o nevoeiro, reflectindo-se no adensamento/ intensificao do estado de e_____________do sujeito potico. Este fica cada vez mais envolvido pelo nevoeiro, o mesmo dizer, pela indefinio, pela d_______________, pela incerteza, pelo desalento que habitam o poeta. Marcas textuais: bruma; nada nem contm; cousa nenhuma; qualquer b______; nevoeiro; incerto; 4. Releia a ltima estrofe. 4.1. Interprete, de acordo com o contexto em que ocorre, a seguinte frase exclamativa: Que incerto/ Tudo quanto vi ou li! (vv. 9 e 10). Exprime alienao, d____________________ do sujeito potico em relao sua vida; no se rev, nem se identifica com a forma como viveu. Grupo II Conhecimento Explcito da Lngua 1- Para cada um dos itens que se seguem, assinale a letra correspondente alternativa correcta, de acordo com o sentido do texto. 1.1. A orao mas deles por estarem ali. exprime: a) um valor disjuntivo; b) um valor conclusivo; 1.2. Na expresso se me obscurece o verbo encontra-se: a) no modo indicativo, no tempo presente; b) No modo conjuntivo, no tempo do pretrito imperfeito; c) Na forma nominal do infinitivo; d) Na forma do condicional. c) um valor adversativo; d) um valor copulativo.
1.3. Ainda na expresso se me obscurece o sol e o verde das rvores, o verbo : a) transitivo directo; b) transitivo indirecto; 1.4. A palavra outrora pertence: a) classe dos nomes; b) classe das interjeies; c) classe dos advrbios; d) classe das preposies. c) copulativo; d) transitivo directo e indirecto.
1.5. Na expresso Sinto, ao senti-la, o pronome desempenha a funo sintctica de: a) sujeito; b) complemento directo; c) complemento indirecto; d) nome predicativo do sujeito.
1.6. Na expresso Sou envolvido por ela, a expresso sublinhada desempenha a funo sintctica de: a) sujeito; b) complemento agente da passiva c) complemento indirecto; d) nome predicativo do sujeito.
1.7. Na expresso E todo o mundo um grande livro aberto a expresso sublinhada desempenha a funo sintctica de: a) sujeito; b) complemento directo; c) predicativo do complemento directo; d) predicativo do sujeito.
a) No verso Tenho em mim como uma bruma, mim um pronome pessoal b) No verso O desejo de qualquer bem, bem um advrbio de modo c) O verso Sou envolvido por ela/Como por um nevoeiro uma frase de tipo declarativo e de forma activa d) No verso Por cima da ponta do meu cinzeiro, por cima uma locuo adverbial de lugar e) No verso Fumei a vida, a um det. artigo definido com funo de complemento directo f) No verso Que ignorada lngua me sorri , me tem a funo de complemento directo g) A expresso uma bruma tem uma referncia mais restrita que a bruma 1) Tenho em mim como uma bruma (v. 1) k) O enunciador exprime uma ideia redundante 2) E vejo luzir a ltima estrela/por cima do meu cinzeiro (v. 7/8) m) O enunciador exprime um contraste relativamente ideia anteriormente apresentada. 3) Tudo quanto vi ou li (v. 10)
4) Que incerto/Tudo quanto vi ou li (v. 9/10) q) O enunciador expressa uma ideia de comparao
1) Mas j sonhada se desvirtua (v. 13) 2) Ah, nesta terra tambm, tambm (v. 17)
u)
w) O enunciador exprime um contraste relativamente ideia anteriormente apresentada. 3) O mal no cessa, no dura o bem (v. 18) x) O enunciador exprime uma ideia de dvida y) 4) No com ilhas do fim do mundo, aa) O enunciador expressa uma ideia de comparao bb) O enunciador encara uma ideia de certeza cc) O enunciador traduz uma ideia antittica dd) O enunciador adiciona uma ideia O enunciador exprime a conformao da ideia anteriormente expressa
RECURSOS EXPRESSIVOS
Recurso expressivo _________________ Definio Repetio intencional dos mesmos sons consonnticos Exemplo
Brandas, flmulas
as
brisas
brincam
nas
Fernando Pessoa Repetio, no inicio de varias frases ou versos seguidos, da mesma palavra ou expresso. _________________ Apresentao de uma oposio ou contraste entre duas _________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ __________________ ideias ou coisas. Mistura de sensaes Invocao ou interpelao do destinatrio Pergunta para a qual no se espera resposta Repetio desnecessria da mesma ideia Apresentao sucessiva de vrios elementos. Suavizao de uma ideia desagradvel Emprego de termos exagerados, para realar uma realidade __________________ __________________ Expresso de uma ideia dizendo precisamente o seu contrrio __________________ Figura que aproxima dois conceitos distintos um processo de identificao que resulta de uma _________________ __________________ comparao abreviada, pois omitida a palavra ou expresso comparativa Atribuio de caractersticas que pertencem a certas palavras a outras palavras Dizer em muitas palavras o que se pode dizer em poucas _________________ ________________ Atribuio de caractersticas humanas a animais, coisas ou ideias.
Vi uma estrela to alta, Vi uma estrela to fria! Vi uma estrela luzindo Na minha vida vazia.
Manuel Bandeira